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Arte em Movimento

Fomento ao Circo Já: nova rodada de discussões

 

Artistas e defensores do circo no Centro de Memória do Circo / Foto Asa Campos

 

Fernanda Araujo, da Redação 

Segunda-feira, 4 de abril, 15h – os termômetros marcavam 29 graus, uma tarde quente em todos os sentidos: os artistas voltaram a se reunir para discussões acaloradas no Centro de Memória do Circo em prol da criação de uma lei de fomento específica para a categoria. O encontro levou mais de 200 circenses ao Café dos Artistas. Havia gente nas cadeiras, bancos e escadas. Muitos em pé. Artistas da velha guarda, como o malabarista Bruno Edson passaram por lá ao lado da nova trupe da arte circense, entre eles, o monociclista Cafi Otta, colaborador do Panis & Circus.

A mesa de debate foi presidida por Alessandro Azevedo (presidente da Associação Raso da Catarina), ao lado dele Bel Toledo (presidente da Cooperativa Brasileira de Circo). Ambos integrantes da comissão que protocolou o Projeto de Lei (PL) 129, semana passada, na Câmara dos Vereadores. Também na mesa, Lu Gualda, da Palco de Papel, selecionava no computador trechos da lei que foram projetados em um telão para que todos pudessem ver e discutir. Na tentativa de uma construção coletiva da lei, vários pontos foram discutidos e os artistas puderam se manifestar sobre os prós e contras antes de cada votação.

 

Centro de Memória do Circo lotado no debate da lei de incentivo ao circo/ Foto Asa Campos

 

A inclusão das palavras “circo” e “circense” no fundamento da lei, parágrafo 5º do artigo 4º – objeto de ruptura entre a comissão e Marlene Querubin, do Circo Spacial e presidente da União Brasileira de Circos Itinerantes – a ponto de a empresária protocolar a PL 127 no mesmo dia da PL 129 – foi uma das primeiras questões debatidas. Uma das mudanças foi trocar o termo “grupos artísticos” por “grupos circenses”. Os termos foram incluídos no parágrafo por meio de votação democrática. Mas, mesmo após a votação, o item continuou em discussão com a mesa diretora, nas rodas paralelas, nas laterais e nos fundos.

Outras questões foram colocadas, como o valor a que os beneficiários teriam direito, alvará de funcionamento, cooperativa e pessoa física. O debate continua na página #FOMENTOAOCIRCOJÁ.

Até o prefeito assinar, tudo pode mudar: o artigo, o verbo, a vírgula”, afirma Rodrigo Buchiniani, advogado e diretor do Circo Herói.

Em um ponto todos concordam: o circo vive momento histórico. 

 

Trecho da PL 129 / Foto Fernando Araujo

 

O parlapatão Hugo Possolo / Foto Asa Campos

 

Alessandro Azevedo, da Associação Rado da Catarina, fala na reunião dos circenses / Foto Asa Campos

 

 

Bel Toledo, da Cooperativa Brasileira de Circo / Foto Asa Campos

 

Bel Toledo: “a classe está aqui em peso”

“Estou há 30 anos na militância e nunca vi nada parecido com tanta gente reunida. É mesmo um momento histórico”, afirmou Bel Toledo, presidente da Cooperativa Brasileira de Circo.

Na segunda-feira 4/4, união era a palavra de ordem entre a categoria após a divisão enfrentada na entrega da lei de fomento à Câmara Municipal – estampada na entrega de dois projetos: PL 127 e 129, em 29/3. Segundo Bel Toledo, “a gente apresentou o projeto de lei (PL129) por meio do Alfredinho (vereador), que é do PT. Estivemos também com o Haddad (prefeito de São Paulo, também do PT) que nos recebeu muito bem”. Bel Toledo destaca que Nabil Bonduki, secretário municipal de Cultura, que está voltando para a Câmara dos Vereadores, e Maria do Rosário Ramalho, que o vai substituir no cargo, também estão empenhados em fazer a lei ser aprovada.

De repente, surgiu a divisão, e o projeto (PL 127) foi levado para a oposição (para o vereador Calvo, do PMDB). “Por quê?”, questiona, “se a gente já estava com todo o caminho andado dentro da Câmara?”. Para ela, foi uma atitude impensada. “Hoje a classe está aqui em peso, como eu tinha certeza que estaria, para mudar o que acha que tem que ser mudado. E a gente vai acatar o que a maioria quer.”

