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Chicovachi, um senhor palhaço

 

 

Um palhaço e a arte de ganhar a vida na rua

Fernanda Araujo, especial para Panis & Circus

“Cuidado: Um Palhaço Mau Pode Arruinar a Sua Vida”. A advertência é o título do espetáculo que Fernando Cavarozzi, mais conhecido como palhaço Chacovachi, volta a  apresentar em São Paulo. A estreia dessa temporada ocorreu no Sesc Pinheiros, dias 26 e 27 de fevereiro. No mesmo local, dia 26, ele apresentou também o workshop “Manual e Guia do Palhaço de Rua”. Para entender porque o artista é considerado um dos melhores palhaços de rua do mundo, Panis & Circus conferiu a performance e conta a seguir. Ele agora percorre os Sesc de Piracicaba, Araraquara, São Carlos e Sorocaba com o espetáculo.  

Vale dizer que tanto o espetáculo, quanto a oficina já foram apresentados em outras ocasiões aqui no Brasil. Claro que toda montagem é única, com piadas diferentes, mas não há ineditismo. Então, qual a razão de tanto furor? Chacovachi não subestima o público: é inteligente, rebelde, autêntico e ácido. Por tudo isso ele é essencial para quem deseja ser palhaço ou aperfeiçoar-se na arte – e para o público que quer dar boas gargalhadas.

 

Chacovachi apresenta o aparelho com 244 gargalhadas registradas por Carolyn / Foto Fernanda Araujo

 

O espetáculo

A plateia ainda estava se acomodando nas cadeiras do Auditório, no Sesc Pinheiros, em 26/2, no momento em que Chacovachi entrou no palco, dispensou as palmas e pediu ajuda para entender o sistema de unidade de medida utilizado no Brasil. “O que vocês usam para medir o comprimento? E o volume? E para o peso?”, ouviu e seguiu adiante. “Então, esse aparelhinho aqui deixarei com um de vocês para medir as gargalhadas. Preciso conseguir pelo menos 200 gargalhadas, pois do contrário não faz sentido meu trabalho”, disse o argentino com seriedade antes de sair de cena à voluntária Carolyn Ferreira, encarregada da tarefa de acionar o botão a cada gargalhada coletiva.

Logo depois, entrada oficial e saudação ao público. O palhaço explica que aprendeu falar português com um amigo do Rio de Janeiro. E até se arrisca num certo ‘portunhol’. No decorrer do espetáculo, porém, ele se esquece que está em uma plateia de brasileiros e desembesta na língua materna – o que é previsível, já que ele não faz questão de concessões, até mesmo na língua.

 

Palhaço carrega garrafas que vão servir de instrumento musical / Foto Asa Campos

 

Entre uma história e outra, distribui para a plateia algumas garrafas de vidro com água e colheres de metal. Em pé, com os objetos em mãos, os eleitos têm a missão de bater a colher na garrafa cada vez que o palhaço faz um gesto. Por exemplo, no momento em aponta o dedo na cabeça, faz uma ‘banana’ com o braço, segura as partes íntimas… Uma senhora não consegue acompanhar a ordem de bater no comando correto (sim, cada gesto destina-se a uma garrafa) e é convidada a entregar seus objetos a outro participante. O esforço de concentração dos selecionados, os gestos malucos e a aparente desordem crescem no ritmo das gargalhas. A diversão chega ao ápice quando os toques regidos em harmonia transformam-se na sinfonia mais famosa de Beethoven. O palhaço vira maestro – o público vibra!

 

Chacovachi com bixiga azul vazia e cheia/ Foto Asa Campos

 

Algumas piadas depois, Chacovachi chama ao palco a única criança presente no local, Danilo, filho do circense Cafi Otta (o menino também já contracenou com o pai em espetáculo com sucesso).   O palhaço decide então fazer esculturas de balão, quem sabe em sarcasmo aos animadores de festas infantis. Dos movimentos frenéticos com a bexiga surgem um cachorro cujas patas traseiras foram arrancadas por uma caminhonete e um espermatozoide.

 

Chacovachi e Danilo, filho do circense Caffi Otta / Foto Asa Campos

 

Troca o colete por uma túnica e um ‘religioso’ emerge no palco. Nas costas da vestimenta, o seguinte desenho: 1£ = 4$. Em ritmo de louvor, o argentino estimula seus ‘fieis’ a cantaram uma letra com algo do tipo “Puxe a descarga e uma cerveja do cano vai sair…” Entre uma piada e outra ele fez questão de dizer: “Ah, não é porque o cara tem uma túnica, um microfone e um banquinho que ele está falando a verdade, né?”.

 

Chacovachi com a túnica da religião de libras e dólar / Foto Asa Campos

 

Chavocavi e seu colete com 'medalhas' / Foto Asa Campos

 

O número final foi bem interativo com os espectadores, mas não sem aviso prévio: “Vocês acreditam em Deus? Tanto faz, não vai servir para nada”, profetizou o palhaço dando sequência a parte que rendeu mais cliques no tal gargalhômetro”.

 

Chavocachi durante apresentação no Sesc Pinheiros em SP / Foto Asa Campos

 

 

Que palhaço é esse?

Chacovachi tem humor ácido, comunicação direta e uma visão particular do mundo que faz questão de exibir. Seu trabalho de rua conquistou o público na Praça Francia, em Buenos Aires, espaço no qual trabalhou por 16 anos. Ao longo de 30 anos de carreira, apresentou-se nos mais emblemáticos festivais de circo e teatro do mundo.  Atualmente dirige o Circo Vachi e a ‘Convenção Argentina de Malabarismo, Circo e Espetáculos de Rua’. Ele falou com o Panis & Circus, confira a seguir.   

