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E as charges escolhidas em 2021 e 2020
As charges de 2021
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DEZEMBRO 2021
20 de dezembro de 2021 – segunda-feira
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BBC Brasil: Desmatamento: Amazônia perdeu área sete vezes a cidade de São Paulo até novembro
A Amazônia Legal perdeu 10.222 km² de floresta entre janeiro e novembro de 2021, o equivalente a sete vezes o tamanho da cidade de São Paulo. É o maior acumulado dos últimos 10 anos para o período, segundo dados do Sistema de Alerta de Desmatamento, do Imazon, publicados nesta segunda-feira (20).
Apenas em novembro, foram 480 km² desmatados na região, a segunda pior taxa para o mês em dez anos (o recorde foi registrado em 2020, com 484 km²).
Já dados do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) obtidos pela BBC News Brasil mostram que 54% do desmatamento registrado entre janeiro e outubro de 2021 ocorreram somente em terras públicas da Amazônia, sendo 32% em terras públicas não destinadas.
Ainda de acordo com o Ipam, considerando o período entre agosto de 2020 e julho de 2021 – meses em que se mede a temporada do desmatamento na Amazônia – o principal responsável pelo desmatamento foi a invasão de terras públicas não destinadas (28%), seguido pelo desmatamento em imóveis rurais (áreas privadas; 26%) e, em terceiro, em assentamentos (23%).
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20 de dezembro de 2021 – segunda-feira –
Pesquisa DataFolha: Para 48% dos brasileiros, Jair Bolsonaro (PL) é o pior presidente da história do Brasil. Enquanto 51% dizem que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi o melhor chefe do Executivo brasileiro. Dados são de pesquisa Datafolha realizada de 13 a 16 de dezembro de 2021. De acordo com o levantamento, o petista é o líder no ranking de melhor presidente e está 40 pontos à frente de Bolsonaro –que foi escolhido por 11% como o melhor no cargo. A pesquisa foi realizada com 3.666 pessoas, em 191 cidades do país.
NOVEMBRO 2021
15 de novembro de 2021 – segunda-feira
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Congresso em Foco: Lula faz aceno a Alckmin: “Não há nada que não possa ser reconciliado”
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez, nesta segunda-feira (15), um aceno público ao ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), cotado nos últimos dias para ser um possível vice-presidente na sua chapa em 2022. “Eu tenho uma extraordinária relação de respeito com o Alkmin. Eu fui presidente quando ele foi governador, e nós conversamos muito”, disse Lula. “Não há nada que aconteceu entre eu e o Alckmin que não possa ser reconciliado.”
Em coletiva de imprensa no Parlamento Europeu, em Bruxelas, na Bélgica, Lula disse não temer que o tucano, que concorreu contra Lula nas eleições de 2006, o traia, como se costumou a definir a atuação de Michel Temer, vice de Dilma Rousseff (2011-2016), que assumiu seu cargo após um processo de impeachment. “O vice é uma pessoa que tem que ser levado muito a sério na relação com o presidente – porque o vice pode ser presidente, e podem acontecer muitas coisas. Depois, ele tem que ser uma pessoa que soma, e não que diverge com o presidente.”
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10 de novembro – quarta-feira

Poder 360 – Moro é candidato à Presidência do Brasil
O ex-ministro da Justiça Sergio Moro filiou-se ao Podemos nesta 4ª feira (10.nov.2021) e se postou como pré-candidato à Presidência da República para eleições 2022. O anúncio foi realizado durante a filiação do ex-juiz federal ao partido em um evento que reuniu cerca de 400 pessoas no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. A pré-candidatura de Moro à Presidência da República foi vista por participantes ouvidos pelo Poder360 como alternativa de centro, de direita, ou ainda capaz de aglutinar nomes da 3ª via.
Os pilares da proposta que diz estar criando envolvem: Fim da polarização; Erradicar a pobreza; Defesa do livre mercado; Privatização; Liberdade de imprensa; Reformas; Educação e Combate à corrupção.
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OUTUBRO 2021
21 de outubro de 2021 – quinta-feira
O Estado de S.Paulo – Bolsonaro vincula vacina a Aids e vê reação de cientistas e políticos
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Um dia após o relatório final da CPI da Covid ser lido no Senado e pedir o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro em função de sua postura e condução durante a pandemia de covid-19, o mandatário voltou a atacar a vacina e colocar dúvidas sobre sua segurança. O presidente afirmou na quinta-feira, 21, em sua “live” semanal, que pessoas que tomaram duas doses do imunizante contra o novo coronavírus no Reino Unido estão desenvolvendo aids. A afirmação, que é mentirosa, foi desmentida por cientistas de todo o mundo e publicada em um site inglês conhecido por espalhar teorias da conspiração. Bolsonaro introduziu o tema em seu programa online dizendo que dará uma notícia grave, mas sem fazer comentários a respeito. Em seguida, pega uma espécie de jornal e, antes de supostamente ler uma reportagem, reconhece que já tratou do assunto no passado e que, por isso, “apanhou muito”. Mas seguiu e disse: “Relatórios oficiais do governo do Reino Unido sugerem que os totalmente vacinados (15 dias após a segunda dose) estão desenvolvendo a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (aids) muito mais rápido que o previsto”. E completa: Recomendo que leiam a matéria. “Não vou ler aqui porque posso ter problemas com a minha ‘live’”. A fake news que relaciona vacinas com o desenvolvimento da doença já era conhecida a ponto de a Organização Mundial de Saúde (OMS) ter reforçado a importância de portadores de HIV serem imunizados contra a covid-19. Mas propagação da mentira no momento em que o Brasil atinge mais da metade de sua população com a vacinação completa gerou revolta e críticas entre cientistas nas redes sociais. A microbiologista Natalia Pasternak usou o Twitter para ressaltar que nenhuma vacina, não apenas a que protege contra a covid-19, faz com que as pessoas desenvolvam aids. O médico e pesquisador de saúde Daniel Dourado também usou a plataforma para informar as pessoas da maneira correta. “Não existe nenhuma possibilidade de a vacina causar aids, zero. Qualquer que seja a vacina. É isso que precisa ser divulgado de forma clara e direta”, disse. A classe política também reagiu. Diversos deputados da oposição ressaltam a característica criminosa da declaração de Bolsonaro. “Bolsonaro mais uma vez usou documento falso para atacar as vacinas e associá-las a aids. Lamentável que essa seja a prioridade do presidente de um país com mais de 600 mil mortos, 20 milhões de famintos e 14 milhões de desempregados. Mais um crime na ficha de Bolsonaro”, disse o líder da minoria na Câmara, Marcelo Freixo (PSB-RJ).
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SETEMBRO 2021
29 de setembro de 2021 – quarta-feira

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Extra: Sem comida, moradores do Rio recorrem a restos de ossos e carne rejeitados por supermercados
Pouco após as 10h, o caminhão estaciona na Glória, Zona Sul do Rio. Minutos depois, a fila se forma. É que já havia gente esperando o veículo, que recolhe ossos e pelancas de supermercados da cidade. Sensibilizados, motorista e ajudante da empresa doam ali toda terça e quinta parte do que foi recolhido. Diante do desemprego — que ficou em 14,1% no segundo trimestre de 2021, atingindo 14,4 milhões de brasileiros — e da inflação galopante — que com a prévia deste mês chegou a 10,05% no acumulado em 12 meses, ultrapassando os dois dígitos pela primeira vez desde fevereiro de 2016 —, é a esperança daquelas pessoas de encontrarem um pedaço de carne para matar a fome. A pobreza extrema, que leva pessoas a garimpar restos, foi acentuada no Brasil durante a pandemia de Covid-19. Levantamento da Rede Brasileira de Pesquisas em Segurança Alimentar e Nutricional mostrou que mais de 116,8 milhões de pessoas vivem hoje sem acesso pleno e permanente a alimentos. Dessas, 19,1 milhões (9% da população) passam fome, vivendo “quadro de insegurança alimentar grave”. Os números revelam um aumento de 54% no número de pessoas que sofrem com a escassez de alimentos se comparado a 2018.
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7 de setembro de 2021 – terça-feira
BBC Brasil – As ameaças de Bolsonaro em discursos no 7 de Setembro
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O presidente Jair Bolsonaro fez uma série de ameaças ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à democracia nesta terça-feira (7/9) em discursos na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, e na avenida Paulista, em São Paulo. Chamou as eleições de “farsa”, disse que só sai da presidência “preso ou morto” e exaltou a desobediência à Justiça.
O atos de apoio a Bolsonaro, por intervenção militar e contra o STF foram organizados em diversas cidades em momento de crise e queda de popularidade do presidente. Mas a maior parte dos manifestantes concentraram em São Paulo, que reuniu caravanas vindas de diversos locais do país. Segundo a estimativa oficial da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, passaram cerca de 125 mil manifestantes pela avenida Paulista neste domingo.
Foi em São Paulo que Bolsonaro elevou o tom de golpismo, que já estava presente em seu discurso em Brasília. Ele questionou a urna eletrônica e as eleições, citou novamente o voto impresso (que já foi rejeitado pelo Congresso) e disse que não pode “participar de uma farsa como essa patrocinada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE)”. “Quero dizer àqueles que querem me tornar inelegível em Brasília: só Deus me tira de lá”, afirmou.”Só saio preso, morto ou com vitória. Quero dizer aos canalhas que eu nunca serei preso.”
Bolsonaro concentrou suas críticas ao STF na figura do ministro Alexandre de Moraes, que determinou nesta segunda (5/9) a prisão de apoiadores do presidente que publicaram ameaças ao tribunal e a seus membros.
Em São Paulo, Bolsonaro citou Moraes nominalmente e o chamou de “canalha”, dizendo que “não pode mais admitir” que ele “continue açoitando o povo brasileiro.”
Antes das manifestações, Bolsonaro chegou a enviar um pedido de impeachment de Moraes ao Senado, onde o pedido foi rejeitado.
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AGOSTO 2021
10 de agosto 2021 – terça-feira

Bolsonaro participa de desfile de blindados no dia em que Câmara discute rejeitar voto impresso
O presidente Jair Bolsonaro acompanhou da rampa do Palácio do Planalto, na manhã desta terça-feira, 10, o desfile de blindados, em Brasília. O trajeto contou com cerca de 150 veículos militares, que passaram em frente do Planalto, sob a justificativa de entregar um convite a Bolsonaro e a diversas autoridades da República para que participassem do dia de Demonstração Operativa, em 16 de agosto.
O desfile bélico ocorreu no mesmo dia em que o plenário da Câmara deve rejeitar a Proposta de Emenda à Constituição do voto impresso. Na definição do presidente da Casa, Arthur Lira (Progressistas-AL), o percurso dos blindados foi uma “trágica coincidência”. Parlamentares de diversos partidos definiram o desfile como “afronta” e “tentativa de constranger o Congresso”.
Ficaram ao lado de Bolsonaro, durante o ato, os comandantes do Exército, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, da Marinha, Almir Garnier Santos, e da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Júnior; o chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general Augusto Heleno; o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, Laerte de Souza Santos; e o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, informa o Estadão.
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Desde 8 de julho, não foram poucas as vezes em que Bolsonaro disse que não haveria eleições sem voto impresso no País. A ameaça também foi feita naquele mesmo dia pelo ministro da Defesa, Walter Braga Netto, a um importante interlocutor político, que tratou de repassar o recado ao presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), como revelou o Estadão. Nas últimas semanas, Bolsonaro fez duros ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Não foi só: xingou o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, de “filho da p…” por sua posição contrária ao voto impresso; acusou fraudes nas urnas eletrônicas sem apresentar quaisquer provas; afirmou que o ministro Alexandre de Moraes era a “mentira” no STF e disse haver um “complô” para eleger o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, hoje líder nas pesquisas de intenção de voto, em 2022.
Com tantos insultos, o presidente do Supremo, Luiz Fux, cancelou a reunião entre os Poderes, que estava prevista para os próximos dias. Durante o desfile um dos blindados soltou fumaça, conforme se vê abaixo em foto do Estadão, e provocou piadas.
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6 de agosto – sexta-feira

