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Teatro de “Os Três Porquinhos” ganha versão em livro
Clássica conversa entre literatura e teatro revivida
A conversa entre literatura e teatro é animada por gags de palhaças no livro “Os Três Porquinhos”, das comediantes Alexandra Golik e Carla Candiotto, adaptado da peça de título homônimo ao do livro (de 2002), pelas atrizes, da companhia Le Plat du Jour.
O diálogo é intensificado porque o próprio gênero de conto de fadas, em que a história se inclui, tem o destino de ser recontado às crianças infinitas vezes, como qualquer clássico.
Com a peça, Alexandra e Carla conquistaram notoriedade nos papéis de Pipo e Pepe, dois açougueiros palhaços que vendem carne de tudo quanto é tipo: óculos, martelo, maçã.
Sem mudar praticamente nada em relação ao drama, o enredo flui no livro a partir do momento em que um freguês telefona ao açougue e encomenda carne de porco, a única em falta no comércio dos dois.
Pipo sai em captura dos porquinhos da Tia Porpeta em Muzambinho. A ação é veloz e engraçada. A cada página, um desenho surpreendente, de Anabella López, faz os acontecimentos ficarem ainda mais atraentes.
A trama volta-se para si mesma e evoca muitas versões do conto, digamos, original, popularizado a partir do século 18, e, em especial, a versão dos estúdios Disney, de 1933. A graça da versão de Golik e Candiotto é que os açougueiros são porquinhos que se fingem de lobo que captura porquinhos.
Cícero, Heitor e Homero, ou Prático, são Pedrinho, Zezinho e Frederico Afonso. Eles sempre brincam no quintal e constroem, respectivamente, suas casas de palha, madeira e tijolos para ensinar às crianças a ter e conservar objetos e propriedades, assim como a se defender de competidores.
O conto clássico valoriza a cultura do cimento, sobretudo ocidental, que venceu a concorrência com as habitações construídas com materiais alternativos, herdadas dos povos tribais ancestrais.
Preço: R$ 29,90. Para crianças a partir dos 3 anos.
Link: https://pandabooks.websiteseguro.com/buscar/titulo/tres-porquinhos/1/