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Dia do Circo é comemorado com atrações na cidade.

 

Trupe do Circo Zanni no Sesc Santana durante comemorações do Dia do Circo / Foto Asa Campos.

 

Em homenagem a Piolin, o Dia do Circo teve espetáculos pela cidade.

Da Redação*

Hoje tem marmelada! Hoje tem espetáculo! Em homenagem a Piolin, o Dia do Circo (27/3), dia do aniversário do palhaço, foi comemorado com várias atrações na cidade, que não ficaram restritas à data.

O Circo Zanni, que reúne uma trupe das mais talentosas dedicada à arte circense, apresentou-se no Sesc Santana, no final de semana 27 e 28/3.

 

Branca de Neve, interpretada por Fernando Sampaio, entra na casa dos anões / Foto Asa Campos

 

Os dois dias de espetáculos lotaram o auditório de 341 lugares e muita gente ficou de fora porque os ingressos esgotaram-se rapidamente.

 

"Monga, a Mulher Gorila" (Fernando Sampaio) atravessa barreira de fogo / Foto Asa Campos

 

Marcelo Lujan no número de malabares / Foto Asa Campos

 

Com 12 artistas em cena, a companhia circense conseguiu estabelecer uma forte conexão com um auditório formado por crianças, jovens e adultos. E, desde o início, transportou aquele grupo heterogêneo para a mesma dimensão: da descoberta, da surpresa e da alegria.

 

Bel Mucci e Erica Stoppel em número aéreo / Foto Asa Campos

 

Daniela Rocha Rosa e Lu Menin no número "Qick Change" / Foto Asa Campos

 

Durante cerca de 1 hora, desfilaram por todos aqueles olhares ansiosos pelo surpreendente, palhaços, acrobatas, malabaristas, trapezistas, aramistas e ilusionistas. Todos embalados por um banda que ajudava a estabelecer conexões entre as peripécias do palco e o público. As palhaçadas dos esquetes “Branca de Neve e os 3 anões” e “Monga, a Mulher Gorila” provocaram gargalhadas na plateia.

 

Maíra Campos, aramista, e Bia Giusti Benozatti, 2, no saguão do Sesc Santana / Foto Asa Campos

 

 

Circo dos Sonhos

Patati Patatá comemoram o Dia do Circo no Circo dos Sonhos/ Foto Mônica Chialastri

 

O Dia do Circo passeou pelas apresentações do circo contemporâneo e do circo tradicional.

O Circo dos Sonhos, com os palhaços Patati e Patatá, encerrou sua temporada em São Paulo, no domingo 29/3, no Mooca Plaza Shopping.

O espetáculo idealizado pelo “embaixador” do circo, o ator Marcos Frota, contou com jogo de luzes, dança,  som,  malabarismo, equilibrismo, contorcionismo e acrobacias.

 

Acrobacia no Circo dos Sonhos / Foto Mônica Chialastri

 

O equilibrista Rony Peterson, 30 anos, trabalhou com Marcos Frota no Rio de Janeiro e está no Circo dos Sonhos há cinco meses. O malabarista e acrobata André Ventura, está com o Circo dos Sonhos há seis anos. Os dois artistas batem palmas para o palhaço Piolin e afirmam que trabalhar embaixo da lona é muito bom.

Ivone Sampaio, 61 anos, levou a neta de 5 anos para assistir ao espetáculo e gostou do que viu. “O circo desperta a criança que dorme dentro da gente”.

 

Espaço do saber circense

Exposição 'Hoje Tem Espetáculo' teve visita monitorada no Dia do Circo/ Foto Divulgação

 

Centro de Memória do Circo preparou para comemorar o aniversário de Piolin, um dia inteiro de programação com passeio pelo Largo do Paissandu, local considerado um dos principais sítios históricos do circo brasileiro, visitas monitoradas à exposição “Hoje tem espetáculo!” e também à Oficina Saberes do Circo – que tem gastronomia, bordados e arquitetura nômade”, informa o G1, em 26/3.

“Não se pode estudar a história da música, da dança, do cinema, do rádio e da televisão em nosso país sem passar pelo circo. Ele foi de grande importância na construção de outras expressões artísticas, sendo o único espaço em que conviveram as artes populares, eruditas e de comunicação de massa”, explica Verônica Tamaoki.

Clique aqui para conhecer mais o Centro de Memória do Circo.

 

Homenagem a Piolin

Cenas de Piolim / Fotos Divulgação

 

Comemora-se no dia 27 de março, o Dia Nacional do Circo – por ser o dia do nascimento de Abelardo Pinto, o Piolin.  Ele nasceu em Ribeirão Preto, interior paulista, em um circo que pertencia a seus pais, o empresário Galdino Pinto e à artista Clotilde Farnesi, especializada em tiro ao alvo.

Piolin foi contorcionista, acrobata, ciclista, músico (tocava violino e bandolim) e, por volta de 1917, passou a fazer o palhaço Careca. Mas logo mudou para Piolin, “barbante” em espanhol, nome surgido numa brincadeira com suas pernas finas.

Em 1929, Abelardo incorporou-o a seu nome de batismo, tornando-se Abelardo Pinto Piolin. Foi também nesse ano, no dia de seu aniversário 27 de março, que os  modernistas, sob a liderança do escritor, ensaísta e dramaturgo Oswald de Andrade, homenagearam Piolin com um almoço que chamaram de “Festim Antropofágico”. “E o almoço aconteceu no restaurante mais chique de São Paulo, que era o Mappin Store, na Praça do Patriarca”, afirma Verônica Tamaoki, do Centro de Memória do Circo, ao Panis & Circus.

 

Os moderninas Oswald de Andrade e Mario de Andrade, de óculos, e no centro Piolin com uma valise na mão / Foto Divulgação

 

Considerando que os antropófagos comiam o inimigo para adquirir suas qualidades, o ato simbólico de “comer Piolin” constituiu-se numa consagração ao palhaço.

Em 1972, numa iniciativa de Pietro e Lina Bo Bardi, organizadores da exposição 50 anos de Arte Moderna, o Circo Piolin foi armado no vão livre do Masp. Nesse mesmo ano, o dia 27 de março, aniversário de Piolin, foi declarado oficialmente como o Dia do Circo.

 

Frase de Piolin /Foto Divulgação

 

*Colaborou Antonio Gaspar e Mônica Chialastri

 

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