Charge Marco Aurélio
Fux diz que ofensas de Bolsonaro atingem todo o STF e cancela reunião entre poderes
Após o presidente Jair Bolsonaro reiterar os ataques ao sistema eleitoral e as ofensas a ministros do Supremo, o presidente da Corte, Luiz Fux, deu ontem dura resposta ao presidente. Numa sinalização de limite às agressões vindas do Planalto, Fux anunciou o cancelamento de uma reunião entre os presidentes dos Poderes, e saiu em defesa dos colegas Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes, que sofrera ataques pessoais de Bolsanaro. O posicionamento de Fux, endossado pelos demais ministros do Supremo, somou-se à decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e de Moraes investigar Bolsonaro pelas ameaças às eleições de 2022, refletindo coesão do Judiciário na atual crise, informa O Globo.
A reação contra Bolsonaro foi combinada entre os ministros durante intervalo da sessão de ontem. Estavam no plenário na hora do pronunciamento Carmen Lúcia, Edson Fachin, Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso, Nunes Marques e Rosa Weber. “O Supremo Tribunal Federal de forma coesa, segue ao lado da população brasileira em defesa do Estado Democrático de Direito e das instituições republicanas, e se manterá firme em sua missão de julgar com imparcialidade, sempre observando as leis e a Constituição,” completou Fux.
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5 de agosto de 2021 – quinta-feira

Bolsonaro insiste em ameaça golpista, chama Moraes de ditatorial e diz que ‘a hora dele vai chegar’
Presidente afirma que não pretende ‘sair das 4 linhas da Constituição’, mas diz que ‘momento está chegando’
O presidente Jair Bolsonaro insistiu em ameaças golpistas nesta quinta-feir a (5), voltou a falar em atuação fora dos limites da Constituição e fez ataques a Alexandre de Moraes, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal). “A hora dele [Moraes] vai chegar. Porque está jogando fora das quatro linhas da Constituição há muito tempo. Não pretendo sair das quatro linhas para questionar essas autoridades, mas acredito que o momento está chegando”, disse o presidente. “Não dá para continuarmos com ministro arbitrário, ditatorial”, completou ele em entrevista à Rádio 93 FM, do Rio de Janeiro. Bolsonaro foi incluído na quarta-feira (4) como investigado no inquérito das fake news, relatado por Moraes.
O presidente disse que o ministro é “a própria mentira dentro do STF”, informa a Folha de S.Paulo. Após as falas, Moraes respondeu a Bolsonaro, em mensagem publicada nas redes sociais. “Ameaças vazias e agressões covardes não afastarão o Supremo Tribunal Federal de exercer, com respeito e serenidade, sua missão constitucional de defesa e manutenção da Democracia e do Estado de Direito”, disse o ministro.
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4 de agosto de 2021 – quarta-feira

Ministro Alexandre de Moraes, do STF, inclui presidente Bolsonaro em inquérito das fake news
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou nesta quarta-feira (4) a inclusão do presidente Jair Bolsonaro como investigado no inquérito que apura a divulgação de informações falsas.
A decisão de Moraes atende ao pedido aprovado por unanimidade pelos ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na sessão desta segunda (2).
A apuração levará em conta os ataques, sem provas, feitos pelo presidente às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral do país. Mesmo após ser eleito, Bolsonaro tem feito nos últimos três anos reiteradas declarações colocando em dúvida a lisura do processo eleitoral. O inquérito das fake news foi aberto em março de 2019, por decisão do então presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, para investigar notícias fraudulentas, ofensas e ameaças a ministros do Supremo Tribunal Federal.Esse é o terceiro inquérito no Supremo que inclui o presidente. Ele já é investigado pela suposta interferência política na Polícia Federal e por prevaricação no caso Covaxin. O ministro Alexandre de Moraes é o relator dessa investigação e, por isso, coube a ele decidir sobre a inclusão do presidente Jair Bolsonaro.
O voto impresso já foi julgado inconstitucional pelo STF, e a tese de Bolsonaro de que pode não haver eleição no ano que vem já foi rechaçada pelos chefes dos demais poderes, informa a TV Globo.
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JULHO 2021
9 de julho de 2021 – sexta-feira

Charge de Leandro Assis e Triscila Oliveira na Folha de S.Paulo
‘Não temos intenção de proteger quem está à margem da lei’, diz comandante da Aeronáutica sobre corrupção entre militares
Militares são, tradicionalmente, avessos a entrevistas. O recente embate entre as Forças Armadas e o presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), porém, fez com que o comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Junior, decidisse falar. Em entrevista exclusiva ao GLOBO, o brigadeiro Baptista diz que os militares estão incomodados com o que descreve como uma tentativa de associação, por parte da CPI, entre a corporação e as suspeitas de corrupção apuradas pelos senadores. Critica o tratamento dispensado a colegas que estão na mira das investigações, como o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e o ex-secretário-executivo da pasta Elcio Franco. Mas afirma que as Forças não vão tolerar casos comprovados em seus quadros. “Não somos lenientes com desvios e não temos qualquer intenção de proteger ninguém que está à margem da lei.”. O comandante da Aeronáutica diz que os militares se mantêm “dentro das linhas da Constituição”. E trata como um “alerta às instituições” a nota divulgada na noite de terça-feira, na qual ele e os demais comandantes militares dizem que as “Forças Armadas não aceitarão ataques levianos”. Sobre as especulações de que poderiam embarcar numa aventura golpista, afirma: “Homem armado não ameaça”, informa o jornal Extra.
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9 de julho de 2021 – sexta-feira

Reprovação de Bolsonaro vai a 51% e bate novo recorde
Maioria vê presidente desonesto, falso, despreparado, autoritário, pró-ricos, aponta Datafolha.
A reprovação a Jair Bolsonaro atingiu 51%, maior índice nos 13 levantamentos do Datafolha desde que o presidente assumiu o governo em janeiro de 2019. A pesquisa foi feita nos dias 7 e 8, com 2074 pessoas. A margem de erro é de dois pontos.
Na rodada anterior realizada em 11 e 12 de maio, Bolsonaro tinha seu governo avaliado como ruim ou péssimo por 45% dos entrevistados. A piora de desempenho ocorre em segmentos que viam a gestão como regular, em período marcado por acusações de corrupção no Ministério da Saúde, pela atuação da CPI da Covid e pelos primeiros dias nacionais de protestos da oposição.
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4 de julho de 2021 – domingo

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Protestos pedem o impeachment de Bolsonaro pelo país
Com concentração maior em SP, manifestações incluíram as suspeitas de corrupção na compra de vacinas na pauta
Pela terceira vez desde 29 de maio, manifestantes foram às ruas por todo o país para pedir o impeachment do presidente Jair Bolsonaro.
Às críticas ao manejo da pandemia, foram acrescidos protestos pelas suspeitas de corrupção em negociações para compra de vacinas. Além das denúncias de corrupção, em evidência pela CPI da Covid e por um inquérito que apura se Bolsonaro prevaricou, um superpedido de impeachment chegou à Câmara, informa a Folha de S.Paulo.
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Charges junho de 2021
24 de junho de 2021 – quinta-feira
Cai Salles, que conduziu a agenda antiambiente no meio ambiente

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O ministro Ricardo Salles, que conduziu uma agenda antiambiental no Meio Ambiente, pediu demissão nesta quarta-feira (23). Alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal sobre suposto favorecimento a madeireiros, o agora ex-ministro deixa como legado o avanço recorde no desmatamento da Amazônia, um salto de queimadas na floresta e no Pantanal e órgãos e normas ambientais esvaziados, informa a Folha de S.Paulo.
A exoneração ocorreu no dia em que a CPI da Covid ouviu o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ser citado em relato sobre práticas suspeitas na negociação de vacinas. O novo ministro é Joaquim Pereira Leite, secretário da Amazônia e Serviços Ambientais da pasta e egresso da Sociedade Rural Brasileira.
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20 de junho de 2021 – domingo
Capa vazia: Vamos morrer até quando?

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A edição deste domingo (20) da Folha de S. Paulo teve a capa sem nenhuma notícia. Em vez de colocar as matérias nos destaques, o jornal foi veiculado em branco, por conta da marca de 500 mil mortes por Covid-19 que o Brasil atingiu. Destacou a pergunta: Vamos morrer até quando? E a seguinte resposta: “Se uma capa vazia causa incômodo, imagine a dor que causa o vazio nas famílias de 500 mil brasileiros que perderam a vida para covid 19”.
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18 de junho de 2021
Servidor aponta pressão atípica por contrato de vacina na gestão Pazuello, e CPI investiga favorecimento

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Em depoimento mantido em sigilo pelo MPF (Ministério Público Federal), um servidor da área técnica do Ministério da Saúde afirmou ter sofrido pressão de forma atípica para tentar garantir a importação da vacina indiana Covaxin, cujo contrato com a empresa Precisa Medicamentos tinha prazos para fornecimento de doses já estourados naquele momento. Na oitiva obtida pela Folha, o servidor citou o nome de quem, segundo ele, seria um dos responsáveis pela pressão atípica dentro do ministério: o tenente-coronel Alex Lial Marinho, que era homem de confiança do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, general da ativa do Exército.
Marinho foi nomeado pelo então ministro, em 9 de junho de 2020, para o cargo de coordenador-geral de Logística e Insumos Estratégicos para Saúde. Era subordinado ao coronel Élcio Franco então secretário-executivo do ministério, braço direito de Pazuello. Ele foi exonerado no último dia 8 pelo atual ministro da Saúde, Marcelo Quiroga.
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13 de junho de 2021 – domingo
Bolsonaro faz motociata e ataca isolamento em SP

Em discurso no Ibirapuera em São Paulo diante de milhares de apoiadores, após participar de uma motociata neste sábado (12), o presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar as políticas de isolamento e disse comandar um governo que acredita em Deus, é leal à população e que respeita os militares. Bolsonaro também rasgou elogios aos policiais militares paulistas que trabalharam na segurança do evento e disse que que tinha certeza que a PM estaria junto a ele no “cumprimento da lei e da ordem”, expressão que geralmente utiliza ao ameaçar que tomará medidas contra o isolamento social. Bolsonaro diz não estar em campanha eleitoral e falou em “problema sério do vírus”, voltando a equipará-lo ao desemprego. Disse que nunca se curvou à pandemia e, mais uma vez, sugeriu uma regra para dispensar o uso de máscara. “Eu autorizo”, gritaram em resposta os seus apoiadores.
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Maio 2021
24 de maio – segunda-feira
Pazuello vai a manifestação e abre crise no Exército

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Sem usar máscara, o ex-ministro da Saúde compareceu ao ato político de apoio a Bolsonaro, no Rio de Janeiro, o que é proibido para oficiais da ativa pelas normas militares, e deverá sofrer uma punição pelo comando do Exército. O ato foi marcado por uma ‘motociata’, uma carreata puxada por motoqueiros.
As informações são de O Globo em 24/5/2021.
Em 3 de junho, quinta-feira, o comando do Exército decidiu não Pazuello pela participação em evento público, no último dia 23, com o presidente Bolsonaro.
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24 de maio – segunda-feira
Brasil registra 450 mil mortos por Covid-19

