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Arte em Movimento

“Na Estrada” faz arte ao vender ilusões

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Novo espetáculo do Circo Amarillo apresenta-se na capital paulista

Bell Bacampos, da Redação

Uma família de ciganos viaja com uma carroça cheia de bugigangas penduradas – desde tampa de panela a sanfona – e para em ruas e praças para vender suas poções mágicas ao respeitável público. 

 

 

Quem para e olha leva um susto. De repente, a carroça começa a se abrir como se fosse encantada e se transforma em um palco: surge a “Tenda Magnífica”, local da venda das poções.

Dentro da tenda estão uma velha com um tapa-olho, um homem de cocar de penas brancas, uma moça com penico nas mãos e um homem de grandes bigodes e colar dourado. Frente ao inusitado, impossível deixar de se surpreender e rir.      

 

Da esq. para dir.: Lu Menin, Marcelo Lujan e Daniela Rocha Rosa "Na Estrada" / Foto Asa Campos

 

A saga da família cigana é contada na comédia circense “Na Estrada”, o novo espetáculo do Circo Amarillo, que mistura humor, ilusionismo, acrobacia e se apresenta pela primeira vez na capital paulista. Em 7/3 vai estar no Parque da Luz, às 11h; no dia 8/3, no Parque da Água Branca, às 15h e no dia 14/3, no Parque Independência, às 11h.     

 

Pablo Nordio (Ramon Ramires) na frente da carroça/palco da família cigana / Foto Asa Campos

 

 

Propaganda da poção do rejuvenescimento

A carroça cigana atrai um público formado em sua grande maioria de jovens e crianças, na Praça Tenente Faria, no Parque Novo Mundo, zona norte da cidade, no sábado 28/2, às 11 horas.

 

Florisbela (Lu Menin) oferece as poções ao público / Foto Asa Campos

 

Quem apresenta ao respeitável público o cardápio dos produtos da “Tenda Magnífica” é Florisbela, interpretada por Lu Menin. Com uma boa dose de ironia, ela vende as poções mágicas como se fosse um “jingle” criado pelos magos da propaganda, especialistas na arte de iludir.

“Dê o tratamento que sua pele merece. Beba a poção mágica que rejuvenesce.”

Nada de pés de galinhas, promete.

 

Mama Valentina (Daniela Rocha) ao ficar jovem / Foto Asa Campos

 

A velha de tapa-olho e coberta de roupas, a mama Valentina, papel de Daniela Rocha Rosa, bebe a poção duas vezes para fazer efeito. E começa a se transformar e a mudar seguidamente de roupa, em frente ao público, como se fosse mágica: aparece de vestido verde, azul marinho, amarelo, maiô preto, maiô branco e vestido vermelho tomara-que-caia até ficar jovem.   

Aplausos e assobios. É o tradicional número do “Quick Change” da tradição circense com roupagem contemporânea.

 

Monito e o Corcunda de Notre Dame

Monito (Victor Abreu), "Serviçal" da família / Foto Asa Campos

 

Depois da transformação da velha em jovem, é a vez de se observar as mudanças mais sutis de Monito, personagem do artista circense Victor Abreu, que é o serviçal da família cigana. Ele é desengonçado e o seu andar lembra o de  “Quasimodo”, o Corcunda de Notre Dame, criação do escritor francês Vitor Hugo (1802-1885).

E é esse Monito, inspirado em “Quasimodo”, o encarregado de dar piruetas no ar e cambalhotas no chão. Confronto corporal do personagem que tem o andar deformado, – mas que não o impede de dar saltos acrobáticos primorosos.    

Na “Tenda Magnífica”, o pai de Florisbela, Ramon Ramires, em interpretação impecável de Pablo Nordio, continua a enrolar o público na tentativa de vender poções mágicas – que ele sabe não conter magia alguma – com sua fala que mistura português, espanhol e italiano. Não é língua nenhuma, mais uma invencionice dele. Ele fabrica poções da coragem com gotas de suor das axilas mal cheirosas de Tio Alfredo, em um dos papéis mais irreverentes da carreira de Marcelo Lujan.

Os pelos da virilha do Tio (um deles é uma pena enorme de espanador espetada na cueca) são os ingredientes usados na receita da poção da paixão. Ela leva ainda “ar de Paris”, “brilho de Las Vegas” (nome de um motel na Rodovia Dutra), estrelas, luz do luar e algumas pitadas de “meu iaiá, meu ioiô”,  todos muito bem misturados.

 

Beijo na “Tenda Magnífica”      

Ramon convoca um homem da plateia, de óculos escuros e que veste a camisa do Corinthians, a tomar a poção. Depois, faz o mesmo com uma mulher que veste legging preta por baixo de um vestido colorido e coloca um de costas para o outro de olhos vendados em cima do palco.  

Os dois tomam a poção, se olham e se beijam ao som de “Georgia on my mind”, música romântica imortalizada na voz de Ray Charles.

 

Casal da plateia e família cigana dançam ao som de “Georgia on my mind” / Foto Asa Campos

 

A plateia fica fascinada com o beijo. Todos dançam e o tio Alfredo escolhe como par uma vassoura de piaçava.

