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Pé na Estrada

Circo atual tem que estar conectado

 

 

Ivy Fernandes, de Roma

Mais de 80 mil pessoas compareceram neste ano ao Festival Circa, que durante dez dias encantou uma plateia diversificada na cidade de Auch, localizada no sudoeste da França. Quinze companhias e mais de 234 artistas se apresentaram em 40 espetáculos espalhados por 17 palcos montados na comuna francesa.

Segundo o diretor do festival, Marc Fouilland, em 2018, a organização ousou levar o evento à grande Auch, beneficiando locais como Marciac, Jégun, Pavie, Samatan e Saint-Clar.

De acordo com os organizadores, foram registrados mais de 30 mil pagantes e 50 mil pessoas que assistiram gratuitamente alguns espetáculos.

 

Babel Glow, que abriu o Circa / Divulgação

 

Na opinião de Fouilland, os espetáculos deste ano refletiram a crescente participação feminina no circo, a preocupação do mundo circense com temas atuais, com o que mexe com o dia-a-dia das pessoas, e a busca de inovação. As metas dos organizadores, de qualidade, variedade e diversidade, foram atingidas.  

 “Os espetáculos apresentados neste ano são muito novos, têm menos de dez meses de existência. Eles captam uma sociedade em transição, que parece estar se deteriorando, e a crescente de dependência de novas tecnologias. Essas questões estão impactando as pessoas e o circo precisa tratar delas”, afirma Fouilland.

 

Marc Fouilland, diretor do Circa, e Guillaume Gilbert, Comunicação (boina)

 

O projeto Me Mother, criado especialmente para o evento, apresentou cinco mulheres grávidas ou jovens mães que evocaram, sem nenhum tabu, a representação da maternidade para as circenses. A companhia La June, composta por jovens mulheres, da escola Lido de Toulouse, apresentou um novo formato de arte com total liberdade de movimentos.

 

Me, Mother: circo e maternidade / Divulgação

 

Companhia Baro D´Evel – poema em gestos preto e branco

 

Entre os espetáculos apresentados durante o festival, de 19 a 28 de outubro, destacados pelo diretor Marc Fouilland estão Projet.PDF, Portes de femmes, Me Mother, Un Loup pour l’homme, Baro d’Evel, Akoreacro, Aital e Red Haired Men.

 

Un Loup pour l´homme, acrobatas em desequílibrio permanente

 

Companhia Aital, em cena no Circa

 

O espetáculo Babel Glöm foi um dos que abriu o festival deste ano. Anouck Le Roy, da companhia Kaaos Kaamos, diz que o ponto de partida do grupo foi a origem do mundo, um lugar em que os homens falavam a mesma língua e participavam da mesma cultura.

“Mas aí eles decidem construir uma torre, a mais alta possível para esperar   tocar o paraíso e os deuses. Ofendidos, os deuses arquitetam a vingança. Separam a humanidade em várias religiões, culturas e línguas. Não se entenderam mais. Com as nossas diferenças nós continuamos a construir torres mais altas possíveis para esperar o paraíso. E como na vida coletiva, o espetáculo apresentou uma grande dose de humor”, disse Anouck.

 

Projeto PDF – Portes des Femmes

  

 

Recursos para o circo contemporâneo

O circo contemporâneo na França vai bem, mas poderia estar ainda melhor em relação ao circo tradicional, na opinião de Fouilland. “Somos o setor menos financiado pelo governo. A batalha para o desenvolvimento desta arte ainda está por ser vencida”, afirmou.

 

Espetáculo de comicidade das escolas de circo que se apresentam no Circa

 

O balanço dos recursos destinados pelo Ministério da Cultura francês à arte do novo circo mostra que a maior parte vai para formação e menos para a criação e a difusão. A subvenção anual para um polo nacional do circo é de 250 mil euros (algo como R$ 1,1 milhão), quantia duas vezes menor que aquela destinada a vários espetáculos e à arte dramática. Até mesmo o circo tradicional abocanhou neste ano 500 mil euros, o dobro do destinado ao circo contemporâneo.

