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Equilibrismo e contorcionismo são destaques no Circo Spacial

 

Espetáculo mostra atrações clássicas, de 50 anos atrás 

Na sucessão tradicional de atrações, o espetáculo do Circo Spacial parece aqueles da infância de quem era moleque 50 anos atrás.

Palhaços fazem números de cortina enquanto são trocados os diferentes aparelhos e objetos de cena para as apresentações: tecidos, cordas, engenhoca para realizar parada de mão, cubos e mandalas grandes e fosforescentes, cama elástica, entre outros.

As atrações começam com danças que incluem acrobacias de solo e aéreas, saltos mortais e cambalhotas. Cinco bailarinos, em compasso regular, descem e sobem em coreografia dos tecidos, que esvoaçam como asas.

Há exibição de números na corda e na viga central do picadeiro, com os artistas em figurino de índios norte-americanos.

Depois vem o número de malabarismo com claves, bolas e aros. Nenhum erro.

A atração seguinte parodia as apresentações das dançarinas orientais, e mistura dança do ventre e acrobacias na lira.

Os pontos fortes, na sequência, são a atuação do contorcionista e a performance de um adolescente equilibrista, que não erra um passo e no final dá um show no trapézio.

O mágico faz números clássicos de ilusionismo: truques de levitação e mágicas do coelhinho na cartola.

Na parte final do espetáculo há muitos números aéreos, que deixam todos boquiabertos, especialmente as crianças, na hora do trapézio.

(Mônica Rodrigues da Costa)

 

Opinião do público

Amanda Mendonça Silva, de 3 anos, foi ao circo pela primeira vez no domingo (27/05), levada por suas tias Márcia Silva e Letícia Silva Gomes (foto abaixo).

 

 

Márcia Silva afirma que é tia coruja, faz tudo o que Amanda pede, e que gostou muito de ter ido ao circo. Achou o espetáculo “muito bom”.

Angélica Malagola e os filhos Kevin, de 10 anos, e Keith, de 8 anos (abaixo), disse que sempre vai ao Spacial: “Acho maravilhoso e organizado. Tem tudo: números de índios, os mágicos são incríveis”.

 

 

Marinalva Vasconcelos de Freitas disse que já se acostumou com os espetáculos circenses. É que ela tem uma filha que trabalha em circos no Rio de Janeiro como artista desde que tinha 14 anos, Priscila Vasconcelos de Freitas.

“Agora ela está casada com um artista, que é o palhaço Mascarito, eles têm um filho, e eu vim ver o espetáculo.”

 

Concerto para os bichos do seu Noé na Sala São Paulo: palhaçadas e bonecos gigantes alegram a arca bíblica em projeto de música erudita, da Tucca 

Bonecos da cia. Pia Fraus contracenam com orquestra na Sala São Paulo/Fotos Asa Campos

 

De camisolão e gorro brancos, sapatos pretos de palhaço, o seu Noé aparece no meio dos músicos de uma orquestra, dormindo com o ursinho de pelúcia dele.

Sua missão é salvar os bichos que vivem fora d’água porque ele sabia que ia chover sem parar durante muito tempo.

“A primeira parte do plano foi muito bem, pois seu Noé contou com a ajuda de toda sua família para construir uma linda arca. Mas agora vinha o mais difícil: como é que iria convencer os animais a entrarem na arca se ele só falava a língua dos homens?”

“Para isso, seu Noé recebeu a ajuda de Camille Saint-Saëns – compositor francês que transpôs para a música a língua dos bichos”, descreve o diretor, Paulo Rogério Lopes, do episódio “O Carnaval dos Animais”, da série de concertos do Tucca – Aprendiz de Maestro, que foi apresentado em 28 de abril, na Sala São Paulo, às 11 horas da manhã.

 

Seu Noé descobre que a música é a linguagem "animalês"

 

O seu Noé, interpretado com maestria pelo parlapatão Raul Barretto, avisa na primeira cena que vai cair uma “chuva brava, e tudo que está enxuto vai ficar encharcado”.

Por isso ele preparou uma arca com todos os equipamentos para salvar os bichos que vivem na terra do dilúvio.

Depois de tudo pronto, ele fala para a plateia: “Agora não falta nada”. A plateia, que tem muitas crianças, responde: “Os animais!”.

Noé tem um problema: não é fluente em “animalês”. Mas cai em suas mãos um livro de notas musicais. No começo, ele pensa que se tratar de um cardápio que tem o segredo da língua dos animais: a música.  

Durante a apresentação aparecem os bichões infláveis da cia. Pia Fraus, como cangurus e galinhas.

Ao lado deles, outros animais criados pela companhia, como o leão que tem uma coroa e solta pum, o tigre, as tartarugas, os pássaros e até o lobo mau, vão sendo chamados para a Arca, ao som da Sinfonieta Tucca Fortíssima, regida pelo maestro Luís Fidelis.

