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Rastros é circo contemporâneo de envergadura internacional

 

Cena de Rastros apresentada no Festival Internacional Sesc de Circo / Divulgação

Beth Néspoli, no blog Circos, do Sesc/SP

“Com sete performers exibindo excelência em diferentes modalidades de técnicas circenses e de movimentos de dança contemporânea, Rastros, criação do Circo Crescer e Viver, sediado no Rio de Janeiro, é espetáculo para não deixar dúvidas sobre o grau de elaboração e expressividade alcançado pela pesquisa circense na contemporaneidade. Mais do que afinada com o desenvolvimento mundial da linguagem do novo circo, a trupe traz para a cena elementos de originalidade que podem contribuir para a expansão dessa arte.

Rastros é fruto de um processo colaborativo de investigação em sala de ensaio – talvez fosse mais apropriado dizer picadeiro de ensaio – tendo como matéria-prima e ponto de partida as memórias pessoais dos performers. Opção de alto risco que essa trupe enfrenta com a ousadia de acrobatas aéreos cujas evoluções corporais são de tal ordem que, ao menos num primeiro momento, em vez de provocar aplausos deixam o espectador transido, talvez por mobilizar na plateia o terror da finitude humana.

Quando aguda, a vivência atravessa o ego e atinge o self, aquela região da mente que nos liga ao coletivo, onde estão guardadas as imagens arquetípicas – é o que diz sobre a mente humana o psiquiatra e teórico suíço Carl Gustav Jung. São por meio de composições desse diapasão que chegam ao espectador as experiências individuais pesquisadas na gênese do trabalho.

Atmosfera onírica e formas surreais compõem a visualidade de todo o espetáculo, o que torna ainda mais notável a resultante estética que talvez possa ser definida como linguagem circense politizada. Tal termo é tomado aqui no sentido de arte conectada com a polis contemporânea, território urbano de relações intersubjetivas, em grande parte forjadas em ambiente de competição. Nas atitudes corporais e nos movimentos de dança, pode-se detectar rastros talvez da pesquisa de origem, a violência como ameaça sempre latente, pronta a explodir ao menor sinal de fragilidade ou mesmo alteridade.

O risco intrínseco à linguagem circense – presente de forma intensa no trabalho do grupo treinada para atingir patamares técnicos muito elevados –, aliado à estética vigorosa da dança contemporânea, converge na construção de um embate permanente entre pulsão de morte e impulso vital.

O dramaturgo e diretor francês Antonin Artaud dizia que o teatro deveria ser capaz de fazer o espectador gritar. Pois se chega próximo disso quando algumas imagens agônicas tomam o palco nesse espetáculo de sombria beleza. Para o adensamento da pulsação que alterna eros e tanatos muito contribui a direção de arte de Bia Junqueira e os sons incidentais da trilha composta especialmente para o espetáculo por Daniel Gonzaga, que também assina a direção musical.

Quando um acrobata chega ao palco sobre uma maca e, depois de içado até o alto de uma corda, precisa se livrar do plástico que envolve seu corpo e oprime sua respiração, a convergência de tais elementos faz com que a expressão “cena de tirar o fôlego” deixe de ser meramente retórica neste espetáculo. Convergem para provocar tal efeito na recepção a memória embutida nesses objetos, a imagem do corpo supliciado do performer na execução de seus movimentos de equilíbrio e força na corda e, ainda, sonoridades que remetem aos aparelhos hospitalares.

Essa mescla de violência real e estranheza onírica – não por acaso as únicas palavras ouvidas são “eu tive um sonho” – que atravessa todo o espetáculo surge mais intensa no número final de trapézio, quando performers usando máscaras de pássaros realizam uma coreografia que sugere a presença físico-metafórica de abutres à espera da falha humana. Enquanto o aparelho é instalado, a trilha musical estimula uma possível associação entre aquela plataforma no topo que serve de anteparo para o salto do artista e as torres de vigia dos presídios. Instalado o aparelho – um trabalho coletivo como é tradição no circo –, tem início aquele que será o número mais arriscado da noite e incrivelmente bem executado pela trapezista.

Rastros é uma coprodução do Circo Crescer e Viver com a Bienal de Artes do Circo da França e, portanto, criação de uma trupe que já atingiu um patamar de maturidade artística que lhe permite agora fazer da experiência acumulada plataforma para arriscar voos mais altos. E, pelo que se pode apreender dessa criação, o faz negligenciar a base do salto, um projeto de circo social, iniciado em São Gonçalo (RJ), origem da trupe. Hoje sediado na Praça Onze, o Circo Crescer e Viver convidou para a direção artística de Rastros um brasileiro radicado em Londres, Renato Rocha, que já criou espetáculos para a Royal Shakespeare Company, e também dirigiu durante dez anos espetáculos com o grupo teatral Nós do Morro, sediado na favela do Vidigal, no Rio de Janeiro.

São desenhadas com músculos e pensamentos, com treino intenso e acuidade crítica as imagens de Rastros. Tomara tenha vida longeva pelos palcos do mundo.”

 

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