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Arte em Movimento

Natalia Presser, a trapezista do Cirque du Soleil

 

Natalia contou a Panis & Circus o que significa estar no Soleil, como se dá a formação do artista nessa companhia cada vez mais globalizada e sobre a trajetória profissional, de formação, bem como sua vivência nos grupos Fratelli, Fractons e Linhas Aéreas, em São Paulo.

A acrobata disse que ficou no Fractons quase uma década: “Lá fiz acrobacia e aprendi os números aéreos. Por ter feito ginástica olímpica, eu conseguia fazer tudo que me ensinavam. Aprendi rápido nos aparelhos aéreos”.

Em paralelo ao Fractons,  Natalia trabalhou com o grupo Linhas Aéreas, com o qual mantém atividades. “A gente desenvolve um pouco mais a linguagem da dança, do teatro e dos números aéreos.”

Presser prossegue na entrevista revelando o estilo de seus trabalhos, preferências estéticas e o dia a dia como atriz do espetáculo “Varekai”, do Cirque du Soleil.

    

“Varekai” conquista paulistas e cariocas

O espetáculo “Varekai”, criado em 2002, do Cirque du Soleil, encantou o público paulista e carioca no ano passado. Em 2012 se apresenta para outras plateias brasileiras. Recebeu amplo espaço de mídia, a crítica elogiou e o público aplaudiu.

 “Varekai” é uma expressão de origem cigana, quer dizer algo como “solitários andarilhos nômades”. O show conta uma versão do mito de Dédalus e Ícaro.

Pai e filho tentaram sair do labirinto do Minotauro construindo asas de cera. O Ícaro do espetáculo, diferentemente do grego, cujas asas derreteram e ele caiu no mar, sobrevive em um mundo imaginário, no fundo da floresta.

É representado através de acrobacias, danças coreografadas, números áereos, além de outras atrações circenses clássicas.

Cenários de dimensões grandiosas e figurino de padrão circense-televisivo completam a atração, no estilo Soleil de realizar espetáculos.

Há uma curiosidade a mais para o público brasileiro: é cada vez maior o número de artistas sul-americanos que integram o Cirque du Soleil. “Varekai” não foge à regra.

Em outubro passado, na temporada em São Paulo, o palhaço Marcio Ballas, do Quintal da Criação, escreveu sobre o show na “Folha” e destacou o trabalho dos quatro brasileiros na montagem, entre eles, Natalia e Michele.

Sobre elas, disse Ballas: “Na segunda parte, um lindo número de trapézio triplo nos deixa orgulhosos das brasileiras Natalia Presser e Michele Ramos”.

Natalia Presser no Rio de Janeiro durante entrevista ao Panis & Circus

 

Cotidiano de uma mãe circense e dançarina com vida itinerante

 

Panis & Circus – Natalia, conte um pouco de você, como começou no circo, sua especialidade, quais trabalhos já fez.

Natalia Presser – Fui ginasta desde criança. Fiz ginástica olímpica competitiva por mais ou menos oito anos. Depois que saí da ginástica, fiquei um tempo sem fazer nada, naquela fase de adolescente, e depois comecei a me interessar pelo circo. Encontrei minha amiga Michele, que fazia ginástica e tinha começado a fazer circo, aí comecei a fazer aula de dança, circo e teatro.

Comecei com o grupo Fratelli.  Depois tive uma filha e parei por um ano. Hoje a Julia tem 13 anos, tive a minha filha com 20 anos, eu era novinha.

Depois desse ano, comecei a dar aula no Fratelli e a fazer parte do grupo.

Nesse momento, eles dividiram o grupo em Fractons e Fratelli. O Fractons tomou conta do núcleo artístico e trabalhei com eles durante quase oito anos.

Circus – Quais personagens de acrobacia você mais gostou de fazer?

Natalia – Vários. O espetáculo “O Pequeno Sonho em Vermelho” foi um trabalho especial. Às vezes, nem parecia que era um espetáculo de circo, era mais teatro. A acrobacia era uma linguagem que se misturava a outras.