Mesmo com essas dificuldades, os grupos que trilham o caminho do circo contemporâneo avançam. O responsável pela Comunicação do Festival Circa, Guillaume Guibert, antecipa um dos eventos do Circa 2019. “Um dos grandes eventos do festival do próximo ano será a apresentação do Fresh Circus, um importante simpósio mundial do circo contemporâneo. Um congresso de três dias intensos com 500 mil participantes, inclusive da América do Sul que já manifestou interesse pela nosso encontro”, Guibert.

  

O circo dentro do circo

Cena do Cirque Aital, de Toulouse (França)

 

Le Cirque Aïtal, formado em Toulouse, em 2004, pela dupla de acrobatas Victor Cathala e Kati Pikkarainwen, apresentou um espetáculo original na Festival Circa deste ano: Uma turnê com o circo (Une saison de Cirque). A companhia mostrou, com simplicidade e naturalidade, a vida cotidiana e a história de amor entre os acrobatas. Ele fez o papel de um gigante de coração meigo, e ela, o de uma boneca de “carrillon” (caixa de música).

A história se passa num picadeiro, onde o casal se encontra e se apaixona. Eles são acompanhados por amigos, músicos e um cavalo. A vida movimentada dos circenses, trapezistas, acrobatas, bailarinas, palhaços serve como enredo para o show que trata da vida no circo. A apresentação mostra a intimidade dos artistas, com momentos mágicos e outros difíceis. Humor e poesia são os ingredientes principais que conquistaram o público.

 

O sonho com o picadeiro

Idealizado por Pierre Guillois, o show Akoreacro mostrou cenas de melodrama-burlesco. Na apresentação, Guillois declarou: “Qual  diretor não  sonha o circo? Todos nós procuramos as raízes da arte popular que nos esquecemos apresentando nossos cenários dourados. Mas, no fundo, sonhamos com o palco circular, como as antigas arenas, festa envolvida em perfume, em alegria e sem problemas que todos os champiteau (lonas) evocam.”

 

Show Akoreacro, de Guillois, e o cotidiano de um casal

 

O show tem também como base a vida de um casal e seus objetos cotidianos. As cenas familiares se desfazem e dão início a uma série de acrobacias loucas. Aparelhos elétricos são misturados com as cenas, a geladeira balança, a máquina de lavar roupa se ilumina, o forno a microondas explode. Os corpos se envolvem, com graça e leveza em cenas acrobáticas e musicais. Um desfile metafísico envolvendo os corpos surpreendentes no absurdo destas empresas incríveis com a força dos músculos na esperança de transmitir o encanto perdido.

 

Surrealismo dos belgas

Cena de Red Haired Men, de Vantournhout, formado na ESAC

 

O espetáculo Red Haired Men, de Alexander Vantournhout, formado pela École Supérieure dês Arts du Cirque de Bruxelle e, em dança contemporânea  P.A.R.T.S., levou o surrealismo belga para o palco de Auch.

O espetáculo é de inspiração russa, com textos de Daniil Harms, poeta do absurdo, protagonista da vanguarda soviética nos anos 20, escritor e homem de teatro. Provocador, excêntrico, ele participou de intervenções incendiárias em espaço público. Muitos dos seus textos acabam de forma brusca, quando o personagem principal simplesmente deixa de existir. É um mundo de eliminações e terror, no qual Harms trabalha.

Em Red Haired Men, o início do show parece uma caricatura do gênero. Tudo se mistura sem uma ligação, teatro, cenas absurdas, um homem nu, antes falsamente e depois despido. Dupont e Dupond recitam uma poesia, segue a arte contorcionista. Surrealismo, mas evitando loucuras.

 

Red Haired Men, de Vantournhout

 

Marc Fouillant, diretor do festival, afirmou  estar  muito satisfeito com o resultado deste 31°Festival Du Circa de Auch; “Depois de 250 anos que Philippe Astley inventou o circo moderno, o espetáculo continua a atrair  platéias enormes  que desejam sentir  reunidas, esta fragilidade diante da beleza, a monstruosidade de certos exercícios e a audácia dos seus protagonistas. “

 

Legenda da Foto de Capa : Espetáculo Me, Mother que fala do circo e maternidade / Divulgação

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