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Pé na Estrada

Cinderela ganha versão circense

 

Espetáculo traz em cena 30 artistas em um cenário que é montado e desmontado na frente do público 

Ivy Fernandes, de Roma 

A história clássica da Cinderela, em sua versão circense, é uma mistura do Cirque du Soleil com Walt Disney, definem jornais italianos. O espetáculo “Cenerentola” (Cinderela) está em cartaz, no Auditorium da Via Conciliação, em Roma, o teatro do papa, e fica até 16 de março. Depois parte em turnê por 20 países da Europa, Turquia, México e China. Estreou em 8 de fevereiro.

“Cinderela”, criado pela companhia espanhola “La Fiesta Escenica – Circus Show”,  é uma montagem que mostra em cena 30 artistas (acrobatas, contorcionistas, malabaristas, palhaços, dançarinos e músicos) de vários países – a maioria de língua espanhola.  

 

Cinderela entre as duas irmãs invejosas / Foto Divulgação

 

O guarda-roupa traz 250 figurinos e o vestido de baile de Cinderela é bordado com mais de 5 mil “strass”.

O cenário modifica-se, continuamente, em frente ao público e o castelo do Príncipe Encantado tem 18 metros de largura e 8 metros de altura. A carruagem de Cinderela é uma bola transparente, e dentro dela, uma acrobata fica suspensa no ar.

 

A carruagem de Cinderela é uma maravilhosa bola de cristal, transparente, onde uma acrobata se exibe dentro da bola, suspensa no ar.

 

Os artistas contracenam com animais da altura de um adulto, mas que são de pelúcia, e encantam a plateia infantil.

 

Ratos de pelúcia encantam crianças / Foto Divulgação

 

Cinderela, em sua versão circense, transforma  a  antiga fábula num conto moderno, dinâmico, repleto de surpresas.  O show dura 1h50, sem  intervalos e os artistas mudam de roupa e ajudam a montar e desmontar os cenários grandiosos em cena. Eles descem também na platéia, brincam  com as  crianças e se deixam fotografar com o público.

 

Contorcionismo de faixa / Foto Divulgação

 

O espetáculo não tem texto falado e o enredo conhecido mundialmente, é relembrado por meio da mímica e da música. Pode ser apreciado em qualquer país que se apresente.

É uma festa de cores e efeitos especiais ancorada no talento e técnica circense. Cinderela, apresentado, em 2013, pela primeira vez na Espanha, tem conquistado os italianos. O público aplaude de pé o espetáculo em Roma.

 

Eles são “Fiesta”, um show de circo

 

“La Fiesta Escenica – Circus Show” foi  criada, em 1995, pelo artista Abel Martins, a tradução de seu sonho infantil. Aos 8 anos, ele havia assistido a um espetáculo do “Circo Tihany”, em sua cidade Cipoletti, na Patagônia Argentina, e ficara encantado. Deu asas à imaginação e surgiu “Fiesta”.

 

Equilibristas internacionais fazem parte permanente dos shows da companhia “La Fiesta Escenica” /Foto Divulgação

 

Em 2001, a companhia argentina viajou para a Galícia, na Espanha, e mudou definitivamente a sede para lá tal a receptividade ao trabalho apresentado.

Hoje, Abel Martins é o diretor artístico da companhia que destaca-se pela criatividade e técnica apuradas dos espetáculos. Em seu elenco estão espanhóis, argentinos, venezuelanos, chilenos e colombianos – a predominância é de artistas que falam a língua espanhola.

No início, era um grupo de artistas de rua que se exibiam também em espetáculos de circo para crianças. Em 2000, alcançou o seu primeiro sucesso internacional  com o  espetáculo  “Christmas Circus Show”, que se apresentou  nas cidades mais importantes da  Espanha e depois seguiu em turnê pela América Central, América do Sul e Coréia.

Nos últimos dez anos a companhia projetou-se internacionalmente. Entre os seus sucessos está  “Ekus e Circus em Sépia” e “Galtuk, que estreou, em  2010, aplaudido em 12 países da Europa, Ásia e América Latina.

Seus espetáculos são uma homenagem ao mundo do circo.

 

Equilibrista no meio do palco/ Foto Divulgação

 

Acrobatas exibem-se com um grande guarda-sol dourado/ Foto Divulgação

 

 

Postagem: Alyne Albuquerque


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