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O Brasil chegou a 450.026 mores por Covid-19 nesta segunda-feira (24), apenas 25 dias após ter ultrapassado a marca dos 400 mil óbitos. O país tem o segundo maior número de mortes atualmente, atrás apenas dos Estados Unidos (589 mil). Em número de mortes por 100 mil habitantes, o Brasil está na 11ª posição, segundo dados da Universidade John Hoppins, que monitora os números da pandemia no mundo. As informações são da Folha de S.Paulo.
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21 de maio – sexta-feira
Brasil ignorou em um mês 10 emails sobre imunizantes da Pfizer
E-mails sigilosos trocados entre a Pfizer e o Ministério da Saúde de 14 de agosto a 12 de setembro de 2020 mostram que o governo federal não respondeu ao menos 10 tentativas de negociar a venda de vacinas ao Brasil. A correspondência foi entregue pela farmacêutica à CPÌ da Covid-19. O contrato foi assinado no final de dezembro o que fez com que o país perdesse lugar na fila de encomendas e recebesse milhões de doses a menos do que poderia no 1º trimestre de 2021, auge de pandemia. As informações são da Folha de S.Paulo.
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21 de maio – sexta-feira
Encontro histórico entre Lula e FHC

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O flerte estava na praça há algumas semanas. Desde que voltou ao tabuleiro político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez questão de dizer que estava aberto a conversar com todos e sinalizou ao mercado financeiro, sua disposição para ajustar posições do PT mais ao centro, se necessário. Do seu lado, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o ex-mandatário da redemocratização ao lado do próprio petista, também resolveu fazer um gesto. Depois da campanha de 2018 em que evitou apoiar o petista Fernando Haddad contra Jair Bolsonaro, mesmo dizendo que o ultradireitista era uma ameaça à democracia, o tucano disse, em uma entrevista à TV, que apoiaria Lula contra o atual ocupante do Planalto em um eventual segundo turno no ano que vem. Foi a senha para quebrar as últimas resistências.
O resultado apareceu nesta sexta-feira, quando as redes sociais de Lula divulgaram uma foto simbólica: o petista e FHC, lado a lado, e de máscara, como manda o protocolo pandêmico. Na mensagem, os dois se reuniram em um almoço “com muita democracia no cardápio” a convite de Nelson Jobim. O anfitrião é dono de um currículo imbatível para fazer a ponte: foi ministro da Defesa de Lula, mas ministro da Justiça de FHC, que também o indicou para o Supremo Tribunal Federal (STF). Jobim é um conhecedor dos meandros políticos e, não menos importante, dos humores jurídicos das mais altas cortes no país, um fator essencial na conjuntura brasileira. “Os ex-presidentes tiveram uma longa conversa sobre o Brasil, sobre a democracia e o descaso do Governo Bolsonaro no enfrentamento da pandemia”, diz o texto. A postagem correu como pólvora no dia, ainda mais com um público órfão da principal atração política do momento, a CPI da Pandemia. “Nossas diferenças são muito menores do que o nosso dever histórico de derrotar Bolsonaro”, escreveu o deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ) e um dos atraídos para renovada galáxia de Lula. “É hora de dialogar e construir consensos, porque o que está em jogo é a democracia e a vida dos brasileiros. Parabéns a Lula e FHC pelo gesto de grandeza e responsabilidade com o país.” As informações são do jornal El País – 22.5.2021.
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20 de maio – quinta-feira
Salles é alvo de investigação da PF sobre madeira ilegal
Endereços do ministro Ricardo Salles e do Ministério do Meio Ambiente foram alvos de busca e apreensão pela Polícia Federal nesta quarta-feira (19). Na mesma ação foram afastados o presidente do Ibama, Eduardo Bim, e outros nove servidores. A operação, com 35 mandados de busca em três unidades da Federação, expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, apura suspeitas de corrupção, advocacia administrativa, prevaricação e facilitação de contrabando por agentes públicos. Salles nega ação concatenada de agentes do Ibama e do ministério para favorecimento ou liberação indevidos. Moraes autorizou a quebra de sigilo bancário e fiscal do ministro. Pedido da PF cita R$ 14,1 milhões em transações atípicas. As informações são da Folha de S.Paulo.
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18 de maio – terça-feira
Ernesto confirma à CPI ação de Bolsonaro por cloroquina e dissimula sobre suas agressões à China

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Em depoimento à CPI no Senado nesta terça-feira (18), o ex-chanceler Ernesto Araújo confirmou que mobilizou a estrutura do Ministério das Relações Exteriores para a compra da hidroxicloroquina e afirmou que o processo contou com a atuação do presidente Jair Bolsonaro.
Ernesto também dissimulou sobre seus atritos com a China, país fornecedor de matéria-prima para a fabricação de vacinas, e os ataques que ele próprio desferiu ao país asiático.
Nesse momento do depoimento ele foi repreendido pelo presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), que afirmou que o ex-chanceler estava “faltando com a verdade”, informa a Folha de S.Paulo -19.05.2021).
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12 de maio – quarta-feira e atualizado em 13 de maio – quinta-feira
Datafolha: Lula lidera corrida eleitoral de 2022 e marca 55% contra 32% de Bolsonaro no 2º turno

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Pouco mais de dois meses depois de ter seus direitos políticos restabelecidos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera a corrida para a Presidência com margem confortável no primeiro turno e venceria o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no segundo turno, revela pesquisa Datafolha. O petista alcança 41% das intenções de volto no primeiro turno, contra 23% de Bolsonaro.
Num eventual segundo turno contra Bolsonaro Lula levaria ampla vantagem, com uma margem de 55% a 32%. As informações são da Folha de S.Paulo.
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9 de maio – Dia das Mães

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Abril 2021
28 de abril de 2021 – quarta-feira
Ministro da Casa Civil afirma que tomou vacina contra Covid-19 ‘escondido’

O ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, afirmou que tomou a vacina contra a Covid-19 “escondido”. Na noite de terça-feira (27), ele se manifestou no Twitter sobre a repercussão. “Tomei escondido porque era a orientação, mas vazou. Não tenho vergonha, não.
Eu tomei e vou ser sincero. Como qualquer ser humano eu quero viver. E se a ciência e a medicina estão dizendo que é a vacina, quem sou eu pra me contrapor?”, disse Ramos, de 64 anos.
Em nota, o Ministério da Casa Civil afirmou que ele tomou a vacina da Astrazeneca no dia 18 de abril, em Brasília, e que, “ao dizer de maneira informal que tomou a vacina escondido, Ramos se referia a estar ali como um dos 38 milhões de brasileiros que já se vacinaram, e não como um ministro do estado”. A pasta diz ainda que o fato foi divulgado na imprensa na época. As informações são da CNN.
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22 de abril de 2021 – quinta-feira
Pressionado, Bolsonaro promete na Cúpula do Clima dobrar recursos para repressão ao desmatamento

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Com a imagem ambiental brasileira profundamente danificada pelo aumento do desmatamento na Amazônia nos últimos anos, o presidente Jair Bolsonaro prometeu aos líderes mundiais nesta quinta-feira (22/04) fortalecer os órgãos ambientais do país, “duplicando os recursos destinados a ações de fiscalização”.
O anúncio foi feito em discurso na primeira sessão da Cúpula de Líderes sobre o clima, encontro virtual de 40 países promovido pelo presidente americano, Joe Biden, com objetivo de elevar os compromissos ambientais.
Em seu discurso, Bolsonaro anunciou que a nova meta brasileira é atingir ainda em 2050 a neutralidade climática – quando o país reduz drasticamente suas emissões de gases causadores do efeito estufa e compensa as emissões restantes com medidas ambientais.
“Coincidimos, Senhor Presidente (Biden), com o seu chamado ao estabelecimento de compromissos ambiciosos. Nesse sentido, determinei que nossa neutralidade climática seja alcançada até 2050, antecipando em 10 anos a sinalização anterior”, disse Bolsonaro.
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17 de abril de 2021 – sábado
Salles quer US$ 1 bilhão de ajuda internacional para reduzir desmatamento da floresta amazônica

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O ministro brasileiro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse ontem que se o Brasil receber US$ 1 bilhão de ajuda da comunidade internacional, o país poderá reduzir o desmatamento ilegal da floresta amazônica em até 40%. “Se tivéssemos esse recurso de US$ 1 bilhão (…) a partir de maio e por um período de 12 meses, seria possível se engajar em uma redução de 30% a 40% do desmatamento”, afirmou o ministro brasileiro do Meio Ambiente. Segundo ele, o montante serviria para reforçar a vigilância contra a destruição da floresta e, paralelamente, criar uma “alternativa econômica” para as 25 milhões de pessoas que vivem no local.
As declarações de Salles foram feitas em entrevista à agência AFP, depois que os Estados Unidos pediram ao Brasil uma “ação imediata” para alcançar “resultados concretos” contra o desmatamento ilegal. O apelo ocorreu em resposta a uma carta de sete páginas que o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro (sem partido), enviou ao presidente americano, Joe Biden, na quinta-feira (15) pedindo recursos para erradicar o problema até 2030 – engajamento do Brasil previsto no Acordo de Paris sobre o Clima, assinado em 2015. As informações são do UOL.
14 de abril – quarta-feira
Enquanto Bolsonaro promete a Biden proteger a Amazônia, Salles é alvo de pedido de CPI

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Nesta quarta-feira, mesmo dia em que o presidente Jair Bolsonaro enviava uma carta de sete páginas ao presidente Biden onde prometia acabar com o desmatamento ilegal na Amazônia até 2030, o superintendente da Polícia Federal no Amazonas, delegado Alexandre Saraiva, mandava uma notícia-crime ao Supremo Tribunal Federal pedindo a investigação do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, por atrapalhar os trabalhos de fiscalização ambiental na região.
Os mais de 200.000 metros cúbicos de madeira apreendidos no Pará foram retirados ilegalmente de terras públicas griladas, afirma o inquérito da PF sobre o caso. As madeireiras responsáveis pelas toras não apresentaram documentação válida e tudo foi confiscado. Após a ação, batizada de Operação Handroanthus, Salles visitou duas vezes o local na região de Santarém para prestar apoio aos apontados pela polícia como criminosos. Sugeriu que estava tudo certo com a documentação apresentada pelos madeireiros e pediu a liberação da madeira. As informações são do jornal El País.
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7 de abril – Ministério do Meio Ambiente e PF divergem sobre maior carga de madeira já apreendida no país

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A maior apreensão de madeira da história do Brasil produziu uma situação insólita, no Pará. A Polícia Federal, responsável pela operação que reteve a carga, afirma que ela é produto de desmatamento ilegal. Mas o ministro do meio ambiente, Ricardo Salles, diz o contrário e quer a liberação da madeira.
Não é uma cena que se vê todo dia: o ministro do Meio Ambiente defendendo a liberação da maior apreensão de madeira já feita no país. São mais de 200 mil metros cúbicos, cerca de 65 mil árvores derrubadas.
Ricardo Salles, que já tinha ido ao Pará na semana passada e criticado a operação da Polícia Federal, nesta quarta (7) voltou à região e convidou a imprensa para ir com ele em um avião da FAB.
Salles disse que ouviu dos empresários que a madeira tinha sido derrubada dentro da lei e pediu pressa na análise da PF.
Na segunda-feira (5), em entrevista à “Folha de S.Paulo”, o superintendente da PF no Amazonas, Alexandre Saraiva, criticou a atitude do ministro de defender os madeireiros e disse que “na Polícia Federal não vai passar boiada”.
O delegado fazia referência à reunião ministerial de abril de 2020, em que afirmou Ricardo Salles afirmou que o governo deveria aproveitar que atenção da imprensa estava voltada para a pandemia e ir passando a boiada, ou seja, mudando a legislação ambiental.
A investigação começou em dezembro, quando a Polícia Federal aprendeu uma balsa, em Parintins, no Amazonas, com três mil metros cúbicos de madeira. Parte da carga não estava declarada na guia florestal. O documento é obrigatório e comprova a origem legal das toras.
Depois disso, alguns madeireiros apresentaram autorizações de exploração florestal emitidas pela Secretaria de Meio Ambiente do Pará, mas não apareceu nenhum suposto dono de boa parte da carga. As informações são do Jornal Nacional.
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7 de abril de 2021 – quarta-feira
Bolsonaro é ovacionado em jantar de reaproximação com empresários

