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Brasil exibe o Oscar do circo tradicional

Trupe chinesa leva o ouro na competição / Foto Asa Campos

 

Grupo contorcionista Ayasgalan, da Mongólia / Foto Asa Campos

 

Da Redação*

O Lago do Cisne, da trupe acrobática de Xinjian, da China, leva o Ouro no 1st Cirque International Festival of Brasil Contest, considerado o Oscar do circo tradicional.

No evento realizado no Anhembi, em São Paulo, de 2 a 6 de maio, a Prata foi para quatro concorrentes: grupo acrobático Ayasgalan, da Mongólia; Marcella Ribeiro e Olavo Muniz, do Brasil, com o Duo em Porto Coreano (espécie de trapézio); Alan Pagnota e Rafael Ferreira, do Brasil, em Dupla Mão na Roda (referência a cadeira de rodas), e Pepe Jardim, do Brasil, com sua comédia física feita com uma caixa que emite som e conta com a participação da plateia.

O Bronze foi para o Bambu Aéreo, de Hanna Levhenko e Oleksander Parshyn, da Ucrânia, e para o russo Evgeny Slepkhin, com sua exibição na Corda Bamba.

 

Alan Pagnota e Rafael Ferreira em Dupla Mão de Roda / Foto Asa Campos

 

Este ano foi o primeiro do Cirque Internacional Festival of Brasil Contest.  A produção seguiu o estilo do festival original de Monte Carlo, o Festival de Circo de Montecarlo, o maior do circo tradicional, criado pelo Príncipe Rainier III, em 1974, e atualmente presidido pela Princesa Stéphanie no Principado de Mônaco. 

 

Pepe Jardim, cômico brasileiro, recebe Prata do jurado Thierry Outrilla, da França / Foto Asa Campos

 

Brasileiros Olavo Muniz e Marcella Ribeiro ganham prata / Foto Asa Campos

 

Panis & Circus cobriu o Festival de Monte Carlo e o New Generation, ambos no Principado de Mônaco, em 2013, e viu na prática que a produção brasileira foi fiel ao modelo original. Com uma grande diferença: no Brasil, a legislação não permite que os animais entrem em cena. No Festival de Monte Carlo e sua continuação, o New Generation, os animais estão no picadeiro,  como é característico do circo tradicional.

 

Russo Evgeny Slepukhin, bronze na corda bamba / Foto Asa Campos

 

Artistas com as bandeiras de seus países / Foto Asa Campos

 

Concorreram no 1st Cirque International Festival of Brasil Contest artistas representantes da Alemanha, Argentina, Brasil, Bielorrússia, China, Etiópia, Itália, Ucrânia e Rússia.  A delegação brasileira era a maior em número de participantes e eles desfilaram também com a bandeira do seu estado, como foi o caso de Iara Gueller, com a bandeira de São Paulo, local do evento. Iara que se formou pela ESAC – École Supérieure des Arts du Cirque, na Bélgica, instituição que adota a linguagem circense contemporânea – gostou de participar e de ter sido escolhida entre mais de 350 concorrentes inscritos para o festival. 

 

Artistas com as bandeiras de seus países / Foto Asa Campos

 

Brasileira Iara Gueller, durante o Festival / Foto Asa Campos

 

O palhaço Tonito Alexis, entre brincadeiras, fez uma homenagem a Charlie Chaplin e no final do espetáculo foi cumprimentado por  Eugene Chaplin, filho de Chaplin, e que fazia parte do júri.

 

Tonito Alexis ganha troféu Carlito de Eugene Chaplin / Foto Asa Campos

 

A dupla da Etiópia, Tomas & Tamrat , com o número Ícaro, conquistou a plateia que os aplaudiu de pé. “Eles deveriam ter levado também o prêmio do júri popular”, afirma Elisa Betti, professora e que assistiu ao espetáculo e se disse encantada com a qualidade das apresentações.  

 

Tomas & Tamrat , da Etiópia, conquista plateia / Foto Asa Campos

 

Quem levou o prêmio do Júri Popular foi a dupla de artistas brasileiros Marcelo Ribeiro & Olavo Muniz também muito aplaudidos.

O número da Força Capital, da brasileira Vanessa Calado, foi escolhido pelo jurado Pavel Kotov, do Canadá, como seu preferido.

 

Vanessa Calado, no número Força Capilar / Foto Asa Campos

 

A lona armada no estacionamento do Anhembi tinha 3,5 mil metros e a montagem nacional do evento ficou a cargo do brasileiro Jeferson Alexandre, presidente da La Force Produtions, empresa de entretenimento que há 16 anos cria e produz grandes espetáculos em diversas partes do mundo. Ele atuou em parceria com a Spacial Entretenimento, da empresária Marlene Querubim.  Ela é presidente da União Brasileira de Circos Itinerantes (UBCI) e representante do Circo na Frente Parlamentar de Defesa do Espetáculo Circense.  

A direção artística foi do canadense Mathieu Laplante que atuou durante 10 anos no Cirque du Soleil e a produção técnica do belga Vincent Schonbrodt – que em sua trajetória profissional destaca-se a criação e construção de aparelhos acrobáticos.

O júri era composto por Eugene Chaplin, filho de Charles Chaplin, e presidente do Festival Internacional de Comédia de Vevey,  Pavel Kotov, diretor de elenco do Cirque du Soleil, Peter Dubinsky, presidente e fundador da Firebird Productions, empresa de entretenimento internacional, Alexander Ogurtsov, vice-presidente e líder artístico do Nikulin Moscow Circus, Askold Zapashnyy, acrobata e diretor artístico do Great Moscow State Circus, Thierry Outrilla, diretor artístico do Parisian Cabaret, Wladimir Spernega, fundador da UBCI – União Brasileira de Circos Itinerantes e Xiaoling Feng, diretora da Cia. Xinjiang – da qual participa da produção dos espetáculos desde 1986. 

 

O russo Alexander Ogurtsov e Marlene Querubin e Jefferson Alexandre, os brasileiros que trouxeram o festival para o País / Foto Asa Campos

 

Trupe chinesa comemora o ouro ganho na competição / Foto Asa Campos

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