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Luto. De mãos dadas para enfrentar tempos brutos após as eleiçoes. 30/11/2018

Sexta-feira: 30/11/2018

Valor Econômico – De boca fechada

 Por José de Souza Martins

O presidente eleito da República, radicalmente diferente de Lula, seu êmulo, fala pouco. Quando candidato, deixou a palavra com as redes sociais. O Twitter tem-lhe permitido dizer tudo quase sem dizer nada. Quem o lê inventa o complemento da mensagem, conforme a mentalidade de cada um. Pode ter sido bom para ganhar a eleição. Mas os algoritmos ideológicos dessas mensagens cifradas municiam os protagonistas da nova era política com opiniões que na verdade são concepções do senso comum e do cotidiano. É no terreno da incerteza intencional que o novo governo vai sendo montado.

Já a postura lulista de falar demais baseou-se e baseia-se num outro tipo de cumplicidade dos acólitos que traduzem a fala barroca do líder em língua ideológica e em diretriz partidária. O que se revelou um erro de quem se julga no mundo, mas não vê o mundo.

No caso de Bolsonaro, os extraordinários poderes das redes sociais e dos púlpitos pentecostais encarregaram-se de elaborar a imagem ficcional de um candidato da ordem. Não o que ele é, mas o que querem que ele seja. Como ocorreu com Lula, ele não sabe e nunca saberá quem de fato é, politicamente. Chegamos à era do poder da incerteza.

É fenômeno da mesma qualidade que caracterizou a ascensão de Luiz Inácio ao poder. Nesse caso, a população demonstrou, mais em 2002, menos em 2006 e menos ainda em 2010, que se insurgia contra a voracidade de ganhos e de poder de setores insaciáveis e inescrupulosos da elite.

A carta do PT ao povo brasileiro, no entanto, foi uma declaração de adesão a eles e um reconhecimento público de que pelo poder o partido estava disposto a aceitar a cooptação. E foi o que aconteceu. Lula e Dilma presidiram a República, mas o PMDB e seus aliados a governaram. Relembrando a frase de Giuseppe Tomasi di Lampedusa, em “O Leopardo”, de que tudo deve mudar para que tudo fique como está.

Com mensagem radicalmente oposta à do petismo e do lulismo, Bolsonaro não é deles diferente no essencial. Seu silêncio pode estar refletindo o esgotamento do vocabulário de campanha, o da língua do antipetismo.

No caso dos dois, Lula e Bolsonaro, um sociólogo não pode deixar de identificar o uso instrumental de técnicas da etnometodologia do cientista social americano Harold Garfinkel. Em pesquisa financiada pelo Pentágono, ele desenvolveu um método sociológico de experimentação científica em que o pesquisador induz a interação social com o paciente, que alguns definem como vítima. Questiona seu senso comum para, na reação, suscitar o preenchimento dos vazios da relação social com o mero senso comum.

Sua ciência comprovou que o homem cotidiano tende a solucionar os estados de anomia, de ausência de ordem, como a que vivemos agora, retornando ao que era antes de seus ímpetos de mudança. A tendência social espontânea não é pela revolução, mas pela continuidade do mesmo. É o que estamos vendo no processo político brasileiro desde a campanha eleitoral de 2002.

Os indícios, porém, de fragilidade da ordem social imaginária, de manipulação, que a eleição sugere, podem ser apontados. Em 2002, do total de eleitores inscritos, 54,2% não votaram em Lula, 62,5 milhões de eleitores, 10 milhões mais do que os que nele votaram. Esse foi o seu índice de potencial ilegitimidade, fator de desaprovações e desconfianças, vácuo de legitimidade num caminho de potencial queda final. Essa é a base da dúvida política num regime democrático.

Agora, em 2018, o índice dos que não votaram em Bolsonaro é mais alto, 60,8% dos inscritos, 89 milhões e meio de eleitores, 32 milhões mais do que os que nele votaram. Seu índice de potencial ilegitimidade é muito maior do que o de Lula em 2002.

