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Palhaços se esforçam para arrancar risos

 

Fuska e Herolino fazem parte da Trupe Um Quilo e Meio de Variedades.

Bruna Galvão, especial para Panis & Circus 

O som do trompete anuncia que o show vai começar. Boa parte do público, que esperava para ver o espetáculo “Acrobático Cômico”, da Trupe Um Quilo e Meio de Variedades, no hall de entrada do Teatro Anchieta na sexta-feira (30/5), corre para dentro do Sesc Consolação (funcionários da unidade haviam informado que a apresentação ocorreria em frente ao teatro). Lá encontram os palhaços Fuska e Herolino, que dentro da programação do Festival Internacional Sesc de Circo, também já haviam se apresentado no Sesc Ipiranga.

De imediato é possível compreender o porquê do nome da trupe: Fuska é um palhaço alto e robusto, enquanto que Herolino é baixo e franzino. A partir de seus “quilos” a mais e a menos, eles começam a apresentar a variedade cômica do show. Fuska é o mestre de cerimônias e como um bom mestre, se apresenta com elegância e clareza aos presentes. Já Herolino, todo atrapalhado, demora para entender como deve se apresentar e acaba por cantar, beijar e cumprimentar a plateia com a mão, abusando, assim, da clássica piada “da apresentação”. Há um público significativo na sala de entrada do Sesc Consolação, que aguarda com ansiedade por boas risadas.

 

 

Os palhaços, então, dão início a um “troca-palavras” que se não arrancou gargalhadas da plateia, ao menos, arrancou-lhes esboços de risadas. Uma historinha simples, em que Fuska, ao contar os lugares em que havia passado, pede a Herolino que repetisse de forma contrária, o que dizia. Mais ou menos assim:

Fuska: – Eu já passei por São Paulo.

Herolino: – Eu já passei por Paulo São.

O auge da piada vem quando Fuska afirma ter passado por Santa Jojoba e Herolino, mesmo dizendo que “foi pecado”, explica que teve que passar. O público também sorri quando o Herolino se recusa a afirmar, de forma contrária, que passou por Cubatão.

Após um intervalo de cerca de cinco minutos, os palhaços retornam, desta vez, no hall de entrada do Teatro Anchieta. A plateia se desloca para lá e se acomoda nas escadas do local. Todos participam dos comandos de Fuska e Herolino e batem palmas, repetem palavras e mandam boas vibrações com as mãos. Um simpático rapaz até se torna voluntário de uma piada sem lógica e sem graça, que somente valeu pela sua participação.

 

 

Porém, Fuska e Herolino não desistem de tentar agradar à plateia. Anunciam, então, o momento mais esperado do espetáculo: as acrobacias. Numa tentativa de provar quem é o mais forte dos dois, do alto de seus muito quilos, Fuska levanta Herolino (que se demonstra muito “medroso”) com facilidade. A tensão cresce quando Herolino, com seus poucos quilos, é provocado por Fuska a levantá-lo. Mesmo com receio, Herolino mostra que consegue erguer o grande e pesado Fuska. O público, com paciência e boa vontade, vibra com a apresentação e, apesar da falta de gargalhadas, comemora com os palhaços a alegria do circo.

 

FICHA TÉCNICA

Direção musical, figurinos, elenco e direção geral
Erickson Almeida
Julio Cesar do Rosário

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