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“Ideias definem Festival de Mirabilia”, diz diretor

 

 

Para ele, o evento prioriza o pensar sobre o circo contemporâneo que se expande pela Europa. “Cerca de 33% da produção cultural da França é creditada a essa arte que responde por 0,7% do PIB do país.”    

Bell Bacampos, da Redação*

“As ideias, o pensar sobre o circo e a dança, definem o Festival de Mirabilia”, sintetiza Fabrizio Gavosto, diretor artístico do evento, em entrevista exclusiva ao Panis & Circus. Ele está à frente do evento desde a primeira edição, em 2006, na cidade histórica de Fossano, na Itália.  

 

 

Fabrizio reconhece que esse ano o festival enfrentou problemas tanto em sua organização quanto na divulgação dos espetáculos. E o fato de ter chovido nos cinco dias antes do início do evento, agravou a situação. Os técnicos conseguiram dormir apenas duas horas, todos ficaram exaustos. Além disso, o catering (serviço de alimentação) foi um desastre e afetou a imagem internacional do festival. Quando você via pessoas cansadas porque não dormiram o suficiente pensava que daria para contornar se, ao menos, elas tivessem comido bem. Na Itália, principalmente, se você não comer bem, o festival passa a enfrentar um sério problema de imagem”. Risos.

No balanço final, contudo, a alegria e o entusiasmo do público compensaram os dissabores. “Foram quatro dias mágicos”, afirma.

 

Público presente na apresentação de "Capucine", da cia italiana Milo&Olivia / Foto Asa Campos

 

O Festival de Mirabilia aconteceu de 18 a 22 de junho, nas cidades italianas de Fossano e Savigliano. O site fez a cobertura do evento em Fossano que teve sua programação dedicada ao circo contemporâneo.

Fabrizio destaca que a parceria artística é fundamental na escolha das apresentações que vão compor o repertório do festival.  “Não há uma seleção de espetáculos. Há uma seleção de projetos, de ideias. Bancamos projetos como “Clockwork” (vídeo acima) apresentado pelos Sisters. Gostamos de estar em contato com todo o processo de criação; esta é a condição para fazer parte do festival.”

O diretor artístico estabelece paralelos entre a ópera lírica do século XVI e o circo contemporâneo do século XXI na conquista do público. “A ópera lírica surgiu no final do século XVI na Itália, um casamento perfeito entre a música e o teatro. Ela conseguiu transitar entre o popular e o sofisticado e conquistou todas as classes sociais. Não é diferente do que está acontecendo agora com o circo contemporâneo que está se expandindo por toda a Europa. Deve-se destacar que cerca de 33% da produção cultural da França já é creditada a essa arte que responde por nada menos que 0,7% do PIB do país.”

Não é por acaso, portanto, constata o site que um dos espetáculos especiais, de tirar o fôlego por suas acrobacias, apresentado no festival, com mais de 20 integrantes, tenha sido o da companhia francesa XY intitulado “Il N´est pás encore minuit”.

 

Espetáculo da companhia francesa XY, apresentado em Fossano / Foto Divulgação

 

 

A seguir os principais pontos da entrevista.

Panis & Circus: Como surgiu o Festival Mirabilia (Maravilha) de Circo?

Fabrizio Gavosto: A ideia surgiu, em 1989, e estava ligada à tentativa de criarmos um lugar que fosse um novo polo artístico na Europa. E mais, que pudesse ajudar a financiar os projetos de artistas italianos.

Depois, o foco mudou um pouco e passamos a contribuir para criar uma lei regional de incentivo ao teatro e ao circo. Feita a lei, partimos para a criação do festival – e o primeiro aconteceu há oito anos, em 2006.

Um festival causa impacto e vimos que era possível usar esse impacto para mudar a cultura, mudar a forma de como o circo era visto na Itália, muitas vezes, com um pé atrás.

 

“Indomador”, da cia espanhola "Animal Religion", prêmio de melhor espetáculo de circo da Catalunha / Foto Asa Campos

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Circus: Por que Fossano?

Fabrizio: Por três razões principais: desde 1500/1600, Fossano tem sido um centro de comunicação, em Piemonte, norte da Itália. Fossano é muito importante porque fica perto do mar, da França, de Torino. Era ideal ter uma cidade tão perto de tudo, um “ponto de passagem”. A segunda razão é porque Fossano é uma cidade histórica, ainda intacta, barroca, linda e que não sofreu mudanças; outros lugares foram modificados, destruídos em sua arquitetura original.

Fossano foi mantida intacta, o que a torna mágica. E é de fácil acesso para os visitantes, além de ter muitas praças. Essas praças são acusticamente isoladas uma das outras porque os edifícios são baixos e não deixam o som “passar” – o que é uma grande vantagem. Podemos usar todos os espaços com uma boa acústica para fazer o festival na cidade.  A terceira razão é porque nada acontecia em Fossano.

Havia o “Palio” (corrida de cavalos histórica), muito lindo, que era visto por cerca de 3 mil pessoas, mas isso era tudo. É muito perto de Alba (na região do Piemonte), onde há muitos festivais e manifestações.  Fossano foi escolhida também por ser um lugar em que as coisas não aconteciam e passaram a acontecer com o festival.