Depois vem o silêncio e o tio se volta para o público e diz que vida é um instante de mágica, um momento de ilusão… E convida a todos “a criar suas próprias porções” para “viver seus sonhos”.

Embalado pela trilha do jazz cigano” ou “jazz manouche”, como é conhecido por suas origens francesas, “Na Estrada” é um espetáculo divertido com um trupe talentosa que faz arte ao vender magia e afirmar que dá para engarrafá-la, levar para casa e tomar doses diárias para se ter mais qualidade de vida.  

“Muito, muito, muito bom!”

Findo o espetáculo, a reportagem do Panis & Circus entrevista os estudantes Guilherme Dondésoster e Lucas Andrade de Souza.

Guilherme, 16 anos, afirma que “nunca tinha visto circo e que ‘Na Estrada’ foi bonito de se ver”. “Uma boa novidade para o Parque Sporting”, como é conhecido o Parque Tenente Faria.

Lucas, 13 anos, afirma que foi “muito, muito, muito bom” o espetáculo. E ele gostou ainda mais da frase do Tio Alfredo no final, quando ele diz que a “vida é um instante de mágica e que cada um deve viver seu sonho”.    

Pablo Nordio e Marcelo Lujan (Tio Alfredo) / Foto Asa Campos

 

 

A família cigana “Na Estrada”

A família (Mama Valentina, Florisbela, Ramon Ramires e Tio Afonso) / Foto Asa Campos

 

Os artistas circenses Daniela Rosa Rocha, Lu Menin, Marcelo Lujan, Pablo Nórdio e Vitor Abreu falam do espetáculo “Na Estrada” e de seus personagens em entrevista ao Panis & Circus.*

Panis & Circus: Você é o diretor de “Na Estrada”. O espetáculo teve como fonte de inspiração o clássico filme “La Estrada”, de Fellini, que retrata a viagem em uma carroça de dois artistas mambembes, Zampanò (Anthony Quinn) e Gelsomina (Giulietta Masina), pelo interior da Itália?

Marcelo Lujan: São bem poucos os pontos de contato. O personagem Ramon Ramires é tosco, áspero e lembra um pouco Zampanò.  Mas para por aí. 

Circus: Como surgiu a ideia de “Na Estrada”?

Marcelo: “Na Estrada” surgiu porque o projeto foi contemplado com o prêmio de fomento ao circo para criação. A partir dai, a ideia era criar um espetáculo centrado na cultura cigana. Pesquisamos bastante, visitamos acampamentos de ciganos e criamos a nossa versão carregada de comicidade. Depois, veio a carroça com suas bugigangas – os ciganos catam coisas sem parar por onde passam e depois penduram e vendem tudo que conseguem.

Em outra etapa, eu e Pablo desenhamos a caroça que abria e se transformava em um palco, e um serralheiro concretizou o projeto.

O processo criativo foi intenso e, por vezes, desgastante. Chegou a um ponto em que o elenco queria desistir porque não sabia onde eu queria chegar. Mas no final deu certo e o resultado é “Na Estrada”.   

 

Victor Abreu, Pablo Nordio e Marcelo Lujan, de "robe" - o diretor do espetáculo / Foto Asa Campos

 

Circus: As cenas do casal da plateia escolhido para tomar a poção da paixão e a da “moral da história” foram criadas em que momento?

Marcelo: No final do processo criativo, é que veio a ideia de colocar dois personagens do público na cena da poção da paixão.  

Depois que tive a ideia lembrei do vídeo de Paul McCartney e Michael Jackson em que eles cantam “Say, Say, Say”. O Paul e a Linda McCartney, sua mulher, estão em uma caminhonete antiga e param numa cidade do interior e começam a vender poções que dão força. O Michael Jackson toma a poção e enfrenta numa queda de braços com um dos homens mais fortes do lugar. Depois disso, Paul e Linda vendem todas as poções. Mais tarde, Jackson encontra em uma estrada Paul e Linda e os três estão cantando na carroceria do caminhão. E aí o motorista vira para trás e a gente vê que é o fortão que perdeu a queda de braços com o Michael Jackson.  

Clique aqui e veja o vídeo de Paul McCartney e Michael Jackson

Eles enganaram as pessoas, o público.

“Na Estrada” tem também essa pegada da enganação. Mas não é só zoeira e palhaçada.   

Tem também uma moral da história: dá para cada um criar a sua poção mágica.    

E a moral surgiu porque a gente não quis só fazer arte para se satisfazer como artista. Quis também deixar com o público as frases que dizem que sonhar é possível e que dá para realizar o sonho com a criação de poções mágicas mesmo que elas sejam feitas de ilusão.     

 

Daniela Rocha Rosa fala da Mama Valentina

Daniela Rocha Rosa, caracterizada como Mama Valentina / Foto Asa Campos

 

Circus: Como você virou a mama Valentina?  

