Pé na Estrada
Festival de Demain é do circo contemporâneo
Evento é vitrine internacional para jovens artistas
Ivy Fernandes, de Paris
Artistas de 14 países apresentaram-se no Festival Mondial de Cirque du Demain, na “Chapiteau” (lona) do Cirque Phénix, em Paris, durante quatro dias – de 29/1 a 1º/2 – e conquistaram o público e a crítica.
Em sua 36ª edição, o Festival reúne jovens acrobatas, equilibristas, clowns, malabaristas, trapezistas, em um confronto de talentos. Trata-se de uma vitrine internacional para os novos artistas: os circenses de “demain” (amanhã).
A Sons Company (Irmãos Suecos) com o número de saltos no ar na “Báscula Coreana” e o espanhol Jimmy Gonzales, com o seu número de “Malabarismo com Argila” conquistaram a Medalha de Ouro.
O Duo Kiebre (da Colômbia e Uruguai), pela primeira vez no Festival, fez bonito e levou a Medalha de Prata suas “Cordas e Tecidos aéreos”. Os números de trapézio da França e Finlândia também conquistaram Medalha de Prata.
O Duo Unity (Alemanha e Espanha), premiado com a Medalha de Bronze, apresentou um número que encantou pela sincronia e beleza de movimentos na “Roda Cyr”.
O Duo Catalexi (Canadá) com o número de “Cordas Aéreas”, a Trupe Acrobática de Guandon (China), e o malabarista russo Dmitry Ikin ganharam a Medalha de Bronze.
Esse ano, pela primeira vez, apresentaram-se artistas da Etiópia, Biniyam e Remedam, que com seu “Mano a Mano”, conquistaram também a Medalha de Bronze.
“Julgar é muito difícil”, afirmou a presidente do júri, Line Giasson, diretora de elenco do Cirque du Soleil. “O processo é complexo em razão do grande número de inscritos talentosos que apresentam a cada ano no Festival du Cirque de Demain”.
Para se ter uma ideia da popularidade do evento, basta dizer que todos os anos cerca de 350 artistas se inscrevem e são escolhidos cerca de 25 artistas de várias partes do mundo.
A seleção dos números no Festival é feita de duas formas: o artista envia ao Festival um vídeo com o seu número, o que é o mais usual; ou pode ser convidado caso seu número tenha sido visto e apreciado em outros festivais internacionais.
Após essa primeira seleção, eles passam a ser julgados, durante os quatro dias do Festival, por um júri composto de 10 pessoas que examina as estrelas do circo do futuro em itens como técnica, originalidade e graça. O talento é premiado e funciona como trampolim na carreira dos artistas.
O festival foi criado por Isabelle e Dominique Mauclair, em 1977, com o objetivo de dar oportunidade aos jovens artistas de circo de apresentar-se diante de júri que tem em sua formação diretores das mais famosas escolas circenses do mundo.
O Festival é ponto de referência para todos os que amam o circo: artistas, agentes, produtores, diretores, estudiosos ou simplesmente apaixonados pelas artes circenses.
Veja abaixo os vencedores do Festival
Medalha de Ouro
Jimmy Gonzalez (Espanha): “Malabares com Argila”
“Sons Company (Suécia): “Báscula Coreana”
Medalha de Prata
Duo Kiebre (Colômbia e Uruguai): “Cordas e Tecidos Aéreos”
Lift (França): “Trapézio em Linhas Paralelas”
Wise Fools (Finlândia): “Trapézio Fixo”
Medalha de Bronze
Dmitry Ikin (Rússia) – “Malabares”
Duo Catalexi (Canadá): “Cordas Aéreas”
Duo Unity (Alemanha e Espanha): “Roda Cyr”
Remedan & Biniyam (Etiópia): “Mano a Mano”
Trupe de Guandong (China): “Acrobacia”