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O otimismo dominou o jantar de reaproximação do presidente Jair Bolsonaro com empresários nesta quarta-feira (7) em São Paulo, onde foi discutida a política de vacinação do governo contra o coronavírus. Segundo um dos empresários participantes, Bolsonaro afirmou estar fazendo o máximo possível para garantir a imunização da população. Este mesmo empresário, que pediu para não ser identificado, disse que Bolsonaro falou sobre o fato do Brasil ser um dos poucos países do mundo que fabricam a vacina contra Covid-19. Um dos presentes, que não quis ter o nome divulgado, também contou que o presidente foi “ovacionado” após discursar, sendo aplaudido efusivamente pelos participantes do jantar. Veja a lista completa dos empresários que participaram do jantar abaixo.
O setor empresarial vem cobrando que o governo agilize a vacinação contra a Covid-19. O Brasil ultrapassou, nesta quarta-feira, a marca de 340 mil mortos em decorrência do coronavírus. A comitiva presidencial reuniu representantes de peso do primeiro escalão da gestão Bolsonaro: os ministros Paulo Guedes (Economia), Tarcísio de Freitas (Infraestrutura), Marcelo Queiroga (Saúde), e Fábio Faria (Comunicação), além do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e do general Augusto Heleno (chefe do Gabinete de Segurança Institucional). Questionados por jornalistas ao final do evento, ministros afirmaram que a carta assinada por centenas de empresários e banqueiros cobrando medidas de combate à pandemia não foi discutida no jantar, oferecido por Washington Cinel, dono da empresa de segurança Gocil. As informações são da Folha de S.Paulo.
Veja a lista dos participantes:
Luiz Carlos Trabuco Cappi, do Bradesco
André Esteves, BTG Pactual
David Safra, banco Safra
Alberto Saraiva, Habib’s
Alberto Leite, da FS Holding Carlos Sanchez, EMS
Candido Pinheiro, Hapvida
Claudio Lottenberg, da Conib
Felipe Nascimento, da Mapfre Seguros
Flávio Rocha, da Riachuelo
João Apolinário, Polishop
João Camargo, grupo Alpha
José Isaac Peres, da Multiplan J
José Roberto Maciel, do SBT Rubens Menin, CNN
Rubens Ometto, Cosan
Tutinha, Jovem Pan
Washington Cinel, Gocil
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6 de abril de 2021 – terça-feira
No ano da pandemia, Brasil ganha 11 novos bilionários na lista da Forbes

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O Brasil ganhou 11 novos integrantes na lista de bilionários da revista “Forbes” em 2021, divulgada nesta terça-feira. Entre os novatos estão os irmãos Jacob, David, Alberto e Esther Safra, que herdaram a fortuna do pai, Joseph Safra, morto em dezembro do ano passado. Eles ocupam juntos a posição 358 do ranking global e sua fortuna é estimada em US$ 7,1 bilhões. A mãe deles, Vicky Safra, tem uma fortuna estimada em US$ 7,4 bilhões, mas aparece no ranking como representante da Suíça, onde tem residência.
Já Lily Safra, viúva de Edmond Safra – irmão de Joseph – tem uma fortuna estimada em US$ 1,3 bilhão. Ela também mora na Suíça e já frequenta a lista de bilionários da “Forbes” há muitos anos. Outro novato na lista é David Vélez, o fundador do Nubank, com uma fortuna de US$ 5,2 bilhões. Apesar de ser colombiano, ele mora no Brasil. Também estreiam no ranking da “Forbes” o fundador da XP, Guilherme Benchimol, com fortuna de US$ 2,6 bilhões; e os criadores da Stone, André Street (US$ 2,5 bilhões) e Eduardo de Pontes (US$ 2,4 bilhões). A lista de novos integrantes brasileiros conta ainda com Fabrício Garcia, com US$ 2,1 bilhões; Flavia Bittar Garcia Faleiros, com US$ 2,1 bilhões; e Fernando Trajano, com US$ 1,5 bilhão, todos herdeiros do Magazine Luiza. Luiza Trajano, ex-CEO da varejista, já estava na lista desde 2019.
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Março 2021
29/03/2021 – segunda-feira
Ernesto Araújo pede demissão do Ministério das Relações Exteriores

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A situação política de Ernesto vinha se deteriorando nos últimos dias. No Congresso, a avaliação é a de que a atuação do ministro isolou o Brasil no cenário internacional e prejudicou a obtenção de doses de vacina contra a Covid-19.
Ernesto adotou em sua gestão os mesmos princípios da política externa do ex-presidente norte-americano Donald Trump. Essa postura gerou atritos com importantes parceiros comerciais, como a China, principal destino das exportações brasileiras, além de maior produtor de insumos para vacinas no mundo.
O agora ex-ministro fazia parte da ala ideológica do governo, conhecida por priorizar em sua atuação a defesa das ideias mais típicas do bolsonarismo.
Ernesto Araújo foi anunciado como ministro das Relações Exteriores de Jair Bolsonaro durante a transição de governo, em novembro de 2018, e assumiu o ministério com o início do mandato de Bolsonaro.
Enquanto ministro, Ernesto Araújo criticou a política externa adotada pelo Brasil em governos anteriores. O ministro causou polêmicas com falas sobre comunismo e ao dizer que o fascismo e o nazismo eram de esquerda. As informações são de O Globo.
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27 de março de 2021 – Sinal amarelo da Faria Lima para o governo

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Ainda que sustente uma aprovação na casa dos 25%, o recrudescimento da pandemia vem, pouco a pouco, minando os apoios do governo Bolsonaro. Os resultados da última pesquisa EXAME/IDEIA, divulgados nesta semana, mostram que o presidente ainda é forte entre evangélicos, entre os homens ricos das capitais e também no centro-oeste do país. Mas, no geral, a desaprovação de Bolsonaro já alcança 49%. E, nesta semana, a Carta Aberta dos Economistas e Empresários, que cobra atitudes do governo federal em relação à pandemia, deixou o Planalto em alerta.
“Até alguns meses, o governo acreditava que o ‘pibão brasileiro’ o acompanharia na eleição, mesmo com todas as polêmicas ligadas ao núcleo ideológico do governo. Mas a carta foi um sinal amarelo em relação a esse apoio, pois mostrou que hoje os empresários e economistas já colocam em dúvida seu apoio ao Bolsonaro”, explicou o cientista político Lucas de Aragão, da Arko Advice, no último episódio do podcast Exame Política, que vai ao ar todas as sextas-feiras.
Para Aragão, ainda que haja uma disposição natural da Faria Lima em ser mais antipetista do que antibolsonarista, o apoio da elite financeira do país ao atual governo em 2022 depende, principalmente, de dois fatores: a moderação de Bolsonaro e o “figurino” de Lula, caso seja candidato. “Se Bolsonaro cair no populismo e Lula acene mais ao centro, diminui-se o medo relacionado ao sentimento antipetista. Essa carta transmitiu ao governo a sensação de que, na hora do ‘vamos ver’, é possível que ele perca apoio de alguns desses quadros”, explicou o cientista político.
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24 de março de 2021 – quarta-feira
Brasil atinge marca de 300 mil mortes por covid-19

Após um ano e 300 mil mortes, Bolsonaro anuncia comitê anti-Covid, defende vacinação e prega tratamento precoce
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou nesta quarta-feira (24) a criação de um comitê para coordenar as ações de enfrentamento à pandemia.
“A vida em primeiro lugar. Resolvemos entre outras coisas, de que será criado uma coordenação junto aos governadores com o sr. presidente do Senado Federal”, disse o presidente. “Da nossa parte, um comitê se reunirá toda semana com autoridades para decidirmos ou redirecionarmos o rumo do combate ao coronavírus.”
Segundo governadores, a ideia da criação do grupo foi do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e não de Bolsonaro, durante a reunião na manhã desta quarta que teve participação da cúpula dos Três Poderes.
O grupo deverá ser comandado pelo presidente da República. Já Pacheco será o porta-voz dos governadores.
Após meses negando a gravidade da Covid-19, chegando a afirmar que se tratava de uma “gripezinha”, o presidente justificou a sua preocupação nesta quarta-feira pela maior força da nova cepa do vírus.
Às vésperas do encontro, o presidente fez um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV na noite de terça-feira afirmando que 2021 seria o “ano da vacinação dos brasileiros”.
O presidente mentiu ao falar que, “em nenhum momento, o governo deixou de tomar medidas importantes para combater o coronavírus como para combater o caos na economia”. Nos últimos 12 meses, Bolsonaro minimizou a pandemia, provocou aglomerações, falou contra o uso de máscaras e brecou negociações de imunizantes.
As informações são da Folha de S.Paulo.

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22 de março de 2021 – segunda-feira
Carta aberta de economistas e empresários deixa Planalto alerta

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Uma carta, com mais de 500 assinaturas, elaborada por economistas e empresários de que defende medidas urgentes de enfrentamento à pandemia no Brasil deixou o Palácio do Planalto em alerta nesta segunda-feira (22).
O documento “O País Exige Respeito; a Vida Necessita da Ciência e do Bom Governo – Carta Aberta à Sociedade Referente a Medidas de Combate à Pandemia” aponta uma série de impactos econômicos e sociais atribuídos à pandemia e à demora na imunização.
Entre os signatários estão nomes de peso do mercado financeiro como os ex-ministros da Fazenda Mailson da Nóbrega, Marcilio Marques Moreira, Pedro Malan e Rubens Ricupero; os ex-presidentes do Banco Central Afonso Celso Pastore, Arminio Fraga, Gustavo Loyola, Ilan Goldfajn e Pérsio Arida; e o ex-governador capixaba Paulo Hartung, além de dezenas de acadêmicos e economistas ativos no debate público.
O documento foi enviado às presidências da Câmara, do Senado e do Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Ministério da Economia.
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8 de março de 2021- segunda-feira
Lula volta ao jogo político e pode disputar eleição de 2022

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O ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou nesta segunda-feira (8) a anulação de todas as condenações proferidas contra o ex-presidente Lula pela 13ª Vara Federal da Justiça Federal de Curitiba, responsável pela Lava Jato.
Lula, 75, tinha sido condenado em duas ações penais, por corrupção e lavagem de dinheiro, nos casos do tríplex de Guarujá (SP) e do sítio de Atibaia (SP).
O ministro do STF entendeu que as decisões não poderiam ter sido tomadas pela vara responsável pela operação e determinou que os casos sejam reiniciados pela Justiça Federal do Distrito Federal.
Assim, as condenações que retiravam os direitos políticos de Lula não têm mais efeito e ele pode se candidatar nas próximas eleições, em 2022. Lula estava enquadrado na Lei da Ficha Limpa, já que ambas as condenações pela Lava Jato haviam sido confirmadas em segunda instância.
A decisão de Fachin provocou alvoroço nos meios jurídico e político, ao impor uma derrota histórica à Lava Jato e embaralhar as discussões sobre as eleições de 2022.
O presidente Jair Bolsonaro disse que Fachin, indicado para o Supremo pela ex-presidente Dilma Rousseff, “‘sempre teve uma forte ligação com o PT” e que o “povo brasileiro” não quer Lula candidato.
No Supremo, a avaliação interna é que o despacho de Fachin também tem como objetivo evitar uma anulação em massa de processos da Lava Jato no Supremo. Isso porque essa decisão pode esvaziar a discussão sobre a suspeição do ex-juiz Sergio Moro para ter condenado o petista no caso do tríplex de Guarujá.
Ministros que costumam criticar a Lava Jato, no entanto, já afirmaram sob reserva que pretendem manter o debate sobre a suspeição de Sergio Moro no caso de Lula. A outra corrente da corte irá sustentar que o habeas corpus da defesa do petista sobre o tema perdeu o objeto, uma vez que a sentença do processo já foi anulada.
O fato é que o ministro Gilmar Mendes levou para a 2ª Turma o julgamento da suspeição de Moro. Em 23 de março, com a mudança do voto da ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal, colegiado, por 3 a 2, decidiu pela suspeição do ex-juiz de Curitiba. As informações são da Folha de S.Paulo.
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6 de março 2021 – sábado
Comitiva brasileira embarca para Israel por spray nasal contra Covid 19

