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Arte em Movimento

Fevereiro – Espetáculos Branco, de Pasca, e Menina e o Sabiá, do Ares, conquistam paulistas

 

A magia de “Branco” 

Helena Bittencourt e Goos Meeuwsen, em “Branco”, no Sesc Santo Amaro / Foto Alexandre Nunis

 

Mônica Rodrigues da Costa, especial para Panis & Circus* 

Uma instalação de luzes incandescentes encheu de magia o palco do teatro do Sesc Santo Amaro, compondo a cenografia barroca pelo excesso, densamente metafórica, de “Branco”, espetáculo escrito e dirigido pelo suíço-italiano Daniele Finzi Pasca, apresentado no final de semana de 3 e 4/9 na capital paulista.

 

A brasileira Helena Bittencourt em cena iluminada de "Branco"/ Foto Alexandre Nunis

 

Dois atores palhaços – a brasileira Helena Bittencourt e o holandês Goos Meeuwsen – penetram a instalação iluminada da cena e interagem com os pontos de luz, que se transformam em microfones, partes do corpo, bolas de acrobacia, em contínua metamorfose e fusão de forma e fundo, truque e verdade. São chuvas e temporal com ventania ou o pisca-pisca estelar dando profundidade cósmica ao espaço teatral.

No início o espetáculo leva a atenção do espectador para a imaginação sonora dos bichos que habitam a noite no meio daquelas lâmpadas. Assim, ouvem-se de sons de grilos, coaxos de sapos, a cantos de outros seres noturnos, talvez pássaros.

Do lado direito da cena, um vestido no qual as flores que o enfeitam se movimentam em conformidade com os sentimentos que o enredo imprime na plateia. É a roupa de palhaço em forma de figurino de bailarina ou de noiva.

O enredo tem a espessura da neblina na serra, de sentido fugidio, mas os dois personagens falam de memórias, relatam acontecimentos com pessoas supostamente reais.

Dizem fragmentos de história, destituídos da semântica de uma conversação corriqueira ou qualquer outro tipo de comunicação linear e com lógica, embora os personagens falem um depois do outro e contem longas histórias acontecidas com outros personagens.

Falam sempre para o público e outras vezes interagem entre si, mais no plano físico, dos números circenses, do que na forma do diálogo dramático, linear e claro.

Falam de perdão, de Justiça e de democracia. 

 

Lembranças da casa da avó

Os atores contam histórias do cotidiano em uma colagem vertiginosa, em forma de travelling cinematográfico. Por exemplo, um personagem reúne num só discurso lembranças da casa da avó, do açougue do seu bairro e se lembra do nome da professora na lousa. São gestos esparsos, mas que compõem uma unidade significativa pela sucessão de metonímias, e explicam o cotidiano de determinada personagem.

Algumas dessas falas, que mais parecem monólogos, são repetidas em outra ordem frasal. Ou são interrompidas por um número acrobático, como o que evoca o clássico chapéu do comediante surrealista alemão Karl Valentin (1882-1948), ou por uma piada de palhaço.

No original, o espetáculo tem o título de “Bianco su Bianco”, que remete ao artista soviético Malevich, do suprematismo –  movimento artístico russo centrado em formas geométricas como o quadrado e o círculo. 

O procedimento adotado pela montagem é repleto de referências desse tipo, como ocorre com todos os trabalhos de Finzi Pasca, cuja companhia atual leva seu nome e que originada do Teatro Sunil, fundado pelo diretor, e deu então início a seu circo contemporâneo cult, seja ao se referir a Salvador Dalí em “La Verità ou à mitologia grega em “Ícaro”. Ambas as peças foram, respectivamente, apresentadas no Brasil em 2013 e 2012.  

 

Realidade e Memória  

Helena Bittencourt, atriz e palhaça, veste branco no espetáculo Finzi Pasca / Foto Alexandre Nunis

 

“Branco” explora as articulações entre o sonho, a realidade e a memória, o monólogo teatral e o circo. A cena da colheita das luzes exemplifica a sintaxe circense amalgamada, associada, e a condensação onírica e poética.

O encenador Finzi Pasca, de Lugano, dirigiu o espetáculo “Corteo”, do Cirque du Soleil (apresentado em 2013 no Brasil), e as cerimônias de encerramento dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi-2014 e de abertura dos Paraolímpicos. Encenou no Brasil também “Donka – Uma Carta a Tchékhov” em 2010 e 2011.

 

“Branco” em BH e Rio

Goos Meeuwen e Helena Bittencourt, em “Branco”,  histórias com pontos de luz / Foto Alexandre Nunis

A peça “Branco” será apresentada em Belo Horizonte em 9 e 10/9, no Sesc Palladium, e depois no Rio de Janeiro, em 14 e 15/9, no Sesc Ginástico.

