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Olhos livres sobre a cultura vietnamita

 

Cena de A O Lang Pho em Circos – Festival Internacional Sesc de circo/ Asa Campos

 

Beth Néspoli, blog de Circos – Sesc/SP*

“Para driblar as altas taxas cobradas para construção e uso de barcos num Vietnã sob dominação francesa, pescadores pobres impermeabilizaram com uma resina de óleo de coco cestos domésticos de bambu entrelaçado nos quais passaram a navegar. Controladas por apenas um remo, por não ter popa ou proa essas embarcações propiciam movimentos em diversas direções e atualmente tornaram-se símbolo de uma cultura capaz não apenas de resistir à opressão, mas de inventar modos de ser livre. Uma dessas embarcações pode ser vista no centro do palco antes mesmo do início da apresentação do espetáculo vietnamita Ao Lang Pho (O vilarejo e a cidade), criação do Nouveau Cirque du Vietnam, que abre a 4ª edição do CIRCOS – Festival Internacional Sesc de Circo, no Sesc Vila Mariana, em São Paulo. O cesto e grandes varas de bambu visíveis nas laterais ganham iluminação que destaca volumes. A sobriedade dessa composição em tons ocres sob luz suave antecipa uma visualidade que se manterá durante todo o tempo, mesmo nos momentos de intensa movimentação.

Desde o primeiro momento, a visão desses elementos tradicionais da cultura remete ao título, O vilarejo e a cidade, com o qual a trupe anuncia que irá abordar um importante aspecto cultural do país: a acelerada urbanização nesse território asiático de 90 milhões de habitantes, 2/3 deles, importante lembrar, nascidos após o término da Guerra do Vietnã (1959-1975). O modo como tal temática é elaborada em cena torna-a reconhecível – e o espectador brasileiro muito provavelmente vai se identificar em alguns aspectos –, porém ainda assim surpreendente. Isso porque o Nouveau Cirque du Vietnam cumpre um atributo da arte em geral, e do circo em particular, que é a suspensão da rotina. Alcançada, nesse espetáculo dirigido por Tuan Le e Nguyen Nhat Ly, pelo uso inusitado dos corpos e objetos.

Assim, com a mesma liberdade dos pescadores, corpos, cestos e varas de bambus são transmutados em muitas outras formas nessa montagem na qual a passagem do rural para o urbano também não seguirá um traçado regular de navegação. O retrato que sobressai é o da sobreposição de tempos e de culturas em um território que resiste à oposição entre rural e urbano. Categorias das quais parece querer escapar esse povo com uma história milenar de reinvenção.

O campo comunitário predomina na primeira parte do espetáculo. Corpos hábeis e expressivos, varas de bambu, cestos de diversos tamanhos, iluminação e música executadas ao vivo em instrumentos de sopro, corda e percussão – são os elementos que compõem as imagens cênicas, ora abstratas, pura poesia; ora figurando situações. Algumas delas, como o número de equilíbrio no qual o atuador caminha sobre uma vara de bambu ou a divertida transformação de cestos em corpos de aves domésticas remetem, por semelhança, às pinguelas do interior brasileiro e, no caso das aves, a atriz emite o mesmo ruído sonoro que as donas de casa fazem para dar milho às galinhas. Fronteiras nacionais? Perceber como são artificiais tais delimitações talvez seja um dos mais positivos efeitos do intercâmbio artístico entre povos geograficamente distantes.

Ainda no retrato mais rural, a atmosfera bucólica é quebrada quando os cestos se transformam em armaduras ninjas enquanto os bambus fazem as vezes de lança. É muito interessante como a transformação da aldeia em cidade se dá pelo modo como um mesmo grupo de objetos é manipulado. Num primeiro momento, corpos soltos e brincadeiras configuram uma espécie de mutirão, o trabalho coletivo em torno da festa e do rito, movimento que aos poucos se uniformiza remetendo aos gestos mecanizados das esteiras industriais ao mesmo tempo em que os atores e atrizes constroem, diante dos olhos do público, os edifícios que vão configurar a paisagem urbana que se seguirá.

Na segunda parte, mudam os corpos, muda a música, acelera a velocidade. Porém é ainda com palha e bambu entrelaçados que são criadas, por exemplo, as motos que obrigam os pedestres a saltar pelas ruas para não serem atropelados. Nessa parte, o humor brota dos hábitos rurais renitentes, como lançar pela janela do apartamento em plena calçada a água armazenada nos cestos, ou chega mais crítico, como na perda de identidade corporal numa aula de dança ocidentalizada.

Como não poderia deixar de ser, há muito da melhor linguagem circense nesse trabalho que provoca aquelas reações características de assombro pelo misto de risco, precisão e superação dos limites humanos em acrobacias e malabarismos. É o que ocorre, por exemplo, quando os cestos servem para compor a clássica pirâmide em cujo topo uma atriz apresenta elaborado e difícil número de contorcionismo e equilíbrio. Porém há também coreografias afinadas com a estética da dança contemporânea e ainda composições que parecem criadas por um coletivo de artes plásticas nas quais os objetos ganham total protagonismo. Também no aspecto da linguagem essa trupe vietnamita escapa dos enquadramentos. Navegar é preciso, e com liberdade é o que vale.”

*Beth Néspoli é editora, jornalista e crítica.

Beth Néspoli, Kil Abreu, Maria Eugênia Menezes e Welington Andrade acompanharam Circos – Festival Internacional Sesc de Circo em São Paulo. Segundo Néspoli, trata-se de “uma escrita feita em tempo exíguo, mas com forte investimento afetivo, sempre buscando lançar um olhar sobre as obras que possa contribuir com elementos para análise de espectadores e criadores. É o intento, ao menos. Ver A O Lang Pho, por exemplo, um espetáculo vietnamita, foi um maravilhamento, em especial ao perceber pontos de contato entre a cultural brasileira e a de um país geograficamente tão distante. Também foi uma experiência de fruição incrível acompanhar a apresentação de Balbúrdia, da trupe Artinerant’s.”

Abaixo, o link para o blog que traz não apenas as críticas, mas também entrevistas, reportagens, e informações sobre espetáculos e encontros, debates e filmes que integraram o evento.

http://circos.sescsp.org.br/2017/blog/

circos.sescsp.org.br

 

 

 

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