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Arte em Movimento

“Somos operários culturais”

 

 

 

Bell Bacampos, da Redação

O ator e malabarista Tomás Sokolowicz, mais conhecido como Tomi Soko, dirige o espetáculo Salú!, do Circo MIGRA, que está com sua lona instalada no Parque Andresito, na cidade de La Paloma, no Uruguai, até 6 de março. Em entrevista ao Panis & Circus, em 30/1, quarta-feira, em  frente à lona do circo, Tomi define o Projeto MIGRA como “uma cooperativa cultural itinerante, uma plataforma de múltiplas possibilidades onde somos operários culturais”. Hoje o foco é o circo, acrescenta, em razão de “nossos interesses e capacidades. Amanhã pode ser um livro, filme ou festival de música”.

Para ele, a lona é um espaço de formação e criação que funciona como um centro cultural.  

A seguir, os principais pontos da entrevista concedida ao Panis & Circus.

 

Panis & Circus: Como define o Circo MIGRA?

Tomi Soko: Mais do que o Circo MIGRA, o Projeto MIGRA não é fácil definir, porque está em constante metamorfose. É como uma semente que começa a crescer e a se ramificar. Se hoje nosso foco é o circo, amanhã pode ser a edição de um livro, a produção de um festival de música ou a realização de um filme. O Projeto MIGRA é definitivamente uma plataforma de múltiplas possibilidades onde somos operários culturais. Hoje, em razão dos nossos interesses e nossas capacidades, estamos focados no circo.

Mas, é um coletivo que muda, e nos interessa que não haja chefes, nem patrões. O que é importante, fundamental, e nos dedicarmos à arte com amor e interesse cultural. Sem isso, o projeto não existe.

 

 

Tomi Soko e a bola de cristal em Salú!, espetáculo que dirige/ Foto Asa Campos

 

 

Panis & Circus: Trata-se então de uma cooperativa cultural. E como são feitas as distribuições de funções?

Tomi Soko: O projeto Migra é uma cooperativa cultural itinerante. E vamos nos revezando nos papéis. Na realidade, depende dos projetos que estamos realizando, idealizando e sonhando. E é com base nesses projetos que distribuímos as tarefas e nos acomodamos àquelas de que mais gostamos ou com que mais podemos contribuir. Desde cenografia, criação, direção, logística, captação de recursos, iluminação, produção até a divulgação.

 

Panis & Circus: Desde quando o Projeto MIGRA existe?

Tomi Soko: O projeto teve diferentes etapas de formação. Formalmente começou a existir, quando mandamos fazer essa lona, na metade de 2015. Antes disso, Leticia Vetrano, nome artístico María Peligro, foi quem fundou essa companhia, esse projeto. Ela viveu na Bélgica por cerca de 12 anos e lá participou de uma experiência de circo italiano contemporâneo embaixo de uma lona, que se chamava El Grito. Ela queria voltar para a Argentina e, inspirada nessa experiência, realizar um projeto itinerante. E voltou para a Argentina, em 2013, e a partir daí começou a montar uma equipe, a escrever o projeto que, na verdade, teve muitas idas e vindas porque não é fácil encontrar uma equipe para esse tipo de projeto.

Em 2015 terminou de montar a equipe, encomendamos a construção da lona e nos apresentamos pela primeira vez no Uruguai.

 

Panis & Circus: Por que o nome MIGRA?

Tomi Soko: O nome MIGRA vem dos pássaros e da migração das aves que voam de um país a outro, ou até mesmo de um continente a outro. As aves migram em bandos, se organizam para poder voar e criam formas no ar para que esse voo seja mais eficaz. Também deixam sementes porque vão de um lado a outro. Os pássaros são assim – deixam as suas sementes e é um pouco a filosofia desse projeto: ir migrando e semeando. 