A cenografia de “Branco” eleva as palavras ditas à estatura dramatúrgica, por emoldurá-las no mistério da luminosidade. Parece que tudo existe para clarificar a ideia do palhaço branco, que atravessa as cenas como um estandarte. Mas o excesso de luz cega e tal jogo também é estabelecido no espetáculo, que do ponto de vista formal expande o limite do que é possível perceber entre o visível e o mundo simbólico, entre o claro e o escuro, a visão e a cegueira que “Branco” produz.

Enquanto aquela menina (a protagonista) fala e fala de situações reais e fictícias mas é como se seu conteúdo se esvaziasse de sentido deixando o espectador na floresta das ideias evocadas pela luz.

Dizia o velho Mcluhan  (intelectual canadense autor de “O meio é a mensagem”) que a luz elétrica era o único meio sem mensagem, ela então provoca uma transparência e uma fluidez pelas quais navegam as semânticas.

Esse é o teatro da carícia, concebido por Daniele Finzi Pasca desde a criação do seu Teatro Sunil. Ele é também ator e coreógrafo. Disse que criou em “Branco”, com a instalação de lâmpadas incandescentes, uma “floresta de vagalumes”, mas dela se depreendem vários outros sentidos devido ao jogo de referências constantes da peça.

Para o diretor e cenógrafo de “Branco”, cocriador do desenho de luz, o cotidiano se liga ao fato extraordinário, surreal ou casuístico, dadaísta e demolidor, ou disruptor, que estilhaça espacialmente e torna a mensagem fugidia.

No livro sobre Finzi Pasca – clique aqui e leia a resenha de Oscar Pilagalo – Daniele define acrobacia como uma ação mítica.

“O gesto acrobático, diferentemente do gesto ginástico, não precisa de uma avaliação, não pode ser medido, é algo simplesmente mítico. Faz-se ginástica pelo bem-estar, pela superação e pela perfeição. […] A acrobacia vem de outro lugar do pensamento, de algo muito mais profundo. O acrobata é uma resposta ao angélico dos deuses”.

Nos gestos circenses da dupla de palhaços pierrots em cena, românticos, vestidos de branco ou cinza, o espetáculo resolve-se formalmente, escrevendo com luz, ampliando os sentidos, a névoa melancólica da maquiagem do personagem outsider que é o palhaço, ainda mais o branco, envolto em sonhos e imaginação.

*Mônica Rodrigues da Costa, jornalista frila, professora e poeta, doutora em comunicação e semiótica (PUC/SP) e crítica de teatro e circo.

Clique aqui e aqui para ler as reportagens/comentários de Panis & Circus sobre “Corteo” e “La Verità”, de Daniele Finzi Pasca

 

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“A menina e o sabiá”: sensível e de pernas para o ar

Circo contemporâneo em sua melhor forma

Luciana Gandelini – especial para Panis&Circus

“A Menina e o Sábia”, do Grupo Ares, trata os sentimentos infantis com sensibilidade e de pernas para o ar. Panis & Circus esteve na apresentação em 2/7, que teve seus ingressos esgotados e uma longa fila de espera. O espetáculo, circo contemporâneo em boa forma, fica em cartaz até 16/7 no Sesc Consolação. Depois apresenta-se em curtíssima temporada – sábado 27/8 e domingo 28/8 – no Sesc Itaquera.  

 

A Menina (Flor Reeves) com seus lápis de cor em "A Menina e o Sábiá" / Foto Asa Campos

 

O Sabiá (Alan Quinquinel) na gaiola no Sesc Consolação / Foto Asa Campos

 

“A Menina e o Sábia” narra a história de amizade e amor entre uma menina, interpretada por Flor Reeves, e um sabiá, papel de Alan Quinquinel. Um dia, o sabiá – que se sentia oprimido – foge da gaiola, e a menina, apesar de triste, apreende a duras penas uma importante lição de vida: o valor da liberdade. Inspirado na canção popular “Sabiá lá na gaiola”, de Hervê Cordovil e Mario Vieira, a apresentação relembra o sonho de voar e mantém vivo o imaginário fantástico, o que agrada adultos e crianças. “Essa canção fez parte da minha infância. Minha mãe sempre cantava. Eu ficava alegre, pelo pássaro voar livremente, e ao mesmo tempo triste, pois o sabiá ia embora”, afirma Mônica Alla, diretora do Grupo Ares e do espetáculo. 

