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Festival de Demain premia Homem de Branco
Artistas reunidos no 35º Festival Mundial de Circo du Demain/Foto Divulgação
Artistas brasileiros conquistam prêmios especiais
Os brasileiros Gustavo Sartori e Amanda Patrícia ganham Troféu da Agência EDS/Foto Divulgação
Ivy Fernandes, de Roma
O artista circense Aimé Molares com sua Roda Cyr e a Trupe de Acrobatas da China conquistaram a Medalha de Ouro no 35º Festival de Circo Du Demain, que ocorreu de 23 a 26 de janeiro, no “chapiteau” (lona) do circo Phénix Pelouse de Reuilly, em Paris.
Com roupa, cabelo e rosto brancos, Morales parecia uma figura fantasmagórica a girar e a brincar no aro de metal – conhecido como Roda Cyr. Seu número surpreendeu pela precisão e poesia e foi escolhido também pelo público como o melhor do Festival. Ele nasceu na Venezuela, estudou na ESAC (Escola Superior de Artes Circenses da Bélgica) e mora, atualmente, na França.
Aimé Molares: Medalha de Ouro e Eleito o melhor pelo Público/Foto Divulgação
Os artistas brasileiros Gustavo Sartori e Amanda Patrícia e seu número de trapézio ganharam o Prêmio da Agência EDS. A companhia Nuua, formada pelo brasileiro Sartori do Vale e o finlandês Oli Vorien, levou o Prêmio Especial do Júri.
A edição do 35º festival trouxe representantes de 15 países e cerca de 100 artistas. A ideia de criar um festival que reunisse jovens artistas circenses para mostrar suas habilidades artísticas, diante de um júri internacional, surgiu, em 1977, com Isabelle e Dominique Mauclair.
Os ganhadores da Medalha de Prata, dessa 35ª edição do Festival foram os trapezistas Avital & Jöchen Pöschko (Reino Unido, Alemanha/Israel); a dupla de trapézio acrobático Duo e Motion (França); o malabarista Kyle Driggs (EUA) e a dupla de “mano a mano” Naomi & Renaldo (Canadá/EUA).
E a medalha de bronze foi para a dupla Max et Antonio com o número de trapézio com toques humorísticos (França e Espanha); Saulo Sarmiento na exibição em haste vertical (Espanha) e Michael Ferreri com malabarismo feito com 9 bolas (Espanha).
Saulo Sarmiento, medalha de bronze./ Foto Divulgação
Jerôme Sordilhon, Medalha de Bronze/Foto Divulgação
Hoje, o evento está sob a direção de Alain M. Pacherie, que afirma: “O Festival Mondial du Cirque de Demain se tornou um ponto de referência para todos aqueles que amam e acompanham as artes circenses. Artistas jovens e não tão jovens, agentes, produtores, estudiosos e todos aqueles apaixonados pelo picadeiro se encontram debaixo do “chapiteau” (lona) do “Cirque Phénix” para participar, uma vez por ano, de momentos inesquecíveis da vida do circo.
Prêmios especiais para brasileiros
Nuua, do brasileiro Sartori do Vale e o finlandês Olli Vuorien/Foto Divulgação
A companhia Nuua, formada pelos artistas circenses, o brasileiro Luis Sartori do Vale e o finandês Olli Vuorinen, ganhou o Prêmio Especial do Júri. Em agosto de 2013, a Nuua esteve no Festival Mundial de Circo de Belo Horizonte e encantou a plateia com a apresentação de “Lento”, que descreve um universo povoado por balões de hélio em que os dois artistas dialogam entre si e com os objetos.
“O espetáculo é o resultado de pesquisa que fizemos com um balão de gás hélio. Manipulamos objetos e o balão, sem deixá-lo escapar”, diz Luiz Sartori ao Panis & Circus no Festival de BH. Na ocasião, ele contou que “Lento” foi o ganhador da última edição do programa “Jeunes Talents Cirque” (atualmente Circus Next), um dos mais importantes programas de incentivo à produção circense europeia, e que o número foi apresentando também no Festival de Mirabilia, na Itália.
Por sua vez, a dupla de trapezistas brasileiros Gustavo Sartori e Amanda Patrícia, da Troupe Tangará Produções, ganhou o Troféu de L´Agence EDS (Agence Esprit Dês Sens www.espridessens.com voltada, entre outros pontos, à criatividade na arte).
Júri
Os artistas que participaram do evento foram selecionados, em sua grande maior, por meio de DVDs enviados à organização.
Dominique Mauclair, fundador do Festival, presidiu o júri que escolheu os artistas vencedores que participaram da atual edição, a 35ª do evento.
Entre os integrantes do júri estavam Maxime Nikouline, diretor do Circo Nikouline de Moscou; Valérie Fratellini, vice-diretora da Académie Fratellini; Yves Delacolette, presidente do Franco Dragone Entertainment Group; Mi Lu, diretor de Relações Exteriores da Associação dos Acrobatas Chineses e Sébastien Soldevila, co-fundador da “7 Doigts de la Main” – companhia que se apresentou, em São Paulo, no Sesc Pinheiros, o ano passado.
Como todos os anos, essas “Olimpíadas do Circo”, como é conhecido o Festival na França, permite ao público ver de perto surpreendentes números circenses.
Tags: circo, Demain, festival, internacional, Sartori do Vale
