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Comentários

Circo na Virada Cultural

 

Grua estacionada na Praça da República Crédito: Lu Gualda

 

Fernanda Araujo, especial para Panis & Circus

A 15ª edição da Virada Cultural ocorreu entre os dias 18 e 19 de maio, em 250 pontos da capital paulista, com 1.200 atrações gratuitas e sob o tema Diversidade. O circo marcou presença em espaços específicos, como os palcos Boulevard São João e Paissandu (Piolin e Picolino). Mas também foi destaque em performances na praça da República, no Viaduto do Chá, na Rua Dom José de Barros e na praça do Correio, além de espaços mais periféricos (como as Casas de Cultura). Na festa prestigiada por 5 milhões de pessoas – 2 milhões a mais que 2018, segundo a prefeitura de São Paulo – artistas de diferentes grupos juntaram suas habilidades e a arte circense misturou-se as outras artes.   

Lu Gualda (da Cia. Palco de Papel), por exemplo, ficou responsável pela grua (guindaste) fixada na Praça da República. No local, a performance variava conforme a trilha sonora executada pelos músicos do palco local, como Pablo Vittar e Marina Lima. Outras três gruas móveis circularam pelo Largo do Paissandu, República e região do Pátio do Colégio, e no encerramento as três uniram-se ao som de uma grande fanfarra, em frente ao Teatro Municipal.

A apresentação das gruas foi desenvolvida em parceria com os grupos Ares e Acrobático Fratelli. “O André Caldas, do Fratelli, entrou com a estrutura; Monica Alla, do Ares, com o corpo artístico. As intervenções ocorreram noite e dia, alternando as equipes. A cada momento, um tema como fogo e representações ligadas à categoria LGBT”, disse Lu Gualda, produtora responsável pela grua fixa.

“O circo mostrou a potência do coletivo, o que foi importante, pois o circo é a arte do coletivo”, elogiou Lu Gualda.

 

Cabaré Mundo Circus, no Paissandu/Arquivo pessoal do grupo

 

No Largo do Paissandu, o palco Picolino recebeu a turma do Chocobrothers, Cabaré Mundo Circus, Cabaré das Palhaças e ‘Compilação’, da Cia. Suno, entre outras atrações.  Ainda no Paissandu, no palco Piolin, se apresentaram Cia. La Mínima, Cabaré das Pílulas Cômicas, palhaço Chacovachi, cabaré intitulado ‘os melhores malabaristas da atualidade’, Noite dos Renegados, Palhaça Rubra, La Gran Arena, Circo do Só Eu e Vida de Circo (os espetáculos matinais tiveram tradução em Libras – Linguagem Brasileira de Sinais).

 

Circo di SóLadies no Paissandu/ Sarah Pereira

 

O Boulevard São João transformou-se no Boulevard dos Palhaços com os Irmãos Becker, Circômico, Salamandras, Circulando, Fanfarria, O Espetaculoso Espetáculo da Família Fodaccio, H2Oboom, Bloco Unidas Seguiremos e Cortejo DuAlém. 

 

Martin Sabatino / Arquivo pessoal

 

Martin Sabatino, do Sabatino Brothers, convidado para a curadoria do evento, fala ao Panis & Circus sobre a Virada Cultural 2019:

 

Panis & Circus: Como foi a sua participação da Virada Cultural? Como surgiu o convite? Você fez a curadoria, correto?

Martin Sabatino: A Secretaria Municipal de Cultura me convidou para compor a equipe de curadoria da virada cultural 2019. Foi um processo maravilhoso, sou grato por ser parte de uma equipe de trabalho tão qualificada, experiente, engajada, amorosa e acolhedora. São características que todo gestor almeja em suas equipes. Realmente a escolha dos curadores, assim como as diretrizes recebidas, parece ter sido assertiva, vide resultados da virada deste ano.