 

 

Circus: Como é feita a seleção de espetáculos para o festival?

Fabrizio: Não há uma seleção de espetáculos. Há uma seleção de projetos, de ideias. Atuamos, basicamente, na infraestrutura ou na parceria dos projetos. Bancamos projetos como o da apresentação dos Sisters e seu “Clockwork”. Essas apresentações depois viram espetáculos que podem durar dois ou três anos, aí as pessoas podem entender a evolução do espetáculo e apreciar o trabalho envolvido nele.

Gostamos de estar em contato com todo o processo de criação; esta é a condição para fazer parte do festival.

 

"Clockwork" da cia Sisters, espetáculo feito em parceria com o festival / Foto Asa Campos

 

Circus: Qual a sua avaliação do festival este ano em termos de público e de cobertura da imprensa comparado com os anos anteriores?

Fabrizio: Essa é uma pergunta difícil; 2014 foi um ano crítico, com muitos problemas, mas foi um ano muito importante.

As pessoas puderam ver o que o circo pode ser ou melhor já é tanto do ponto de vista político quanto do intelectual. Esse ano teve eleição para prefeito e um dos candidatos fez sua campanha ancorado na cultura, no Festival de Mirabilia, e não podíamos abandoná-lo. Foi muito importante, portanto, realizar o festival.

Deve-se destacar que a divulgação do evento começou tarde, não foi boa, tivemos problemas na organização, e tudo isso prejudicou muito o festival.  Acredito, contudo, que finalmente encontramos uma assessoria de comunicação que entendeu o espírito do festival e a divulgação deve ser melhor daqui em diante. Essa assessoria começou um mês antes do festival em substituição à assessoria anterior, mas se apaixonou pelo evento e vai continuar o trabalho.

Circus: Quem colabora financeiramente com o festival?

Fabrizio: A ajuda financeira vem de várias fontes de captação de recursos.  É bem complexo, mas de forma geral, os Departamentos de Circo, Teatro e Dança do Ministério da Cultura repassaram verbas ao festival. E também verbas da União Europeia para atividades culturais. E é preciso computar, pela primeira vez, um financiamento bancário duplo:  o da Compagnia di San Paolo – um dos poucos bancos na Itália que faz política cultural – e o do Banco de Fossano – que teve a coragem de manter o financiamento para o festival mesmo diante do fato de a Itália ter sofrido muitos cortes de verbas por causa da crise econômica.  

Circus – Existem paralelos entre a ópera lírica e o circo contemporâneo?   

Fabrizio: Sim. A ópera lírica surgiu no final do século XVI na Itália um casamento perfeito entre a música e o teatro.

Ela conseguiu transitar entre o popular e o sofisticado e conquistou todas as classes sociais.

Após a Itália, esse espetáculo encenado migrou rapidamente por toda a Europa, conquistando grande popularidade principalmente na França, com as óperas de George Bizet; na Áustria, com Wolfgang Mozart, e na Alemanha, com Richard Wagner.E estabeleceram-se diversos teatros de ópera em várias cidades da França e da Itália.

Não é diferente do que está acontecendo agora com o circo contemporâneo que está se expandindo por toda a Europa. Deve-se destacar que cerca de 33% da produção artística da França já é creditada a essa arte que responde por nada menos que 0,7% do PIB do país. Por isso, que a crise econômica que propiciou cortes em várias artes não atingiu a arte circense contemporânea francesa.

Circus: Quais os melhores momentos do festival e quais foram os mais difíceis durante esses oito anos?

Fabrizio: Vamos começar pelos mais difíceis: tivemos cinco dias de chuva antes do início do festival. Eu achava que a chuva seria ruim durante o festival, mas agora sei que é pior quando chove antes dele. Quando chove durante o festival, alguns espetáculos são cancelados, outros têm público menor, mas muitos outros acontecem. Quando chove antes do início, para todo o festival. Os técnicos conseguiram dormir apenas duas horas, todos ficaram exaustos. Além disso, o catering (serviço de alimentação) foi um desastre e afetou a imagem internacional do festival.  Quando você via pessoas cansadas porque não dormiram o suficiente pensava que daria para contornar se, ao menos, elas tivessem comido bem.

Na Itália, principalmente, se você não comer bem, o que aconteceu, o festival passa a enfrentar um sério problema de imagem (risos).

Os melhores momentos? Os rostos das pessoas, os sorrisos. Foram quatro dias mágicos, foi como viver um sonho. O que é mais lindo foi ver as pessoas que nunca tinham vindo ver o festival dizer que adoraram. Ver os sorrisos, do staff, da imprensa, do público.  O melhor e o mais bonito foi ver toda essa emoção.

 

Cena de "Clockwork" dos Sister & Dimitris Papaionnou / Foto Asa Campos

 

“Clockwork”, da cia. Sisters, composta por um francês (Vallia), um dinamarquês (Mikkel) e um espanhol (Pablo), com a colaboração do performancer Dimitris Papaionnou, trata da perfeita sincronia entre os artistas, como as peças de um relógio. Eles dependem uns dos outros, quer fisicamente, quer psicologicamente, da mesma forma que um relógio necessita de todas as peças encaixadas entre si para funcionar.

 

*Colaborou Carmelita Benozatti

 

Postagem – Alyne Albuquerque


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