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Uma comitiva liderada pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, viaja na manhã deste sábado (6) para Israel. O governo brasileiro visa negociar a compra de um spray nasal que está em fase de testes clínicos para ser usado no tratamento da Covid-19. Entre os representantes do governo federal escalados para a viagem, está o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou na que vai acompanhar a saída da comitiva da base aérea de Brasília. Segundo ele, as autoridades brasileiras vão se encontrar com o primeiro ministro israelense, Benjamin Netanyahu. O spray, de nome EXO-CD24, ainda não tem eficácia comprovada e está sendo desenvolvido pelo Centro Médico Ichilov, em Israel. O medicamento, até então, era utilizado de forma experimental contra o câncer de ovário.
Ainda em fase preliminar de estudos, o spray nasal passou a ser usado em testes contra a Covid-19 e os primeiros resultados mostram que 29, dos 30 voluntários estudados, não evoluíram para casos graves da doença. As informações são da CNN Brasil.
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1º de março de 2020 – segunda-feira
Flávio Bolsonaro compra mansão de R$ 6 milhões em bairro de luxo de Brasília

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O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, comprou no início deste ano uma mansão no valor de R$ 6 milhões no bairro do Lago Sul, zona nobre de Brasília. Flávio é investigado pela suposta existência de um esquema de desvios de recursos dos salários de seus assessores quando era deputado estadual da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e, na investigação, é suspeito de realizar a lavagem de dinheiro por meio da venda e compra de imóveis.
A compra da casa foi revelada nesta segunda-feira pelo site “O Antagonista”. O GLOBO também teve acesso ao registro do negócio em cartório, cujo valor da compra foi de R$ 5,97 milhões. O documento informa que o imóvel tem 2.400 m², fica localizado em uma área batizada de “Setor de Mansões Dom Bosco”, e teve a aquisição registrada no dia 29 de janeiro deste ano. Constam como compradores Flávio e sua esposa Fernanda Antunes Figueira Bolsonaro, casados sob comunhão parcial de bens. A vendedora é a RVA Construções e Incorporações.
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Fevereiro 2021
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25 de fevereiro 2021 – terça-feira
Brasil bate 250 mil mortes após um ano do primeiro caso de covid-19 ser diagnosticado no país.
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20 de fevereiro de 2021 – sábado
Bolsonaro intervém e indica um general para presidir Petrobras
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Na tentativa de intervir na Petrobras e de conter a lata dos combustíveis, Jair Bolsonaro indicou o general Joaquim Silva e Luna como presidente da estatal. Ele substituirá Roberto Castello Branco. A decisão representa uma derrota para Paulo Guedes (Economia) que defendia a permanência de Castelo Branco, alvo de crítica do presidente. Prevaleceu o interesse da ala militar. Ex-ministro da Defesa, Luna é hoje diretor da Itaipu Nacional.
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18 de fevereiro de 2021 – quinta-feira
O deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) foi preso em flagrante na noite de terça (16/2) por ameaçar ministros do Supremo e a ordem democrática em uma mensagem de vídeo publicada horas antes. A determinação foi de Alexandre de Moraes, relator dos inquéritos sobre fake News e atos antidemocráticos no tribunal. Silveira é alvo dos dois. Ex-PM que acumulou punições e quebrou placa de Marielle Franco, Silveira usa no vídeo palavrões contra os juízes, os acusa de vender sentenças e sugere agredi-los. Sua defesa alega liberdade de expressão.
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Janeiro 2021

6 de janeiro – Multidão invade Capitólio insuflada por Trump
Insuflada por Trump multidão invade e vandaliza Congresso. A ação obrigou a Câmara e o Senado a trancarem suas portas e paralisarem a sessão que deveria confirmar a vitória presidencial de Joe Biden. Com isso, o Capitólio vu um cenário de caos poucas vezes visto na história americana. Pessoas fantasiadas de viking confrontavam assessores, jornalistas foram trancados no porão e bombas de gás lacrimogêneo foram disparadas dentro dos plenários do Senado e da Câmara – os congressistas receberam máscaras de proteção.
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14 de janeiro – Colapso em Manaus: falta de oxigênio “Acabou o oxigênio de toda uma unidade de saúde. Tem muita gente morrendo! Pelo amor de Deus!”. O clamor feito pela psicóloga Thalita Rocha em um vídeo gravado em frente ao SPA (Serviços de Pronto Atendimento) de Redenção, em Manaus, mostra a situação dramática que vivem os hospitais da cidade em virtude do aumento de casos de covid-19, informa a Folha de S.Paulo. Assim como ela, médicos e familiares entraram em desespero e usaram as redes sociais relatando a falta de cilindros de oxigênio para atender pacientes internados em diversos hospitais, vítimas do novo coronavírus.
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21 de janeiro – Manaus e vacinação fortalecem impeachment
A morte de pacientes por falta de oxigênio em Manaus e os fracassos em série do planejamento federal para aquisição e distribuição de vacinas contra a Covid-19 deram mais solidez ao embasamento jurídico passível de ser usado para abertura de um processo de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A análise das regras da Constituição e da Lei dos Crimes de Responsabilidade (1.079/50), os dois mecanismos jurídicos cabíveis, mostra a possibilidade de enquadramento de vários atos e omissões de Bolsonaro e do governo no enfrentamento da doença que já causou a morte de mais de 210 mil pessoas no país.
A Folha compilou ao menos 23 situações em que Bolsonaro, em seus dois anos de governo até aqui, promoveu atitudes que podem ser enquadradas como crime de responsabilidade, e que vão da publicação de um vídeo pornográfico em suas redes sociais no Carnaval de 2019 aos reiterados apoios a manifestações de cunho antidemocrático.
No caso da pandemia, dos oito especialistas ouvidos pela reportagem, sete apontam a garantia social da saúde da população como a principal regra violada pelo governo.
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As charges de 2020
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Dezembro 2020

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15 de dezembro: Deu no New York Times: Plano de vacinação para Covid-19 do Brasil está mergulhado no caos e ‘brincando com vidas’
“Enquanto os países apressavam seus preparativos para imunizar cidadãos contra a Covid-19, o Brasil, com seu programa de imunização de renome mundial e robusta capacidade de fabricação de produtos farmacêuticos, deveria estar em uma vantagem significativa. Mas brigas políticas internas, um planejamento a esmo e um movimento antivacinas nascente deixaram o país, que sofreu a segunda maior taxa de mortalidade da pandemia, sem um programa de vacinação claro. Seus cidadãos agora não têm noção de quando podem obter alívio de um vírus que colocou o sistema de saúde pública de joelhos e esmagou a economia. — Eles estão brincando com vidas — diz Denise Garrett, epidemiologista brasileira-americana do Sabin Vaccine Institute, que trabalha para expandir o acesso às vacinas — Beira um crime.”
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16 de dezembro: Pazuello não entende a ‘angústia’ do país em torno da demora da vacina
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Ministro da Saúde de um país sem estratégia de vacinação nem seringas, Eduardo Pazuello afirmou há pouco, na cerimônia em que se dispôs a apresentar o dito plano — que já deveria ser conhecido há semanas — de imunização, que o governo está trabalhando, mas que não entende a “angústia” das pessoas em torno da vacina. O descolamento de realidade do chefe do Ministério da Saúde é emblemático, afirma a Veja. O país se aproxima da marca de 200.000 mortes por coronavírus. Vive uma segunda onda depois de passar meses negligenciando medidas importantes que poderiam ter sido antecipadas para garantir agilidade no início da vacinação e é essa a mensagem do timoneiro da Saúde ao país. “O povo brasileiro tem capacidade de ter o maior sistema único de saúde do mundo, de ter o maior programa nacional de imunização do mundo, nós somos os maiores fabricantes de vacinas da América Latina. Pra que essa ansiedade, essa angústia? Somos referência na América Latina e estamos trabalhando”, disse Pazuello diante das cobranças sobre o governo.
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25 de dezembro: Brasileiros não ‘ganham’ a vacina contra Covid-19 no Natal
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28 de dezembro – Vacina contra a Covid – Quase 5 milhões de pessoas já receberam doses no mundo, nenhuma no Brasil
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Com o início ontem da campanha de imunização da União Europeia, mais de 40 países já estão vacinando contra Covid-19. São pelo menos 4,8 milhões de pessoas no mundo que receberam a primeira dose de uma das vacinas. No Reino Unido, a segunda dose da Pfizer será aplicada a partir do dia 30, terça-feira. Já o Brasil ainda não tem uma data prevista para começar sua imunização, mas o CEO da farmacêutica AstraZeneca afirmou em entrevista que a vacinação em parceria com a Universidade de Oxford, a única até aqui adquirida pelo governo brasileiro, terá eficácia alta, informa o Globo.
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30 de dezembro de 2020 – Bolsonaro confirma fim de auxílio emergencial e minimiza pandemia: “Toca a vida“
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O presidente Jair Bolsonaro confirmou nesta quarta-feira que o auxílio emergencial não terá continuidade em 2021 e minimizou mais uma vez a pandemia, apesar de o país já ter registrado mais de 7,5 milhões de casos de covid19 e 192,7 mil mortes. Ao passear pela Praia Grande, no litoral paulista, Bolsonaro criticou os governadores por determinarem medidas de isolamento social, com o fechamento de comércios e serviços, e disse que mantém a mesma estratégia desde o começo da pandemia: “Toca a vida”. O presidente gerou aglomeração na praia e foi recebido por dezenas de apoiadores que não usavam máscaras, muitos deles idosos, informa o Valor Econômico.
O presidente disse que o país se endividou para conter a pandemia e “chegou ao limite” em relação ao auxílio emergencial. “Sei que muitos cobram, querem coisa melhor e alguns esquecem até que estamos terminando um ano atípico, onde nós nos endividamos em R$ 700 bilhões para conter a pandemia, [para] dar o auxílio emergencial para quem perdeu tudo. Os informais, em grande parte, perderam tudo, a renda foi a zero. Querem que a gente renove [o auxílio emergencial], mas a nossa capacidade de endividamento chegou ao limite”, disse o presidente a uma pessoa de sua comitiva, que gravou a declaração e divulgou no Facebook de Bolsonaro. Ontem, a Caixa Econômica Federal pagou a última parcela do auxílio emergencial a 3,2 milhões de pessoas, encerrando o calendário de pagamentos.
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7 de novembro de 2020: Biden derrota Trump e é declarado presidente eleito dos EUA
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Joseph Robinette Biden Jr., 77, foi declarado presidente eleito dos Estados Unidos neste sábado (7), segundo projeções da imprensa americana, na semana em que completou 50 anos desde a primeira vez que assumiu um cargo político, informa a Folha de S.Paulo.
Os EUA escolheram, assim, Biden como o 46º presidente de sua história, depois de o democrata derrotar Donald Trump numa disputa histórica e acirrada, que o atual líder americano decidiu levar à Justiça. Antes mesmo de haver um resultado final, o republicano se declarou vencedor da eleição e disse que iria à Suprema Corte para interromper a contagem de votos —com o temor de que aqueles enviados por correio, de maioria democrata, virassem o jogo em estados-chave, como de fato aconteceu.
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O presidente Jair Bolsonaro só iria reconhecer em 15 de dezembro, terça-feira, a vitória do democrata Joe Biden. Em telegrama diplomático enviado pelo Itamaraty, e depois repetido em suas redes sociais, Bolsonaro foi um dos últimos líderes mundiais a reconhecer a eleição de Biden – 35 dias depois de sua vitória. “Saudações ao presidente Joe Biden, com meus melhores votos e a esperança de que os EUA sigam sendo ‘a terra dos livres e o lar dos corajosos’”, disse Bolsonaro.
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20 de novembro de 2020 – Homem negro é espancado até a morte em supermercado do grupo Carrefour em Porto Alegre