Neste processo, buscamos diálogo entre as obras escolhidas para compor a programação. Buscamos, por exemplo, contemplar no circo seus subgêneros, entre grupos e trupes com espetáculos e intervenções de rua, espetáculos de palhaçaria, ações acrobáticas, aéreas, malabares, procurando sempre sintonias entre a maior visibilidade e proximidade entre as obras e o público.

Muitos foram os projetos inscritos. Foi necessário envolvimento da equipe de curadores, pesquisa, análise de material e colaboração durante horas de trabalho. Importante ressaltar que balanceamos análise artístico-cultural das propostas, infraestrutura disponível, viabilidade e disponibilidade financeira para cada linha. Essa logística é muito delicada e acaba, por vezes, derrubando escolhas curatoriais.

Avalio que desempenhamos um papel importante na produção e na gestão do evento como um todo, trazendo muita diversidade cultural, diversidade de públicos, diversidade de entendimento, vozes, formas, pensamentos. Fiquei feliz com o resultado.

Porém, é sabido que nunca será possível agradar gregos e troianos, no entanto considero necessário promover discussões de modo a ampliar visões e possibilitar novos caminhos.

Panis & Circus: O que você achou da ocupação do circo nos diversos espaços da cidade? Melhorou? Poderia ter mais representatividade?

Martin Sabatino: A presença do circo no Paissandu é simbólica: vide o contexto histórico do Largo, no acolhimento ao circo. A inclusão do Centro de Memória do Circo (CMC) na programação, e seu apoio na execução, ajudou a trazer peso e consolida a história do local. 

A vocação circense do Largo do Paissandu vem desde século 19 quando vieram os chamados “circos de cavalinhos”. Seguido do Café dos Artistas que confluiu empresários, donos de circos e artistas da época. E também das temporadas das companhias dos Irmãos Queirolo e Alcebíades & Seyssel, ambas tendo como atração principal o palhaço Piolin (Abelardo Pinto, 1897/1973). Depois os modernistas, até os dias de hoje, com as frequentes ocupações circenses nas seguidas Viradas Culturais.

Apesar do forte caráter histórico, a arquitetura atual do largo impossibilita grandes intervenções e grandes aglomerações. O avanço em direção ao vale do Anhangabaú foi inevitável, propiciando uma linguagem capaz de reunir multidões. Avalio que a experiência de um palco no Anhangabaú foi um sucesso e deve ser continuada.
Creio ainda que a linguagem circo seja muito favorável à estratégia do evento, e pode ser melhor aproveitada se incluir os circos em temporada na cidade como polos de absorção de programação. E além do polo central, realizar a descentralização da grade para praças, teatros, parques e ambientes mais favoráveis a diversidade dentro da linguagem. Temos espetáculos para teatro, para lonas, para rua, para parques, alturas, fachadas, cortejos, noite, dia, urbanos e rurais…

Panis & Circos: No seu ponto de vista, quais foram as ações mais interessantes?

Martin Sabatino: Na minha opinião esta virada teve muitas ações interessantes, mereceriam destaque. No entanto, creio que o diferencial desta edição foi realmente a diversidade e a multiplicidade de linguagens.

Panis & Circus: Como é, para o artista, participar de uma Virada Cultural?

Martin Sabatino: A virada atende três perfis de artista: o já consolidado (aquele que tem nome e atrai público); o que está construindo sua história (tem qualidade, mas ainda não tem renome); e o que está iniciando (aquele que encontra na Virada uma oportunidade de mostrar seu trabalho). Ela é diferente para cada um.

A Virada é diferente de qualquer evento. É gigante, muitos artistas, um giro impressionante. O artista que vem para a virada deve saber que ela tem sua personalidade, seu “modus operandi”. Deve vir preparado para encarar este fenômeno.

Panis & Circus: O evento dá para melhorar no evento? De que maneira?

