Pé na Estrada
Roma ganha estação de cozinha italiana
Eataly, nova catedral do bom gourmet italiano na linha do metrô
Ao chegar a Roma, vale a pena visitar Eataly. O espaço tem lojas modernas, com decoração futurista, e ocupa 3.200 metros quadrados de área da segunda estação de metrô mais importante da cidade: a Ostiense – local de partida de trens para o aeroporto Leonardo da Vinci (1452-1519).
Essa sede do Eataly é a maior novidade do ano na gastronomia. Reúne as grandes especialidades da cozinha italiana, com atenção aos produtos regionais, e há embalagens prontas para o visitante levar para a viagem.
Uma série de produtos gastronômicos da Itália é vendida hoje em todas as partes do mundo. O objetivo de Eataly é selecionar os melhores produtos, como o vinho de Montalcino, aquele da Toscana que é o preferido nos banquetes da Casa Branca.
Outros sucessos eleitos são a mozzarella de buffala, que vem diretamente de Nápoles, o presunto da região veneziana – o San Danielle –, e os doces sicilianos, que chegam todos os dias da ilha. Bom apetite!
Eataly Ostiense e em Nova York
Segundo o site do complexo, o prédio do Eataly da Stazione Ostienese foi reformado e abriga 18 restaurantes, mercado de produtos sofisticados e fica na Piazzale XII Ottobre, 149. A loja ainda oferece produtos artesanais e oito cursos de gastronomia na cozinha italiana.
Outra loja Eataly existe em Nova York e também oferece cursos.
Link: http://eatalyny.com/.
Fluxo de turistas na Itália e na Europa
Roma é sempre novidade: edificações ancestrais e roteiros da boa mesa e do enoturismo.
Fundada em 21 de abril do ano 753 antes de Cristo, a cidade passa atualmente por revolução arquitetônica destinada a atrair um maior número de turistas de várias faixas de idade.
O movimento de visitantes intensificou-se nos últimos meses na Itália, comparado ao registro de turistas nos relatórios de fluxos de pessoas dos países vizinhos e eternos rivais: Espanha e Grécia, que enfrentam crises, sacudidos por greves e manifestações que paralisam capitais e convidam turistas a modificar roteiros.
A Espanha espera que a situação se regularize e que se salvem ao menos a costa da Catalunha e ilhas famosas como Ibiza e Majorca. A alta taxa de desemprego, que gira em torno de 23%, torna pesada a atmosfera do país.
Na Grécia, a situação é mais grave: o Ministério do Turismo helênico previu que, nestas férias de verão de 2012, haverá queda do turismo alemão, de 30%, no país.
Em Roma, as perspectivas também não são otimistas para a visita de ingleses, franceses e dos próprios italianos, apesar da redução de 25% nos preços, quer nos hotéis quer em cruzeiros e transportes navais.
O Ministério do Turismo italiano declarou oficialmente queda de 17,50% na entrada de recursos provenientes do turismo nos primeiros meses de 2012 (janeiro a março).
Jardins do Palatino é novidade em Roma desde maio e destaca flora local
Roma está pronta para receber turistas em fuga e lança a cada dia uma novidade. Outra das últimas foi a inauguração, em maio, dos fantásticos Jardins do Palatino, no Fórum Romano, residência dos imperadores que foi reconstruída no modelo da Antiga Roma, por meio de testemunhos literários e obras de pinturas e por uma equipe de especialistas em arqueologia botânica.
Essa equipe foi liderada por Anna Maria Ciarallo e teve a colaboração de Giuseppe Morganti e Maria Antonietta Tomei – que criaram novo percurso no jardim. Ele pode ser visitado durante todo o verão e até 14 de outubro.
Palácio para admirar espécies de plantas
“Com o novo trajeto”, afirma Anna Maria Ciarallo, “os turistas podem passear nos Jardins do Palatino admirando plantas antigas que procuramos para reconstruir o ambiente da época.
Monumentos de cor ocra (dourada), típica de Roma, sobressaem circundados por árvores de frutas como pêssego, cereja, limão, plantas medicinais e uma explosão de flores de cores intensas.
Os imperadores romanos construíram palácios no Palatino. É possível observar os vestígios das ruínas dos palácios de Augusto, Tibério e Domiziano, que também podem ser visitados. O termo “palazzo” deriva de “Palatium”, em latim, e acabou por se transformar em Palatino.
Em alguns lugares da área arqueológica foram restauradas fontes e espelhos d’água para dar ao ambiente atmosfera mágica.
Casa di Augusto no Centro de Roma
Um jardim íntimo e reservado foi reconstruído na Casa di Augusto e traz paredes desenhadas na Villa de Lívia, que atualmente estão expostas no Museu Nacional Romano, do Palácio Massimo, no centro de Roma.
As plantas foram escolhidas baseadas em pinturas da época, como árvores de pinho, oleandro, rosas e plantas ornamentais. Jardins exuberantes ressaltam a mistura de flores e frutas que formam suntuosa cenografia, entre jogos d´água e arquitetura da época imperial.