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João Alberto Silveira Freitas, 40, foi espancado e morto na noite de quinta-feira (19) por dois seguranças de uma unidade do supermercado Carrefour em Porto Alegre. Homem negro, ele morreu sob as vistas de testemunhas e teve seu assassinato filmado na véspera do Dia da Consciência Negra.
O vídeo do assassinato se disseminou por redes sociais e sites de notícias a partir do fim da noite de quinta, gerando indignação e revolta em Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro, onde manifestações pelo Dia da Consciência Negra —a data não é feriado em Porto Alegre— se tornaram protestos pela morte.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não havia feito nenhuma declaração a respeito até a publicação desta matéria. Seu vice, Hamilton Mourão, lamentou o ocorrido, mas disse que não vê relação entre o episódio e o racismo, destaca a Folha de S.Paulo.
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“Foi um episódio de racismo. Basta ver a força da agressão. Primeira coisa que perguntei foi: ‘Ele estava roubando?’. Se não estava, por que ser agredido? E por que ser agredido brutalmente pelos seguranças?” disse o pai, João Batista Rodrigues Freitas, 65.
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25 de novembro de 2020: Adeus, Deus!
Morre o mais humano dos deuses, destaca em sua manchete O Globo.
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Herói, gênio, político, celebridade pop, doente e jogador de futebol, Diego Armando Maradona não precisou morrer para virar um mito. O adeus do argentino, que por algumas vezes driblou a morte, aconteceu nesta quarta-feira (25). Vítima de uma parada cardiorrespiratória em casa, em Tigre, na região de Buenos Aires, deixou um séquito de fãs que o consideram Deus.
Campeão mundial em 1986, quando teve seu auge na Copa do México, tornou-se uma das figuras mais populares e controversas das últimas décadas. Ganhou em 2000 uma eleição popular feita pela Fifa na internet para eleger o melhor jogador do século 20. Com 53,6% dos votos, superou Pelé (18,53%) nessa enquete e levou um troféu da entidade, que conferiu também ao brasileiro um prêmio de melhor do século 20, só que em votação da “Família do Futebol”, um comitê montado pela Fifa.
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OUTUBRO 2020
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9 de outubro – sexta-feira: o Antagonista escreve que o ministro Marco Aurélio, do Supremo, põe em liberdade André de Oliveira Macedo, o André do Rap, apontado pelo Ministério Público de São Paulo como um dos mais importantes líderes do PCC no tráfico internacional de drogas, e que ele deve ser solto hoje. Condenado a mais de 25 anos de prisão e preso desde setembro de 2019, ele conseguiu um habeas corpus no STF, concedido por Marco Aurélio Mello, na terça (6).
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10 de outubro – sábado: o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Fux, suspendeu uma decisão do ministro da Corte Marco Aurélio Mello e determinou o retorno imediato à prisão de André de Oliveira Macedo, conhecido como André do Rap. Mas já era tarde. Macedo, 43, deixou a penitenciária de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, na manhã deste sábado (10) após decisão de Marco Aurélio, que havia considerado que ele estava preso desde o final de 2019 sem uma sentença condenatória definitiva, excedendo o limite de tempo previsto na legislação brasileira. A defesa de André do Rap afirmou que ele iria de Presidente Venceslau para Guarujá (SP), onde poderia ser encontrado. De acordo com o Jornal Nacional, da TV Globo, ele foi seguido por investigadores e, em vez de seguir para o litoral, foi para Maringá (PR), de onde autoridades acreditam que ele fugiu para o Paraguai, informa a Folha de S.Paulo e não foi mais encontrado.
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14 de outubro – quarta-feira: PF apreende dinheiro entre as nádegas de vice-líder do governo Bolsonaro em ação sobre Covid
Em operação realizada nesta quarta-feira (14) em Roraima contra o desvio de recursos públicos para o enfrentamento à Covid-19, a Polícia Federal apreendeu dinheiro vivo dentro da cueca de Chico Rodrigues (DEM-RR), vice-líder do governo Bolsonaro no Senado.
Parte das notas, de acordo com investigadores envolvidos no caso, estavam entre as nádegas de Rodrigues. Cerca de R$ 30 mil foram encontrados na casa do parlamentar. A informação foi divulgada pela revista Crusoé e confirmada pela Folha.
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20 de outubro – terça-feira: “Vacina do Butantan será vacina do Brasil”.
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O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, anunciou um acordo com o estado de São Paulo para a compra de 46 milhões de doses da Coronav, vacina da farmacêutica chinesa Sinovac que será produzida no Brasil pelo Instituto Butantan e afirmou, em reunião com governadores nesta terça-feira (20), que vai incorporá-la ao Programa Nacional de Imunizações, segundo informações da Folha. “A vacina do Butantan será a vacina do Brasil’, disse Pazuello no encontro com secretários de saúde dos estados. “O Butantan já é o grande fabricante de vacinas para o Ministério da Saúde, produz 75% das vacinas que nós compramos.” O ministro disse também que as vacinas serão fabricadas até o início de janeiro e devem ser aplicadas no mesmo mês. Ao anunciar o acordo, Pazuello disse: “Isso reequilibra o processo’.
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21 de outubro – quarta-feira: Bolsonaro desautoriza Pazuello e suspende compra da vacina Coronavac
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A compra da vacina Coronavac pelo governo federal virou objeto de disputa política. O presidente Jair Bolsonaro desautorizou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e suspendeu a compra do produto desenvolvido pelo laboratório chinês Sinovac com o Instituto Butantan, de São Paulo.
Nesta quarta-feira (21) cedo, em uma rede social, o presidente disse: “A vacina chinesa de João Doria, qualquer vacina antes de ser disponibilizada à população, deve ser comprovada cientificamente pelo Ministério da Saúde e certificada pela Anvisa. O povo brasileiro não será cobaia de ninguém. Minha decisão é a de não adquirir a referida vacina”.
E na tarde desta quarta, no interior de São Paulo, Bolsonaro voltou a dizer que não tem interesse na vacina chinesa: “Já mandei cancelar. O presidente sou eu, não abro mão da minha autoridade. Até porque estaria comprando uma vacina que ninguém está interessado por ela, a não ser nós. Não sei se o que está envolvido nisso tudo é o preço vultoso que vai se pagar por essa vacina para a China”.
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SETEMBRO 2020
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1º de setembro de 2020 – terça-feira: “Toma vacina quem quer”
O presidente Jair Bolsonaro afirmou que “ninguém pode obrigar ninguém a tomar vacina”. A afirmativa foi feita em um dia que o Brasil ultrapassou os 122 mil mortos pela Covid-19 e preocupa em razão da movimentação antivacina e o desincentivo à imunização uma vez que esteja disponível.
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22 de setembro – terça-feira: Brasil é vítima de campanha brutal de desinformação sobre Amazônia e Pantanal
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O presidente Jair Bolsonaro fez, nesta terça-feira (22), o discurso de abertura da 75ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Nele, o presidente disse que o Brasil é “vítima” de uma campanha “brutal” de desinformação sobre a Amazônia e o Pantanal. O discurso foi apresentado por meio de um vídeo gravado. Por causa da pandemia de Covid-19, a reunião da ONU neste ano, baseada na sede da entidade em Nova York, é virtual.
Principais pontos do discurso:
- Existe uma campanha de desinformação sobre Amazônia e Pantanal
- A floresta amazônica é úmida e só pega fogo nas bordas
- Os responsáveis pelas queimadas são ‘índios’ e ‘caboclos’
- O óleo derramado no litoral brasileiro em 2019 é venezuelano, foi vendido sem controle e chegou à costa após derramamento ‘criminoso’
- Orientações para as pessoas ficarem em casa na pandemia ‘quase’ levaram o país ao ‘caos social’
- O Brasil é um país cristão e conservador e a ‘cristofobia’ deve ser combatida
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30 de setembro – quarta-feira: Lamentável, sr. Joe Biden’, diz Bolsonaro após fala de candidato americano sobre Amazônia
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) classificou como lamentável a fala do candidato democrata à Casa Branca, Joe Biden, sobre a Amazônia e disse não estar à venda. Ele reagiu —em português e em inglês— à declaração de Biden no caótico primeiro debate com seu opositor Donald Trump na noite de terça-feira (29).
Ao abordar os incêndios que devastam parte da Costa Oeste dos EUA, Biden mencionou também as recentes queimadas na Amazônia e afirmou que uma de suas propostas é trabalhar com países ao redor do mundo para atacar o aquecimento global.
“A floresta tropical no Brasil está sendo destruída”, criticou o democrata, que prometeu se juntar a outros países e oferecer US$ 20 bilhões (R$ 112 bi) para ajudar na preservação da região.
“O candidato à Presidência dos EUA Joe Biden disse ontem [terça-feira] que poderia nos pagar US$ 20 bilhões para pararmos de ‘destruir’ a Amazônia ou nos imporia sérias restrições econômicas”, escreveu Bolsonaro em uma rede social.
“O que alguns ainda não entenderam é que o Brasil mudou. Hoje, seu presidente, diferentemente da esquerda, não mais aceita subornos, criminosas demarcações ou infundadas ameaças. NOSSA SOBERANIA É INEGOCIÁVEL”, continuou Bolsonaro, destacando com letras maiúsculas o fim da frase. O presidente seguiu dizendo que seu governo está realizando “ações sem precedentes” na proteção à Amazônia. “Cooperação dos EUA é bem-vinda, inclusive para projetos de investimento sustentável que criem emprego digno para a população amazônica, tal como tenho conversado com o presidente Trump.”
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, ironizou a fala de Biden. “Só uma pergunta: a ajuda dos US$ 20 bilhões do Biden é por ano?”, publicou em uma rede social.
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AGOSTO
Sábado, 8 de agosto de 2020: Cheques para Michelle põem Bolsonaro em contradição –
A quebra do sigilo bancário do policial militar aposentado Fabrício Queiroz revela novos repasses do amigo do presidente Jair Bolsonaro à primeira-dama Michelle Bolsonaro, de acordo com reportagem publicada ontem pela revista Crusoé. Extratos põem em dúvida a justificativa sobre empréstimos apresentada pelo Bolsonaro. Até então se sabia de transferências que somavam R$ 24 mil para a mulher do presidente. O próprio presidente, na revelação do fato, falou em 10 cheques de R$ 4 mil. Os valores seriam para quitar uma dívida de R$ 40 mil que Queiroz tinha consigo e que recursos foram destinados para a esposa porque ele não ‘tem tempo para sair’. Segundo a revista, porém, os cheques que caíram na conta dela soma R$ 72 mil. A Folha confirmou a informação da publicação e apurou que o vazamento foi ainda maior. Além dos 21 cheques de Queiroz depositados para Michelle de 2011 a 2016, sua mulher, Márcia Aguiar repassou à primeira-dama outros R$ 17 mil em 2011.
No total, R$ 89 mil, em 27 movimentações bancárias.
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Domingo, 9 de agosto de 2020: o Brasil chega a triste marca de 100 mil mortes.
Rosana Aparecida foi a primeira das 100 mil vítimas de Covid-19 no Brasil. Em cinco meses, pandemia marcou para sempre milhares de família, expôs o despreparo do governo e acelerou o passo da ciência, informa O Globo.
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Sexta-feira, 14 de agosto: Jair Bolsonaro está com melhor avaliação desde que começou seu mandato. Segundo o Datafolha, 37% dos brasileiros consideram seu governo ótimo ou bom, antes 32% da pesquisa anterior em 23 e 24 de julho. Houve acentuada queda na curva da rejeição. Passaram de 44% para 34% da rejeição os que julgaram ruim e péssimo. A melhora nos números ocorre junto com uma mudança de perfil do presidente. Principalmente, após a prisão de Fabrício Queiroz, moderou declaração contra adversário e parou de municiar apoiadores radicais. Com a distribuição do auxílio emergencial, Bolsonaro ampliou ações no Nordeste, onde sua reprovação foi de 52% para 35%. A região tem 27% de população brasileira em 45% de seus habitantes pediram o benefício.
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Segunda-feira – 17 de agosto – Um sapo e uma girafa de pelúcia. Ao lado da avó e de uma assistente social, essas foram as companhias da garota de 10 anos, que denunciou ser estuprada desde os seis por um tio, no voo que a levou de Vitória até o Recife no último domingo. Ali, uma força-tarefa de apoio, formada majoritariamente por mulheres, havia sido montada e já estava de prontidão para auxiliar na peregrinação da menina para garantir a realização do aborto, que, no caso dela, está assegurado pela legislação, informa o El País. Na chegada ao aeroporto, um carro já esperava por ela, para levá-la diretamente ao hospital.
Aos 10 anos, ela fez aborto após ter seus dados expostos por extremistas da direita e enfrentar a pressão de Damares, ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, de pastores, padres e até de médicos.
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JULHO 2020
Sábado, 11 de julho de 2020: Gilmar Mentes, ministro do Supremo Tribunal Federal, afirma que o Exército está se associando a um “genocídio”, ao se referir à crise do novo coronavírus agravada pela falta de um titular da Saúde. O Brasil está há 58 dias sem um ministro para a pasta. O general Eduardo Pazuello assumiu interinamente o ministério após o ex-ministro Nelson Teich se demitir em 15 de maio, informa o Estadão.
“Não podemos mais tolerar essa situação que se passa no Ministério da Saúde. Não é aceitável que se tenha esse vazio. Pode até se dizer: a estratégia é tirar o protagonismo do governo federal, é atribuir a responsabilidade a Estados e municípios. Se for essa a intenção é preciso se fazer alguma coisa”, afirmou Gilmar, em videoconferência realizada pela revista IstoÉ. “Isso é péssimo para a imagem das Forças Armadas. É preciso dizer isso de maneira muito clara: o Exército está se associando a esse genocídio, não é razoável. É preciso pôr fim a isso”.
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Segunda-feira, 13 de julho: o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, entrou com uma representação na PGR (Procuradoria-Geral da República) contra Gilmar Mendes, informa a Folha de S.Paulo. No sábado, o ministro do Supremo Tribunal Federal havia dito que “o Exército está se associando a esse genocídio, não é razoável, gerando grande contrariedade entre os militares. Ele se referia às políticas do Ministério da Saúde, chefiado interinamente pelo general Eduardo Pazuello, no combate ao novo coronavírus.
“Comentários dessa natureza, completamente afastados dos fatos, causam indignação. Trata-se de uma acusação grave, além de infundada, irresponsável e sobretudo leviana. O ataque gratuito a instituições de Estado não fortalece a democracia”, diz o texto.
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Sexta-feira, 17 de julho: E o governo militar falha outra vez. “A representação à PGR de Fernando Azevedo e Silva, da Defesa, contra o ministro Gilmar Mendes, do STF, apelando para a Lei de Segurança Nacional e ao Código Penal Militar, tem o odor inequívoco de república bananeira. É o general que sobrevoou a Praça dos Três Poderes num helicóptero de combate quando em solo, fascistoides pregavam o fechamento do Congresso e do Supremo. Os militares decidiram sair dos quartéis para colonizar o governo. A janela se abriu com a eleição de Jair Bolsonaro à esteira da razia provocada pelos desmandos da Lava Jato. O resultado é um desastre de proporções amazônicas. A institucionalidade trincada nos conduziu à terra dos mortos – desmatada e queimada.” (Reinaldo Azevedo, na Folha de S.Paulo).
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JUNHO 2020

