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“Dralion” é o novo espetáculo do “Soleil”
Inspirado na arte acrobática chinesa, está em turnê pela Europa.
Ivy Fernandes
“Dralion”, o espetáculo mais recente do Cirque du Soleil, é a união da milenar arte acrobática chinesa, que tem como símbolo o dragão, e a tradicional arte circense do mundo ocidental, que tem o leão como emblema. Esse espetáculo está, em tournée, pela Europa e apresenta-se de 8 a 17/11, em Roma. Depois segue para Milão e Turim (Itália). Em dezembro, é a vez da Suíça e da Espanha. Em 1º de janeiro de 2014, estreia, em Lisboa (Portugal), com bilheteria esgotada. Estão também programados espetáculos na Rússia ainda no primeiro semestre.
“Dralion” é inspirado na filosofia oriental e na busca do equilíbrio e harmonia entre o homem e a natureza. Durante o espetáculo, os quatro elementos naturais (terra, água, fogo e ar) se misturam e assumem a forma humana. Homem e natureza se fundem para alcançar o equilíbrio perfeito. Esses quatros elementos são representados cada um por uma cor marcante: o ar é o azul intenso; a água, o verde esmeralda; o fogo, o vermelho vivo e a terra, o ocre dourado.
Beleza e energia
Em “Dralion” convivem harmoniozamente a beleza, energia e perfeição. A plateia, que lotava o Palácio do Esporte, em Roma, na estreia (8/11) aplaudiu, várias vezes, de pé, os artistas. É difícil descrever a força e intensidade do espetáculo que tem música ao vivo e uma cantora, que acompanha as cenas, do alto de uma torre.
Dois grandes palcos abrem e fecham ao mesmo tempo. Um deles é de madeira e está apoiado no chão e o outro é uma plataforma aérea, com três anéis de aço, há mais de 10 metros de altura.
A acrobata Marie Eve Bisson, que faz número áereo, e está há mais de 15 anos no Soleil, afirma que as plateias reagem de forma diferente de um país para outro. Mas é igual a fórmula em que a energia que o artista transmite ao público volta com o aplauso em um intercâmbio contínuo.
A plasticidade e composição das cenas é um misto de glamour cinematográfico e atmosfera de fábulas. Trata-se de uma viagem de duas horas ao mundo da fantasia.
56 artistas em cena; 26 são chineses
São 56 os artistas que participam de “Dralion”; 26 chineses e 30 originários de outras partes do mundo.
Vários são atletas que participaram das Olimpíadas, explica Julie Demarais, assessora de comunicação do Dralion, ao Panis & Circus.
Os artistas são acompanhados diariamente por equipe médica e o seu estado de saúde e bem estar são fundamentais para o desenvolvimento do espetáculo. Eles seguem, inclusive, uma dieta especial indispensável para quem viaja constantemente.
A caravana do Cirque du Soleil viaja com 27 containers destinados a transportar os dois grandes palcos móveis, decorações, vestiário de cena, acessórios, máscaras, maquiagem, entre outros itens. São, por exemplo, 3000 figurinos, feitos sob medida, acessórios e 300 pares de sapatos.
De um continente a outro, o navio é o meio de transporte usado. Na Europa, os grande caminhões atravessam as fronteiras.
Seleção
“É feita uma seleção rigorosa para poder participar dos espetáculos do Soleil e viajar com a caravana”, destaca Julie Demarais, da assessoria de comunicação do Dralion.
Para disputar uma vaga no Soleil, o candidato precisa enviar (por email para o site oficial do www.cirquedusoleil.com) um vídeo com o resumo de seu número e de seus dados pessoais.
Os candidatos escolhidos são convocados para um teste. “É tudo simples, direto e rápido porque as nossas portas, ou melhor, os nossos palcos, estão abertos para todos. Estamos sempre a procura de novos talentos”, destaca a assessora Julie Demarais.
Desafio russo
“Drailon” vai ser apresentado também na Rússia. “Trata-se de uma platéia exigente porque os russos possuem grande tradição acrobática. Para o nosso espetáculo é mais uma prova de fogo que vamos enfrentar”, afirma Shaub, responsável número 1, pelo sucesso do exótico “Dralion”.
Shaub explica ao Panis & Circus que são necessários de quatro a seis meses de preparação para construir o espetáculo e depois apresentá-lo ao público.
Soleil vai fazer 20 anos
O Cirque du Soleil foi criado, em Montreal, Canadá, em 1984, como uma pequena companhia de 20 jovens artistas. Hoje, conta com 5.000 integrantes dos quais 1.300 são artistas provenientes de 50 países.
Em 2014, o Cirque du Soleil comemora 20 anos de sucesso internacional. Esse circo revolucionou o conceito de entretenimento ao misturar a arte circense com seus mágicos, palhaços, equilibristas, malabaristas e trapezistas com atletas olímpicos e bailarinos.
Atualmente, o Cirque du Soleil tem 19 unidades que percorrem o mundo inteiro, uma multinacional do talento, conforme explica a assessora Julie Demarais.
“Levamos alegria, magia e energia a mais de 100 milhões de espectadores. Trabalhamos com artistas , técnicos e responsáveis por vários setores (músicos, costureiras, cenógrafos,eletricistas, peritos em eletrônica, em efeitos especiais etc.) provenientes de diferentes países, uma babilônia de línguas, e todos devêm se entender bem para que o espetáculo corra perfeitamente”, finaliza.
Postagem: Alyne Albuquerque
Tags: cirque du soleil
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