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Comentários

“Lendas Amazônicas”: bom de se ver e ouvir.

 

 

Espetáculo é bonito de se ver, ótimo de se ouvir. 

Bell Bacampos, da Redação

“Era uma vez, lá nos confins da Amazônia, um caboclo e uma moça que se apaixonaram. Mas o pai da moça, um poderoso fazendeiro, não queria que sua filha casasse com um pé rapado e, por isso, foi lançado sobre ele um feitiço, que acabou por transformá-lo num  bicho encantado: metade homem e metade boi.”

Assim começa a narrativa do espetáculo “Lendas Amazônicas”, feita pela atriz Ana Luísa Lacombe, e que abriu a temporada  2015,  da série “Aprendiz de Maestro”, da TUCCA – associação que cuida de crianças e adolescentes carentes com câncer – em 21/3, na Sala São Paulo.  

 

 

Na realidade, a lenda do Caboclo-Boi não existe e foi criada por Paulo Rogério Lopes, diretor e autor do texto do espetáculo.   

As canções, consideradas obras-primas, das “Lendas da Amazônia” são do compositor Waldemar Henrique da Costa Pereira (1905-1995) e falam do folclore e das lendas da região norte do país.  

 

A atriz Ana Luís Lacombe conta a história do Caboclo-Boi / Foto Asa Campos

 

Da mesma forma que o compositor Waldemar Henrique criou músicas para as lendas que escutara quando pequeno, em Belém do Pará, sua cidade natal, o Aprendiz criou uma história para falar de sua música, explica o maestro João Maurício Galindo, que regeu a orquestra Sinfonieta TUCCA Fortíssima no espetáculo.

E aí surgiu o Caboclo-Boi.

 

O maestro João Maurício Galindo fala do compositor Waldemar Henrique/ Foto Asa Campos

 

 

Boto e Tamba-Tajá

Algumas das lendas amazônicas já eram conhecidas do diretor Paulo Rogério, de outras ele não tinha a menor ideia. É o caso da folha mágica do Tamba-Tajá – uma planta que surgiu do amor de um índio, da tribo dos macuxis, por sua mulher.*  

 

Integrantes do Projeto Guri em cena na Sala São Paulo / Foto Asa Campos

 

Para contar a história musicada do Caboclo-Boi, o maestro João Maurício se junta ao Projeto Guri (27 integrantes em cena), ao pianista Aimar de Noronha Santinho, à atriz Ana Luísa Lacombe e à orquestra.

A transformação do caboclo em boi é acompanhada da música “Boi–Bumbá”, composição que traz em sua primeira estrofe o verso: “Ele não sabe que seu dia é hoje/ ele não sabe que seu dia é hoje”, composta por Waldemar Henrique, em 1933.

 

Integrantes do Projeto Guri cantam canções de Waldemar Henrique / Foto Asa Campos

 

Em sua aventura pela selva amazônica, o herói da lenda  encontra com a Curupira, um bicho com grandes pés virados para trás, protetora da floresta e dos animais, e que não gosta do bicho-homem. Mas como o Caboclo-Boi tem lá sua porção animal, eles acabam ficando amigos.

 

A atriz Ana Luísa Lacombe e os pés da Curupira / Foto Asa Campos

 

Aquietada a Curupira, surge outro perigo: o caçador do qual o Caboclo-Boi escapa até cair perto da Cobra-Grande, da qual ele foge como o diabo da cruz.

Nesse momento, os integrantes do Projeto Guri (Coro de Lorena e Quinteto de Cordas Dedilhadas de Franca) cantam a música da Cobra-Grande e passam a serpentear pelo palco, em fila, conduzidos por Ana Luísa.

 

Cobra Grande e seus olhos fumegantes / Foto Asa Campos

 

Diz um dos versos da canção: “credo cruz! Lá vem a Cobra Grande/ Lá vem a boiúna de prata/ A danada vem rente à beira do rio, E o vento grita alto no meio da mata/Credo cruz!”  