Eles são acompanhados pelos pianistas Érika Ribeiro e Miroslav Georgiev. A orquestra toca o “Sapo Não Lava o Pé, Não Lava porque Não Quer”, “Quem Tem Medo do Lobo Mau” e improvisa um cancã lento para a apresentação das tartarugas.

Ao som do contrabaixo, surge no meio do palco um elefante enorme. A criançada vibra e os adultos, também. 

“O Carnaval do Seu Noé” é música para todos os sentidos.

A temporada de concertos do Tucca em 2012 comemora os dez anos da série Tucca Aprendiz de Maestro, na Sala São Paulo.

(Bell Campos)

 

 

Tigre inflável com a orquestra Sinfonieta TUCCA Fortíssima

 

Baleia, girafa e tigre gigantes divertem as crianças da plateia

Em 28 de abril, uma baleia azul, duas girafas, um tigre – bichões infláveis da cia. Pia Fraus – estavam no hall de entrada para o encantamento das crianças, na Sala São Paulo, uma dos belos locais de São Paulo, na praça Júlio Prestes, 16, nos Campos Elíseos, região central.  

Guilherme da Silva Adelino, de 10 anos, afirmou que era a primeira vez que via bichos desse tamanho e gostou da baleia. “Parece o tio Alan”, disse. “Quem é o tio Alan?, questionou a reportagem do Panis & Circus. É o professor de educação física, explicou.

Alexandra Amorim Silva, de 10 anos, e Isabela Matias Luz, 9, também se divertiram com a baleia e as girafas.

Guilherme perguntou se podia subir no tigre. “Não pode, não”, respondeu  Renata de Jesus Oliveira, educadora social que trabalha no Lar das Crianças, entidade mantida pela Congregação Israelita Paulista.

Renata e Francisca Amorim da Silva, também educadora social, levaram 16 crianças para assistir a “O Carnaval do Seu Noé”, novo episódio da série Tucca – Aprendiz de Maestro. Todos os meses o projeto Tucca oferece 18 convites para a entidade, que são sorteados entre as crianças.

Antes de entrar na sala de concertos, Guilherme, que já viu dez espetáculos do projeto Tucca,  virou para a repórter Bell Campos, do Panis & Circus, e disse: “Foi um prazer conversar com você e conhecê-la”.

“Igualmente, Guilherme”.         

 

 

Cangurus conversam em "animalês" com a orquestra

 

Ficha técnica do espetáculo

Realização – Tucca (Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer).

Texto e direção – Paulo Rogério Lopes.

Elenco de atores – cia. Pia Fraus e Raul Barretto.

Coordenação artística da Pia Fraus – Beto Andreetta.

Orquestra – Sinfonieta TUCCA Fortíssima.

Regência – maestro Luís Fidelis.

Pianistas – Érica Riberiro e Miroslav Georgiev.

Pesquisa musical – maestro João Maurício Galindo.

Assistente de direção – Suzana Rebelov.

Direção de produção – Ângela Dória.

 

 

Elefante sobre na Arca de seu Noé

 

Projeto Música para a Cura

A associação Tucca, em parceria com o hospital Santa Marcelina, na zona leste paulistana, cuida das crianças em ambiente alegre e repleto de brinquedos.

Os concertos são realizados, e toda a renda da bilheteria é doada ao projeto Música pela Cura desde 2002.  A associação conseguiu curar pelo menos 1.500 crianças e adolescentes.

O objetivo da doação é financiar tratamentos das crianças e ajudar a manter o hospital. O projeto leva a assinatura dos médicos Sidnei Epelman e Cláudia Epelman, presidente e vice-presidente da Tucca, respectivamente.

Há vários patrocinadores: Pinheiro Neto Advogados, Valeo, Ypê, Comexport, Itaú, Credit Suisse, Novartis Oncologia, entre outros, por meio da Lei Rouanet.

Compre ingressos no link abaixo.

ingressos@tucca.org.br

Conheça a Tucca entrando em seu site.

www.tucca.org.br

Link para a Sala São Paulo:

www.osesp.art.br/portal/paginadinamica.aspx?pagina=salasaopaulo

 

 

La Mínima adapta “Mistero Buffo”, obra de Dario Fo

A montagem do grupo La Mínima “Mistero Buffo”, adaptação de obra homônima de Dario Fo, de 1969, está em cartaz até junho na capital paulista no teatro do Sesi.

 

Tem direção da estudiosa da obra de Dario Fo Neyde Veneziano e participação do músico Fernando Paz, que atua e faz a trilha sonora ao vivo.

O espetáculo é construído em todas as minúcias. Chama a atenção, em primeiro lugar, a troca de figurino à vista do público, o que já dá os signos de decodificação ao espectador.

Em segundo lugar, Domingos Montagner e Fernando Sampaio indicam apenas com traços de maquiagem suas máscaras de palhaços. Estão de camiseta e tênis e explicam todas as cenas para a plateia.