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1º de junho – segunda-feira – Folha de S.Paulo estampa a manchete: Manifestos pró-democracia buscam recriar clima de Diretas Já após ataques de Bolsonaro
Uma profusão de manifestos em favor da democracia após ataques do presidente Jair Bolsonaro a instituições tomou as redes sociais e as páginas de jornal nos últimos dias, buscando recriar um certo clima de Diretas Já.
Os manifestos acontecem após o presidente Jair Bolsonaro ter requisitado um helicóptero oficial para sobrevoar a Esplanada dos Ministérios neste domingo (31) e prestigiar mais uma manifestação a favor de seu governo e contra o STF (Supremo Tribunal Federal) e o Congresso e com pedidos de intervenção militar. Com o presidente no helicóptero estava o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo. Depois, Bolsonaro desceu e caminhou para cumprimentar seus apoiadores que estavam em frente ao Planalto. Ele não utilizava máscara, obrigatória no Distrito Federal como medida de combate à Covid-19.
Se a comparação com o movimento de 1984 ainda pode soar um tanto exagerada, há um paralelo evidente entre os dois momentos.
O principal, a união de adversários ideológicos contra um inimigo comum, associado ao autoritarismo. Em geral, contudo, não há defesa explícita do afastamento do presidente.
A maior iniciativa é o Movimento Estamos Juntos, lançado no sábado (30) e que resgata a cor amarela —símbolo do Diretas Já. No fim de semana, arrebanhou assinaturas online ao ritmo de 8.000 por hora e reunia mais de 150 mil até a noite deste domingo (31).
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Veja os movimentos em defesa da democracia:
Estamos Juntos
Reúne artistas e intelectuais de campos ideológicos diversos, como Lobão e Caetano Veloso. Até a noite deste domingo (31/5) tinha mais de 150 mil assinaturas.
Basta!
Organizado por juristas e advogados e lançado neste domingo (31), o movimento tem aproximadamente 700 assinaturas, que incluem nomes como Antonio Claudio Mariz de Oliveira e Claudio Lembo.
As Forças Armadas e a Democracia
Manifesto assinado por 170 profissionais ligados ao direito, entre eles três ex-ministros da Justiça, pede que as Forças Armadas respeitem a democracia.
Presidentes dos TJ
Presidentes dos 27 Tribunais de Justiça do país manifestaram “integral apoio” ao STF (Supremo Tribunal Federal), alvo de ataques do presidente Jair Bolsonaro
Procuradores
Manifesto assinado por 535 integrantes do Ministério Público Federal, na quinta-feira (28), pediu a aprovação pelo Congresso de uma proposta que obrigue o presidente da República a escolher a chefia da PGR por meio de uma lista tríplice votada pela categoria.
Comissão Arns de Direitos Humanos
Entidade divulgou manifestação na qual afirma se preocupar com “manifestações desestabilizadoras feitas por agentes públicos” e que atingem o STF e seus ministros.
Somos 70 por cento
Campanha contra o presidente com apoio de celebridades como a apresentadora Xuxa
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7 de junho – domingo: Governo deixa de informar total de mortes e casos de Covid-19; Bolsonaro diz que é melhor para o Brasil
O Brasil restringiu a divulgação de dados sobre o impacto do novo coronavírus no país. Desde a noite de sexta-feira, o Ministério da Saúde não mais informa o total de mortes e nem o total de casos confirmados da Covid-19 durante a pandemia.
O portal do Ministério da Saúde com as informações consolidadas saiu do ar na noite da sexta-feira (5), e só retornou na tarde deste sábado (6). Agora, a página mostra somente os números registrados no último dia.
O presidente Jair Bolsonaro confirmou a mudança na metodologia de divulgação sobre vítimas da Covid-19.
As mudanças ocorrem após dois dias seguidos com recorde de mortes e divulgação tardia dos números. O país é o terceiro no mundo com mais mortes acumuladas em decorrência da doença, mais de 35 mil, e acumula mais de 640 mil casos de coronavírus, número que, segundo especialistas, pode ser múltiplas vezes maior devido à baixa testagem no país.
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18 de junho – sexta-feira: Durante muito tempo, a pergunta Onde está Queiroz? esteve presente no noticiário.
Até que Fabrício Queiroz é preso em SP na casa de advogado de Bolsonaro e de seu filho Flávio, em 18/6.
O policial militar aposentado Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro e amigo do presidente Jair Bolsonaro, foi preso na manhã desta quinta-feira (18) em Atibaia, no interior de São Paulo. O mandado de prisão foi expedido pela Justiça do Rio de Janeiro —ele não era considerado foragido. Queiroz estava em um imóvel do advogado Frederick Wassef, responsável pelas defesas de Flávio e do presidente Bolsonaro. Wassef é figura constante no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, e em eventos no Palácio do Planalto.
A Operação Anjo, batizada com esse nome por causa do apelido de Wassef entre os investigados, foi coordenada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, que indicou o paradeiro de Queiroz aos policiais de São Paulo. O ex-assessor de Flávio foi transferido para o Rio de Janeiro ainda na manhã de quinta-feira.
Queiroz é investigado por participação em suposto esquema de “rachadinha” na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro. A prática da “rachadinha” ocorre quando funcionários são coagidos a devolver parte de seus salários. O filho de Bolsonaro foi deputado estadual de fevereiro de 2003 a janeiro de 2019.
21 de junho – domingo: Brasil chega a 50 mil mortes provocadas pela Covid-19.
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28 de junho – terça-feira: Datafolha destaca que para a maioria dos brasileiros atos contra o Supremo Tribunal Federal ameaçam a democracia.
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Maio 2020
Apesar de o presidente Bolsonaro ser contra o uso da máscara, ela é considerada essencial para combater o coronavírus – conforme mostra a charge abaixo feita sob quadro da pintora Tarsila do Amaral.
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1º de maio – sexta-feira: o presidente Bolsonaro ataca a decisão do ministro Alexandre de Moraes de barrar a nomeação de Alexandre Ramagem, amigo de sua família para comandar a Polícia Federal, após acusação de Sergio Moro de tentativa de interferência política na corporação. E Bolsonaro desafia o Supremo ao exaltar o apoio militar e dizer que chegou a seu limite.
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2 de maio – sábado: em depoimento à Polícia Federal, o ex-ministro da Justiça Sergio Moro afirmou que o presidente Jair Bolsonaro pediu a ele no começo de março deste ano a troca do chefe da Polícia Federal no Rio de Janeiro.
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15 de maio, sexta-feira: após receber de Bolsonaro ultimato para ampliar o uso da cloroquina para pacientes com quadros leves da Covid-19, sem evidências científicas dos benefícios do medicamento, Nelson Teich, novo ministro da Saúde, pede demissão. Esse pedido acontece dois dias antes de completar um mês no cargo.
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17 de maio – domingo: Folha afirma que o senador Flávio Bolsonaro teria sido informado com antecedência de que a operação Furna da Onça, que atingiu Fabrício Queiroz, à época, funcionário de Flávio, seria deflagrada. A afirmação é do empresário Paulo Marinho, suplente do senador, e figura importante na campanha presidencial de Bolsonaro, em entrevista à colunista Mônica Bergamo, da Folha. Ele “foi avisado da existência da operação entre o primeiro e o segundo turnos das eleições, por um delegado da Polícia Federal que era simpatizante da candidatura de Jair Bolsonaro. Mais: os policiais teriam segurado a operação, então sigilosa, para que ela não ocorresse no meio do segundo turno, prejudicando assim a candidatura de Bolsonaro.”
22 de maio – sexta-feira: o ministro do Supremo, Celso de Mello, autoriza a divulgação do vídeo da reunião ministerial do governo Bolsonaro que integra o inquérito que investiga a suposta interferência do presidente na Polícia Federal – conforme denúncia do ex-ministro da Justiça, Sergio Moro. Essa reunião é recheada de palavrões, ameaças de prisão, xingamentos e ataques a governadores e integrantes do Supremo. E o combate à pandemia é deixado de lado. Vejam algumas frases ditas na reunião:
“Não vou esperar foder a minha família toda, de sacanagem, ou amigos meus, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence a estrutura nossa…” – Jair Bolsonaro, presidente
“A pandemia vai passar, mas governadores e prefeitos responderão processos e nós vamos pedir inclusive a prisão de governadores e prefeitos. E nós tamos subindo o tom” – Damares Alves, Direitos Humanos
“Precisa ter um esforço nosso aqui enquanto estamos nesse momento de tranquilidade no aspecto de cobertura de imprensa, porque só fala de Covid, e ir passando a boiada.” Ricardo Salles, Meio Ambiente.
“A gente tá perdendo, tá perdendo mesmo. O povo tá querendo ver o que me trouxe até aqui. Eu, por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia. Começando no STF.” Abraham Weintraub, Educação
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27 de maio – quarta-feira: o ministro Alexandre de Moraes determina medidas contra políticos, empresários e ativistas bolsonaristas e cita a suspeita de participação do chamado ‘gabinete do ódio’, grupo de servidores lotados na Presidência da República, em um esquema para disseminar notícias falsas e ataques ofensivos a diversas pessoas, às autoridades e às instituições, dentre elas o Supremo Tribunal Federal, com subversão da ordem e incentivo à quebra da normalidade institucional e democrática. A Folha mostrou em 25 de abril que as investigações identificaram indícios de envolvimento de Carlos no esquema de notícias falsas.
28 de maio – quinta-feira: pesquisa Datafolha é divulgada e mostra que a rejeição a Bolsonaro bate recorde: 43% dos brasileiros consideram o governo ruim ou péssimo. Esse número era de 38% no levantamento anterior (27 de abril). Segundo a atual pesquisa de maio, feita na segunda (25) e na terça (26), a aprovação de Bolsonaro segue estável: os mesmos 33% nas duas aferições – já sob o impacto da divulgação do vídeo da reunião ministerial recheada de palavrões e para muitos o retrato do governo Bolsonaro.
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29 de maio – sexta-feira: o PIB do Brasil cai 1,5% no 1º trimestre, início da pandemia, segundo IBGE
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ABRIL 2020
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4 de abril – sábado: Datafolha mostra que a pasta da Saúde, comandada por Luiz Henrique Mandetta, tem 76% de aprovação e o presidente Bolsonaro, 33%.
17 de abril – sexta-feira: Bolsonaro, em meio a pandemia, demite Mandetta, o ministro favorável ao isolamento social no combate ao coronavírus e que por isso pede à população para ficar em casa. Bolsonaro é contra e engajou-se em atos de sabotagem das regras de distanciamento social. De lá para cá, manteve a mesma atitude. Apesar da demissão do ministro, Bolsonaro segue impedido de reverter as ações de governadores e prefeitos. É que o Supremo havia decidido um dia antes (16/5), por unanimidade, que estados e municípios têm autonomia para determinar o isolamento social no combate ao Covid-19.
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18 de abril – sábado: Datafolha mostra que para 64% dos brasileiros a demissão de Mandetta foi um erro.
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24 de abril – sexta-feira: uma semana após a saída de Mandetta do governo, é a vez do ministro de Sergio Moro pedir demissão do Ministério da Justiça.
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25 de abril – sábado: Moro acusa Bolsonaro de fraude e ingerência na Polícia Federal e agrava a crise que entra maio adentro
26 de abril- domingo: a PF aponta Carlos Bolsonaro como articulador de fake news, segundo manchete da Folha de S.Paulo.
28 de abril – terça-feira: Bolsonaro afirma: “E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê?. Sou Messias, mas não faço milagres.” Essa foi a resposta do presidente quando questionado sobre o fato de o Brasil, na terça 28/4, ter somado 5.017 mortes por covid-19, que superou o total de mortes da China, país de origem da pandemia, de acordo com dados oficiais.
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Março 2020
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O presidente Jair Bolsonaro tem dado declarações – desde o início da crise do coronavírus – nas quais busca minimizar os impactos da pandemia e, ao mesmo, trata como exageradas algumas medidas que estão sendo tomadas no exterior e por governadores de estado no país.
Veja a seguir as declarações retiradas de reportagem da Folha de S.Paulo e as charges escolhidas pelo Panis & Circus que retratam essa posição presidencial em março de 2020.
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É MUITO MAIS FANTASIA (10.MAR)
“Durante o ano que se passou, obviamente, temos momentos de crise. Muito do que tem ali é muito mais fantasia, a questão do coronavírus, que não é isso tudo que a grande mídia propaga. “
* Durante evento em hotel no centro de Miami
ENTRAR NUMA NEUROSE (15.MAR)
“Muitos pegarão isso independente dos cuidados que tomem. Isso vai acontecer mais cedo ou mais tarde. Devemos respeitar, tomar as medidas sanitárias cabíveis, mas não podemos entrar numa neurose, como se fosse o fim do mundo.”
* Quando deu entrevista à CNN Brasil, no dia em que saiu às ruas em protestos contra o Congresso
TEVE CRISE SEMELHANTE (15.MAR)
“Em 2009, 2010, teve crise semelhante, mas, aqui no Brasil, era o PT que estava no poder e, nos Estados Unidos, eram os Democratas, e a reação não foi nem sequer perto do que está acontecendo no mundo todo.”
* Em entrevista à CNN Brasil
ESTÁ HAVENDO UMA HISTERIA (16.MAR)
“Está havendo uma histeria”, afirmou. “Se a economia afundar, afunda o Brasil. E qual o interesse dessas lideranças política? Se acabar economia, acaba qualquer governo. Acaba o meu governo. É uma luta de poder.”
* Em entrevista à Radio Bandeirantes
FOI UM FRACASSO (18.MAR)
“Começamos a nos preparar. Até que os primeiros casos começaram a aparecer no Brasil. Alguns achavam que a gente deveria suspender o carnaval. Tivemos esses dias um governador que queria impedir as pessoas de ir à praia. Não só foi um fracasso como o número de pessoas nas praias aumentou.”
* Em crítica velada ao governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel (PSC), durante entrevista coletiva com ministros
GRIPEZINHA (20.MAR)
“Depois da facada, não vai ser uma gripezinha que vai me derrubar, não. Se o médico ou o ministro me recomendar um novo exame, eu farei. Caso contrário, me comportarei como qualquer um de vocês aqui presentes.”
*Durante entrevista à imprensa.
ESPERO QUE NÃO VENHAM ME CULPAR (22.MAR)
“Brevemente o povo saberá que foi enganado por esses governadores e por grande parte da mídia nessa questão do coronavírus. (…) Espero que não venham me culpar lá na frente pela quantidade de milhões e milhões de desempregados na minha pessoa.”
* Em entrevista à TV Record
HISTÓRICO DE ATLETA (24.MAR)
“Pelo meu histórico de atleta, caso fosse contaminado pelo vírus, não precisaria me preocupar, nada sentiria ou seria acometido, quando muito, de uma gripezinha ou resfriadinho, como bem disse aquele conhecido médico, daquela conhecida televisão.”
* Durante pronunciamento para rádio e televisão
BRASILEIRO NÃO PEGA NADA (26.MAR)
“Eu acho que não vai chegar a esse ponto [do número de casos confirmados nos Estados Unidos]. Até porque o brasileiro tem que ser estudado. Ele não pega nada. Você vê o cara pulando em esgoto ali. Ele sai, mergulha e não acontece nada com ele.”
* Durante entrevista em frente ao Palácio da Alvorada
TEM UM ESTADO AÍ (27.MAR)
“Está muito grande para São Paulo. Tem que ver o que está acontecendo aí. Não pode ser um jogo de números para favorecer interesse político. (…) Não estou acreditando nesse número (…) Sem querer polemizar com ninguém, tem um estado aí que orientou por decreto que, em última análise, se não tiver uma causa concreta do óbito, bota lá coronavírus para colar.”
* Em entrevista para a Rádio Bandeirantes
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FEVEREIRO de 2020
12 de fevereiro – quarta-feira: Disney e as domésticas. O ministro da economia, Paulo Guedes, afirma que dólar alto é bom – é que com dólar baixo “empregada doméstica estava indo para a Disney, uma festa danada.”
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13 de fevereiro – quinta-feira: o papa Francisco recebe o ex-presidente Lula no Vaticano. Na legenda da foto publicada no Twitter Lula afirma que conversou com o papa sobre um mundo mais justo e fraterno.
14 de fevereiro – sexta-feira: o general Augusto Heleno, ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), escreve em seu Twitter que o encontro do papa Francisco com o ex-presidente “é o exemplo de solidariedade a malfeitores tão ao gosto de esquerdistas”.
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19 de fevereiro – quarta-feira: Palavrão – o general Augusto Heleno, do GSI, era considerado o mais nervoso no governo a respeito das dificuldades de se achar a um acordo sobre a divisão do dinheiro com o Congresso dentro do chamado Orçamento Impositivo. Ele considera inadmissível o que classifica de “chantagens” do Legislativo para avançar sobre o dinheiro do Executivo. “ Não podemos mais aceitar esses caras chantageando a gente. Fodam-se.”
A fala de Heleno foi captada e transmitida ao vivo da presidência da República no hasteamento da bandeira no Palácio do Planalto.
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29 de fevereiro – sábado: o ministro da Justiça, Sérgio Moro, afirma que a paralisação do Ceará é ilegal mas que policial não pode ser tratado como criminoso. Os policiais militares começaram a greve em 18 de fevereiro e reivindicavam aumento salarial maior do que foi proposto pelo governo de Camilo Santana (PT). Homens encapuzados que se identificaram como policiais invadiram e ocuparam quartéis e esvaziaram pneus de viatura. Em Sobral, obrigaram comerciantes a fechar as portas e o senador licenciado Cid Gomes (PDT-CE) foi baleado ao avançar com uma retroescavadeira contra um grupo que bloqueara uma unidade da Polícia Militar.
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29 de fevereiro – sexta-feira: as Bolsas revivem tensão de 2008 com a expansão do coronavírus. Aliás, os jornais brasileiros já viam alertando que o avanço do coronavírus derruba Bolsas no mundo.

