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Pé na Estrada

Picasso: 50 mil obras e 20 mil amores

Aberta exposição de Picasso, no Palácio Real, em Milão

Ivy Fernandes, de Roma

 

A mostra “Picasso, Acervo do Museu Nacional Picasso de Paris” ocupa um espaço de mais de 2 mil metros quadrados no andar nobre do Palácio Real e permite ter uma visão das obras do grande artista do século 20. A atual exposição, inaugurada em 6 de outubro e que vai até 6 de janeiro de 2013, é a terceira grande mostra realizada em Milão, depois das de 1953 e 2001, que atraiu milhares de turistas de várias partes do mundo. É uma viagem ao mundo de Picasso.

A exposição no Palácio de Milão reúne obras do inicio de sua atividade artística “La Celestina” (1904), “Uomo con il mandolino” (1911), “Ritratto di Olga” (1918), “Due donne che corrono sulla spiaggia” (1922), ”Paul come Arlecchino” (1924), “Ritratto di Dora Maar” e “La supplicante” (1937), mas também as mais conhecidas como “Guernica” (1937), grito de dor pela guerra na Espanha, e o também sombrio “Massacre na Coréia” (1951).

Guernica (1937). Bombardeio à Guernica por Legião da Alemanha nazista.

Picasso, o artista mais representativo do século 20, viveu 100 vidas em seu percurso iniciado na cidade balneária de Málaga, sul da Espanha, onde nasceu, em 1881, e finalizado em 1973, em Mougins, sul da França. Ele deixou cerca de 50 mil obras espalhadas pelo mundo que representam as fases de movimentada existência, com 20 mil amores, vividos com intensidade, e alguns deles transformados em obras de arte como o Retrato de Olga (1918) e o Retrato de Dora Maar (1937).

“Nós, artistas, somos simples executores, vivemos a nossa obra, estamos dentro do que realizamos”. Era assim que Picasso sintetizava a necessidade de uma fusão entre vida e arte que marcou sua existência.

Três Músicos (1921) - Pierrô corresponderia a Apollinaire; Arlequim a Picasso e o Monge a Max Jacob

Trata-se de uma mostra com mais de 250 obras e várias saíram do museu parisiense pela primeira vez para o tour mundial em que Milão é a única etapa européia. São pinturas, esculturas, fotografias, desenhos e livros ilustrados ao longo de sua carreira.

A exposição foi realizada com a supervisão de Anne Baldassari, presidente do Musée National Picasso de Paris, local que reúne o maior número das obras do artista espanhol. Ela afirma que a exposição “representa o trabalho ‘picassiano in progress’, com seus imprevistos, constante variação de humor, os altos e baixos de sua vida que passavam de euforia a sofrimento, de felicidade a revolta.”

Mulheres correndo na praia - aquarela (1922). Serviu como cortina para o balé Le train bleu(1927)

Acrescenta que “pode-se observar que a pintura, torna-se escultura e vice-versa. Picasso atravessava com facilidade várias formas de expressão artística utilizando materiais diversos. Também desenhava, fazia rabiscos, projetos e incisões nas páginas de cadernos. Suas obras mantêm contínuo dialogo entre as formas de arte. Picasso explorou todas as possibilidades no mundo da arte e da imagem. Ele é o protagonista indiscutível da arte do século 20 –no qual soube representar o espírito tumultuoso e renovador.”

Carreira de Picasso se inicia com um suicídio

Pablo Picasso nasceu na cidade espanhola de Málaga, em 1881, e a sua paixão pela arte começou na adolescência, aos 13 anos, quando entrou na escola de Belas Artes de Barcelona e depois continuou seus estudos artísticos em Madrid. Aos 19 anos, na passagem do século, em 1900, fez sua primeira viagem a Paris.

O desembarque de Picasso na capital francesa marcou a sua vida e, de certa forma, decidiu o seu futuro. O jovem artista espanhol ficou tão impressionado por tudo o que oferecia a capital francesa que passava dias sem dormir andando por Paris e descobrindo, em cada canto da cidade, um aspecto fascinante. Estava atraído pelo mundo descrito pelo pintor Toulouse-Lautrec, especialmente, a atmosfera e a fumaça dos cafés parisienses e a vida boêmia.  Picasso chegou a Paris acompanhado por um amigo, o poeta catalão Carlos Casagemas, seu colega de estudos em Barcelona. Enquanto Picasso vagava pelas noites parisienses trocando o dia pela noite, o jovem poeta Casagemas sofria por um amor não correspondido e acabou por suicidar-se.  

