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O Dragão Soprador é engraçado demais

 

 

Fernanda Araújo, especial para o Panis & Circus

“O Dragão Soprador”, episódio da série Aprendiz de Maestro, da TUCCA, foi um dos mais divertidos dos últimos tempos, e conquistou crianças e adultos durante apresentação na Sala São Paulo, em 7/4.  

Fernando Paz interpretou o dragão tranquilão, bonzinho e simpático; enquanto Eduardo Mantovani fez o cavaleiro medroso.

 

Cena de O Dragão Soprador na Sala SãoPaulo / Foto Asa Campos

 

A parceria de personagens historicamente inimigos, combinada com a sintonia entre os atores e as esquetes de circo, garantiam a diversão de adultos e crianças. Outro ponto bem planejado foi o conteúdo pedagógico do concerto que foi bastante didático, sem ser chato. Ponto, mais uma vez, para a dupla de veteranos no Aprendiz: o maestro João Maurício Galindo e o diretor Paulo Rogério Lopes.

 

Fernando Paz como o Dragão Sonhador / Foto Asa Campos

 

O regente deu início ao espetáculo compartilhando com o público a complexidade de alguns instrumentos. “Esse bocal, por exemplo, parece uma tacinha de vinho, mas há bocal redondo e bocal menor. E tem também as palhetas, que podem ser simples, dupla, dupla maior”, disse Galindo mostrando os sons ruidosos que eles emitem individualmente e, logo depois, destacando a contribuição do fagote no “Concerto em Mi Menor”, famosa obra de Vivaldi.

 

Eduardo Mantovani como o cavaleiro medroso / Foto Asa Campos

 

O maestro conta que um cavaleiro chamado Sir George (Eduardo Mantovani) foi contrato para aniquilar a fera cuspidora de fogo que aparecera no reino. E, ao som de uma famosa obra do alemão Ferdinand David, surge o tal guerreiro festivo, sobre perna de pau, rodeado por bailarinos. Pois é, contrariando a expectativa do maestro, o cavaleiro era bastante amador na arte da luta e não estava disposto a matar fera nenhuma. Mesmo assim, o bicho precisava ser exterminado e o fim deveria ocorrer em um grande torneio.

 

Maestro João Galindo fala do dragão versus o cavaleiro / Foto Asa Campos

 

Medroso, o cavaleiro convenceu o maestro a entrar na caverna e comunicar ao dragão sobre o futuro triste que lhe aguardava. A trompa, instrumento pré-histórico, inicialmente produzido em forma de chifre para ameaçar as feras, foi a solução escolhida. Eis que da caverna, ao som de Richard Strauss, surgiu um… dragãozinho (Fernando Paz) que, cheio de prosa e simpatia, exibiu uma pequena flauta de osso.

Galindo aproveitou o gancho para dizer que atualmente existem instrumentos mais modernos, como a flauta transversal utilizada na obra de Cécile Chaminade.  Ao som da flauta, o dragão retira de uma cesta de piqueniques pratos e maças, objetos dos quais ele aproveita para fazer malabares.

 

Dragão e a flauta transversal / Foto Asa Campos

 

Chega o momento de definirem as regras do torneio, até que um escocês surge na lateral da Sala São Paulo tocando gaita de fole. “Instrumento de sopro de palheta simples, com uma bolsa que guarda o ar para que o músico toque apertando o compartimento e não precise soprar no bocal”, explicou Galindo.

 

O maestro Galindo fala da gaita de fole no espetáculo / Foto Asa Campos

 

Para colocar ordem na festa e ir às regras, o maestro utiliza um trompete, instrumento de som mais agudo, bastante utilizado para acordar os soldados do quartel. E explica sobre toque de acordar, toque de recolher, toque de prontidão, toque de descansar e de partir para a luta, entre outros.

 

Bailarinos da Dans la Dance organizam arena da disputa / Foto Asa Campos

 

A arena do torneio é organizada ao som do clarinete, com a ajuda dos bailarinos da Cia. Dans La Danse. Para que a festa ocorra, cavaleiro e dragão ficam amigos e decidem simular uma batalha, protagonizando uma luta épica da palhaçaria, que culmina com o samba “Chorando Baixinho”.

 

Cenas da briga de mentirinha do dragão e do cavaleiro

Fernando Paz (o dragão) e Eduardo Mantovani (o cavaleiro)

 

Coreografias circenses na simulação da luta / Foto Asa Campos

 

Cavaleiro medroso cai no chão / Foto Asa Campos

 

Dragão Soprador balança mas não cai / Foto Asa Campos

 

Fernando Paz e Eduardo Mantovani em pausa na luta / Foto Asa Campos

 

Final da disputa entre dragão e cavaleiro / Foto Asa Campos

 

Na Trilha de Cinema

Dona Baratinha está feliz da vida! Encontrou uma moeda de ouro e reserva a prenda ao futuro marido. A notícia ganha tanta potência na aldeia que se transforma em roteiro de filme e serve de mote para o episódio “Na Trilha do Cinema”, terceira montagem inédita de 2018 da série Aprendiz de Maestro.  O espetáculo está agendado para dia 5 de maio, às 11h, na Sala Paulo, com participação especial de Gustavo Haddad e Luciene Adami. No repertório, temas de trilhas como “Harry Porter”, “Jurassic Park”, “Missão Impossível” e “Jornada nas Estrelas”.

Dia: 5 de maio, às 11h

Local: Sala São Paulo

Endereço: Praça Júlio Prestes, 16, Campos Elíseos – São Paulo/SP
Para compra de ingressos e assinaturas:
telefone (11) 2344-1051, e-mail ingressos@tucca.org.br, aplicativo TUCCAPP (disponível para iOS e Android) ou Ingresso Rápido.
Preço:
R$ 80/R$ 90

Duração: 60 minutos

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