Picadeiro
Últimos dias para ver Tihany
Ilusionismo e números de dança são os pontos fortes do show
O Circo Tihany reúne as atrações que agradam ao público do circo. No meio do caminho entre o circo de lona mambembe e os picadeiros de luxo, como o do Cirque du Soleil, o espetáculo “AbraKadabra” (2005) comemora os 50 anos da companhia e traz números aéreos, de malabarismo, gags de palhaços, coreografias no estilo vaudeville cujo clímax, típico do século 18 e dos cabarés, se estende pelas quase 20 esquetes apresentadas. São mais de duas horas de apresentação com intervalo de 20 minutos. A antessala é repleta de lojinhas de guloseimas e lembranças do picadeiro.
São os últimos dias para ver o espetáculo em São Paulo. Antes de São Paulo, o Tihany se apresentou em várias regiões do Brasil, pelo México e pelas Américas. A sensação é a de que o espectador entra em um espaço de diversão em Las Vegas, pois o Tihany replica a grandiosidade dos cassinos famosos dessa cidade.
O palhaço Henri Ayala é o líder das atrações, que têm início com uma coreografia de palhaços, seguida de acrobacias em tecido, cama elástica e saltos mortais a partir dos próprios anteparos que compõem os números aéreos.
As gags cômicas constroem pequenos enredos, como uma esquete com o palhaço Henri no papel de um desastrado garçom. Há solicitação de participação da plateia, que sobe ao palco para performances improvisadas.
O ápice é o show de ilusionismo, com Richard Massone. Ele faz aparecer um helicóptero no palco e anda de carro e de moto. O mágico é especialista em desaparecer de uma cena e reaparecer em outro local no palco. Faz ainda outros artistas desaparecerem, trocarem de roupa ou se transformarem em outros personagens. Também domina as pequenas mágicas, com bolas, cartas de baralho e lenços que se desdobram, coloridos.
Todos os números revelam cuidado e muito ensaio dos mais de 60 atores de “AbraKadabra”, que vieram de 23 países diferentes, segundo declara Massone no palco.
Extremamente flexíveis, os contorcionistas da Mongólia são mestres em construir esculturas móveis com inusitadas posições do corpo e equilibrismo impecável. As paradas de mão exibem incríveis pirâmides humanas e controle físico total.
Os números de dança misturam estilos orientais e ocidentais, circenses e das culturas popular e de massa. Incluem sapateado, jazz, coreografias com odaliscas, todos envolvidos em iluminação kitsch, com LED, mas grandiosa e, em muitas passagens, usada com originalidade, como na segunda parte do espetáculo, em que há uma versão criativa do número das águas dançantes.
Não faltam leques, babados e véus nos figurinos femininos. A indumentária masculina inclui paletó e gravata e smokings com acessórios de palhaços e muito brilho. Bolas gigantes, arcos de variados tamanhos e portas que abrem e fecham são vistos nas danças, em oito cenários.
Serviço
Circo Tihany Spetacular – “AbraKadabra”
No terreno do PlayCenter Sábado – 16h00 e 20h00 Domingo: 11h30, 15h30 e 19h00.
Ingressos – www.livepass.com.br
Clique na foto abaixo e leia a reportagem que o Panis e Circus sobre o Circo Tihany.
Tags: Abrakadabra, centro de memoria do circo, Circo Tihany, Henri Ayala, Richard Massone