 

O Sabiá desce da gaiola para brincar no chão com a Menina / Foto Asa Campos

 

Os dois brincam e fazem estrepolias no chão / Foto Asa Campos

 

Após as brincadeiras o Sabiá volta à gaiola / Foto Asa Campos

 

A história sem palavras é contada por movimentos, em que se destacam os aéreos, especialidade da linguagem contemporânea circense da diretora.

 

 

Burburinho e palmas

Ansiosos antes do espetáculo, crianças e pais se acomodaram no Teatro Anchieta, no Sesc Consolação, em meio a um intenso burburinho, prontamente interrompido quando a menina surge com seus lápis de cor, cacarecos e um sabiá que vive em uma gaiola. 

A menina espalha retalhos coloridos pelo espaço, que vai se tornando mais divertido à medida que ela se pendura em um balanço e faz uma série de acrobacias aéreas. Em dado momento, ela percebe um pássaro na gaiola que desperta sua curiosidade e seu encantamento. A cena estabelece um contraponto entre um balanço solto no ar – quase um voo da menina que tem liberdade de movimentos mas não pode voar – e a gaiola suspensa, que aprisiona o pássaro, que tem asas mas não pode voar. 

Para chamar a atenção do pássaro, a menina busca produzir sons com alguns brinquedos como passarinhos de corda, que ela coloca no portal do jardim. Depois de algumas tentativas, o sabiá é atraído para fora da gaiola, para que juntos possam brincar. Fascinada com a relação com o sabiá, por vezes ela tenta agarrá-lo. Após muitas investidas sem sucesso, irritada por não conseguir dominá-lo, a menina acaba aprisionando o sabiá novamente. Enfurecido, o sabiá se debate e consegue se libertar da gaiola. Ao perceber que seu amigo partiu, a garotinha fica desolada e enfrenta a solidão. Depois, descobre a importância da conquista da liberdade.   

 

A Menina , no portal do jardim, com os passarinhos de brinquedo / Foto Asa Campos

 

 

A Menina e o Sabiá brincam dentro da gaiola / Foto Asa Campos

 

Sabiá foge da menina e suas penas ficam no chão / Foto Asa Campos

 

Os dois, menina e sabiá, utilizam elástico, pêndulo e rapel e executam acrobacias aéreas em cenas que hipnotizam o público. Quando ela sobe na gaiola e se junta ao seu novo amigo, as crianças batem palmas com as demonstrações de habilidade dos artistas. Com ousadia, a menina Flor se pendura pelo lado de fora da gaiola e observa minuciosamente o pássaro Alan, que se exibe e a fascina.

 

Menina e Sabiá de pernas para o ar / Foto Asa Campos

 

“A Menina e o Sabiá”  é uma experiência encantadora.

Lucas, de 9 anos, que foi acompanhado de sua mãe, Cristina, 39 anos, comenta: “A parte que mais gostei foi quando o sabiá apareceu voando muito rápido! Dá vontade de voar com ele!”. Cristina complementa: “Em determinado momento parecia que nem estávamos mais dentro do teatro! É um espetáculo muito lindo!”

 

O voo amoroso da menina e do sábia / Foto Asa Campos

 

 Serviço: “A Menina e o Sabiá”  

Datas: 18/06 (estreia), 25/06, 02/07, 09/07 e 16/07 (sábados, às 11 horas)

Local: Teatro Anchieta, Sesc Consolação

Rua Dr. Vila Nova, 245 – Consolação, São Paulo

Fone: (11) 3234-3000

Duração: 45 minutos

Classificação: livre

Capacidade: 280 lugares

Ingressos: R$ 17,00 (inteira) R$ 8,50 (meia-entrada: aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e servidor de escola pública com comprovante) R$ 5,00 (trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculados no Sesc e dependentes).

*Crianças até 12 anos tem entrada gratuita

Ingressos à venda a partir de 8/6, às 17h30, em todas as unidades do Sesc São Paulo.

Depois o espetáculo segue para o SESC Itaquera em curtíssima temporada. 

27/08 – sábado 14h

28/08 – domingo 11h30 e 15h30

Local: Espaço Circo.

Grátis

Ficha técnica: Direção, Criação e Coreografia: Monica Alla | Direção, Idealização e Dramaturgia: Miló Martins | Elenco: Alan Quinquinel e Flor Reeves | Figurinos e Cenografia: Marcio Vinicius – Realização: Miló Martins & Grupo Ares  

 

Clique aqui para ler “Ilusões- o Amor na Mesa Vertical do Tarô”, espetáculo de tirar o fôlego, do Grupo Ares, de Monica Alla – com texto da escritora e jornalista Janaína Leite – especial para Panis & Circus-  e imagens de Asa Campos.  

 

 

Postagem –  Alyne Albuquerque 

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