Picasso era muito jovem e não estava preparado para esta tragédia. Passou meses em depressão e desenhou um retrato do jovem poeta com um furo, um tiro na cabeça e uma luz que irradiava as cores dos pintores que mais admirava: El Greco e Van Gogh. O quadro “A morte de Casagemas”, pintado em 1901, também está na exposição de Milão.

O suicídio do amigo poeta levou Picasso a fase a vagar por subúrbios pobres e abandonados, encontrando marginais, freqüentando lugares de má fama.  “Celestine” (1904) é um quadro dessa época e retrata uma figura feminina cega de um olho e reflete seu pessimismo. Esses anos de Picasso também são conhecidos como “o período azul” que remarcam a melancolia.

Arlequim sedutor (1923). Picasso se sentia identificado com a figura do arlequim.

 

O mundo do circo e dos saltimbancos despertaram interesse de Picasso durante 1905. “Instalado em Bateau-Lavoir, o pintor visitava com frequência o circo Médrano”, próximo de sua casa em Montmartre. Nos bastidores, misturava-se com acrobatas e palhaços, entre outros, e captava cenas de sua vida cotidiana como o quadro retratado “A Família dos Saltimbancos” (1905). “O tema circense desfrutava de longa tradição na arte e literatura francesa. Atraiu especialmente impressionistas e pós-impressionistas, como Degas, Renoir, Seurat e Van Gogh”, informa o livro Picasso, da coleção “Grandes Mestres da Pintura” da Folha de S.Paulo.

Depois, Picasso vai lentamente abandonando as cores frias e escuras passando ao rosa e ao ocre. Em 1907, aos 26 anos, a beleza e o otimismo aparecem num de seus quadros “Déemoiselle d’Avignon”. O quadro foi precedido de estudos feito por Picasso de modelos e musas daquela época. É também nessa fase que surgem os vários quadros inspirados em Arlequim, que se tornou um de seus temas favoritos. Uma de suas obras mais famosas é o retrato do filho Paul, fantasiado de Arlequim de 1924, presente na exposição de Milão.

20 mil paixões e desilusões

Da esq. p/dir.:Fernande Olivier, Olga Koklova, Dora Maar e Françoise Gilot; amores que viraram quadros

Adorado pelas mulheres, invejado pelos homens e respeitado pelos críticos, a vida particular e artística de Picasso está ligada as figuras femininas que marcaram a sua vida. Presentes na exposição de Milão, uma ao lado da outra, como em uma grande reunião familiar, Fernande, Eva, Olga, Marie-Thérèse, Dora, Françoise, Geneviève, Sylvette, Jacqueline. Mulheres jovens e não tão jovens, modelos e dona de casa, bailarinas e artistas, louras e morenas, magras e gordas, altas e baixas, Picasso não resistia a sedução feminina.

É preciso também que desde de muito jovem as mulheres eram atraídas por  sua forte personalidade, olhar denominado “mirada fuerte” com a qual ‘fulminava’ as favoritas. Como em uma porta giratória as mulheres entravam e saiam da sua vida. A primeira obra em que representa sua vida intima é o desenho “Os Amantes”, em que Picasso celebra sua primeira noite de amor com Fernande Olivier (1904).

Fernande Olivier, “La belle”, foi sua primeira paixão ‘louca’. Conheceram-se em 1904 e ficaram juntos por sete anos. São os anos do período azul (1901-1904) e do período rosa (1904-1906). Pouco depois nascia o Cubismo, e Fernande tornou-se modelo e amante. A estória acabou, em 1912, quando Picasso conhece Marcelle Humbert, denominada Eva, mas que ele chamava  apenas “ma jolie”. Apaixonadíssimo por sua nova “querida” ele foge com Eva. Amor breve e intenso: Marcelle morreu, em 1916, com apenas 31 anos.

