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Palhaços do artista Ugo Rondinone viajam pelo mundo
Ivy Fernandes, de Roma
Imaginem o que significa viajar pelo mundo na companhia de 45 palhaços e seus figurinos e mais acessórios como perucas, chapéus, maquiagem, sapatos, pompons, luvas e centenas de quadros com arco-íris. É o que faz há alguns anos o artista plástico Ugo Rondinone, que inaugurou sua exposição “A solidão do clown”, em 10/6, em Roma, no Museu MACRO Testaccio, e que se estende até 11/9. Essa mostra, vinda do prestigiado Museu Boijmans Van Beuningen, em Rotterdam, tem como título original “Vocabulary of Solitude”, e apresenta as obras de arte de Rondinone: esculturas de palhaços, em tamanho natural, de todas as cores e em diferentes posições.
As esculturas são tão autênticas que o público tem vontade de tocar, sentar ao lado dos clowns, fazer selfies e até mesmo “conversar” com eles.
Para demonstrar como os clowns atraem as pessoas e passam a conviver com elas, Rondinone, que, atualmente, vive e trabalha em Nova York, levou alguns deles para o Central Park. Lá, seus amigos que o acompanharam puderam constatar a atração – não passaram sequer cinco minutos e várias pessoas posicionaram-se ao lado de um clown sentado em um banco do parque e o integraram a seu cotidiano. O artista ficou satisfeito com a recepção de sua arte no contato com o público.
“Rondinone”, afirmam os críticos italianos, “tem a habilidade de fazer com que saia de dentro do adulto a criança escondida em algum lugar de seu peito”.
As esculturas dos 45 clowns – que parecem ser de carne e osso – ocupam o grande pavilhão do museu MACRO Testaccio, em Roma. Eles são impactantes por seu conjunto e pela quantidade de cores e luz.
É a primeira vez que Rondinone expõe seus trabalhos na Itália. Depois, ele segue para Miami, onde apresentará seus clowns durante a Art Basel, no Bass Museum.
Os 45 palhaços em suas 45 posições corporais representam parábolas do dia a dia, em suas 24 horas, e evidenciam o desvario e a profunda solidão humana.
Esses palhaços estão vestidos com apuro com atenção aos detalhes: a clássica túnica colorida, a gola feita com tule e em alguns trajes são enriquecidos por uma ‘nuvem’ de paetés. A máscara é a do clown branco com nariz vermelho, cílios longos e naturais, um chapeuzinho no estilo Chaplin, luvas brancas, grandes sapatos e meias coloridas estão presentes em todas as esculturas. Uma é diferente da outra nos traços – alguns são asiáticos ou lembram os vikings – a maioria é masculina. Poucas palhaças fazem parte da mostra. As esculturas retratam os palhaços em ações cotidianas: do acordar ao sonhar. Eles eles estão sentados, deitados, ajoelhados, sempre com os olhos fechados – marcas de sua solidão.
“Não sou fanático dos palhaços, mas para mim”, afirma Rondinone, “eles não têm idade e gênero – tudo é neutro”. Segundo o artista “a presença dos palhaços é uma metáfora da existência, cada um deles tem o nome de um verbo: ser, recordar, sentir, amar, sofrer, esperar, cheirar, descansar, mentir, pensar, dormir, sonhar, acordar e por ai vaí. A melancolia do palhaço coloca em cena, o drama do homem ridículo misturado com vibrações cromáticas que superam a tristeza”.
Rondinone: admirado pelo público e crítica
Conhecido e admirado pelo público e pela crítica, Rondinone nasceu na Suíça, em 1964, na cidadezinha de Brunnen, e se formou na Universidade de Artes Aplicadas (University of Applied Arts) na Áustria, em Viena. Iniciou a carreira nos anos 90 e já percorreu mais da metade do mundo com as suas exposições: Japão, China, México, Estados Unidos, quase toda a Europa. Pretende também nos próximos anos desembarcar na América do Sul, levando em sua bagagem seus palhaços para exibi-los em São Paulo, Rio de Janeiro e Buenos Aires.
Artista original e de forte personalidade, Rondinone marcou a sua presença artística com dois elementos: os palhaços e o arco-íris. Paralelamente ás esculturas e aos desenhos, faz vídeos de arte, performances e fotografias. O ponto central do seu trabalho é o uso das cores fortes e vibrantes que produzem efeito psicodélico.
Seus desenhos de arco-íris iniciam-se da forma clássica circular e se transformam em “mandala”, seguindo as cores do amanhecer ao anoitecer que representam o universo. Alguns dos seus desenhos recordam as obras de Rothko, mas contém a percepção produzida pela Pop Art e vertigem óptica.
A obra de Rondinone gira em torno da fantasia e do desejo de um jogo surreal. Exibiu seus palhaços nos museus de arte contemporânea mais importantes do mundo como o New Museum de Nova York e o Louisiana de Copenhague.
Em 2007, representou a Suíça na Bienal de Veneza e, em 2013, expôs seu trabalho na “Human Nature al Rockfeller Center”, de Nova York. Entre as exposições mais recentes, Palais de Tokyo, em 2015. As suas obras de arte fazem parte das mais respeitadas coleções públicas e privadas como o MoMA de New York.
Local da exposição: MACRO Testaccio, Padiglione 9B, piazza Orazio Giustiniani 4, Roma – de 10 de junho a 11 de setembro de 2016
Postagem – Alyne Albuquerque
Da: “Ufficio stampa Maria Bonmassar”
Data: 20/06/2016 20.23
A: “g15680@libero.it”
Ogg: Re: ARTICOLO MOSTRA RONDINONE PUBBLICATO IN BRASILE – https://www.panisecircus.com.br
grazie mille !
bellissimo tutto,
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