Ganhamos o prêmio Shell, o espetáculo foi indicado para quatro categorias: direção, cenografia, trilha sonora e iluminação. Ganhamos trilha sonora e iluminação.

Circus – Como você foi para o Cirque du Soleil?

Natalia – O Soleil já é história antiga, fiz várias audições  para entrar no circo. Quando a Julia era pequena, fiz minha primeira audição e depois fiz outra audição, e um tempo depois fui aprovada pelo casting.  Quando você é aprovado entra para um banco de dados, não quer dizer que será chamado.

O Cirque du Soleil me convidou para um treinamento em Montreal em 2005. Fiquei quatro meses aprendendo números de trapézio e fazendo aulas de máscara e de ritmo.

Nos primeiros dois meses, os novos integrantes fazem workshops de tudo: de inglês, de movimento, de percussão, de pilar.

Durante o tempo do curso, não fui contratada. Ainda voltei para o Brasil e depois de seis meses eles me falaram que havia uma vaga e me convidaram,  em 2006.

Circus – Você trabalha no “Varekai” desde 2006?

Natalia – Fiz o espetáculo de 2006 a 2009. Daí voltei para o Brasil. Preferi naquele momento não renovar o contrato. Fiquei aqui por dois anos e meio. Em 2010,  surgiu uma vaga temporária para trapézio e fui convidada novamente.

 

As brasieliras Michelle Ramos e Natalia Presser e a sul -africana Chantal Nell, no espetáculo "Varekai"

 

Circus – Conte sobre o “Varekai”.

Natalia – Nesse espetáculo tudo se passa num vulcão. Fora o palhaço, os outros personagens são bem caracterizados, são os animais da floresta.Tem os lagartos e personagens que vivem no vulcão.

Todo mundo sente no ar que alguma coisa vai acontecer. Há uma atmosfera diferente, que é o dia da queda do personagem Ícaro, que não pertence àquele mundo. O espetáculo conta sua jornada.

Ícaro precisa aprender a andar e também vai se apaixonar [por uma moça que sai de um buraco da terra]. No final, personagens caracterizados como fogo aparecem simbolizando a união deles.

Circus – Fale um pouco de sua rotina dentro do circo.

 Natalia – Hoje a gente não treina todos os dias em razão de ter um número grande de espetáculos. Na preparação para a cena, tem pelo menos uma hora de maquiagem, que é bem complexa e demorada.

Circus – Qual é a sua visão de seu trabalho após a estadia no Soleil?

Natalia – Gosto do circo pequeno e do circo grande. O circo sempre traz encanto, é uma magia para a cidade. A partir do momento em que o Cirque du Soleil cresceu e se tornou conhecido, trouxe mais credibilidade para todos os outros circos.

Quando as pessoas perguntam o que você faz e você responde que é artista de circo, elas voltam a perguntar: qual é seu trabalho?

A vinda do Soleil faz com que as pessoas tenham outra visão até dos circos menores. Esse fato é muito positivo para a atividade circense.

CircusEm “Varekai” tem o número “Ne Me Quitte Pas” com a luz, que é só risada. A mesma busca da luz que foge a gente vê no Circo Stankowich, só que a música é do Elvis Presley.

Natalia – É a linguagem universal do riso. De buscar ser engraçado.

Circus – Depois de “Varekai”, há algo em vista ou o espetáculo é tão intenso que não dá para pensar em projetos?

Natalia – O ritmo é bem intenso, consome bastante energia pela quantidade de espetáculos, mas gosto de variar as linguagens.

E tem a questão da idade, sei que não serei trapezista pelo resto da vida. Uma hora vou ficar mais velha e quero desenvolver minhas habilidades como atriz em outras áreas, misturando as linguagens circenses e teatrais. 

Circus – Você fazia acrobacia desde pequena e acabou no circo?

Natalia – Isso. Não nasci em família de circo, escolhi ir para o circo. Tem muita gente que não é do circo tradicional, que veio da dança e do teatro.

