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Arte circense expressa a poesia do corpo

 

 

Criador de espetáculos circenses como “Corteo” e “La Verità”, Daniele Finzi Pasca surpreende até no nome.

Oscar Pilagallo, especial para Panis & Circus

A primeira surpresa, para quem não tem referência prévia sobre o artista suíço, é de gênero: Daniele é homem.

A segunda surpresa, para quem se esqueceu de que a pequena Suíça é grande o suficiente para abrigar vários idiomas oficiais, é linguística: Danile fala italiano.

 

Cena do espetáculo "La Veritá" / Foto Divulgação

 

A terceira surpresa, para quem não está antenado no alcance da arte circense, é uma grata descoberta: Daniele Finzi Pasca, que se define como um contador de histórias, é um poeta do corpo.

Para ele, o clown é o narrador, o guia, o Virgílio de Dante.

A definição é uma das muitas pérolas que podem ser encontradas em “Teatro da Carícia”, livro que transcreve uma entrevista que Daniele concedeu ao jornalista uruguaio Facundo Ponce de León em 2007.

 

Corteo, criado em 2005, por Finzi Pasca / Foto Divulgação

 

O volume lembra o melhor das históricas entrevistas da “Paris Review”, em que escritores consagrados falavam sobre sua vida e arte a interlocutores que extraíam deles declarações que não ficavam aquém de suas obras.
Aos 50 anos de idade e mais de 30 anos de picadeiro, Daniele Finzi Pasca é também ator, diretor de teatro, coreógrafo e criador do prestigioso Teatro Sunil — um artista reconhecido internacionalmente. Alguns de seus espetáculos estão entre os mais vistos no mundo todo. É o caso de “Corteo”, do Cirque du Soleil, “Ícaro” e “La Veritá”, da Companhia Finzi Pasca, que ele fundou.

Em “Teatro da Carícia”, Daniele aborda sua concepção artística, que foi iniciada cedo, aos 18 anos, a partir de uma viagem à Índia. Foi lá, em Calcutá, longe de sua Lugano natal, que percebeu que o extraordinário está no cotidiano, que a vida heroica é a vida comum.

 

Elenco reúne 12 atores e tem a brasileira Beatriz Sayad / Foto Divulgação

 

De lá para cá andou pelo mundo. Onde há circo, arte, teatro, ele se sente em casa. Foi assim no Brasil em 1986, quando o Brasil iniciava, em meio a incertezas, a trajetória democrática, depois de duas décadas de ditadura militar.

Daniele considera essa turnê tropical “catastrófica e extraordinária”.

A catástrofe, em parte, ficou por conta de seu agente cultural. Como quem desenrola uma boa história no proscênio, ele diz que há três tipos de agente cultural: os santos, os ladrões e aqueles que, como o homem com quem cruzou no Brasil e a quem prefere não nomear, são os dois ao mesmo tempo. Para resumir, o santo-ladrão sumiu com o dinheiro da trupe.

 

Ensaio de "Corteo" em 2005 / Foto do Livro Daniele Finzi Pasca Teatro da Carícia

 

Mas Daniele prefere a lembrança do que foi extraordinário: a solidariedade. “Nessa primeira aventura, descobri que as pessoas de teatro são solidárias, fazemos parte de uma mesma família, e no perigo, nas dificuldades, sempre nos ajudamos.”

As histórias são boas, dignas de um clown, mas o livro vale mais por fixar visões sobre a arte circense que desafiam as explicações puramente racionais.

 

 

Por exemplo, a resposta a uma pergunta de Facundo — O que é acrobacia? — é uma aula de sensibilidade.

 “O gesto acrobático, diferentemente do gesto ginástico, não precisa de uma avaliação, não pode ser medido”, começa Daniele. “É algo simplesmente mítico”, diz. “Faz-se ginástica pelo bem-estar, pela superação e pela perfeição. […] A acrobacia vem de outro lugar do pensamento, de algo muito mais profundo.” E então, preparado o terreno, Daniele formula com poesia: “O acrobata é uma resposta ao angélico dos deuses”.

 

 

O que ele quer dizer com isso?

“Os anjos têm seus deuses, que descem para nos dizer coisas; nós temos os acrobatas, que se elevam até certo ponto do céu e, para conseguir, lutam contra as leis físicas, desafiam o medo. […] O gesto acrobático é representação de nossa forma de entender e lutar contra as leis da realidade. Descobrimos, no princípio, que o corpo está grudado no chão e assim começamos a dançar gestos que nos fazem voar.”

Depois de “Teatro da Carícia”, não veremos mais, como antes, um espetáculo de acrobacia.

 

 

Daniele também exala generosidade. Sobre o talento do artista, por exemplo, lembra que a própria palavra “talento” tem origem numa moeda antiga e compara, com propriedade, virtuosismo e dinheiro. “O talento cresce no intercâmbio, é preciso usá-lo para que frutifique. Se alguém o enterra e não o divide, ele não serve para nada, para além do fato de que você nasce com ele.

Em “Teatro da Carícia”, o talento de Daniele está compartilhado com o leitor.

 

 

Postagem: Alyne Albuquerque

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One Response to "Arte circense expressa a poesia do corpo"

  1. Lucio Maria Morra disse:

    Oi Asa.
    Tudo bem?
    Nos encontramos em Fossano, no Festival de Mirabilia, junto com Davide Morra. Lembra?
    Visitei seu site e gostei muito.
    Vi lá o artigo sobre Daniele Finzi Pasca. Sou muito amigo dele.
    Minha filha trabalhou com ele durante um ano em Montreal (Canada) pelo Cirque du Soleil.
    Um abraço.
    Lucio

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