É aí que a cultura da boca fechada fará, e já está fazendo, seu estrago. É uma cultura de recusa do pensamento crítico, que Bolsonaro e os bolsonaristas, equivocadamente, definem como de esquerda. Equivocadamente, também, porque quem recusa a legitimidade da esquerda no mundo moderno fatalmente recusa a democracia cujos adeptos estão indicados no número dos que recusaram o voto ao vencedor. Isso não quer dizer que esse seja o número dos esquerdistas. Quer dizer apenas que esse é o número dos adversários potenciais do pensamento tosco e unilinear da direita.

As escolhas frágeis e tendenciosas na área da educação e da ciência sugerem muito claramente que o governo será inaugurado como um programa de guerra contra ideias, contra o conhecimento e contra a cultura. Serão, provavelmente, 39% contra 61%. Um jeito problemático de inaugurar um governo com a pretensão de ser um governo da ordem com base numa orientação política de guerra aberta contra o cerne da civilização, que é a da diversidade social e de ideias.

José de Souza Martins é sociólogo. Professor Emérito da Faculdade de Filosofia da USP. Membro da Academia Paulista de Letras. Entre outros livros, autor de “Desavessos – Crônicas de Poucas Palavras” (Com-Arte).


Sexta-feira 30/11/2018

Folha de S.Paulo: As perigosas teorias da conspiração da família Bolsonaro

Raquel Landim

  • O vereador Carlos Bolsonaro (PSL) fez uma acusação gravíssima nesta quarta-feira (28) em uma rede social. Segundo ele, a morte do presidente eleito Jair Bolsonaro interessaria “não apenas aos seus inimigos, mas também aos que estão muito perto, principalmente após sua posse”.

Se houvesse alguma chance de ser correto o que ele diz, as ações despencariam, o dólar dispararia, os veículos de comunicação estariam em polvorosa e as forças de segurança deveriam ser acionadas. Afinal, estaria em risco a segurança do futuro mandatário do país.

O vereador, contudo, faz suas acusações levianamente. Apenas pede aos seus seguidores que “pensem e entendam o enredo diário”. Ou seja, que deduzam pelos acontecimentos que se algo parece ser verdade, deve ser verdade. Difícil um caso que encaixe melhor no conceito de fake news.

As irresponsáveis declarações de Carlos, que chegou a ser aventado pelo pai para ocupar a  secretaria de Comunicação do novo governo, foram apenas um exemplo das teorias conspiratórias da família Bolsonaro.

Muito mais grave do que isso, por causa das suas consequências práticas, foi a decisão do presidente eleito de retirar a candidatura do Brasil para sediar a COP-25, conferência anual da ONU de combate ao aquecimento global, que acontece em 2019.

Bolsonaro formou sua convicção com base numa estapafúrdia ideia de que o Acordo de Paris ameaça à soberania nacional, porque envolve o chamado “triplo A” – uma faixa de preservação ambiental que englobaria a Amazônia, os Andes e o oceano Atlântico.

O presidente eleito insiste nessa história desde a campanha, mesmo já tendo sido esclarecido mais de uma vez por autoridades e órgãos de imprensa que o tratado simplesmente não prevê nada disso.

Com base em maluquices como essa e inspirada numa direita radical que ignora evidências científicas, a família Bolsonaro já foi responsável pela indicação de dois ministros polêmicos em áreas sensíveis: o diplomata Ernesto Araújo, no Itamaraty, e o professor Ricardo Vélez, no ministério da Educação.

O presidente eleito e seus filhos —os três políticos com mandatos eletivos e próximos ao pai— parece que ainda não se deram conta de que agora representam o governo brasileiro. Decisões de políticas públicas não podem ser tomadas com base em teorias conspiratórias, mas, sim, em dados, evidências e análises aprofundadas. Eles precisam entender isso rapidamente, sob o risco de enorme prejuízos aos país ou de a sociedade simplesmente parar de levá-los a sério.

Raquel Landim

Repórter associada da Folha, escreve sobre economia há 18 anos.


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