 

Marlene Querubin, do Spacial e da União Brasileira de Circos/Foto Asa Campos

 

Marlene Querubin: “Não existe um lado A, B ou C. Existe o circo”

“Na verdade, não existem duas leis, PL 127 e PL 129. Existe a lei de Fomento ao Circo que tem que ser o desejo do circense. É por esse desejo que eu estou lutando. Não existe um lado A, B ou C, existe o circo”, afirma Marlene Querubin, do Circo Spacial e da UBC.

De acordo com Marlene, “quando o coletivo do circo se reuniu na segunda-feira 21/3, não foi acatada a sugestão de colocar as palavras circo e circense no texto, o que muda o escopo do projeto. Na formulação original podia entrar qualquer associação e estamos lutando para que não seja qualquer associação. Tem que ser associação de circo. É um projeto de Fomento ao Circo. Eu faço parte dos dois projetos pois também ajudei a construir o PL 129.”

Questionada pelo Panis & Circus sobre a diferença entre os dois projetos, Marlene Querubin assegurou que o Projeto de Lei 127 só mudava um ponto – ou seja, colocava as palavras “circo” e “circense” no texto. “O resto está tudo bem explicadinho”, diz.

 

Pablo Nordio, do Circo Zanni e Amarillo / Foto Asa Campos

 

Pablo Nordio: “Momento fantástico para o circo”

Para Pablo Nordio, do Circo Amarillo e Circo Zanni, “hoje (4/4) é uma data superimportante para o circo tanto o paulista quanto o brasileiro.”

O artista acredita que a atual luta em defesa de uma lei de incentivo servirá de exemplo para outros estados. “É um momento fantástico para todos os artistas do circo, tanto do circo tradicional quanto do circo contemporâneo. Muitos fazem essa divisão – outros, como é o meu caso, não fazem. Mas o que eu vejo é que estamos assistindo a possibilidade do crescimento para o circo em si, que pode se estender e alcançar o latino-americano. É um movimento bem forte”, afirma Pablo.

 

Cesar Cara de Pau / Foto Fernando Araujo

 

Cesar Cara de Pau: “Direito de pesquisar, trazer artistas de renome e publicar estudos” 

Para Cesar Cara de Pau, do grupo Voçoroca, “é a primeira vez que há uma movimentação tão grande, que reúne tanta gente”, em prol de uma lei de fomento ao circo. Apesar das divergências, acrescenta, de alguma maneira os grupos estão se reunindo para debater. “O circo sempre teve essa maneira passional de lidar com as coisas. Brigas – é um  atropela o outro, o outro fala mal de um – como discussão em família.  Mas é uma chance de lutar por um direito – uma lei importante. Direito de pesquisar, de trazer artistas de renome para trabalhar com circo, de publicar estudos, tudo isso será possível com o dinheiro do fomento”, afirma.

 

Cafi Otta/ Foto Asa Campos

 

Cafi Otta: “Momento único”

O monociclista Cafi Otta contou ao Panis & Circus que esta foi a primeira reunião que compareceu no Centro de Memória do Circo. “Estava com H1N1 e não deu para vir antes. Trata-se de um momento único do circo brasileiro. Você vê todo mundo reunido para discutir, independentemente da posição de cada um, está todo mundo junto, lutando pela melhoria da classe circense. Isso por si só já é sensacional. É raro. Eu acho que tem tudo para fazer a gente crescer”, afirma.  Pode parecer, às vezes, “que é só uma luta por dinheiro, que está todo mundo querendo um pouco de grana para continuar com sua arte – o que também é legítimo. Mas é também mais do que isso – pode representar o rumo para um grande futuro do circo”.

 

Marcio Stankowich/ Foto Fernanda Araujo

 

Marcio Stankowich: “o que vier de bom ao circo é bem-vindo”

Para Marcio Stankowich, do Circo Stankowich, “tudo o que vier de bom ao circo é bem-vindo”. Para ele, o teatro-circo não prejudica o setor em nada.

