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“Noite da Rose” atrai 2 mil pessoas

 

Marcelo Lujan e o público em "A Noite da Rose", na Praça Roosevelt / Foto Renan Miguel

 

Marcelo Lujan, do Circo Amarillo e Zanni, apresentou a 7ª edição do cabaré e divertiu a plateia no papel de político corrupto   

Cafi Otta, especial para Panis & Circus

A “Noite da Rose”, um cabaré de números circenses e musicais, é realizado, uma vez por mês, geralmente às quartas-feiras, na Praça Roosevelt – em uma iniciativa que visa se ‘apropriar’ de espaços públicos para a cultura e lazer, tendência das grandes metrópoles. A iniciativa começou quando três artistas, o malabarista uruguaio Jorge Ribeiro, o artista plástico e malabarista Otávio Fantinato, e o advogado e acróbata aéreo Rodrigo Buchiniani se juntaram para promover um encontro de malabares na praça. Semelhante ao já reconhecido “Encontro Paulista de Malabares”, que acontece há mais de 10 anos, às segundas-feiras no Beco do Aprendiz, na Vila Madalena, o encontro da Praça Roosevelt também promove a troca de informações entre os artistas, que praticam, exaustivamente, diversas modalidades circenses nestes espaços. E assim como seu precursor da zona oeste, que promove o Circo no Beco, o encontro no centro da cidade também promove um espetáculo, a “ Noite da Rose”.

 

Guga Morales e seu número de equilíbrio em "A Noite da Rose" / Foto Renan Miguel

 

Tive o grande prazer e a honra de participar da 7ª edição da “Noite da Rose”, que aconteceu em 28/11/2015, pela primeira vez em um sábado. Sempre tive vontade de participar, e, como nunca me convidaram, fui cara de pau o bastante para me convidar, e fiquei muito feliz quando meu convite foi aceito pelos donos da festa.

 

Jorge Ribeiro e o Ritual das Esferas / Foto Renan Miguel

 

 

Arrastando multidões

Público durante o espetáculo / Foto Aria Narrativas Visuais

 

As duas últimas edições do evento contaram com um  público impressionante. O site Catraca Livre foi o primeiro a divulgar o cabaré, que acontecia até então nas noites de quarta-feira. Depois a notícia começou a sair em rádios, jornais e revistas, e o número de pessoas na plateia passou a crescer exponencialmente. Na 5a e na 6a edições mais de 2.000 pessoas puderam assistir aos espetáculos!

 

Cafi Otta e seu monociclo / Foto Renan Miguel

 

Por isso os organizadores decidiram transferir para o sábado, como uma maneira de atrair ainda mais pessoas ávidas por cultura. Outro atrativo do evento é o fato de contar com entrada quase gratuita. Digo quase gratuita porque quem decide o valor do ingresso é o próprio público, através de suas contribuições no chapéu. Todo o valor arrecadado é usado pela organização para custear a produção do espetáculo – transporte, combustível do gerador de energia e alimentação do camarim – e também para melhorias estruturais de som, luz e cenografia.

 

Ésio Magalhães, na pele do palhaço Zabóbrim / Foto Renan Miguel

 

 

Diversidade de estilos

O apresentador Marcelo Lujan / Foto Divulgação

 

Aqueles que pensam que os espetáculos desse tipo têm apenas malabaristas em seu elenco estão redondamente enganados. Essa edição da “Noite da Rose” é um exemplo claro dessa diversidade: o apresentador foi o argentino Marcelo Lujan, integrante do Circo Amarillo e  Zanni, que criou um personagem inspirado no que de pior existe no universo político brasileiro, numa crítica afiada e muito apreciada pelo público.

O número de abertura do cabaré foi feito por Guga Morales, artista carioca especialista em equilibrismo, nosso homem foca contemporâneo; logo depois o jovem Rafael Souza apresentou-se na lira, demonstrando força e habilidade; dizem que circo sem palhaço não é circo, e nesse caso os palhaços estavam muito bem representados por Ésio Magalhães, na pele de Zabóbrim.

 

Verônica Piccini apresentou o número áereo no trapézio fixo / Foto Renan Miguel

 

Daniel Wolf e sua esposa Estrela Rigoletto / Foto Renan Miguel

 

O uruguaio Jorge Ribeiro apresentou seu famoso Ritual das Esferas, em que manipula com extrema destreza inúmeras bolas de cristal ao som hipnotizante do ‘didjeridu’ (instrumento musical de origem australiana, usado pelos aborígenes há mais de 1500 anos), tocado ao vivo por Zuza. 