Martin Sabatino: A Virada é um evento espetacular, maravilhoso, sou muito fã. Criou uma marca “virada Cultural” com uma identidade muito forte que se consolidou ao longo dos anos.

Entendo que pode ser melhorada, pode evoluir de vários modos, mas aponto uma possível revisão de horários. Desde a primeira edição, criou-se o hábito da madrugada, o que cresceu com os anos e tem seu lado mágico, porém, há momentos desagradáveis, que inclusive colocam a comunidade em risco. Entendo que esse hábito de programação na madrugada poderia ser desestimulado. Ampliaria as horas durante o dia, favorecendo a família, o idoso, a mulher, as crianças, o adolescente ou mesmo a população vulnerável com programação das 10:00 da manhã do sábado até as 18h00 do domingo. Mais programas diurnos e menos durante a madrugada.
Outra adequação poderia ser o aumento da incidência de outras linguagens artísticas, além da predominância musical. O gestor que enxergar estas oportunidades e adequar os horários de atendimento e a ampliação da programação fará um movimento de mestre.
Especificamente do circo, fica a sugestão já mencionada de manter o palco de multidão no Vale do Anhangabaú e a inclusão dos circos em temporada na cidade, como polos de absorção de programação e descentralização da grade para praças, teatros, parques e ambientes mais favoráveis à linguagem.

 

Cia. K apresentou-se na Praça dos Correios/Arquivo pessoal

 

Balanço da Virada Cultural

De acordo com o balanço da prefeitura, o evento atraiu 5 milhões de pessoas, 2 milhões a mais que em 2018. A expansão crescente tem um motivo: o evento tem chance de entrar para Guiness, o livro dos records, como o maior festival 24 horas do mundo.  E contou com um orçamento de R$ 18, 6 milhões.

O circo, a dança, o cinema e outras artes, juntas, ainda representam uma fatia bem pequena em relação à música. Fica a ressalva de que quantificar as linguagens é tarefa complicada, visto que algumas propostas são híbridas. “Se eu pudesse chutar, diria que 70% é música e 30% de todas as outras linguagens”, estima Lu Gualda.  

 

 

Informe da Prefeitura da Virada Cultural 2019

Palcos em que o circo esteve presente:

PAISSANDU – PIOLIN
Sáb., 20h – 21h – Cabaré LaMínima ao Máximo;
Sáb., 22h – 23h – Cabaré das Pílulas Cômicas; 
Dom., 00h – 01h – Um Palhaço Mal Pode Arruinar Sua Vida – Chacovachi;
Dom., 02h – 03h – Cabaré com os melhores malabaristas da atualidade;
Dom., 04h – 06h – Noite dos Renegados; 
Dom., 10h – 11h – O Show da palhaça Rubra (com tradução em Libras); 
Dom., 12h – 13h – La Gran Arena (com tradução em Libras);
Dom., 14h – 15h – Circo do Só Eu (com tradução em Libras); 
Dom., 16h – 17h – Vida de Circo (com tradução em Libras).

PAISSANDU – PICOLINO
Sáb., 19h – 20h – Chocobrothers;
Sáb., 21h – 22h – Cabaré Mundo Circus;
Sáb., 23h – 00h – Uma Série de surpresas;
Dom., 01h – 02h – Amor com Risco; 
Dom., 03h – 04h – Circo Jazz; 
Dom., 05h – 06h – Fechação: um cabaré queer;
Dom., 11h – 12h – MagikaMerluza;
Dom., 13h – 14h – Cabaré das Palhaças;
Dom., 15h – 16h – Compilação Suno;
Dom., 17h – 18h – Magia.

BOULEVARD SÃO JOÃO – BOULEVARD DOS PALHAÇOS
Sáb., 22h – 23h – Pout Pourri dos Irmãos Becker;
Dom., 00h – 01h – Circômico;
Dom., 02h – 03h – Círculo das Salamandras;
Dom., 04h – 05h – Circulando;
Dom., 10h – 11h – Fanfarria;
Dom., 12h – 13h – O Espetaculoso Espetáculo da Família Fodaccio;
Dom., 14h – 15h – H2Oboom;
Dom., 16h30 – 17h30 – Bloco Unidas Seguiremos.