Circus– Qual escola você fez de ginástica olímpica?

Natalia – Comecei no Centro Educacional Esportivo, minha mãe me levou para nadar. Ela queria que eu aprendesse a nadar desde pequena. Mas vi que tinha também ginástica olímpica lá. Tive que escolher um dos esportes, não podia fazer os dois. Optei pela ginástica olímpica. Aprendi rápido e fui convidada para ir para outro clube, no Centro Olímpico que fica na avenida Ibirapuera. Passei a treinar todos os dias e gradualmente aumentei o número de horas, de duas a três horas por dia até chegar a quatro horas, todos os dias, de segunda a sábado.

Circus – Chegou a competir?

Natalia – Fui campeã paulista na categoria infantil quando eu tinha entre 13 e 14 anos. Fiquei em terceiro lugar de solo no Campeonato Brasileiro, na mesma época.

Circus – Depois do Soleil foi para outra companhia de circo?

Natalia – Depois que voltei para o Brasil,  fui trabalhar também com o grupo Le Plat du Jour. Substituí a personagem principal no espetáculo “Alice no País das Maravilhas”, que estava grávida, a Helena Cerello.

A companhia me convidou, e foi uma delícia o espetáculo, mas uma pauleira. Eu fazia uma Alice bem moleca, até mesmo acrobática.

Fiz também o espetáculo “O Animal na Sala”,  com o grupo Linhas Aéreas.

Era muito interessante. Falava da trajetória do homem primitivo até chegar a esse homem de hoje, adestrado, comportado e que precisa caber nas regras da sociedade. O cenário tinha uma árvore toda de ferro no palco e tudo saía dessa árvore. 

Circus Como é ser mãe e estar no circo?

Natalia – Ser mãe é sempre um ato de acrobacia e malabarismo (risos). É uma experiência maravilhosa, que precisa de dedicação. Não está escrito em livro como é para fazer e cada hora, cada fase da criança, é uma mudança.

Circus – Sua filha acompanha suas viagens com o circo?

Natalia – Sempre. Nos três anos em que viajei com o Soleil ela foi comigo.  Viajamos para Miami, Portland, Seattle e Vancouver. Depois para as principais cidades da Austrália e Nova Zelândia, o que levou mais ou menos um ano e meio. Aí embarcamos para a Europa com apresentações na  Bélgica, Inglaterra, Alemanha, Holanda, Espanha. Saí no final da temporada de Madri.

Circus – Como sua filha estudou durante esse tempo?

Natalia – Assim que ela entrou no Soleil passou a fazer parte do programa da escola no circo, do Canadá. Há três professores que viajam com o circo e dão aulas para os filhos dos artistas, em inglês, que é a língua oficial do Soleil.

Foi superlegal. A Julia tinha acabado de ser alfabetizada em português no Brasil e, quando ela entrou no circo, foi alfabetizada em inglês. Em dois meses, ela falava inglês fluentemente porque criança aprende muito rápido.

Julia tinha completado oito anos e ficou até os dez anos no circo comigo. Hoje, ela fala inglês e mantém o contato com os amigos, que eram todos pequenininhos e agora está todo mundo com 14, 15 anos. Meninas, na realidade, mulheres, e grandes, da Rússia, da Geórgia e da Austrália.

Julia adora a vida no circo. Criança adora morar em hotel e ficar sempre perto das outras crianças, brincando juntas, e era o que acontecia.

Circus – Para você, como é a vida itinerante no circo?

Natalia – Olha, tem seus prós e contras. É uma delícia viajar, conhecer o país, a cultura, conhecer pessoas diferentes. 

O trabalho é cansativo, fisicamente é bem puxado, de oito a dez espetáculos por semana, com um dia de folga por semana, que costuma ser segunda-feira. Quando o país é muito frio, o corpo sofre mais para aquecer e alongar. Mas quer saber? É uma experiência única.

Circus – Você casou recentemente?