.

"Cruz-credo, lá vem a Cobra-Grande / Foto Asa Campos

 

Após fugir da Cobra-Grande, o Caboclo-Boi conhece a bruxa Matinta-Pereira – que promete transformá-lo de novo em gente se passar por três provas: voar no Ar com as Rolinhas, nadar nas Águas com o Boto e encontra na Mata a folha mágica do Tamba-Tajá. Rolinhas, um choro, e as canções  “Fala boto, sinhá” e “Tamba-Tajá” estão entre as mais de 100 composições de Waldemar Henrique.    

 

A atriz Ana Luísa e as asas desenhadas no xale para falar de pássaros / Foto Asa Campos

 

Quem interpreta o Boto, que na lenda amazônica se transforma em moço bonito para conquistar as moças, é Ronald Esterferson, integrante do Coro de Lorena do Projeto Guri. Ele ficou encantado com a oportunidade de cantar e atuar no espetáculo ainda mais que é em defesa de uma causa que considera das mais justas: a música a serviço da cura.

 

 

Para falar da viagem do Cabolo-Boi, o espetáculo conta com recursos cênicos criativos e surpreendentes por sua beleza e simplicidade, como é o caso do barco formado por panos brancos, em que o remo é um violão, e conduz o herói em sua travessia pelas lendas amazônicas.  

Depois de superar os três desafios, na terra, na água e no ar, o Caboclo-Boi vira gente, ele encontra sua amada, se casa e espera-se que vivam felizes para sempre.  

“Lendas Amazônicas” é bom de se ver, ótimo de se ouvir e tem histórias que não acabam mais.

Entre elas está a que faz parte da biografia de Waldemar Henrique. Ele era amigo do escritor modernista, Mario de Andrade, que o aconselhou a voltar para Belém, e trazer a cantoria dos caboclos, ou seja, “tentar cair nas raízes” brasileiras.  E foi o que o compositor fez ao criar canções para embalar as lendas que ouvia quando criança.

 

Estudantes comentam o espetáculo

Maia Nasser, 8 anos, estudante do Dante Alighieri, afirma ao Panis & Circus que gostou muito do espetáculo, principalmente, da Matinta-Pereira. Já o menino Peter Martin Ganns, 7 anos, estudante da Escola Lumiar, preferiu o Boi-Tatá.

 

O barco que conduz o herói em sua travessia pelas lendas amazônicas / Foto Asa Campos

 

Lendas Amazônicas

Maestro fala das lendas / Foto Asa Campos

 

*Lenda da Tamba-Tajá – Segundo um mito amazônico, na tribo dos macuxis havia um índio que, por muito amar sua esposa, levava-a sempre consigo para todo lugar, fosse para caçar, pescar ou lutar. Certa vez, o índio teve que ir para a guerra, mas a esposa ficou doente, sem poder andar. Não querendo separar-se de sua amada, ele fez um saco com folhas de bananeira, para poder carregá-la nas costas. Durante o combate, sua amada foi ferida e morreu. O índio, desesperado de amor, enterrou-se junto com ela. No lugar onde jaziam seus corpos, nasceu um tajá diferente, pois atrás de cada grande folha verde da planta nascia grudada uma pequena folha de forma vaginal. Renasciam assim os amantes, unidos novamente para sempre. 

As plantas têm na Amazônia poderes curativos e mágicos, conhecidos pelos pajés e feiticeiros. O Tamba-tajá tem a propriedade especial de proteger os amantes. É por isso que a pessoa que canta se dirige a ele fazendo um pedido, uma espécie de prece pagã, que não é menos desprovida de fé que uma prece religiosa, pois os caboclos acreditam piamente no poder das plantas. Desse modo, devemos revestir de uma certa religiosidade sua execução.

(Fonte: Uma visão sobre a interpretação das canções amazônicas de Waldemar Henrique – Márcia Jorge Aliverti).

A canção Tamba-tajá, de  Waldemar Henrique, foi criada em 1934.