Às vezes se pode migrar com uma lona, mas, às vezes, isso não é possível, então migramos com os nossos projetos pedagógicos, com nossos espetáculos apresentados em festivais, teatros e feitos em coproduções. Às vezes, estamos ligados a entidades públicas, outras, com organismos independentes.  E estamos sempre buscando trazer algo mais – uma experiência de criação e de formação artística.

 

Panis & Circus: Quais foram os espetáculos apresentados pelo projeto MIGRA?

Tomi Soko: São três os espetáculos do MIGRA criados até agora. No começo como não nos conhecíamos artisticamente, éramos amigos, mas não havíamos trabalhado juntos, a aproximação cênica que tivemos foi reunir o material individual de cada um e surgiu o Cabaret com números distintos, dirigido por Tato Villanueva.

Quando a comunicação cênica já fluía mais solta entre a gente, decidimos criar um espetáculo que se chamou “Bruto – ensaio número 1”, dirigido por Tato Villanueva. E aí foi criado o nosso primeiro formato de espetáculo para todo o público, para toda a família; um formato que nos interessa muito porque os pais não vêm apenas acompanhar os seus filhos e filhas, mas os pais e as mães são espectadores ativos tanto quanto as crianças.

Em seguida, decidimos criar um segundo espetáculo que se chamou Um domingo. E aí o desafio foi criar um espetáculo de palco ancorado em técnica impactante. Para isso chamamos um diretor francês, Florent Bergal, que foi meu professor e da Gabi (Parigi), outra integrante do Projeto MIGRA, na França. Bergal é um professor, diretor, e nos interessava muito trabalhar com ele por sua visão artística e de cena.dificul

E o terceiro é o Salú, que tem a minha direção e é costurado pelo coletivo em cena.  

 

 

Panis & Circus: O Projeto do MIGRA também abrange espetáculos individuais?

Tomi Soko: No currículo do MIGRA, além dos espetáculos coletivos se somam projetos individuais. Hoje em dia temos três espetáculos solos: um do Tato Villanueva (Molavin), um da Leticia Vetrano (Fuera!) e um meu (La Ceremonia). Alguns são para todas as idades, outros só para adultos.

Também temos um duo que se chama Fantastique e Cabaret de Ginger e Monique.  

 

 

Panis & Circus: Em quais lugares vocês já se apresentaram?

Tomi Soko: Até agora, já realizamos quatro temporadas com esses espetáculos no Uruguai sob a lona.   Também estivemos nos apresentando durante as férias de inverno em diferentes cidades, em também atuámos em teatros e festivais. Em Córdoba (Argentina), por exemplo, estivemos com o coletivo, com toda a companhia. 

E individualmente nos apresentamos na Europa, América do Norte, do Sul e Central. Somos viajantes e queremos criar uma arte cênica que nos sensibilize, que emocione o público e, principalmente, que seja única.

 

Panis & Circus:  A equipe é a mesma desde a criação do Projeto MIGRA ou foi mudando com o passar dos anos?

Tomi Soko: Nos três primeiros anos, a equipe se manteve a mesma. Depois, foi mudando. Em alguns projetos foram incluídos integrantes que não faziam parte do grupo. Em outros, muitos dos formadores do projeto original não estavam disponíveis para se deslocar para diferentes locais, e outros integrantes acabaram por substituí-los. 

Atualmente a cooperativa tem um núcleo de sete pessoas.

No Uruguai, por exemplo, trabalhamos com dois amigos e produtores, Victor e Sofia, que já são parte integrante do projeto. Na criação que fizemos para palco com o diretor francês Florent, se juntaram dois integrantes de Rosário (Argentina). Em cada projeto e cada ideia que sonhamos e levamos adiante, vai juntando gente que pode ser que tenha capacidade e nos interessa sua capacidade, nos interessa sua visão e seu humanismo. Damos muita importância a tudo que tenha conteúdo humanístico.

 

 

Legenda da Foto de Capa – Tomi Soko durante entrevista ao Panis & Circus

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