Charge de Alexandra Moraes em 29/2/2020
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JANEIRO de 2020
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13 de janeiro – segunda-feira: Democracia em Vertigem, da brasileira Petra Costa, produzido pela Netflix, foi indicado ao Oscar de melhor documentário longa-metragem. O filme concorre com Indústria Americana (produzido pelo casal Barack e Michelle Obama), The Cave, For Sama e Honeyland. O anúncio das indicações foi feito na manhã do dia 13/1, segunda-feira.
“O filme de duas horas é uma visão em primeira pessoa da ascensão da esquerda no Brasil, da chegada do metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva ao poder e da cadeia de eventos que mais tarde impactaram o cotidiano do país: o julgamento político da sucessora de Lula, Dilma Rousseff, a prisão do próprio ex-presidente e a ascensão do atual presidente, Jair Bolsonaro”.
“Estamos extasiados pela @TheAcademy ter reconhecido a urgência de #DemocraciaEmVertigem. Numa época em que a extrema direita está se espalhando como uma epidemia, esperamos que esse filme possa ajudar a entender como é crucial proteger nossas democracias. Viva o cinema Brasileiro!”, escreveu Petra Costa em seu Twitter. (Isto É 13.1.2020)
Em um Brasil polarizado, a nomeação do documentário causou reações diversas, ainda de acordo com a Isto É.
“Parabéns, @petracostal, pela seriedade com que narrou esse importante período de nossa história. Viva o cinema nacional! A verdade vencerá”, comentou no Twitter o ex-presidente Lula, solto em novembro após um ano e meio de prisão.
O então secretário especial de Cultura, Roberto Alvim, ironizou a nomeação: “Se fosse na categoria ficção, estaria correta a indicação”, afirmou Alvim à coluna nesta segunda (13) da jornalista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo.
14 de janeiro – terça-feira: o presidente Bolsonaro falou sobre Democracia em Vertigem: “para quem gosta do que o urubu come, é um bom filme”, informa o Correio Braziliense.
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