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Arte em Movimento

“Hoje tem espetáculo”

 

 

Cacá Diegues  escreve sobre o seu próximo filme: “O Grande Circo Místico”

“Estou preparando a produção de meu próximo filme, “O Grande Circo Místico”, inspirado em poema de Jorge de Lima. Contaremos a história de cinco gerações de uma família circense, seus amores e conflitos, suas vitórias e seus fracassos. Não se trata propriamente de um filme sobre circo, mas de um filme sobre personagens que têm um background comum. Um background singular pelo qual estou cada vez mais fascinado — o circo.

Não me lembro de quando foi a primeira vez que entrei num circo; mas sei que isso aconteceu quando era muito pequeno, ainda em Maceió. Por essa época, a cidade de minha infância recebia, durante o ano inteiro, diferentes circos que iam de espetáculos a meus olhos suntuosos, até simples “caravanas”, pequenas tendas com poucos artistas de uma só família. O fascínio que eles exerciam sobre mim se reflete em meus filmes, nas referências de “Quando o carnaval chegar”, “Chuvas de verão” e “Tieta do Agreste”, além da homenagem de “Bye Bye Brasil” a uma daquelas caravanas nordestinas.

A partir de certo momento de minha adolescência, o circo foi sendo substituído por formas mais modernas de arte, cultura e entretenimento, cheias de significados e opiniões sobre o mundo, como o cinema que tomou conta de minha vida.

O circo não produz mensagens, nem tem ideologia alguma; não existe circo de direita ou circo de esquerda. No circo, trata-se apenas de cumprir uma tarefa, desempenhar missão pessoal estabelecida por seu próprio sujeito. Essa façanha não porta nenhum recado para ninguém, ela é apenas a afirmação de um autodesafio que, se não for cumprido com sucesso, gera certamente desapreço e vaias. E, muitas vezes, a própria morte do artista.

É por isso que o espectador do circo espera: o fracasso do artista. É só por isso que ele vai ao circo. Se não houvesse a possibilidade de o trapezista cair no picadeiro, de o acrobata falhar, de o malabarista deixar tombar seus malabares, de o leão comer o domador, ninguém ia ao circo. Quando o público aplaude entusiasticamente o sucesso de um número, está na verdade celebrando o alívio de sua consciência culpada pela expectativa do desastre. A boa performance do artista circense é sua vitória sobre esse desejo.

Não cabe, nem é justo, classificar como “um circo” o que interpretamos como bagunça, desorganização, caos. Nada mais preciso do que o trabalho no circo, uma precisão da qual depende a glória e até a vida de cada um. Em geral, no circo cada artista se ocupa de seu próprio equipamento, além de se enquadrar com disciplina nos critérios coletivos da encenação. Esse cuidado pessoal com seus instrumentos de trabalho é decisivo para que o circense não dependa de mais ninguém para ser bem-sucedido, além dele mesmo.

Mesmo o palhaço, o potencial “coro grego” do circo, o comentador do que se passa nas arquibancadas, o intervalo entre os perigos que os outros artistas correm, é o responsável único pelo sucesso de seu número. E esse número, mesmo que alimentado por humor muitas vezes selvagem, terá que ter sempre um aspecto claro de autopunição. Os palhaços se oferecem em sacrifício ao público, para que esse não se aborreça com o sucesso dos artistas.

O circo é um descendente da Commedia dell’Arte, a manifestação cultural mais popular da Idade Média europeia, com genes orientais trazidos pelos grandes viajantes e pelas navegações. Uma pantomima com alma. Ele gerou, por sua vez, gênios de espetáculos mais modernos como o cinema, de Charles Chaplin e Jerry Lewis ao nosso Oscarito. Até o “Porta dos Fundos”, na internet, deve alguma coisa ao circo.

Sempre desconfiei da piedade escandalizada em relação aos animais de um circo. Eles têm casa, comida e roupa lavada, não precisam sair pela floresta correndo perigo e provocando a extinção dos outros, em busca de alimento. E, se por caso não se sentem satisfeitos, podem facilmente acabar com o domador e seus frágeis parceiros de espetáculo. A sobrevida dos circenses é a celebração dos animais.

O circo não é uma reprodução da vida em outro espaço. Ele é uma afirmação de amor ao desempenho, uma dedicação à performance mais forte do que a própria vida. Uma criação significante, com muito pouco significado além de certas emoções primárias. Os artistas circenses não têm nada a ver com o mundo lá fora; talvez por isso mesmo vivam em constante movimento, todos sempre juntos e cada um dedicado a seu papel singular, longe dos homens das cidades a que chegam e atravessam sem deitar raizes.”

Cacá Diegues é cineasta

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