Pé na Estrada
Amarillo rumo ao sul do Brasil até a Argentina
As notícias que Marcelo Lujan, diretor musical do Circo Zanni e malabarista e palhaço do Zanni e Circo Amarillo, enviou ao Panis & Circus de Santa Catarina misturam arte e lazer. Confira como foi a recepção do público e as atrações turísticas das cidades percorridas.
Santa Catarina: aplausos para o Circo Amarillo
30/11/2011: Marcelo Lujan e o também artista circense Pablo Nordio, que compõem o Circo Amarillo, deixaram São Paulo em dois carros carregados com materiais do circo.
Destino: Santa Catarina. No carro vermelho está Marcelo; no azul-marinho, o trio Pablo, Lu Menin, artista circense convidada pelo Amarilho e integrante do Zanni, e Gael, rapazinho de quase dois anos de idade, filho de Lu e Pablo, que já faz pontas em apresentações.
Eles percorreram 524 quilômetros até chegar a Joinville, a primeira cidade do Projeto Circuito Serafim, patrocinado pelo Sesc.
Ao todo são 11 cidades que fazem parte do circuito no Estado catarinense: Joinville, São Bento do Sul, Jaraguá do Sul, Brusque, Blumenau, Florianópolis, Laguna, Criciúma, Itajaí, Rio do Sul e Tubarão.
O espetáculo do Circo Amarillo apresentado nessas cidades foi “Experimento Circo”, em que os artistas mesclam técnicas tradicionais de circo e linguagens artísticas contemporâneas. A música é ao vivo. Os números incluem equilibrismo no arame, mão a mão, diabolô e malabarismo com fogo. E humor. Muito humor.
“Santa Catarina é um Estado bonito e encantador. Tem o maior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do Brasil. A região tem forte influência alemã, principalmente na arquitetura, na comida e nas festas populares.”
“Em alguns lugares parecemos estar distante de um Brasil tropical de temperaturas elevadas, como o Nordeste – que também conhecemos. Em São Bento do Sul tem muita montanha e a temperatura, em pleno dezembro, estava em 15º graus”, afirmou Marcelo.
Segundo ele, o público que assistiu a “Experimento Circo” era educado e acolhedor. O espetáculo agradou bastante aos moradores dessas cidades catarinenses.
Em algumas delas, mais no interior do Estado, o público pareceu que não estava acostumado com o circo. “Ainda mais com um circo de estilo mais vanguardista como é o nosso. Ficaram surpresos, mas o riso foi constante.”
Marcelo ficou impressionado com a paisagem de Rio Sul, castigada por temporais em setembro de 2011. A cidade ficou praticamente embaixo da água. O Sesc ficava ao lado do rio Itajaí-Açu, que transbordou.
“Dava para ver a altura a que chegou a água no local: a mais de 4 metros. No espaço não sobrou quase nada – apenas uma TV.”
Marcelo disse que em Rio Sul a apresentação foi emocionante. “A cidade tem poucos habitantes e nos falaram que a quase totalidade das crianças estava ali na plateia. Tinham ido nos ver.”
Em Jaraguá do Sul, o Circo Amarillo teve o maior público: 600 pessoas. “Eles se divertiram bastante e a gente também. Foi muito boa a iniciativa do Sesc, com a proposta de educar e familiarizar o público com espetáculos de circo fora da lona.”
De Santa Catarina, a trupe continuou a viagem e entrou na Argentina. “Rodamos mais de 2.800 quilômetros até chegarmos ao destino final, Rio Cuarto, para passarmos o Natal com a família”.
Pablo e Marcelo são de Rio Cuarto, na Argentina, cidade que deixaram há mais de dez anos, quando mudaram de mala e cuia para o Brasil. Em Rio Cuarto, eles fizeram várias apresentações no Festival do Circo em Acción.
Cidades percorridas pelo Circo Amarillo
Joinville – É conhecida por sediar o Festival de Dança de Joinville, considerado o maior evento do gênero no mundo em número de participantes, cerca de 4.000, segundo o Guinness Book. E por ter a Escola de Teatro Bolshoi no Brasil, a única filial do Teatro Bolsoi fora da Rússia.
Blumenau – Possui uma agenda cultural focada nas festas originárias da cultura dos imigrantes europeus, destacando-se a colonização alemã. A Oktoberfest é a segunda maior festa sobre cerveja do mundo e ocorre durante 18 dias do mês de outubro.
Brusque – É conhecida como ¨Cidade dos Tecidos¨, pois foi em Brusque que se iniciou um dos maiores polos têxteis de Santa Catarina e do Brasil.
O prato típico da região é o marreco com repolho roxo, herdado da culinária alemã. A cidade criou a Festa Nacional do Marreco – Fenarreco – que acontece em outubro.
Criciúma – É conhecida por suas minas de carvão e pela produção de pisos e azulejos.
A mina Modelo Caetano Sônego é a única mina de carvão aberta à visita pública no Brasil. Foi recuperada para o turismo em 1984 e oferece uma viagem por seus vagões, na qual se conhece como era a vida dos mineiros. Possui trenzinho, museu, bar e imagem da padroeira dos mineiros, Santa Bárbara.
Florianópolis – É a capital do Estado de Santa Catarina e uma das três ilhas-capitais do Brasil. Destaca-se por ser a capital brasileira com o melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Florianópolis se firmou, nas últimas temporadas de verão, como um dos principais destinos brasileiros de turistas domésticos e internacionais.
Itajaí – Situada no litoral norte de Santa Catarina, uma de suas praias mais conhecidas é a Praia Brava, por suas águas límpidas. São quase três quilômetros de orla, do Canto do Morcego ao Canto dos Amores.
A cidade tem intensa vida cultural. A Rede Itajaiense de Teatro representa 11 grupos profissionais. Na música, é reconhecida devido ao Festival de Música de Itajaí.
Jaraguá do Sul – Em outubro tem a Schützenfest (Festa do Atirador). Conhecida como “Capital Nacional da Malha, foi a cidade que mais cresceu economicamente nos últimos 3 anos em Santa Catarina.
Laguna – O extenso litoral de Laguna, de 28 quilômetros, é composto de 16 praias. Entre elas destacam-se a praia do Mar Grosso, com boa infraestrutura para turistas, e a Praia do Farol – que é frequentada por jovens. Se a preferência é pelo surfe, a Praia do Cardoso é a recomendada pelos guias.
Rio do Sul – A cidade oferece a Rota de Compras em razão das indústrias de jeans, malhas, eletrônicos e produtos alimentícios.
Entre seus atrativos turísticos, estão a Cachoeira Itoupava, com uma queda d´água de 60 metros de altura, e a Cachoeira do Matador, com 30 metros de altura.
São Bento do Sul – A cidade tem mais de 20 grupos folclóricos, que preservam em suas danças e canções a tradição das várias etnias formadoras do município, em especial, alemã e polonesa.
Tubarão – Entre a serra e o mar, o potencial turístico concentra-se nas águas termais canalizadas para confortáveis complexos hoteleiros. Oferece passeios na locomotiva Maria Fumaça por uma ferrovia que liga as cidades de Imbituba, Laguna, Criciúma e Urrussanga às praias. O rio Tubarão é a referência da cidade.
Fotos: Divulgação
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