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Circo contemporâneo segue o caminho da imaginação

 

Apresentado pelo grupo australiano Casus Circus, o espetáculo Knee deep – que em português ganhou o subtítulo Pisando em ovos – extrai de sua aparente simplicidade cênica uma inquietação poética das mais singulares. Knee-deep é o adjetivo que na língua inglesa implica a qualidade de algo estar “até os joelhos” (“We were knee-deep in snow”, Estávamos com a neve até os joelhos, conforme o exemplo indicado pelo New Oxford American Dictionary, da Oxford University Press), de onde se podem extrair também dois sentidos figurados para esta palavra composta: o de se estar muito envolvido e o de se estar enterrado em algo. Assim, soa bastante curiosa a posição pisando em ovos adquirida pelo espetáculo em terras brasileiras – que, para além de sua explícita literalidade, aponta para outros traços semânticos até mesmo contraditórios ao sentido original, e que por isso mesmo passam a estabelecer com ele uma rica trama de interação semântica. Afinal, é de força e fragilidade a um só tempo que os quatro integrantes da companhia estão falando com seus corpos.

Jesse Scott, Lachian Mcaulay, Natano Faanana e Emma Serjent exibem, seja individualmente, seja na composição de duos ou trios, seja ainda no vigoroso quarteto que eles formam de tempos em tempos, um domínio corporal sui generis, porque rigoroso no aspecto da execução técnica, embora não vaidoso de sua invulnerabilidade. Os números de acrobacia que predominam ao longo dos sessenta minutos que dura a apresentação não são propriamente de tirar o fôlego; antes são de inspirar nossa contemplativa admiração. Há muito tempo o universo do circo – e das artes cênicas, em geral – vem trocando aquela aura de virtuosismo inexpugnável que ainda alimenta o imaginário das plateias populares (tanto na área da arte e da cultura como no campo da política e da vida social mais ampla, diga-se de passagem) pela instauração de climas e atmosferas mais comprometidos com a poiesis da cena, isto é, com “o ato, a criação e o momento” de uma arte que incorpora a aventura, o risco, as tantas micro variáveis que existem e as inúmeras maximizações de rendimentos que se insinuam possíveis.

Assim, Knee deep é um espetáculo que paulatinamente vai transformando os números de acrobacia em números de dança, executados com delicada leveza, que nós da plateia identificamos com o mesmo enlevo que sentimos ao ver bailarinas e bailarinos rodopiarem tantas vezes sobre seu próprio eixo corporal e desafiarem a todo o momento a lei da gravidade. Diante de nossos olhos, a audácia e a perícia demonstradas pelos integrantes do Casus Circus se convertem em pura coreografia, para a qual a excelente trilha sonora composta por músicas de Carla Bruni, Gil Scott Heron e Philip Glass concorre expressivamente.

Se a música serve à cena justamente para pontuar o indizível, aqui ela reforça a eloquência de corpos que procuram dizer muitas coisas sem nada de discursivo a proferir. O que os quatro performers em cena querem nos comunicar é o dinamismo de seus próprios corpos, trabalhados sob a forma de uma ontologia direta, sem mediações. (“A comunicabilidade de uma imagem singular é um fato de grande significação ontológica”, afirma o filósofo, epistemólogo e crítico literário na obra de que nos servimos na epígrafe do presente texto). No qual os joelhos funcionam quase sempre como o primeiro degrau e a base de apoio para a formação de composições agigantadas, ousadas em sua instável verticalidade. Exercício no qual também os pés se arriscam a pisar em ovos, os corpos se comprazem em estar muito envolvidos e o espírito, nunca enterrado em um ponto fixo, se desafia a ultrapassar a barreira do senso comum e a se sentir feliz com tanta mobilidade.

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