 

Panis & Circus – Como nasceu teu palhaço?

Chacovachi – Nasceu junto comigo no dia 21 de abril de 1962. Acho que minha mãe gritava, eu chorava e a parteira transpirava.

 

Panis & Circus – Alguns dizem que a idade influencia na qualidade do palhaço. Você concorda?

Chacovachi – Sem dúvida! O palhaço é a exageração e a profundidade da pessoa e você não é a mesma pessoa dos 20 aos 50 anos.

 

Panis & Circus – Você disse uma vez que ‘o humor foi inventado para sublimar a tragédia’. Qual foi a tragédia mais divertida que te aconteceu?

Chacovachi – A morte da minha mãe foi trágico para mim. Uma vez, dando uma palestra em uma aula magna da faculdade de medicina, comecei dizendo: estou muito contente de estar aqui em uma aula magna de medicina, com tantos médicos me escutando. Minha mãe estaria orgulhosa de mim se não tivesse morrido por ‘mala praxis’ (tipo de prática ilícita)!

 

Panis & Circus – Que tipo de piada não cai bem nos dias de hoje?

Chacovachi – Piadas racistas.

 

Panis & Circus – Durante 16 anos você trabalhou como palhaço de rua, vivendo da contribuição recebida no final dos espetáculos, no esquema ‘passando o chapéu’. Nos dias de hoje, monetariamente, ainda é possível?

Chacovachi – Com certeza sim, não tenho nenhuma dúvida!

 

Panis & Circus – Quais as principais especificações do palhaço de rua?

Chacovachi A comunicação direta com o público.

 

Palhaço, em cena, com sua vestimenta de militar do humor ácido/Foto Asa Campos

 

Panis & Circus – O bom palhaço é um sujeito inteligente e ágil, concorda? Na sua opinião quais as características principais de um bom palhaço?

Chacovachi – Concordo absolutamente e a característica principal é a humanidade, com todo o bom e o mau que vêm dela.

 

Panis & Circus – De que maneira a questão política e econômica influencia seu trabalho?

Chacovachi A economia, não muito, trabalho tanto para os ricos como para os pobres (gosto mais dos pobres). A política muitíssimo, sou muito idealista e não acredito nos artistas sem ideias políticos.

 

Panis & Circus – Quais os seus ídolos no mundo da palhaçaria?

Chacovachi – Meus ídolos palhaços profissionais são três: Tortell Poltrona (fundador da ONG Palhaços sem Fronteiras), Jango Edwards (criador do Instituto Nouveau Clown, primeiro centro de treinamento especializado em palhaçaria) e Leo Bassi (conhecido como ‘palhaço terrorista’ e fundador da Igreja Patólica.

 

O Workshop

Entre os alunos do curso, Renato Mendes, Mizael Alves, Lucas Branco e Rafael de Barros / Foto Fernanda Araujo

 

“Diferentemente de outros cursos que eu fiz, Chacovachi se preocupou em discutir a sobrevivência do artista de rua. Ele foi bastante sensato. Disse que o palhaço precisa aprender a ganhar dinheiro com isso, senão ele vai ter que ganhar dinheiro com outra coisa e isso será pior”, disse Renato Mendes, o beijoqueiro da imagem acima. De fato, no workshop “Manual e Guia do Palhaço de Rua” a importância de sobreviver de um local público foi um tema que agradou bastante a turma de jovens palhaços (integrantes de grupos como Pavanelli Teatro de Rua e Circo e Exército Contra Nada).

 

Giovannia e Cristiana venderam os livros e ganharam ingressos / Foto Fernanda Araujo

 

Giovannia Parra, 20 anos, foi uma das 30 pessoas selecionadas para o curso de Chacovachi: “Fazia teatro em Uberlândia e vim para um curso de mímica em São Paulo. Na aula, comentaram sobre o artista e eu me inscrevi. Estava chateada, pois não tinha conseguido ingresso para o espetáculo, mas Chacovachi propôs de vendermos o livro dele em troca de ingresso. Dei sorte”. Foi isso mesmo. Durante o workshop, o artista perguntou quem poderia vender seu livro ‘Manual Y Guia del Payaso Callejero’ trinta minutos antes e trinta depois do espetáculo. A obra é vendida durante os eventos por R$ 80. Por enquanto só em espanhol, mas ano que vem há possibilidade de ser editado em português. 

Chacovachi é conhecido por utilizar metáforas do jogo de xadrez em seus ensinamentos. “É fantástico o jeito que ele usa um único exercício para ensinar os conceitos que ele acredita e que esquematizou ao longo dos anos”, descreveu Giovannia sobre a difícil arte de chamar o público, armar o cenário e passar o chapéu, sem o aviso prévio disponível no teatro. A arte do ‘Payaso Callejero’, como se diz na língua do artista. 

 

Serviço:
Cuidado: Um Palhaço Mau Pode Arruinar a sua Vida

Acesse o site do Sesc clicando aqui

  • Sesc Piracicaba. Dia 2 de março, às 20h. Grátis.
    R. Ipiranga, 155, Centro, Piracicaba/SP. 
  • Sesc Araraquara. Dia 3 de março, às 20h. Grátis.
    R. Castro Alves, 1.315, Quitandinha, Araraquara/SP.
  • Sesc São Carlos. Dia 4 de março, às 20h. Grátis.
    Av. Comendador Alfredo Maffei, 700, Jd. Gibertoni, São Carlos/SP
  • Sesc Sorocaba. Dia 6 de março, às 17h. Grátis.
    R. Barão de Piratininga, 555, Jd. Faculdade, Sorocaba/SP 

 

 

 

 

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