Daniela Rosa Rocha: Essa personagem é bem especial. Eu entrei no espetáculo, como assistente de direção, para preparar o elenco e ajudar a construir os arquétipos da família cigana. No meio do processo, o Marcelo, que é o diretor, me perguntou se eu não gostaria de interpretar um personagem. Olhei a família e achei que faltava a madre, a figura materna que é muito forte na cultura cigana. Surgia a mama Valentina, a mãe de Ramon Ramires.

E o que ela poderia fazer? O sonho de muitas senhoras é voltar no tempo, rejuvenescer.  E a mama (que é velha) vai mudando ao longo do espetáculo (com a troca de roupas em frente ao público) até ficar jovem. Essa transformação também pode ser vista como um símbolo do feminino: de poder viver muitas vidas dentro de uma só.

 

Lu Menin descreve Florisbela

Lu Menin como Florisbela / Foto Asa Campos

 

Circus: Quem é a Florisbela?

Lu Menin: A Florisbela é a criança da família. Ela é a filha querida de Ramon Ramires e tem a tarefa de apresentar as poções mágicas. Faz meio que um “jingle” dos produtos encantados. Representa a alegria, a leveza infantil, mas também tem seu toque de sarcasmo. Eu vejo a Florisbela como seu fosse uma borboleta, até como imagem sempre saltando e andando na ponta dos pés. A Florisbela também é o contraponto à sisudez, à braveza de seu pai o Ramon Ramires. É a doçura numa vida áspera.

 

Pablo Nórdio analisa Ramon Ramires

Pablo Nordio no papel de Ramon Ramires / Foto Asa Campos

 

Circus: Como descreve Ramon Ramires?

Pablo Nórdio: Ramon Ramires é o pai de Florisbela. Foi um processo criativo longo em que escolhemos inclusive os nomes dos personagens. Eu escolhi o nome de Ramon que era o do meu avó. Mas as semelhanças ficam no nome. 

O personagem fala um pouco de português, um pouco de italiano e um pouco de espanhol. E ele comanda a família, que quer enrolar o público com a venda de poções mágicas. Quer vender coisas que não existem.

Apesar da enrolação, tem muito de humano em Ramires e sua família na arte de vender ilusões.

O processo de criação do espetáculo foi intenso com ideais do Marcelo, minhas, de todo mundo e que foram se misturando até surgir “Na Estrada”.

E a trilha sonora foi inspirada ao som do “jazz manouche”, como é conhecido o “jazz cigano”. Faz muito tempo que eu e o Marcelo escutamos esse tipo de música. Tem também sons ambientes e fundos musicais que são criação do Marcelo.

 

Victor Abreu relata o passado de Monito

Victor Abreu interpreta Monito / Foto Asa Campos

 

Circus:  Como você criou Monito?  

Victor Abreu: Meu personagem, o Monito, é o serviçal da família. Quando a gente estava criando os personagens, ficamos pensando como seria o passado deles.  E o Monito no passado era uma criança desajustada, sozinha, criado em  uma cidade pequena. E um dia a família cigana passou por lá e ele se escondeu no carroção. Quando o acharam, foram deixando ele ficar e passou a fazer parte da família. Ele age como se fosse a sombra de Ramon Ramires.

O Monito é um pouco o “Quasimodo”, personagem de Corcunda de Notre Dame (criação do escritor Vitor Hugo), que foi, certamente, a maior fonte de inspiração do personagem.

A deformação, que fica visível no modo como ele anda, contrasta com as acrobacias que faz em cena. É um personagem tão estranho, tão desengonçado e de repente assume uma outra forma física, harmoniosa, com suas piruetas no ar.   

No início do espetáculo, o público acha não só o Monito como toda a família esquisita e estranham a carroça. Depois eles veêm todos fantasiados e os olhos começam a brilhar. No final, as frases do tio Afonso (Marcelo Lujan) encantam e já vi gente chorar.  

 

A carroça de "Na Estrada" / Foto Asa Campos

 

*Marcelo Lujan e Pablo Nórdio são os criadores do Circo Amarillo, que completa quinze anos de estrada esse ano, e também são sócios do Circo Zanni. Lu Menin é sócia do Zanni e integrante do Circo Amarillo. Daniela Rosa Rocha faz parte do elenco do Circo Amarillo e Zanni. Victor Abreu está há um ano e meio com o elenco do “Circo Amarillo” e ele é de Salvador, fez escola de Circo no Capão, na Chapada Diamantina e depois foi para a Itália fazer um curso de circo na Escola de Circo Vertigo, em Torino, na Itália.


*Veja programação de “Na Estrada”

Parque da Luz – 07/03 às 11h
Endereço: Praça da Luz, s/n – Bom Retiro
Telefone: 3227-3545

Parque da Água Branca – 08/03 às 11h

Endereço: Avenida Francisco Matarazzo, 455 – Água Branca

Telefone: 2588-5918

Parque da Independência – 14/03 às 11h
Endereço: Avenida Nazareth, s/n – Ipiranga
Telefone: 2273-7250

 

Clique aqui e assiste o vídeo completo da apresentação do Circo Amarillo

 

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