Picadeiro
“Show terrível para pessoas terríveis”

A palhaça Bonnie He apresentou seu Show terrível para pessoas terríveis. Trata-se de um espetáculo burlesco de puro clown, com diálogo mínimo. Comédia física com piadas atrevidas e picantes.
Bonnie ganhou destaque no Fringe de Edimburgo tanto que a Playbill Magazine afirmou sobre seu show. “Depois de um dia inteiro de Fringe, nada melhor do que um espetáculo com um simples objetivo: Rir, rir e rir.”.
A revista afirma que Bonnie provoca a plateia por uma hora, e alguns espectadores podem até acabar como participantes (ou vítimas?!) de suas travessuras. Seu timing e humor absurdo fazem o público rir e querer mais. Seu sucesso atravessou grande parte do Fringe 2023 e na 17ª noite consecutiva estava com ingressos esgotados.
Ela humildemente agradeceu ao público e expressou sua gratidão: “Como uma palhaça asiática, isso significa o mundo para mim”. Leia abaixo trechos da entrevista da Playbill com Bonnie He.
Playbill: Como descreve seu espetáculo?
Bonnie He – E’ um show íntimo com poucas pessoas terríveis. Bonnie He (eu, intérprete e produtora), Bruce Allen (diretor) e James Carroll (produtor). Nós nos financiamentos e fazemos a nossa produção. A questão é que não podemos vir casualmente ao Fringe para “ver o que acontece” porque não podemos cobrir financeiramente viagem, estadia etc. Precisamos ter certeza do sucesso do público. O que não é fácil.
Playbill: Como nasceu este incrível show?
Bonnie He – A Terrible Show for Terrible People nasceu de algumas peças mais curtas que criei a partir de 2015 e que faziam sentido como descrever uma jornada holística. O show estreou, em 2018, e estou em turnê desde então, embora a pandemia tenha interrompido o ritmo co – já que exige muita participação do público.
Playbill - O que o inspirou a continuar a vida de clown ?
Bonnie He - Ninguém sonha em ser palhaço. Um dia acordamos e percebemos que somos um pouco palhaços, temos o dom de fazer rir. Entrei na comédia através da Upright Citizens Brigade, aprendendo improvisação do ritmo da comédia. Em 2009, comecei a fazer oficinas de palhaços, quando elas surgiram em Los Angeles em 2014. Meu trabalho normal é em uma grande empresa automobilística onde sou analista responsável pela qualidade. Escrevo relatórios para nossos clientes de marketing. Quando fiz meu primeiro curso de palhaço, tive alguns problemas. Eu não conseguia descrever o que era palhaço, mas me senti animada, assustada e pronta para aprender. Agora tenho dois trabalhos: de dia escrevo relatórios detalhados da empresa e, à noite, coloco máscara e faço um show de palhaçaria física quase sem palavras.
Playbill- O que inspirou seu show?
Bonnie He – Ser uma feminista pervertida. O show é uma comédia física onde preciso de uma energia e tenho de ter resistência física. Não sou atleta e, às vezes, fico esgotada. Mas depois de sobreviver ao Fringe, se pode conquistar o mundo. Sessões esgotadas e críticas favoráveis superou e muito nossas expectativas.