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Fernando Sampaio: encontro com a palhaçaria

 

Fernando Sampaio em “Encontros de Estudos da Palhaçaria”, no Centro de Memória do Circo / Foto Asa Campos

 

“Sensação muito boa ao vestir a fantasia de palhaço e lidar com o público”  

Fernanda Araujo, especial para Panis & Circus

Compartilhar é o lema do Encontros de Estudos da Palhaçaria – E.E.P.  A primeira edição do ano de 2016, foi realizada com o mestre Fernando Sampaio, em 16/1, no Centro de Memória do Circo (CMC).

Sob aplausos, o ator e palhaço Fernando Sampaio, da cia. La Mínima e do Circo Zanni, entra na roda, saúda os presentes e conta sua história:

“Eu tinha 23 anos, formado em administração, quando resolvi fazer teatro aos sábados. Era a Escola Recriarte, na porta da feira, na Vila Madalena. Um dia, para divulgar a escola, o dono convidou alguns alunos para panfletar ali mesmo, na feira. Para mim, sobrou uma fantasia de palhaço. Tive uma sensação muito boa e lidar com o público foi melhor ainda.

 

Fernando Sampaio durante seu relato no CMC / Foto Asa Campos

 

Depois, apareceu a oficina, sábado e domingo, das 14h às 18h, com Val de Carvalho (1).  Mais tarde, conheci o Rogê, um grande mestre (2). Nessa época, eu era analista de assuntos fiscais e precisava de mais tempo para o circo.  Então saí do emprego e fui trabalhar com meu pai, que era corretor de imóveis. Eu falava que ia sair com um cliente e ia treinar com o Rogê. Ele dava aula de monociclo. Eu odiava monociclo, mas adorava estar perto dele.    

Comecei a inventar mil histórias, até que dei sorte. Meu carro foi roubado e isso me impossibilitou de trabalhar como corretor. Mas, como precisava trabalhar, arrumei um emprego de pesquisa com uma amiga. Também fazia festa de criança e perna-de-pau em porta de farmácia.

 

Fernando Sampaio no Café dos Artistas do CMC / Foto Asa Campos

 

Na rua trabalhei com Lincoln Rolim (3). No Circo Escola Picadeiro, um grupo de estudantes montou a Cia. Nau de Ícaros e passei a fazer apresentações com eles (4). Por conta do trabalho, abri mão dos ensaios e treinei poucas técnicas. Isso me fez falta. 

Sempre pensei: ‘vou trabalhar com circo, mas não serei durango’. Essa é uma meta que eu venho tentando alcançar até hoje. (Risos). Eu era um cara durango, que esperava o motorista do ônibus abrir a porta para eu sair correndo sem pagar. Almoçar sempre já era um luxo.

Costumo dizer que mudei por causa do Sesc Pinheiros (5) que me deu condições de exercer o meu ofício. Além disso, o trabalho de produção, é muito importante. É preciso entrar em contato com estabelecimentos e oferecer projetos. Mais pra frente comprei um trailer. Morava ali e era assistente do Marcelo Castro, do Acrobático Fratelli (6). 

Em 1995 saí da Nau de Ícaros e comecei a trabalhar com a Cia. Pia Fraus (7) e com Domingos Montagner.

Em 1997, eu e Domingos criamos a Cia. La Mínima e fizemos a ‘Companhia de Balé’ na rua. Domingos sai da Pia Fraus, em 1998, e passamos a nos dedicar mais ao La Mínima.

Em 2001, fizemos ‘À La Carte’, primeiro espetáculo de sala, sob direção de Leris Colombaioni. Ele é um monstro da palhaçaria. Fazia báscula com elefante. É fantástico (8). 

 

Cena de "Luna Park", um dos clássicos da dupla / Foto Divulgação

 

Em 2002, fizemos ‘Luna Parke’, dirigido por Chacovachi, um grande artista (9). 

