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Picadeiro

“Clásico” é sucesso de crítica e público no Peru

 Novo espetáculo do circo La Tarumba já é um “clássico”

 Trapézio, malabares, báscula, acrobacia, arame, tecido, palhaços, cavalos e banda ao vivo fazem parte de “Clásico”, o novo espetáculo do circo peruano La Tarumba, que está em cartaz em Lima. A partir de 5 de setembro a companhia estreia na cidade de Arequipa, que fica a mil quilômetros de Lima.  

Quem entra na nova lona do La Tarumba, instalada no Plaza Lima Sur Chorrillos (shopping de Lima), depara-se com vários painés dos artistas que participam do espetáculo. Entre eles está o de Maíra Campos, artista circense  brasileira, convidada pelo segundo ano consecutivo para trabalhar no espetáculo do grupo La Tarumba. Maíra participou de  “Quijote” em 2011.

Cartaz de “Clásico”

 

Painel pintado, da aramista Maíra Campos

 

Circo cheio, sexta-feira (22/06). “Clásico” começa com um palhaço vestido de azul em cima de uma bola, ao som de uma banda ao vivo, comandada por Amador “Chebo” Ballumbrosio.

Palhaço vestido como antigamente em cima de bola

 

Banda ao vivo, comandada pelo maestro “Chebo”

 

Em seguida, acrobatas vestidos com maiôs vermelhos de listras brancas formam uma pirâmide humana engraçada. Dois deles seguram uma tábua estreita e flexível e nela sobe um acrobata “gordão” (gordura fabricada) e que veste um terno branco. Ele dá cambalhotas no ar e consegue cair de pé em cima dessa tábua. O número exige perícia sem esquecer o humor.   

Pirâmide humana dos acrobatas

Dois acrobatas seguram uma tábua flexível para acrobacias de um falso "gordão"

 

Cinco moças vestidas de maiô vermelho com lantejoulas – no melhor figurino dos circos de antigamente –  giram em uma corda suspensa. Plasticidade e técnica.    

Após o número da corda, o apresentador Fernando Zevallos fala de “Clásico” para o público e para o palhaço azul. Diz que escuta muitas vezes a frase de que o circo de antes era melhor do que o de agora e encontra sentido nessa frase: “As nossas lembranças mais queridas são sempre consideradas as melhores. Não são melhores nem piores. A vida dos adultos nos faz deixar de lado a sensibilidade e candura infantis que nos permitiam valorizar a fantasia”. 

“Com Clássico”, acrescenta, “queremos render uma homenagem ao ‘circo de antes’, aos artistas que preservam a tradição de uma expressão artística das mais antigas da humanidade”.

Os malabaristas chegam a jogar com até oito claves, destaca o apresentador.  

Malabaristas em cena

 

A aramista brasileira Maíra Campos faz seu solo ao som de uma batida brasileira e samba no arame. Depois faz um “espacate” e ganha aplausos do público peruano.  

Samba no arame

 

Maíra Campos faz "espacate"

 

Em cena, nove acrobatas – o palhaço azul, que, nesse momento, está de bordô, é um deles – são ágeis e parecem que desafiam a lei da gravidade. Fazem um número de báscula em que um deles está com uma perna de pau e outro, carregado no ombro. Eles saltam e dão cambalhotas. De tirar o fôlego como nos “bons tempos”.  

Acrobatas desfilam no picadeiro

 

Acrobacia na báscula

 

Os cavalos desfilam no picadeiro e cavaleiros saltam e ficam de pé na cela: arte em movimento.  

Fernando Zevallos e o cavalo Arlequim

 

Força, equilíbrio e destreza também podem ser vistos no número “Quatro Pilares”. Dois artistas andam de bicicleta no arame e sustentam a acrobata, que se equilibra em outro cabo que está suspenso no ombro deles.

Depois é a vez de um acrobata andar no arame e transportar o outro em seus ombros. 

Acrobatas andam de bicicleta no arame e sustentam equilibrista

Artistas de “Quatro Pilares”

 

Os palhaços garantem as risadas com um humor que combina sofisticação e ingenuidade. Sem apelações para fazer rir.

Palhaço com funil que serve de monóculo

 

Carlos Olivera, vestido de palhaço, cai no chão com um balde d'água

 

Três palhaços em cena

 

A troupe de acrobatas vestidos de azul e branco faz mil e uma estrupulias com seus saltos.  

Acrobacias em azul e branco

 

Três músicos da banda dançam conforme a música. Deixam seus instrumentos na banda e entram no picadeiro para fazer um número de sapateado de tirar o chapéu.

Número de sapateado dos músicos

 

O número final, como manda a tradição, é o do trapézio. Carlos Olivera, um dos trapezistas, faz arte com nariz de palhaço.  

Trapezistas de "Clásico"; Maíra Campos à direita

Troupe de trapezistas; entre eles, Maíra Campos

 

Carlos Olivera, o palhaço, também é trapezista

 

A plateia aplaude e pede bis. Mas é hora de os artistas do  La Tarumba desfilar, saudar o público e colher aplausos. Merecidos. Sucesso de público e de crítica.  

“Clásico” já é um “clássico” no repertório do circo La Tarumba. 

(Bell BAC)

  

Final do espetáculo

 

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3 Responses to "“Clásico” é sucesso de crítica e público no Peru"

  1. Patricia - chilena disse:

    Que lindo me gusto mucho, me acorde de mi infancia,de los paseos con mi familia, mi padre cuando llegava un circo em mi pais nosotros eramos los primeros en estar en el espectaculo,apesar que en aquella epoca era bien simples mas siempre tenian los Tonis, malabaristas,la niña en la curda etc,etc.
    Felicitaciones

  2. Angela Bianca disse:

    Gostaria muito de poder ir ao Peru e assistir ao espetaculo!
    já vi algumas coisas na internet e é fantático!
    ótima indicação!

  3. Mariana Albuquerque disse:

    Adorei a matéria e as fotos ficaram lindas, mais linda ainda é a Maíra… Linda, parabéns! 🙂 Torço muitooooooo por vcs!! 🙂

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