Pouco tempo depois, em 1917. Picasso conheceu a bailarina russa, de  personalidade forte: Olga Khokhlova. Ele encontrou Olga, em Roma, quando foi chamado para colaborar com o Ballet Russo, em turnê, pela Europa. Picasso e Olga se casaram, em 1918, na presença de personagens Guillaume Apollinaire (escritor e critíco de arte) Max Jacob (poeta) e Jean Cocteau (poeta, dramaturgo e ator). Parecia que Picasso tinha encontrado a mulher da sua vida. Três anos mais tarde, em 1921, nasceu Paul, primeiro filho de Picasso e Olga e que ele pintou com freqüência no braço da mãe.

O casal acabou por se separar e, mais uma vez, Picasso continuou sua trajetória no mundo feminino. Olga morreu louca em 1956. Ela está no quadro “Retrato de Olga na Poltrona” (1918).  

Retrato de Marie-Thérèse Walter, uma das paixões de Picasso

Em 1927, Picasso conhece na rua, na porta da Gallerie La Fayettes, de Paris, a  adolescente de 17 anos, Marie-Thérèse Walter, de origem suíça e que vivia com a mãe sem nunca ter conhecido o pai. Picasso, aos 46 anos, artista famoso, cansado das cenas de ciúmes de Olga, viu na jovem Marie -Thérése um arco-íris como confessou aos amigos mais íntimos. Apesar da diferença de idade eles tiveram uma relação apaixonante, repleta de cenas de ciúmes e ameaças e que Picasso definiu como “os piores anos da minha vida”.

Olga e Marie Thèrése eram dois extremos, Olga era exigente e pedia muito, Marie Thérése era doce e não pedia nada, ambos amores faliram tragicamente.  

A entrada de Dora Maar na vida de Picasso aconteceu tempo depois. Dora era fotógrafa de origem croata, e, fisicamente o oposto de Marie-Thérèse. Dora é baixa e morena, diferente do porte atlético da amante menina. O que mais  fascina Picasso é que Dora é capaz de enfrentar as convenções. É anticonformista e o seduz intelectualmente. A relação com Dora foi até 1943 sem que nesse período Picasso tivesse abandonado definitivamente Marie-Thérèse e a filha Maya. Marie-Thérèse Walter suicidou-se quatro anos depois da morte de Picasso.

Em 1944, Picasso festeja seus 64 anos, e conhece uma jovem de apenas 22 anos, Françoise Gilot, aluna de um seu amigo pintor. Jovem, entusiasta e com um sorriso fascinante, 41 anos é a diferença de idade entre os dois. Picasso descobre Françoise uma nova fase erótica e artística. Três anos depois, em 1947, nasceu seu filho Claude e dois anos depois, 1949, a filha Paloma, hoje famosa design de jóias.

Perto dos 70 anos, Picasso parecia ter encontrado a serenidade familiar. Mas não é assim. A relação com Françoise é atormentada. Em seu livro “Minha vida com Picasso”, ela descreveu a mania de perseguição de Picasso e o extremo ciúmes dos últimos anos.

Françoise foi a única das mulheres de Picasso que o abandonou.

Em 1952, com mais de 70 anos, conheceu Jacqueline Roque, que tinha apenas 25 anos, e mais uma vez se apaixonou. Jacqueline foi a última mulher da vida de Picasso, e com quem o artista casou-se em segredo, já com 80 anos, quebrando uma promessa que fizera a Françoise de não se casar nunca mais. Picasso morreu, em 8 de abril de 1973, em Mougins, com 91 anos e Jacqueline estava a seu lado. Em 1986, Jacqueline se suicidou seguindo o mesmo trágico destino de amantes de Picasso.

Jacqueline Roque, retratada como "esfinge moderna" tornou-se esposa de Picasso em 1961

Cenas de vários casamentos

 

O quadro Dora Maar (1937) retrata a fotógrafa; o retrato de “Olga na Poltrona” (1918) a famosa bailarina russa Olga Khokhlova. A amante-menina Marie Thèrése é protagonista de imagens neocubistas com componente sensual e Françoise Gilot, que brinca com os filhos, é fotografada por Picasso no jardim de casa. Cenas de seus vários matrimônios.

2 Responses to "Picasso: 50 mil obras e 20 mil amores"

  1. Maria Eduarda Lins disse:

    Muito boa essa reportagem: imagens e textos bem distribuídos.

  2. Luiza disse:

    Belíssimas imagens… ótima reportagem!
    parabens!

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