Verônica Piccini arrasou mais uma vez no trapézio fixo – digo isso pela reação do público, porque não consegui ver seu número, já que me preparava na coxia para entrar logo depois. Eu fiz meu número de monociclo; e pra finalizar, um número de tirar o fôlego de qualquer um, de deixar aflito até um monge budista. 

Daniel Wolf e sua mulher Estrela Rigoletto desafiaram os nervos de todos com um número de atirador de facas, tudo feito sem truques, sem artimanhas. Daniel atirava suas facas afiadas como se fazia antigamente, passando a poucos centímetros de sua partner e mulher, enquanto o filho do casal assistia a tudo na plateia, no colo da avó, a querida dona Elza Wolf. Emocionante.

Fechou com chave de ouro uma noite inesquecível, pelo menos pra mim.

 

Rafael Souza e o número aéreo da Lira / Foto Renan Miguel

 

 

Banda dos Mustaches e os Apaches / Foto Aria Narrativas Visuais

 

Além de tudo isso, uma das bandas mais badaladas do momento fez a abertura e o fechamento do cabaré, os figuras dos Mustaches e os Apaches, que contam com um malabarista de mão cheia na bateria e percussão, nosso amigo mineiro com sotaque de gaúcho Lumineiro Salve Salve.

 

Final do espetáculo com todos os artistas / Foto Renan Miguel

 

 

Praça rodeada de artistas

Praça após a reforma / Foto Divulgação

 

Localizada na região central da cidade de São Paulo, a Praça Roosevelt passou recentemente por uma ampla reforma. Ela foi construída na década de 60, e a partir dos anos 80 se iniciou um processo de degradação, que transformou a praça e seu entorno em moradia para mendigos e em ponto de uso de drogas.

A mudança dessa situação começou pelas mãos de artistas e grupos de teatro da capital, que se instalaram nos imóveis ao redor da praça criando diversos espaços de ensaio e apresentação de espetáculos. Os Satyros, os Parlapatões, a Cooperativa Paulista de Teatro e o Teatro do Ator são alguns exemplos de grupos e entidades que começaram esse movimento de ocupação dos imóveis em volta da praça e sua transformação em espaços culturais. Esse movimento teve início em 2000, e de lá pra cá a mudança da realidade local foi brutal. 

A praça foi finalmente reformada e entregue à população em 2012, e hoje é amplamente frequentada por skatistas, que usam e abusam de seu piso perfeito para a prática do esporte. Além, é claro, de todos os frequentadores dos espaços culturais mencionados acima e também dos artistas circenses.

 

Tristeza e esperança

Entrada do Espaço Parlapatões / Foto Divulgação

 

Em meio a todo esse movimento de tomada das ruas pela população, em meio a essa efervescência cultural, que evocam principalmente um sentimento de liberdade, um fato desolador foi registrado na noite anterior à realização da “Noite da Rose”, na sexta-feira dia 27/11/2015. Fiscais da sub-prefeitura da Sé fizeram uma blitz surpresa e fecharam o Espaço Parlapatões, além de aplicarem multas a quase todos os outros estabelecimentos da praça. A ação foi movida com base no Psiu, Programa de Silêncio Urbano, mesmo com o Espaço Parlapatões tendo um alvará de 24 horas de funcionamento.

O caso já estava resolvido no dia seguinte, quando o prefeito Fernando Haddad chegou a ligar para Hugo Possolo, um dos sócios dos Parlapatões, se desculpando pela ação e garantindo que o teatro e o bar poderiam funcionar normalmente. Um ato em solidariedade ao espaço foi realizado assim que acabou a “Noite da Rose”, e contou com a participação de diversos movimentos culturais. Foram distribuídas flores brancas a todos como sinal de resistência pacífica ao que eles classificam como um ataque sistemático a liberdade do teatro independente e alternativo.

 

Hugo Possolo no Espaço Parlapatões / Foto Divulgação

 

O próprio Hugo, visivelmente cansado e muito emocionado, relatou para cerca de 100 pessoas o acontecido, e alertou para um movimento de moradores que querem cercar a praça.

Aguardemos as cenas dos próximos capítulos, com muita esperança de que iniciativas como a “Noite da Rose” ajudem a solidificar esse movimento de cidadania tão especial que acontece atualmente.

 

 

Postagem – Alyne Albuquerque

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