Na época, montamos um galpão na Granja Vianna. Foi muito interessante pois fazíamos uma vaquinha com vários grupos e ensaiávamos todos ali. Foi uma ação que deu muito certo, eu recomendo. Dali surgiu o Circo Zanni, com nove sócios em 2004.

Pouco tempo depois, alugamos uma lona para levar o Zanni para Boiçucanga (litoral norte de São Paulo) e foi muito bacana.

No fim de 2004, ganhamos R$ 50 mil de um edital do MinC (Ministério da Cultura). Entretanto, levamos tantos convidados que quase ninguém pagou ingresso. Foi uma experiência catastrófica.  Encerramos a temporada na estreia, devendo R$ 80 mil.

 

Circo Zanni com lona armada na Rua Augusta / Foto Divulgação

 

Em 2005, ano feliz, pagamos as dívidas. O que ajudou bastante foi conseguir um terreno para apresentação na Rua Augusta.  

Em 2006, apresentamos a primeira parte do Zanni com números circenses e a segunda parte com a peça a ‘Feia’, revivendo os tempos do circo-teatro. A ‘Feia” tinha direção de Fernando Neves, do grupo Os Fofos Encenam. Ele é um cara talentoso, de uma simplicidade incrível e generoso que só ele.  A peça não teve muito sucesso.”

 

10 anos de Zanni

Fernando Paz e Fernando Sampaio durante apresentação no Zanni / Foto Asa Campos

 

De 2004 para cá, o Zanni fez inúmeras apresentações bem-sucedidas e viajou para Boiçucanga e São Sebastião (litoral norte de São Paulo).    

Em 2014, o Zanni fez 10 anos de estrada e foi escolhido para inaugurar o Sesc Campo Limpo durante a 2ª edição do Festival Internacional Sesc de Circo.

Em 2015, armou a lona mais uma vez no Memorial da América Latina e as filas eram enormes, conforme constatado pelo Panis & Circus, durante a Semana Ticket Cultural. Apesar do sucesso e de ser considerada um das trupes mais ‘cult’ do país, o Zanni não faz mais que duas temporadas anuais. 

 

La Minima

Fernando Sampaio e Domingos Montagner, no espetáculo, "À La Carte" / Foto Alyne Albuquerque

 

Ao retomar seu relato, Fernando Sampaio lembra que, no caso, do La Mínima, a companhia dele com o Domingos Montagner, exibiu um fracasso em 2006: ‘A Verdadeira História dos Super-heróis’, sob direção de Jairo Mattos. Não teve público. 

Dois anos depois, em 2008, a peça “A Noite dos Palhaços Mudos”, adaptação do HQ de Laerte, com estreia nos Parlapatões, ganhou prêmios.

“Faço questão de lembrar dos Parlapatões pois admiramos o trabalho deles e somos todos irmãos. A montagem obteve quatro indicações ao antigo Prêmio Coca-cola FEMSA de Teatro, levou título de ‘Melhor Elenco’ pela Cooperativa Paulista de Teatro e Prêmio Shell de ‘Melhor Ator’ (dividido entre Domingos Montagner e Fernando Sampaio). 

 

Cena de Mistero Buffo / Foto Divulgação

 

Fizemos outros trabalhos, como ‘Rádio Varieté’ (2009/2010) e ‘Athletis’ (2010). Em 2012 passamos a ser mais aceitos pela classe teatral pois, na época, tivemos a sorte de ser dirigidos por Neyde Veneziano, em ‘Mistero Buffo’, de Dario Fo.  . 

O que posso afirmar é que o circo transformou minha vida”.

 

Fernando Sampaio responde a perguntas dos presentes no CMC / Foto Asa Campos

 

 

Depois do relato, o público presente ao evento fez as perguntas para Fernando Sampaio.

Público: O que é o palhaço para você?

Sampaio: O palhaço é minha profissão, meu caminho. Mas tenho tempo. Vejo o Fumagalli, de família circense, o artista italiano herdou o nome artístico do pai, passou por vários circos e ficou famoso com o penteado de três pontas, e penso: ‘Quero ser como ele’. Ah sim, pois palhaço bom é palhaço velho. Tenho 51 anos, daqui uns 30 anos eu chego lá.

