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Zanni: “paixão multiplicada por mil”
Lu Menin, especial para Panis & Circus
Circo Zanni e grande família tiveram a honra de participar do Festival Mundial de Circo, edição Olimpíadas.
Este ano o Festival foi realizado por meio do Edital Mostra Funarte de Festivais – Circo, Dança e Teatro – Olimpíadas 2016, na cidade do Rio de Janeiro. Programação gratuita, além de bate-papos e exibição de filmes, de 30 de julho a 4 de agosto, em plena euforia carioca das Olimpíadas.
Nessa edição do Festival Mundial, o circo brasileiro foi homenageado. O mestre Biribinha do Circo Teatro Nordestino, a dupla do Circo Teatro Artetude do Distrito Federal e o Circo Zanni, que fechou a programação dentro da lona da Escola Nacional de Circo.
Com o slogan “Importante é se divertir”, esta curta edição Olimpíadas 2016 foi, como sempre, muito bem cuidada e produzida pela Agentz Produções de Belo Horizonte. Mais uma vez, Fernanda Vidigal e Juliana Sevaybricker, da Agentz, fomentaram e fizeram o circo acontecer no Brasil. Segundo Fernanda Vidigal, foi muito importante a realização do festival na programação oficial das Olimpíadas Rio 2016, e o fato de voltarem a estabelecer a parceria com a Escola Nacional de Circo – onde foram realizados os espetáculos. A lona foi bem dimensionada, o público compareceu – ainda que os espetáculos concorressem com os eventos pré-Olímpiadas – e gostou do que viu.
O espetáculo do Circo Zanni – formado pelos artistas Bel Mucci, Daniel Pedro, Erica Stoppel, Maíra Campos, Marcelo Lujan e Pablo Nordio, e mais os convidados Daniela Rocha-Rosa, Felipe Bregantim, Fernando Paz e Natália Presser – apresentou paródia do Pluto e Mickey, liras cantantes de saias de centopeia, poltrona acrobática, diabolô, trocas de roupa num piscar de olhos (quick change), tecido acrobático ao som de “Honk Tonk Woman”, dos Rollyng Stones, equilíbrio no fio de arame, “Música Sentimental” e corda marinha em balanço.
Lembrei, ao executar o meu número de corda marinha na Escola Nacional de Circo, que foi lá que vi, pela primeira vez, Fabio Dorea (ex-aluno) treinando no ano de 1999 e pensei – “‘que aparelho interessante’”. Depois passaria a me dedicar também a corda! Histórias de circo que vêm à memória ao pisar na Escola.
Todo o roteiro, claro que como sempre, realizado ao som de uma das marcas registradas do Zanni, a banda ao vivo, e que vem atraindo cada vez mais adeptos mirins. Guido, 2 anos e meio, nosso filho (meu e do Pablo Nordio) caçula, invadiu a cena, sem estar combinado, deixando a todos surpresos! Se juntou à banda pra tocar sua guitarra ao som de “Honk Tonk Woman” e ali ficou até o fim do espetáculo, ao lado de seu irmão mais velho Gael, 6 anos, já integrante do elenco desde os 3 anos de idade. Maia, 2 anos e meio, filha da Dani Rocha e do Marcelo Lujan, e Luana, 2 anos e 3 meses, filha da Bel Mucci, são nossas lindas mini bailarinas que bailam no picadeiro, – e Raul, nosso mascote de 6 meses, filho da Maíra Campos e do Daniel Pedro, fez sua estreia no agradecimento do Circo Zanni!
O festival, que iniciou sua trajetória em 2001, foi o primeiro evento internacional na América Latina, reunindo em Belo Horizonte (MG), artistas brasileiros e internacionais, para celebrar a arte circense.
Nós e nossos pequenos rebentos integrantes da família Zanni, em mais uma viagem de trabalho, de vida, de circo, e no picadeiro onde todos fazem parte do show!
Nossos filhos na lona, família e trabalho. Paixão multiplicada por mil, nesse ofício que abarca nossa família! Brilho nos olhos, sangue nas veias, Allez Hop (grito de guerra circense) gritado bem alto com o coração aos pulos de emoção.
Com muito orgulho este é o Circo Zanni!
Ficha técnica
Direção artística: Domingos Montagner e Marcelo Lujan
Com: Fernando Sampaio, Erica Stoppel, Daniel Pedro, Maíra Campos, Pablo Nordio, Lu Menin, Marcelo Lujan e Bel Mucci. Atores convidados: Daniela Rocha-Rosa, Fernando Paz, Natália Presser e Fernando Bregantin.
Luz: Paulo Souza. Som: Marcelo Stolari
Veja a seguir ensaio fotográfico do Zanni feito por Cynthia Salles
Foto da capa – trupe do Zanni no Festival Mundial de Circo, edição Olimpíadas no Rio de Janeiro, ao fundo o público na Escola Nacional de Circo/Foto Cynthia Salles
Postagem – Alyne Albuquerque