Comentários
Cafi Otta é o palhaço do monociclo
“Carlos Felipe em Apuros”
Em “Carlos Felipe em Apuros”, Cafi Otta apresenta sozinho diversos números circenses sem propriamente um enredo. Ele representa o personagem que dá título ao espetáculo, um palhaço que dança sapateado, realiza malabarismos com claves, bolas e outros objetos, faz equilibrismo no monociclo e até pula corda com o aparelho.
Em apenas 45 minutos de performance, o multiartista, da companhia Namakaca, faz solo a partir das técnicas do picadeiro.
O ator troca de figurinos à vista do público e representa um homem comum, tipicamente brasileiro, deduzindo pelos malandros sapatos brancos. Ao simular ações cotidianas, mas da perspectiva do palhaço, ele monta o cenário com se arrumasse a casa, acompanhado de música que não tem uma ligação óbvia com o circo.
Depois de apresentar diversos giros de equilibrismo no monociclo com malabarismos sem errar um número sequer, ocupando os pés e as mãos ao mesmo tempo na arte do equilíbrio, o personagem convida o público a participar, com conversas e humor.
Cafi Otta esteve no ano passado no Sesc Pompeia e acaba de encerrar temporada no Sesc Belenzinho. Está em cartaz como um jacaré que descobre que é um dragão voador em “Jucazécaju”, peça para crianças dirigida por Carla Candiotto (Le Plat du Jour), com Lu Menin (dos circos Zanni e Amarillo) e Manoela Rangel.
“Jucazécaju”
O espetáculo “Jucazécaju” integra o cenário onde os jacarés moram com os aparelhos em que os atores e acrobatas realizam os seus números aéreos e de equilibrismo no monociclo, no caso de Cafi Otta. O jacaré Juca voa no monociclo com mestria. Depois que descobre que é um dragão, bate as asas enquanto se equilibra em uma roda só.
É Nóis na Xita”
Cafi Otta faz esse tipo de pocket show também no espetáculo “É Nóis na Xita”, ao lado dos outros dois integrantes da cia. Namakaca, César Lopes (o palhaço Cara de Pau) e André Carvalho (o palhaço Montanha). “É Nóis na Xita” explora improvisação e música brasileira popular, com instrumentos como cavaquinho e pandeiro.
“Zé Preguiça”
O grupo também atuou em “Zé Preguiça”, espetáculo dirigido pela palhaça Lu Lopes que explora o sapateado e muitas trapalhadas de palhaços. Eles se vestem de galos e brincam de malabarismos ao recolher os ovos das galinhas. O enredo é uma adaptação de texto de um autor clássico do repertório dos contos de fada, Joseph Jacobs, de 1890.
O grupo ganhou o prêmio de Melhor Espetáculo no 1º Festival Nacional de Teatro de Juiz de Fora.
Campeão de monociclo
Mineiro de Barbacena, Cafi Otta estreou na boa companhia dos Acrobáticos Fratelli em 1999, quando tinha 15 anos. Depois participou do Circodélico, da cia. Nau de Ícaros, da Pia Fraus e dos Fractons (em 2000). Passou a integrar o grupo Namakaca em 2003. Ganhou o prêmio de Melhor Ator de Rua no 1º Festival de Teatro de Juiz de Fora.
Em Düsseldorf, na Alemanha, realizou a façanha de viajar 42 quilômetros em seu monociclo. Estudou nos Estados Unidos com o palhaço americano Avner Eisenberg, the Eccentric, e então se especializou em técnicas de equilibrismo no monociclo, no malabarismo, em técnicas verticais e acrobacias.
Link no grupo Namakaca
Link para comentário da peça “Jucazécaju”
(Mônica Rodrigues da Costa)
Tags: Cafi Otta, Carlos Felipe em Apuros, É Nóis na Xita, Namakaca
Relacionados
Ingredientes frescos é uma boa pedida. E cuidado com produtos com conservantes, umectantes, antiumectantes, estabilizantes e tudo aquilo que sai dos laboratórios. Cafi Otta, especial para …
Panis & Circus selecionou 12 reportagens e comentários para ilustrar seu calendário especial de 2015. E mais duas para a capa: “Circo Nerino e “Estrada …