PAISSANDU – CORTEJO
Sáb., 18h -19h – Cortejo DuAlém. 

ROOSEVELT – ARTE NA PRAÇA
Sáb., 18h – 19h – Palhaçaria.

CENTRO DE MEMÓRIA DO CIRCO
Sáb., 18h30, 19h30, 20h30; e Dom., 11h, 13h, 15h e 17h – Visita mediada à exposição ‘Hoje tem espetáculo’.

CÂMARA MUNICIPAL CULTURAL
Dom., 10h – 11h – Cortejo Suno;
Dom., 10h – 16h – intervenção: Palhaços Bolhadores;
Dom., 15h -16h – Reprise.

CÂMARA MUNICIPAL – VIRADINHA
Dom., 15h – 16h – La Mínima.

CENTRO VELHO – intervenções pontuais, em diversos espaços, no período da Virada
Sáb. e dom., 20h, 22h, 14h e 16h – R. Dom José de Barros – Casada Consigo Mesma;
Sáb. e dom., 20h – 02h e 10h – 18h – Largo do Paissandú x R. Dom José de Barros – Um Toque de Circo;
Sáb. e dom., 21h – 03h – Largo do Paissandú x R. Dom José de Barros – Intervenções Lumínicas;
Sáb. e dom., 00h – 01h – Av. São Luiz; e 02h30 – 03h30 na Av. Ipiranga – Pássaros;
Sáb. e dom., 22h30 – 01h30; e  10h – 15h30 – Viaduto do Chá – Corpos Suspensos;
Sáb. e dom., 19h – 04h e 09h – 16h – Praça da República – Asas de Arquimedes;
Sáb. e dom., 18h – 04h e  12h30 – 16h – R. São Bento x R. Boa Vista x R. XV de Novembro x Coreto da Bolsa – Asas de Arquimedes;

Sáb. e dom., 18h – 04h e 12h30 – 16h – Largo do Paissandu x R. Dom José de Barros – Asas de Arquimedes;
Sáb. e dom., 22h – 04h e 10h – 13h – R. Ipiranga x R. São João – Asas de Arquimedes;
Sáb. e dom., 20h – 04h e 11h – 18h – Praça dos Correios – Intervenção Cia K e Cia;
Sáb. e dom., 18h – 02h30 e  08h30 – 17h45 – Boulevard São João – Tem Circo na São João;
Dom., 14h – 16h30 – Escadaria do Theatro Municipal – Asas de Arquimedes.

 

ZONA NORTE

FREGUESIA DO Ó
Dom., 10h – 11h – Chocobrothers (com tradução em Libras).

CASA DE CULTURA BRASILÂNDIA
Dom., 15h – 16h – Travessuras de Palhaço – Cia. Anjos Voadores.

CASA DE CULTURA TREMEMBÉ
Sáb., 18h – 19h – Travessuras de Palhaço – Cia. Anjos Voadores.

 

ZONA OESTE

CENTRO CULTURAL TENDAL DA LAPA
Sáb., 18h – 19h – Malabamétrico – Artur Faleiros;
Sáb., 19h – 20h – As Armarias;
Sáb., 20h – 21h – Amálgama;
Dom., 10h30 – 11h30 – Picadeiro Aberto com Circo Utopia (com tradução em Libras);
Dom., 13h30 – 14h30 – Paine, a Louca das Frutas (com tradução em Libras);
Dom., 12h – 13h – Trupe Baião de Dois (com tradução em Libras);
Dom., 15h – 16h – Trio Valentim Flamini (com tradução em Libras).

SESC PINHEIROS
Dom., 13h – O Baile das Sampalhaças.

