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Dia do Circo à luz de velas
Monica Alla, do Grupo Ares, relata histórias que cercam o candelabro com velas usado por artistas na Noite de Gala do Circo
Bell Bacampos
Para celebrar a Festa de Piolin, Monica Alla, diretora do Grupo Ares, criou o candelabro com velas acesas usado por quatro artistas na Noite de Gala do Circo, no Theatro Municipal, em 26 de março. Essas artistas (Gita Govinda, Maíra Campos, Natalia Vooren e Tum Aguiar) pareciam fazer parte de um quadro de luz ao lado de estátuas de mulheres com lâmpadas acesas.
O público presente se encantou com as moças iluminadas e parou para tirar fotos imitando seus gestos.
Monica relatou à reportagem do Panis & Crcus a simbologia da dança do candelabro, ancorada em pesquisas descritas a seguir.
“Essa dança acontece em comemorações como aniversários, nascimentos, batismos e casamentos.
Existem várias histórias sobre o surgimento do uso do candelabro na cabeça.
Uma delas conta que as sacerdotisas da lua dançavam com velas sobre a cabeça para purificar o ambiente livrando-o de energias negativas.
Outra relata que no antigo Egito obrigavam-se as escravas a colocar velas acesas numa armação de metal sobre a cabeça a fim de iluminar as festas, que aconteciam à noite, uma vez que não existia energia elétrica. Assim, os faraós poderiam deslocar a luz da forma que desejassem. Algumas dessas escravas eram acrobatas e bailarinas, – daí terem começado a dançar com o candelabro em suas cabeças.
É comum ver ainda hoje, o Raks Shamadan (dança com o candelabro) em vários países árabes. Shamadan era o prato usado na cabeça com um castiçal em cima, no Egito, em uma época que não havia luz elétrica. Com o passar dos anos, foi sendo aperfeiçoado até se chegar ao candelabro confeccionado em metal com hastes onde se colocam as velas.
O Raks Shamadan celebra a vida e a união entre as pessoas. Nas festas dos casamentos, por exemplo, a dançarina e suas velas simbolizam a luz que irá iluminar o caminho do novo casal. Pode-se ver bailarina colocar a mão sobre o ventre da noiva, uma forma de lhe desejar fertilidade no futuro.
Nas festas de aniversário, o homenageado costuma apagar as velas do candelabro ao final da apresentação da bailarina, pois dizem que traz sorte se assim for feito.”
Postagem: Alyne Albuquerque
Tags: Gita Govinda, Grupo Ares, Maíra Campos, Mônica Alla, Natalia Vooren, Theatro Municipal, Tum Aguia