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Palhaço Picolino deu o ar da graça na Bienal!
Vídeo-arte “Vila Maria” capta cenas de Picolino que vira seu Rogê
Bell Bacampos, da Redação
Quem visitou a 31ª Bienal, que ocorreu no Parque do Ibirapuera, Portão 3, pode assistir ao vídeo-arte “Vila Maria”, de Danica Dakic, que fala do Palhaço Picolino. O evento que teve como tema “Como encontrar coisas que não existem”, foi inaugurado em 6/7, um sábado, e acabou no domingo, 7/12.
Danica Dakic, artista plástica bósnia, e o fotógrafo alemão, Egbert Trogemann, acompanharam os ensaios e o desfile da Escola de Samba Unidos de Vila Maria, que homenageou, esse ano, o Palhaço Picolino. A partir daí, eles criaram “Vila Maria”, um vídeo-arte que esteve exposto na Bienal na Área Rampa. Trata-se de uma síntese poética da história do Palhaço Picolino, criado por Nerino Avanzi, e herdado por seu filho Roger Avanzi, conhecido como seu Rogê e representante de cinco gerações do Circo Nerino.
O Palhaço Picolino, 91 anos, desfilou na Vila Maria, no domingo 2/3, às 2h30 da madrugada, no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo, no topo de um carro alegórico, ao lado de Verônica Tamaoki, diretora do Centro de Memória do Circo.
Do Sambódromo para a Bienal
As imagens no vídeo-arte na Bienal começam com o letreiro da “Vila Maria” e um palhaço – com fantasia de lantejoulas vermelha e rosa – deitado no chão como se estivesse dormindo após uma noite de carnaval. Aos poucos, a câmara fixa no rosto do Palhaço Picolino e ele canta: “tarantantan, tarantantan, lá vem, lá vem, o Palhaço Picolino, com a calça caindo e o colarinho subindo”…
As próximas cenas mostram o rosto de seu Rogê, como se fosse uma tela, e as mãos de uma maquiadora, como se fosse de uma pintora, desfazendo o Palhaço Picolino. É que a pintura é feita de trás para diante: as cores vão saindo do rosto do Palhaço Picolino até que o espectador se depara com a cara limpa de seu Rogê. Sem pintura de palhaço que define Picolino.
De repente, a tela mostra seu Rogê que olha para uma porta, que marca a passagem do tempo. E como num passe de mágica aparece um jovem palhaço. Surpreendido pelo inesperado encontro com sua juventude, Picolino sorri.
O palhaço e o fotógrafo
Em 1º de setembro, uma segunda-feira, cinco dias antes da inauguração da 31ª Bienal (6/9), o fotógrafo Egbert Trogemann esteve no Centro de Memória do Circo, na Galeria Olido, para apresentar o vídeo-arte “Vila Maria”. Egbert mostrou para o seu Rogê uma das fotos que compõe esse vídeo – a do Palhaço Picolino em cima de um tamborete.
Antes da apresentação do vídeo-arte, passistas e integrantes da bateria da Escola de Samba Unidos de Vila Maria sambaram na Galeria Olido.
O encontro contou com a presença de Verônica Tamaoki, diretora do Centro de Memória do Circo e de amigos das artes circenses.
Serviço: 31ª Bienal de São Paulo ” Como encontrar coisas que não existem”
6 de setembro – 7 de dezembro de 2014
Dias e horário: quinta, sexta, sábado e domingo – das 9h às 19h. Entrada até às 18h.
Local: Pavilhão da Bienal – Avenida Pedro Álvares Cabral, s/n – Parque do Ibirapuera, Portão 3
Entrada Franca
Clique aqui para ler sobre o Palhaço Picolino no carnaval da escola de samba Vila Maria
Tags: Bienal, Palhaço Picolino