Old
Pequeno 1 de chapéu vermelho e pés miudinhos
Livro ensina os números e os valores de amizade e persistência
Humanizada, a turma do livro “Pequeno 1” se reúne para viver a aventura do protagonista, garoto tão magro que pode ser confundido com uma bengala.
O personagem se parece com a cor Flicts, criada por Ziraldo. Está à procura de amigos, já que brincar sozinho não tem muita graça.
Nada é tão fácil para Pequeno 1. A dupla de peras e os três ursinhos de pelúcia o ignoram solenemente.
O mesmo ocorre com as 4 abelhas, os 5 guarda-chuvas, as 6 formigas e os 9 peixes. Quando Pequeno 1 apareceu, eles fingiram que não era ninguém.
Pequeno 1 chorou de lágrimas: “‘O que há de errado comigo?’,/ rompeu num suspiro…/ 2 me viram as costas,/ outros não querem brincar nem dar respostas.”.
Mas chegou o final feliz. Pequeno 1 encontrou uma argola vermelha e os dois viraram “amigos fiéis”, formando o número 10!
Esse livro ensina os números para crianças a partir de um ano de idade, mas, mais do que isso, mostra como lidar com a rejeição dos amiguinhos sem nunca desistir de encontrar seu lugar no mundo. Como Flicts.
A escritora e arquiteta Ann Rand e o famoso designer e ilustrador Paul Rand escreveram “Pequeno 1” em 1962. Em 2007, Alípio Correia de Franca Neto traduziu o texto para a Cosac Naify.
“Eu Sei um Montão de Coisas”
A editora tem em catálogo também o livro de estreia de Ann e Paul Rand na literatura para crianças, “Eu Sei um Montão de Coisas”. Escrito em versos, ele conta sobre um cachorro de bolinhas, um bolo coberto de cerejas e várias outras coisas que deixam a gente com vontade de ter conhecimento.
Serviço
“Pequeno 1” tem 36 páginas e custa R$ 44,00 no site da Cosac Naify. O livro integrou o PNBE 2010 (Programa Nacional Biblioteca da Escola). “Eu Sei um Montão de Coisas” (2011, 1ª reimpressão) custa R$ 42,00.
Link: http://editora.cosacnaify.com.br/ObraSinopse/11083/Pequeno-1.aspx
História das imagens que compõem narrativas urbanas
É notória a busca dos designers por uma linguagem que seja compreendida por pessoas que falam diferentes línguas em todas as partes do mundo.
Na plataforma 3D de comunicação que se anuncia nas mídias convergentes, esses profissionais entram cada vez mais em evidência ao tentar solucionar problemas de interface entre o mundo real, físico, e os espaços virtuais do ciberespaço.
Segundo Michèle e Armand Mattelart, a comunicação por ícones gráficos, como setas de entrada, saída e avisos de entradas proibidas, entre outros, nasceu com a primeira Revolução Industrial (séculos 17 e 18) para organizar o trabalho nas fábricas.
Se bonequinhos estilizados representam homens, mulheres, animais e máquinas, foi natural sua transformação em personagens humanizados de histórias, como fizeram os autores do livro “Pequeno 1”.
O designer Paul Rand criou logomarcas para a IBM, a Westinghouse e a rede de TV ABC.
A “Folha de S.Paulo” publicou artigo de Steven Heller em 30/10/11, no caderno “Ilustríssima”, em que o autor reafirma as origens dos ícones gráficos espalhados em metrôs, banheiros públicos e por toda a cidade: “Os protótipos dessa linguagem pictórica foram desenvolvidos na década de 1930, no Museu de Sociedade e Economia, em Viena, por Otto Neurath [1882-1945], cientista social esquerdista especializado em economia política. O sistema de símbolos que ele criou, que ficou conhecido como Isotype (Sistema Internacional de Educação Pictórica Tipográfica), nasceu do desejo de revolucionar o entendimento entre povos e instituições”.
(Mônica Rodrigues da Costa)
Tags: amizade, Ann, Cosac, Costa, criança, design, designer, Destaques, Flicts, infantil, Mônica Rodrigues, Naify, Paul, Pequeno 1, persistência, Rand, Ziraldo
Fiquei com vontade de ler o Pequeno 1 para minha filha e para mim mesma.
É superinteressante quando o Pequeno 1 encontra um zero, que fica à direita, e formam o número 10.
Gosto bem desse livro 🙂