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O sucesso da irreverência em cena

 

Oscar Pilagallo

Os últimos dez anos consagraram os Parlapatões como um dos grandes grupos teatrais mais criativos, inovadores e bem-sucedidos da cena cultural paulistana.

Na realidade, os Parlapatões são mais do que um grupo teatral paulistano: eles são também circenses e já há algum tempo têm projeção nacional.

Os espetáculos da trupe vêm marcando a história das artes com montagens que conquistam o público com ousadias narrativas, uma receita que, para não desandar, requer grande dose de talento.

De 2003 para cá, os Parlapatões viajaram pelo país, arrebatando prêmios por apresentações que atraíram centenas de milhares de pessoas. Em 2003, estrearam, no badalado Festival de Curitiba, “As Nuvens e/ou Um Deus Chamado Dinheiro”, adaptação das comédias do grego Aristófanes.

Anos depois, em 2007, montaram o espetáculo circense “Parlapatões Clássicos do Circo”. O universo do circo é recorrente na produção da trupe. No ano seguinte estrearam um espetáculo no “Circo Roda Brasil” e em 2009 realizaram o “SP Fashion Clown”, uma paródia dos desfiles de moda, e “Auto dos Palhaços Baixos”.

Toda essa produção, mais recente, é conhecida do público que acompanha a carreira dos Parlapatões. Mas, com mais de vinte anos de estrada, o começo da história da trupe começa a ficar distante no tempo, e é desconhecida da nova geração que os conheceu já no auge.

Talvez seja oportuno, portanto, lembrar o livro “Riso em Cena – Dez Anos de Estrada dos Parlapatões”, lançado em 2002. Nessa obra, o jornalista Walmir Santos remonta ao tempo em que o grupo teatral não era nem grupo nem tão teatral assim.

O relato começa com uma cena na praça da República em setembro de 1990. Num domingo, dia da tradicional feira de artesanato, Hugo Passolo se prepara para uma primeira apresentação, mas lhe falta coragem para encarar o público de passantes, e ele vai embora. Volta no domingo seguinte decidido a fazer o espetáculo, e encarna o palhaço Tililingo, que contracena com Pirulão, vivido por Alexandre Roit. É sua primeira apresentação pública.

Não poderia ter havido um início mais mambembe, com direito até a chapéu para passar entre os transeuntes que pararam para assistir ao esquete. E, no entanto, apenas três anos mais tarde, os Parlapatões já tinham obtido reconhecimento nacional, como principal destaque da jornada SESC de teatro de 1993. Até então, o grupo era conhecido apenas por uma pequena legião de admiradores – o próprio nome só havia surgido no ano anterior, com o espetáculo “Parlapatões, Patifes e Paspalhões”.

Walmir Santos identifica com precisão um dos pilares sobre o qual se ergueu o trabalho de Passolo. “Seu roteiro é construído sob a arte do improviso”, escreve ele. “Não a improvisação de gabinete, mas a que nasce diante do espectador e dá sentido à própria obra. A opção é por um roteiro que mais serve ao circo.” O autor se refere ao espetáculo “Bem Debaixo do Seu Nariz”, mas suas palavras poderiam ser aplicadas a toda a trajetória de Passolo.

Santos também chama atenção para um aspecto único do circo-teatro dos Parlapatões: o conceito de apropriação. Ele explica que, “tanto na criação quanto na produção, é preciso ter um ponto de vista do todo. Só é possível trabalhar se o sujeito for dono da ideia coletiva, dono da situação, do material cênico, da convivência com as pessoas da equipe”.

A apropriação é uma ideia usada também no sentido antropofágico, aquela atitude que norteou a Semana de Arte Moderna, de 1922, que deglutiu a cultura estrangeira clássica e de vanguarda para regurgitar uma produção nacional autêntica: “Tupi or not tupi”.

Valmir Santos nota que um dos primeiros espetáculos da trupe, “Nada de Novo”, “é pura antropofagia”. Mais uma vez, poderia estar se referindo a várias montagens dos Parlapatões.

O livro informa que o próprio grupo assume duas fortes influências: a montagem de “Ubu – Folias Physicas, Pataphisicas e Musicaes”, de Alfred Jarry, que o grupo Ornitorrinco estreou em 1985, com direção de Cacá Rosset; e o “O Rei da Vela”, de Zé Celso, de 1967. E havia a influência dos dadaístas e do teatro do absurdo. Todas essas raízes deram consistência ao caldo cultural único dos Parlapatões: “Fazíamos rua em palco italiano, esse era o diferencial”, diz Passolo no livro.

Lido dez anos depois de sua publicação, “Riso em Cena” mostra que os Parlapatões seguem fiéis ao espírito irreverente de um palhaço em cena na praça da República.

 

 

Riso em Cena – Dez Anos de Estrada dos Parlapatões

Autor: Valmir Santos

Editora: SESC São Paulo / Estampa Editora

115 páginas.

 

 

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