Links:
http://www.youtube.com/watch?v=ILu0e4kF9kM
I Ninfei no Palatino mistura azul e branco nas flores, no mármore e nas águas
Um dos pontos de maior atração no jardim é o I Ninfei, que faz parte do Palatino desde a Antiguidade. Para restituir a imagem de “ninfeo”, que é, praticamente, uma piscina decorativa, foram usadas plantas aquáticas e flores que acompanham a cor do mármore branco e das águas azuis, o que produz grande efeito.
Foram reconstruídos todos os “ninfeos”, variando as espécies de flores (Surfinia, Solanum, Convolulus, Tapiens; verbena, plumbago e petúnia), na cor branca e com várias tonalidades de azul.
A hora ideal para visitar os jardins é o final da tarde, por volta das 17h30, quando, no verão, o sol de Roma envolve a cidade e os monumentos antigos.
O ingresso para os Jardins do Palatino são adquiridos à rua San Gregório, 30, diariamente, das 8h30 às 19h00. Preços: 12 euros (adultos ) e 7,50 euros (crianças).
Maxxi 21: novo templo da arte moderna
Deixando as maravilhas da Roma Antiga, dá para visitar, no outro lado da cidade, no bairro Flaminio (centro), novo templo da arte moderna: o Museu Maxxi – Museu Nacional das Artes do Século XXI, inaugurado em 2010.
Antes de ser projetado pela arquiteta Zaha Hadid, o museu mais arrojado da Itália era um antigo quartel e demorou 15 anos para ficar pronto. Hoje, atrai turistas de todas as partes do mundo, com atividades culturais intensas: exposições de pintura, escultura, fotografias, seminários de arquitetura, literatura e poesia.
Linhas curvas e cores fortes predominam no novo projeto arquitetônico, que é circundado por um grande jardim de inspiração japonesa.
Com amplo e confortável bar-restaurante, o Maxxi 21 abre diariamente até as 22h00. Em áreas do jardim e do museu, especialmente no andar térreo, local de exposições e conferências, o ingresso é gratuito.
Artista que projetou o museu se inspirou em Niemeyer
A arquiteta iraquinina Zaha Hadid, que reside em Londres, foi a primeira mulher a receber o prêmio Pritzker, em 2004, que equivale ao Nobel da arquitetura. Para criar alguns detalhes do Maxxi, Hadid se inspirou no trabalho de Oscar Niemeyer, segundo suas afirmativas, com uma atração especial pelas linhas curvas. O branco dominante é destacado por detalhes arquitetônicos em negro e vermelho.
A arquiteta Hadid desenhou também os móveis, as portas e outros detalhes do museu. Vale a pena visitar, no andar térreo, a sala para conferências, em vermelho vivo e com cadeiras e mesinhas que se recolhem em linhas retas, formando um labirinto.
O complexo Maxxi é a primeira instituição nacional dedicada à criatividade contemporânea. Reúne dois museus: Maxxi Arquitetura e Maxxi Arte. Em uma área de 29 mil metros quadrados, o museu, durante os meses de verão, oferece no jardim shows de música e realiza eventos.
Endereço para adquirir ingressos: Via Guido Reni, no bairro Faminio. Preços: 11 euros (adultos) e 8 euros (crianças). Aberto das 11h00 às 20h00.
Via Margutta: rua dos artistas celebra aniversário
Depois da visita à Roma Antiga e ao templo da arte moderna, nada melhor do que um passeio pelo centro do shopping romano, na Praça da Espanha (Piazza di Spagna).
Lá está a Via Condotti, com griffes badaladas: joias de Bulgari e Cartier e vitrines de Valentino, Prada e Armani. Faça uma pausa para tomar aperitivo no célebre Café Greco.
Perto da Via Margutta, paralela à Via del Babbuino, há a rua dos Antiquários, que fica em frente à Praça da Espanha, que vale visitar também.
Via Margutta ficou famosa, nos anos 50, por servir de cenário para o filme “Vacanze Romane”, de William Wyler (1953), com Audrey Hepburn e Gregory Peck, e por ser o local onde moravam artistas como Federico Fellini.
Neste ano, Via Margutta celebra seu aniversário e acaba de lançar o livro “Ateliê em Via Margutta – Cinco Séculos de Cultura Internacional em Roma”, de Valentina Moncada.
Dois hotéis recentes e charmosos, o Hotel Via Margutta e o Hotel Forte, estão localizados na Via Margutta e são ideais para quem quer passar alguns dias no centro da movimentada via romana. Por perto, bares, restaurantes e pubs.
(de Ivy Fernandes, em Roma)
Tags: augusteo, eataly, maxxi roma, ostiense, palatino, roma, via margutta
Parabéns. Furo na àrea de turismo o que náo è fàcil com tantas cadernos por ai sobre o assunto.