Arte em Movimento
Tem “Trapalhão” no Cabaré
Ele é Dedé Santana, integrante de “Os Trapalhões” e que reviveu números de seus passado circense no “Cabaré do La Mínima”
Da Redação
Dedé Santana, um dos integrantes de “Os Trapalhões”, revive os velhos tempos de palhaço de circo, durante a “III Palhaçada: Outros Estados de Riso”, que aconteceu no Sesc Belenzinho, de 23/11 a 1º/12. Ele foi um dos convidados do “Cabaré do La Mínima”, apresentado por Domingos Montagner, que marcou a estreia do evento, em 23/11.
Entre os números do cabaré, a brincadeira entre o palhaço ingênuo, interpretado por Fernando Sampaio, e o palhaço esperto, papel de Domingos Montagner, é garantia de risadas. Fernando e Domingos são os integrantes do “La Mínima” e também sócios do Circo Zanni. No final, o palhaço ingênuo de Sampaio leva a melhor.
O “Cabaré do La Mínima” trouxe também a palhaça Rubra em uma interpretação hilária de uma música romântica com forte sotaque francês. Na realidade, a letra parece ser um “francoportu”, mistura de francês com português, criação inteligente de Rubra que faz rir. E ela não perde o ritmo musical, em companhia de “Pelanca”, nem o ‘timing’ da piada.
Quem encanta a plateia com a magia temperada com humor, é o Mágico Alex. Ele é argentino e, é claro, não faltaram brincadeiras com a rivalidade argentina e brasileira ou vice-versa.
O parceiro de Dedé Santana é Baiaco. Os dois fazem tradicionais esquetes do circo tradicional, carregadas de piadas de duplo sentido sexual. Baiaco mostra que também está em boa forma física ao fazer acrobacias em cima de uma cadeira e pular corda deitado, e, isso com 63 anos, idade revelada ao público por Dedé Santana, seu companheiro de palco.
A “III Palhaçada: Outros Estados de Riso” trouxe também números internacionais como os dos palhaços Aziz Gual, do México; Pepa Plana, da Espanha e Leo Bassi, da Itália. E mais nacionais, como as palhaças “As Marias da Graça”, do Rio de Janeiro, e seus números “Tem areia no Maiô” e “Duas Palhaças”. O evento fechou com o humor “non sense” de Cláudio Carneiro, de São Paulo. Em texto da apresentação do “III Palhaçada: Outros Estados de Riso”, a síntese do evento: “ Aristóteles disse que o homem é o único animal que ri. Em que momento da evolução humana surge o riso? É provável que a arte de fazer rir tenha nascido neste justo momento. Desde as mais antigas civilizações de que se tem notícia, em todas as sociedades, alguém exerce este ofício: o palhaço é um arquétipo. No picadeiro, enquanto as outras artes circenses exploram o risco e a superação, trazendo o extraordinário, o heroísmo, esta figura surge para nos levar, o público, de volta ao cotidiano, nos fazendo rir de nossos próprios fracassos.”
Postagem: Alyne Albuquerque
Tags: Dedé Santana, domingos montagner, fernando sampaio, la minima