Diz a letra:

“Tamba-tajá me faz feliz/Que meu amor me queira bem/Que seu amor seja só meu de mais ninguém/Que seja meu, todinho meu, de mais ninguém…/Tamba tajá me faz feliz…/Assim o índio carregou sua macuxi/Para o roçado, para a guerra, para a morte,/Assim carregue o nosso amor a boa sorte…/Tamba-tajá/Tamba-tajá-a/Tamba-tajá me faz feliz/Que meu amor me queira bem/Que seu amor seja só meu de mais ninguém, Que seja meu, todinho meu, de mais ninguém…/Tamba-tajá me faz feliz…
Que mais ninguém possa beijar o que beijei,/Que mais ninguém escute aquilo que escutei,/ Nem possa olhar dentro dos olhos que olhei/Tamba-tajá/Tamba-tajá-a

 

Ronald Esterferson, de chapéu, canta a lenda amazônica do Boto/Foto Asa Campos

 

**Lenda do Boto – Em noite de festa à beira do rio, o boto transforma-se em um belo rapaz, que se veste todo de branco e usa sempre um chapéu, também branco, na cabeça. Esse chapéu nunca é retirado, pois serve para esconder o orifício que tem na testa e usa para respirar. O poder de sedução do Boto é incrível, hipnótico. Depois da conquista, ele se atira de volta às águas e assume sua forma animal. “Muitas de suas vítimas foram “salvas” no último momento porque alguém gritou, fez barulho e as tirou do transe. Após o envolvimento sensual, o boto atira-se no rio e volta à sua forma animal. A namorada, encantada, fica triste. Muitas vezes adoece e acaba por se atirar ao rio à procura do seu amado. As que resistem ao suicídio acabam por parir uma criança, que pode ser boto, já nascer na forma de peixe ou ser normal.
Inúmeras são as histórias contadas com a veracidade característica dos “cabôcos”. O Boto é a saída social para as moças que engravidam sem casar. Desculpa fundamental que desvia a jovem do papel de pecadora para o de vítima. O mito também serve ao rapaz que engravidou uma jovem, uma vez que não será procurado, nem identificado, nem responsabilizado.

Como resolve tantos “desconfortos”, o Boto apresenta-se como um mito socialmente perfeito, sendo talvez esta a razão que o mantém tão vivo até hoje.”

(Fonte: Uma visão sobre a interpretação das canções amazônicas de Waldemar Henrique – Márcia Jorge Aliverti).

A canção “Foi boto, sinhá!… (Tajá-panema) foi composta por Waldemar Henrique, em 1933, e os versos são Antônio Tavernard. Abaixo a letra:

Tajá-Panema chorou no terreiro,/ E a virgem morena fugiu no costeiro/ Foi Bôto, Sinhá…/ Foi Bôto, Sinhô!/ Que veio tentá/ E a moça levou/ No tar dansará,/ Aquele doutô,/ Foi Bôto, Sinhá…/ Foi Bôto, Sinhô!/ Tajá-Panema se pos a chorar/ Quem tem filha moça é bom vigiar/ O Boto não dorme/ No fundo do rio/ Seu dom é enorme/ Quem quer que o viu/  Que diga, que informe/ Se lhe resistiu/ O Bôto não dorme/ No fundo do rio…

 

 

 

4 Responses to "“Lendas Amazônicas”: bom de se ver e ouvir."

  1. Paulo Rogério disse:

    Oba! Adorei! bjão pra vocês!

  2. A cada apresentação parece sempre que é a primeira vez, muito bom demais!
    Parabéns a todos!

  3. A cada apresentação parece sempre que é a primeira vez, muito bom demais!
    Parabéns a todos!!

  4. eliane ribeiro da silva disse:

    Esse espetaculo é muito lindo, e acho que deveria ser apresentado na cidade de Lorena também , já que o Projeto Guri da cidade de Lorena faz parte dele. Seria ótimo ver a apresentação de pertinho.

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