SESC POMPÉIA
Sáb., 21h e Dom., 17h – Madame Froda in (quase) Concert – Ana Luiza Bellacosta.

 

ZONA LESTE

COHAB 2 / Praça Brasil
Dom., 11h – 12h – Esquadrão Bombelhaço – Circo Palombar (com tradução em Libras).

CENTRO CULTURAL DA PENHA
Dom., 18h – 19h – Dia de praia – Cia. Circo Delas.

CASA DE CULTURA GUAIANASES
Dom., 16h – 17h – Fonzera – Cia. Singular.

CASA DE CULTURA SÃO MIGUEL
Dom., 10h – 11h – Apresentação dos Alunos de Circo.

TEATRO FLÁVIO IMPÉRIO VIRADINHA
Dom., 11h30 – 12h30 – Pé de Cana – Kombi.

SESC BELENZINHO
Sáb., 19h – 20h e Dom., 18h – 19h – A Rádio do seu Coração (BA) – Cia. Picolino;
Sáb., 20h – 20h30 – Sanfonástica, mulher lonaw – Lívia Mattos – itinerância.

SESC ITAQUERA
Sáb., 20h45 – 21h45 – Cabaré Volant – Irmãos Sabatino.

ZONA SUL
CENTRO CULTURAL SANTO AMARO
Dom., 11h e 15h – O Misterioso Sumiço do Queijo do Dono do Circo.

SESC INTERLAGOS
Dom., 15h – 16h – Os Atrapalhados – Escola Acrobática Professor Romero.

SESC IPIRANGA
Sáb., 18h – 18h30 – Suno Revirante na Virada – Cia. Suno;
Sáb., 18h – 18h30 e 19h – 19h30 e 21h – 22h – Cortejo Poético – Cia. Poesias e Palhaçarias;
Sáb., 21h – 21h30 – Contato Cia. Lamala e convidadxs;
Dom., 13h – 14h – Cabaretize! – Cia. do Liquidificador; 
Dom., 15h – 15h50 – O Circo de Lampezão e Maria Botina – Caravana Tapioca.

SESC SANTO AMARO
Sáb., 20h30 – 22h – Performance Bambolística.

SESCS, ITAÚ CULTURAL E AVENIDA PAULISTA

SESC 24 DE MAIO
Sáb., 20h30 e Dom., 13h30 – Mágica com Tecnologia – Eduardo Braz.

SESC AVENIDA PAULISTA
Sáb., 18h – Passarinho quer dançar;
Sáb., 18h30 e Dom., 17h30 – Show de Aplauso – Palhaça Rubra e Palhaço Adão;
Sáb., 23h30 e Dom., 00h30 e 1h30 – Só Ladies in.press – Nossa Imprensa Oficiosa.

SESC PARQUE DOM PEDRO II
Dom., 13h – 14h e 15h – 16h – Casada Consigo Mesma – Cia. Asfalto de Poesia;
Dom., 14h30 – 15h30 – Bichos do Brasil – Pia Fraus.

ITAÚ CULTURAL
Dom., 00h – 01h30 – Cabaré circense da virada (com tradução em Libras); 
Dom., 09h – 11h – Café da manhã com as crianças – um desjejum com a energia e alegria do circo; 
Dom., 09h30 – 11h30 – Mágica close up (com tradução em Libras); 
Dom., 11h – 13h – Vivência de circo para crianças (com tradução em Libras).

AVENIDA PAULISTA – ABERTA 
SÁB. e DOM., 22h – 02h e 10h – 16h – Circo em Festa

One Response to "Circo na Virada Cultural"

  1. Thiago Campos disse:

    Excelente análise e que este evento seja reconhecido não somente no Guinness, mas também na pauta do governo federal como um dos principais do Brasil neste segmento. O fomento à cultura deve ser uma prioridade por ser também uma fonte de educação e disciplina para os jovens

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