 

 

A cada troca de episódio, os dois viram de costas para os espectadores e, diante de seus mancebos, mudam o figurino para indumentárias de palhaços, meio misturadas ao visual dos bobos da corte e dos jograis.

São pesados sobretudos coloridos e parece até que têm remendos, vistos de longe por quem está na plateia – uma possível referência às trupes populares da commedia del’ arte.

Domingos explica a gênese do espetáculo, que Dario Fo se refere às sátiras sobre os mistérios medievais sacros, que eram encenados em geral nas portas das igrejas.

Os comediantes e jograis faziam piadas com os dogmas religiosos em festas populares e nos castelos. Mas não desrespeitavam a religião.

Após as explicações, Montagner e Sampaio encenam quatro episódios que interpretam os ensinamentos bíblicos, distorcem os milagres e ironizam a vida política e social no Brasil, numa linguagem repleta de gírias e palavrões, bem no estilo de Dario Fo.

 

São eles: “A Ressurreição de Lázaro”, do século XV; “O Cego e o Estropiado”, do século XVI; “O Louco e a Morte” e “O Jogo do Louco Debaixo da Cruz”, dois monólogos da Paixão. Esses episódios integram o original de Fo.

A abordagem do La Mínima é própria do teatro contemporâneo, no sentido do que Peter Szondi escreveu: há um atravessamento do elemento épico, ou narrativo, no drama dialogado.

A mistura entre teatro e circo só propicia a diversão.

É hilária a encenação de Fernando Sampaio como Jesus Cristo pregado na cruz. São gestos e expressões faciais variadíssimas, que provocam uma risada geral.

Domingos não fica atrás na diversidade técnica – exigida pelo dramaturgo italiano – porque corresponde com agilidade física e o estilo clássico do palhaço branco, provocando o bobo do palhaço augusto, representado por Sampaio.

Resultado: os dois se embolam no chão, um sobe na cacunda do outro e são quedas, tropeços e trocadilhos sem fim.

Não perca.

 

Ficha técnica

Direção: Neyde Veneziano. Elenco: Domingos Montagner, Fernando Sampaio e Fernando Paz. Tradução: Neyde Veneziano e André Carrico. Direção mímica: Álvaro Assad. Direção musical: Marcelo Pellegrini. Cenografia: Domingos Montagner. Figurino: Inês Sacay. Adereços: Maria Cecília Meyer. Iluminação: Wagner Freire. Produção visual: Sato. Assistência de direção: Ioneis Lima. Administração: Luciana Lima. Concepção: La Mínima. Produção executiva: Fabiana Esposito.

(Mônica Rodrigues da Costa)

 

 

Fotos: Carlos Gueller

 

 

APCA de 2011

 A escolha dos premiados pela APCA reuniu 55 críticos em dezembro de 2011 no Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo.

 A cerimônia de premiação ocorreu em 13/3/12 no palco do Sesc Pinheiros, na capital paulista.

 Entre os ganhadores de 2011, nas categorias de teatro adulto e teatro infantil ligados à linguagem do circo e da comédia, estão:

 Em teatro, o ator Joca Andreazza (por “A Bilha Quebrada” e “A Ilusão Cômica”) e a atriz Lavínia Pannunzio (por “A Bilha Quebrada”, “A Ilusão Cômica” e “A Serpente no Jardim”).

 Em teatro para crianças, a atriz e diretora Carla Candiotto (Le Plat du Jour), pela direção das peças “Histórias por Telefone”, “Sem Concerto” e “A Volta ao Mundo em 80 Dias”. Chris Aizner, pelos figurinos de “A História do Soldado”. O ator Bruno Rudolf, pelo trabalho na montagem “A Volta ao Mundo em 80 Dias”. A palhaça e atriz Gabriella Argento, pela atuação em “A História do Soldado”. Nessa categoria, votaram: Mônica Rodrigues da Costa, Dib Carneiro Neto, Gabriela Romeu e Gabriella Mancini.

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10 Responses to "Equilibrismo e contorcionismo são destaques no Circo Spacial"

  1. Marta Rodrigues disse:

    Simplesmente adorei

  2. Rodrigo disse:

    Ri do começo ao fim do espetáculo.

  3. Lu Gomes disse:

    estou louca para assistir

  4. Lucas Braga disse:

    Gostei muito da matéria

  5. mariana disse:

    quero muito ver isso ao vivo!

  6. Raquel disse:

    Este eu não perco por nada!!! A matéria está ótima…parabéns, Panis & Circus!!!!!

  7. Bruna disse:

    Lindo projeto da TUCCA

  8. Gabriela disse:

    Assim que der quero levar meu filho para ver

  9. Caroline disse:

    O site está de parabéns por todo trabalho feito!

  10. Luciano Takari disse:

    Incrivel a iniciativa do projeto, lindas fotos e excelente matéria. Parabens a todos

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