Público: O que é essencial para ser palhaço?

Sampaio: Ah, tocar um instrumento, fazer a paródia de uma dança e treinar um pouco de mágica cômica.

Público: Qual foi a reação da plateia diante de ‘Mistero Buffo’?

Sampaio: Achamos que seria mais complicado. As pessoas entenderam que era realmente uma crítica às pessoas que exploram a fé. Só recebemos uma carta questionando o espetáculo e era sobre o filho que levou um pai muito fanático, mas que gostou da montagem. No final do ano passado fiz uma oficina para terceira idade e mostrei o vídeo da peça. Olha, foi maravilhoso, mas confesso que alguns fanáticos religiosos olharam desconfiados.

Público: O que acha do seu filho vai seguir sua carreira?

Sampaio: Meu filho (Tomás Stoppel Sampaio) estava acostumado a trabalhar comigo desde os seis meses. Ele teve a sorte de fazer novela (“Meu pedacinho de chão”, na TV Globo) e saiu-se bem. É um cara do teatro, do humor.  Ano passado, pela primeira vez, ele disse não para participar de espetáculos circenses. Está com 13 anos e as coisas mudam. Ele não é mais a criança que rouba a cena no circo. Criança da vez é o Gael (filho de Lu Menin e Pablo Nordio, do Zanni). Mas são fases da vida.  

Público: Como é a vida longe do Domingos Montagner (que tem contrato com a Rede Globo)?

Sampaio: Ah, perde um pouco o ritmo pois ele é um cara muito criativo e um grande parceiro. Ele tem sido substituído em vários espetáculos pois tem um contrato de prioridade com a Globo. Domingos grava na emissora de março a outubro, e,  em outubro estreamos um espetáculo.

Público: O que você indica para os iniciantes?
O filme ‘Rir e Viver’, de Peter Chelsom, com Jerry Lewis.  

 

(1)  Val de Carvalho – atriz que atuou por mais de uma década nos “Doutores da Alegria” e que cursou, no começo da década de 1980, a primeira escola de circo do país: a Academia Piolin de Artes Circenses.  (2)  Seu Rogê – Roger Avanci, o Palhaço Picolino, do Circo Nerino, um dos principais ícones da palhaçaria. (3) Lincoln Rolim – atuou em várias companhias, como a Nau de Ícaros e a de Patrícia Horta, da Abracirco. (4) Nau de Ícaros, criado em 1992, o grupo mistura o conhecimento das técnicas circenses com o trabalho de teatro e dança.  (5) Sesc Pinheiros – local onde Sampaio ministrou várias oficinas e exibiu espetáculos  como “Cabaré Lá Mínima”, “Reprise” e “Luna Park”. (6) Acrobático Fratelli –  fundado em 1990, foi um dos grupos pioneiros do Brasil na linguagem moderna de fazer circo, com recursos tecnológicos e espaços inusitados. (7) Pia Fraus – trupe com mais de 30 anos e que já exibiu trabalhos em 21 países.  (8) Leris Colombaioni – descendente de tradicional família circense, o italiano trabalha na área desde os quatro anos de idade e é um renomado clown, acrobata e diretor. (9)  Chacovachi – nome de batismo do palhaço argentino Fernando Cavarozzi, que usa o jogo de xadrez como metáfora para ensinar sua arte. (10) Neyde Veneziano – diretora e crítica, fez pós-doutorada na Itália, em 1999, com enfoque no trabalho de Dario Fo, em ‘Mistero Buffo’.

 

Um pouco de EEP

O Encontros de Estudos da Palhaçaria – E.E.P. nasceu em 26 de maio de 2014, a partir de uma necessidade e paixão pela linguagem da menor máscara do mundo: o nariz vermelho.

Para consultar o programa do E.E.P, que inclui filmes, convidados e exibição de espetáculos, é importante ficar ligado na agenda www.facebook.com/encontrosclownescos.

 

 

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 Postagem – Alyne Albuquerque

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