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Telhado de Ninguém: a arte de conviver

 


Fernanda Araújo, especial para o Panis & Circus

Sentada sobre uma antena de TV, em cima de um telhado, uma moça busca refúgio da água da chuva que inundou a cidade. Logo depois, entre raios e trovões, a correnteza arrasta o barril com um rapaz. É uma questão de sobrevivência: ilhados, os dois precisam dividir o topo da mesma casa em Telhado de Ninguém, espetáculo infantil da Companhia do Polvo que estreou dia 10 de junho, no Sesc Belenzinho, dentro do programa Circos – Festival Internacional Sesc de Circo.   

Em Telhado de Ninguém, os recursos circenses utilizados na produção surgiram antes da trama ou simultaneamente. “Em um ferro velho encontramos um poste de luz que poderia servir de ligação para o telhado. Tivemos a ideia de fazer algo no estilo corda bamba. Mas, detalhe, nem eu nem o Nico somos aramistas”, explicou Natália Presser que divide o palco com Nico Serrano. A falta de experiência no aparelho, porém, não foi problema para os acrobatas que, após um pouco de treino, dançam até tango sobre o arame em uma das cenas. Além dos números de equilíbrio no fio, o mastro da antena de TV e a cama elástica escondida nos fundos da casa também estão à serviço das cenas.

 

Cenário de Telhado de Ninguém / Paulo Barbuto

 

Já o enredo lembra um pouco a história do livro “Dois Idiotas Sentados Cada Qual no seu Barril”, de Ruth Rocha, mas Natália revelou que a inspiração veio do pós-guerra: “É quase um Godot para crianças, um mundo pós-apocalipse. A princípio, até pensamos que os dois deveriam chegar juntos ao telhado, mas depois estabelecemos que seria relevante se um chegasse antes do outro. O telhado é uma metáfora do planeta, que não é de ninguém. Não temos uma intenção didática, porém, estamos preocupados em trazer uma provocação, uma reflexão”.

 

Natália Presser em Telhado de Ninguém, no Sesc Belenzinho / Paulo Barbuto


A ideia do cinema mudo surgiu na intenção de contar uma história clara suficiente, sem o recurso da palavra e com a presença do palhaço.  A proposta deu certo. “As crianças ficaram atentas e tiveram a oportunidade de construir uma narrativa na cabeça da maneira que entenderam. Ou seja, não é só musical que prende a atenção das crianças”, argumentou a atriz em entrevista ao Panis & Circus. A história ganha novo fôlego com participação especial de um rato que surge entre as telhas. O animal sorrateiro aparece e desaparece, causando gargalhada na plateia ao roubar a comida pescada pelos humanos. “Estávamos ensaiando no dia em que o técnico que ficava embaixo do telhado pegou uma fita crepe, fez orelhinhas em um pé de meia, colocou na mão e emergiu em uma das janelas do telhado”, revelou Natália sobre o nascimento do personagem que encanta a garotada.

 

Antena de TV serve como aparelho para acrobacia de Presser / Paulo Barbuto


O meio ambiente e a importância da reciclagem são temas recorrentes nas cenas por meio de objetos que se transformam e ganham novas funções. O turbante vira cobertor e toalha de mesa. A hélice pescada pelos náufragos que remete à produção de energia limpa – mesma função da roda que se liga ao poste de luz. A proposta se repete no cenário, com peças garimpadas em construções, caso do material utilizado na “água cenográfica” – uma tela originalmente utilizada para proteger a parte de baixo da obra contra queda de resíduos.

 

Telhado de Ninguém na programação de Circos no Sesc Belenzinho / Paulo Barbuto

A peça foi encenada na Sala de Espetáculo 2, no Sesc Belenzinho, ambiente utilizado em consonância com a montagem. As crianças ficaram em um espaço exclusivo, acomodadas na frente das cadeiras, em duas fileiras de almofadas, no mesmo nível no cenário, propiciando mais atenção. Do lado direito, a mesa de som ficou à vista, assim como o teclado, no qual as músicas foram executadas quase todas ao vivo. “Não há como tocar todas as músicas na hora, pois é tudo muito dinâmico. Uma experiência maravilhosa”, explicou Andrei Presser (primo de Natália), que tocou e cantou “What a Wonderful World”, na voz do carismático rato.  

 

Natália Presser e Marcelo Lujan na 1ª versão do espetáculo / Paulo Barbuto

 

Uma primeira versão de Telhado de Ninguém foi criada em 2013, com recursos do ProAC Montagem, em circuito fechado, pelo interior do Estado. Na época, Marcelo Lujan contracenava com Natália, mas não conseguiu participar dessa nova produção por conta de uma série de compromissos. Assim, assumiu Nico Serrano – que já era standin de Lujan.  “O encontro entre eu e o Nico se deu em uma oficina de Comicidade Física, com o grupo La Mínima, em 2010”, lembrou Natália.

 

A Companhia do Polvo é jovem, com cerca de cinco anos, mas seus integrantes são veteranos do circo. O diretor e dramaturgo australiano Mark Bromilow, por exemplo, trabalhou em renomadas produções como Varekai, do Cirque du Soleil, no qual atuava a trapezista Natália Presser. Ali começou o namoro, ela veio para o Brasil e ele não tardou para vir junto. Pouco tempo depois, Bromilow ganhou o incentivo de um projeto australiano para desenvolver um espetáculo em solo brasileiro. A trupe também assinou o espetáculo adulto “Memória Roubada”, em parceria com as Cias. Solas de Vento e Linhas Aéreas, em 2012.

 

Salto de Natália Presser em Telhado de Ninguém / Paulo Barbuto

 

A classificação indicativa, a partir de 4 anos, é condizente com a montagem. No espetáculo de estreia, por exemplo, algumas crianças menores se incomodaram com a pouca luz e pediram para sair assim que ouviram os estrondos dos trovões.

Com boa técnica, faltou um tantinho de interação com o público. Poderia ser o contato no olho da plateia em busca da conivência para algumas ações ou a disputa dos personagens pelo carisma da plateia ou algum bordão que as crianças pudessem repetir junto. Uma triangulação entre plateia, personagens e trama poderia criar um vínculo mais intimista e envolvente – algo que o palhaço faz tão bem. Mas o espetáculo diverte, convida à reflexão e vale a pena conferir. Telhado de Ninguém será apresentado em outras plateias dentro do programa   ProAC Circulação: 

9 e 10 de julho – Guarulhos/SP – Teatro Nelson Rodrigues
20 e 21 de Agosto – Araras/SP –  Teatro Estadual de Araras
27 e 28 de Agosto – Paulínia/SP – Teatro Municipal de Paulínia
04 e 05 de Agosto – São José dos Campos/SP – Teatro Municipal

Ficha técnica: Telhado de Ninguém

Companhia do Polvo – concepção: Natália Presser e Mark Bromilov. Direção e dramaturgia: Mark Bromilow. Elenco: Nátalia Presser e Nico Serrano

Foi apresentado no Sesc Belenzinho – Sala de Espetáculos nos dias 10.6,  sábado, às 17h e 11.6, domingo, às 17h.

 

 

Foto de Capa – Telhado de Ninguém no Sesc Belenzinho dentro de Circos / Paulo Barbuto

 

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