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A censura no mundo das artes

 

Violações sofridas por artistas são tema de série de reportagens do GLOBO

POR ANDRÉ MIRANDA 


RIO – Em democracias como os EUA ou em ditaduras como Cuba, artistas são alvo de governos, grupos religiosos, organizações criminosas, empresas, radicais em redes sociais e todo o tipo de gente que tenta censurar a arte. Numa série de reportagens em cinco capítulos, O GLOBO reúne casos de violações em todos os continentes, mostrando como a censura cultural ainda é presente e muitas vezes difícil de denunciar. Só em 2015, a Freemuse, organização internacional que presta consultoria a ONU, registrou 469 casos de censura e ataques contra artistas, sendo que três assassinatos. O número representa uma crescimento de 98% em relação a 2014. 

 

Vigia Social 

Músicos de rua sofreram pressão policial na Rússia - Divulgação

 

Localizada no centro histórico de Moscou, a Rua Arbat é uma das mais conhecidas da capital russa. Ela é exclusiva de pedestres e ao longo de um quilômetro se misturam moradores, turistas, ambulantes e principalmente artistas. É assim há décadas, a Arbat sempre foi um palco informal para músicos, pintores, artesãos e outros criadores.

Há seis meses, porém, a polícia russa passou a coibir o trabalho dos artistas da Arbat. Diariamente, policiais vão à rua e multam os músicos alegando desde excesso de barulho até violações de direitos autorais das canções. Outras acusações comuns envolvem mendicância e prestação de serviços sem licença. Os artistas se revoltaram, fizeram passeatas, e a história repercutiu.

— A Arbat é um símbolo da cultura de rua de Moscou, mas hoje os artistas são perseguidos — lamenta o russo Oleg Mokryakoff, músico que lidera um movimento de reação em Arbat. — O curioso é que, nesse caso, as razões da censura não são políticas como acontece com outros artistas, por exemplo as Pussy Riot. O problema ali é que a Rússia passa por uma crise econômica, e as lojas da Arbat estão vendendo menos. Os artistas são vistos como concorrência. E, como há muita corrupção e ligações mafiosas entre comerciantes e governo na Rússia, esses se juntaram para tirar os artistas. Mas estudamos nossos direitos e estamos lutando por eles.

Na censura contra as artes, as motivações nem sempre são óbvias. Na maioria dos casos, a política e a religião estão por trás da opressão; mas, na prática, há dúzias de agentes sociais que podem motivar uma tentativa de controle. Há alguns anos, uma história se tornou famosa em San Francisco, cidade reconhecidamente aberta a experimentações artísticas.

 

Vídeos de Adel Abdessemed motivaram ameaças - Reprodução

 

Em 2008, quando abrigava a exposição “Don’t trust me”, do franco-argelino Adel Abdessemed, o Instituto de Arte local passou a ser ameaçado de depredação com mensagens que inclusive citavam os nomes de parentes de funcionários. A revolta aconteceu porque, entre as obras de Abdessemed, havia uma série de vídeos de animais sendo mortos a marretadas. Seu objetivo, explicou o artista à época, era denunciar a crueldade, mas grupos de defesa dos animais entenderam que ele apenas explorava a matança. O que poderia ser um bom debate se transformou num embate no mínimo irônico: para combater o que consideravam violento, eles apelaram para ameaças violentas.

— A galeria acabou fechando a exposição — recorda a búlgara Svetlana Mintcheva, diretora de programas da National Coalition Against Censorship, organização americana de promoção à liberdade de expressão. — A censura é colocada na mesa na etapa do acesso a uma obra. Um artista pode produzir o que quiser, o ponto é o que se pode mostrar. Hoje é muito comum encontrar campanhas em mídias sociais e petições on-line contra algum artista. Como responder a isso?

Acusação de pornografia

 

A obra 'Everything is fucked' foi acusada de pornografia infantil - Divulgação

Durante meses, o artista australiano Paul Yore precisou responder. Em exposição no Centro de Artes Contemporâneas Linden, em Melbourne, uma de suas obras incomodou um visitante, que foi à polícia e prestou queixa alegando que se tratava de obscenidade. Tratava-se de uma instalação, intitulada “Everything is fucked” (literalmente “Estava tudo fodido”), que misturava pacotes de biscoito, brinquedos, flores de plástico, fotos pornográficas gays, manequins e tudo o mais que pudesse, nas palavras de Yore, “imitar a forma como a sociedade capitalista contemporânea se intromete nos reinos mais privados de nossa existência”.

Em maio de 2013, a polícia foi até a galeria e, sem perguntar nada, destruiu parte da instalação. Semanas depois, uma promotora moveu uma ação contra o artista por “pornografia infantil”, já que havia retratos de crianças na obra. Ele só foi inocentado em setembro de 2014.

— Não recebi compensação pela obra destruída e nem mesmo um pedido de desculpas. Mas o juiz obrigou a polícia a pagar os custos do processo — lembra Paul Yore. — Foi um período muito difícil. Houve apoio da comunidade artística da Austrália, mas meu trabalho acabou sendo alvo de outras censuras, em outros locais. Definitivamente há espaços no mundo da arte que temem perder patrocínios de empresas ou de governos se exibirem um artista envolvido nesse tipo de discórdia.

Assim como ocorreu com o artista australiano, a pressão contra a poeta americana Vanessa Place também começou com espectadores de sua arte. Em 2009, como parte de um projeto maior que incluía a publicação de três livros e uma performance, ela começou a postar no Twitter todas as passagens de “…E o vento levou”, romance de mais de mil páginas de Margaret Mitchell. Vanessa, que é branca, também alterou sua foto para a da atriz Hattie McDaniel, que viveu a principal personagem negra do filme homônimo, uma espécie de babá da protagonista, Scarlett O’Hara. O livro de Margaret é originalmente de 1936 e, assim como o longa-metragem de Hollywood, sempre foi criticado pela forma com que retrata os personagens negros.

 

Vanessa Place foi acusada de racismo por projeto no Twitter - Reprodução

 

Seis anos depois do início do projeto, apenas em maio do ano passado os tuítes de Vanessa tiveram alguma repercussão, mas não exatamente como ela imaginava. Um grupo de luta antirracista começou uma campanha acusando a escritora de preconceito racial e pedindo que ela fosse retirada do comitê de uma importante associação de escritores. Ela não só perdeu o cargo, como eventos que teriam sua participação foram cancelados.

— Foi uma daquelas situações em que não importava mais o que eu dissesse. Quando eu falava que minha intenção era abordar o racismo, então a crítica passava a ser que eu era insensível ao fato de esse trabalho poder magoar as pessoas — conta a escritora. — Parece que um dos pecados que cometi é que não coloquei um tipo de guia para as pessoas entenderem o material. Mas, como artista, acredito que posso apresentar algo complexo para que as pessoas pensem por si sobre isso. Não é possível isso?

 

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