Natalia – Estou casada oficialmente há oito meses, mas estou com o Mark já tem três anos. Ele era diretor artístico do “Varekai”. Foi no espetáculo que a gente se conheceu. Desde janeiro de 2010,  ele está morando no Brasil. Mark é ótimo diretor de teatro. Agora saiu a autorização para ele trabalhar aqui. Estamos envolvidos em um processo de criação.

É uma história linda, de uma senhora que está no hospital nos seus últimos momentos da vida. Lá, uma bibliotecária toda certinha passa a contar histórias para ela e para pessoas que estão em estágios terminais.

A bibliotecária descobre a história dessa senhora por meio de suas memórias. Descobre que ela veio do circo e foi trapezista. 

Na peça, não sou a trapezista, quem faz a trapezista é a Bel Mucci. Sou a enfermeira que cuida dessa senhora. O Rodrigo Matheus, do Circo Mínimo, faz parte dela também, ele é um dos atores.

A peça está bonita, mas faltam recursos para finalizar. A gente mandou o projeto para a Funarte, Proac e para todos os editais que saem publicados, mas até agora não conseguimos verba para a finalização do espetáculo.

Circus – O que você faz em horas de lazer?

Natalia – Adoro assistir a filmes, a gente tem um projetor na sala, não tem TV. A gente faz cinema em casa sempre que tem tempo.

Adoro ir para a praia também. Mas sinto falta de São Paulo.

CircusQual é o prato que você mais gosta entre o pão de cada dia que vai à mesa?

Natalia – Olha, não tenho problema com comida, adoro tudo. Tem o curry, que é um tempero indiano, mas vou dizer, uma moqueca de peixe com camarão e leite de coco, dendê, manteiga de garrafa…

Um dos meus lugares favoritos é o Canto Madalena. Lá tem o prato escondidinho de carne seca com purê de mandioca, que não tem igual. Posso dizer que esse é meu favorito.

Circus – Uma cidade?

Natalia – Amo Arraial do Cabo para ir de férias. Para trabalhar São Paulo é uma cidade que eu amo também. Meu pai que fala: “Quem já tomou água do rio Pinheiros não quer mais sair daqui” – quando o rio era limpo, claro. Eu falo: “Faz tempo, pai”… 

Natalia apresentando "Varekai"

 

Retrato do Cirque de Soleil

 

No site do Cirque du Soleil consta que esse grupo de entretenimento trabalha com mais de 1.300 artistas e 5.000 outros profissionais, que ajudam a construir os espetáculos. São de 50 nacionalidades e falam 25 línguas.

Em 2011, quinze milhões de pessoas foram ver seus espetáculos. O Soleil viaja com cerca de 20 deles e tem montagens fixas em algumas cidades internacionais, como Las Vegas (EUA).

Desde 1984, quando foi fundado, até hoje, cem milhões de pessoas conhecem o grupo canadense de origem, com sua arte performática misturada aos números clássicos do circo.

O Cirque du Soleil, criado pelo artista de rua Guy Laliberté, apresentou-se no Brasil quatro vezes, inclusive com o atual espetáculo, “Varekai”, dirigido pelo canandense Dominic Champagne, que é uma remontagem do espetáculo homônimo, de 2002, apresentada nos EUA, Europa e Ásia.

A temporada “Varekai” trouxe ao Brasil 170 profissionais de 25 países. Eles já visitaram com o espetáculo 15 países e foram vistos por 6 milhões de pessoas.

“Varekai” iniciou temporada no Brasil em 15/9/2011, em São Paulo. Ficou o mês de dezembro do ano passado no Rio.

Os outros espetáculos do Soleil apresentados em solo nacional foram “Quidam”, em 2008; “Saltimbancos”, em 2006; Alegría, em 2007.

Em geral as produções do Cirque du Soleil estão orçadas entre US$ 30 milhões e US$ 100 milhões, de acordo com a “Folha”.

 


 

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One Response to "Natalia Presser, a trapezista do Cirque du Soleil"

  1. Renata disse:

    Fui assistir ao “Varekai” aqui em São Paulo, simplesmente encantador

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