O importante, acrescenta, é agregar e a classe luta em prol do bem-estar de todo mundo, “todos nós somos artistas. E se o pessoal do teatro está querendo se juntar, pois acham que têm o direito, precisamos discutir e ver o que é possível fazer”.

Mas faz uma ressalva: é preciso debater, para evitar se chegar a um impasse diante da questão que coloca de um lado um “grande circo que conta com 80 a 100 pessoas, carretas, transportes, aluguel de terrenos, água e luz” e, de outro, um grupo de teatro com um pequeno elenco com estrutura de gastos reduzida e os dois acabam recebendo o mesmo prêmio. Ele defende ainda que o circo seja apolítico. “Nada de a gente se meter na política.”

 

Pepim / Foto Fernanda Araujo

 

Pepim: “é a primeira vez que vejo tanta gente reunida”

O palhaço Pepim, artista de circo há mais de 60 anos, nascido no México, criado na Colômbia, e no Brasil há 42 anos, assegura estar vendo, no Centro de Memória do Circo, “pela primeira vez tanta gente reunida em defesa do circo. Em outros países temos um sindicato próprio do circo de lona. Fica tudo mais claro. Mas o que eu quero é o que seja bom para o circo e para os circenses”.  Ele trouxe uma foto do primeiro circo de Marlene Querubin. 

 

Público se aglomera nas escadas / Foto Asa Campos

 

 

Bruno Edson/ Foto Fernanda Araujo

 

Bruno Edson: “o pessoal vai colocar a casa em ordem”  

Para o premiado Bruno Edson, especialista no número de equilíbrio de pratos, a reunião é necessária para discussão do projeto. “Claro que uns puxam a sardinha para um lado, outros para o outro, mas, na verdade, tem que ter bom senso, para se chegar a um consenso e eu creio que hoje o pessoal vai colocar a casa em ordem.”

 

Jeff, o mágico/ Foto Fernanda Araujo

 

Jeff, o mágico: “Aqui nem minha mágica resolve. Só milagre.”

Jeff é mágico desde 1985. Ele começou a carreira no circo Spacial, depois trabalhou no Circo de Roma, Circo de Itália e o Circo Los Hermanos (no México). Questionado se a sua mágica poderia fazer baixar a temperatura das discussões da lei do fomento ao circo, ele respondeu. “Aqui, nem a minha mágica resolve. Tem que ser um milagre, porque sinto que a situação está um pouquinho tensa.” Mas, no final, ele tem certeza de que o impasse será solucionado.     

 

Pepé Jardim/ Foto Fernanda Araujo

 

Pepé Jardim critica cobertura do Panis & Circus

Para o artista Pepé Jardim, do Circo Spacial, a divisão entre os circenses que culminou na entrega de dois projetos – PL 127 e PL 129 – reflete também, em sua essência, a divisão que existe entre o circo tradicional e o circo contemporâneo. E criticou o Panis & Circus por dar mais peso ao circo novo (contemporâneo) na cobertura do Fomento ao Circo Já!

O site, diz ele, “precisa balancear um pouco melhor as matérias entre o circo itinerante e o circo novo, porque a cena toda, a prova disso é o que aconteceu no fomento, ela tende a ser manejada para um lado. Não é uma manipulação, mas é apenas uma questão de visão, daqueles que estão comandando a cena, daqueles que têm força na cena. Eu deixo como sugestão que vocês aprofundem a visão que têm dos itinerantes, porque existe um mundo do circo novo que não conhece a nossa vida. Não conhece os nossos gastos, os nossos custos, os nossos detalhes de vida e a prova foi semana passada. Da mesma forma que os itinerantes não conhecem os circos novos, não têm noção de quem é quem. Uma sugestão de pauta boa é aprofundar a ligação entre os dois mundos, pois ainda existe um abismo, talvez não seja um Canyon, mas ele existe e esteve presente na discussão da lei do fomento do circo.”

Pauta anotada e a ser realizada em um futuro próximo. Por enquanto, convém ressaltar que para a edição do Panis & Circus, Pepé Jardim é um dos artistas que conseguem transitar, fazer a ponte e se equilibrar em um fio que une as duas linguagens circenses: tradicional e contemporânea.

 

Fernanda Araujo, do Panis & Circus com Pepé Jardim, do Circo Spacial / Foto Asa Campos

Postagem – Alyne Albuquerque

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