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Palhaça Rubra: criatura escalafobética

 

 

Ela faz o show em “Criaturas”, para crianças, e em “Escalafobética”, para maiores de idade

Bell Bacampos, da Redação

A palhaça Rubra prepara “Quimera”, um espetáculo para adolescentes, com músicas de Arnaldo Antunes. “Trata-se da saga de um anti-herói, que tem a ver com a saga do adolescente”, diz Lu Lopes, a palhaça Rubra, ao Panis & Circus, no camarim do SESC Pompéia, antes de entrar em cena como “Escalafobética”, no dia 24 de janeiro. Ela vai estar nesse domingo 9/3, às 19h, no Sesc Santo André, com o show “Escalalafobética”. 

Para Lu Lopes, “Quimera é uma figura mítica e híbrida. Combina com a alma híbrida da adolescência. E significa fantasia”. O novo espetáculo está em sua fase de criação, mas “já tem esqueleto”: roteiro e pré-seleção das músicas de Arnaldo Antunes.
O fato de Lu Lopes ter um filho adolescente, Gabriel Zarella, 17 anos, que interpreta personagens “incidentais” em “Escalafobética”, foi determinante para que concretizasse sua “Quimera”. “É a minha maneira de não me desconectar dele, do seu atual momento, e também de resgatar e “retransformar” minha adolescência, com seus traumas e sua dor”, revela Lu.
Quimera, para adolescentes, forma o tripé de espetáculos da palhaça Rubra, ao lado de “Criaturas” (para crianças) e “Escalafobética” (para adultos).

 

Palhaça Rubra e a banda no lançamento do DVD e Criaturas / Foto Asa Campos

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Os dois espetáculos, o infantil e o outro, para maiores de idade, estiveram em cartaz em janeiro, no SESC Pompéia, e foram aplaudidos de pé. Era a ocupação da palhaça Rubra no local. “Escalafobética”: de 8 a 24 de janeiro, de quarta a sexta-feira, às 21 horas. “Criaturas”, sábados e domingos, de 11 a 26 de janeiro, às 17 horas.

 

 

Gabi Gabiru espanta o medo de monstros

A palhaça Rubra, a banda e crianças no palco Foto/Asa Campos

 

“Criaturas” é um show musical e teatral, em que a palhaça Rubra canta as canções inspiradas nas criaturas que têm recheio de luz. Surgiu do livro homônimo (lançado em 2013, na Livraria da Vila/SP) e traz 28 criaturas descritas com letras e formas coloridas pela autora.
O livro virou também DVD. Em 21 de janeiro, durante o lançamento do DVD Criaturas, a palhaça Rubra perguntou às crianças na plateia, no SESC Pompeia, do que é que elas tinham medo: uma fez cara de susto, outra disse que era de monstros e outra, ainda, que temia vampiros.

 

Palhaça Rubra toca bateria / Foto Asa Campos

 

A palhaça Rubra cantou, então, uma música que ensina “a criar um campo de proteção dourado”, toda a vez que se sentir medo.
O Gabriel Gabiru, uma de suas criaturas, imagina esse campo e confia nele. “Sozinho, ele consegue resolver medinho.” Mas se é medão, real mesmo, “ele pede ajuda do adulto mais perto”.
Ela também cantou canções de outras criaturas, como de Brás Goodféllow, Luzia Morena e Alex Capaz que Sempre Nunca – que são poéticas, provocativas e engraçadas.

 

Escalafobética tenta sair do caixão

 

Fumaça no palco e panelas de pressão com asas em "Escalafobética" / Foto Asa Campos


A palhaça Rubra passa do medo infantil de monstros imaginários, em “Criaturas”, para o medo da morte, real e adulto, em “Escalafobética”.
No palco esfumaçado estão penduradas panelas de pressão com asas. Parecem anjos estranhos.
Ela entra em cena e parece ser a palhaça de sempre, que canta e encanta as crianças: cabelos ruivos e nariz vermelho.

Quem observa de perto a palhaça, vai notar sutis diferenças: seus lábios estão pintados de vermelho escuro, quase preto, e a roupa é quase toda escura.

Suas “Criaturas”, no show infantil, são cheias de luz.
Em “Escalafobética”, ela discute com uma luz – que pode ser a divina. Durante a discussão, faz-se a escuridão.
“Apagou a luz. Ora, ora, seu king of motherfuckers”, diz.
“O riso foi e ainda é utilizado como elemento ritual para espantar o medo, especialmente o medo da morte”, escreve Alice Viveiros de Castro, em “Elogio da Bobagem”.

 

Lu Lopes, como a Palhaça Rubra, interpreta My Way / Foto/ Asa Campos

 

É hora de brincar com a morte. Apenas as pernas da palhaça, com botas vermelhas de cano e salto altos, aparecem de dentro de um caixão funerário, instalado no meio do palco às escuras. E a plateia hipnotizada, seguindo aquelas pernas sensuais, esquece-se da morte e passa a se divertir com aquela “tonta” que não consegue sair do caixão por mais que se esforce.

Caixão é do Zé do Caixão

Apesar de os movimentos da palhaça parecerem desengonçados, eles são muito bem coordenados e gestualmente precisos: a palhaça chega até a fazer um espacate. É a arte de narrar, com o corpo, a luta para escapar com vida do caixão. Trata-se de um caixão de grife – foi usado por “Zé do Caixão”, personagem lendário de José Mojica Martins, na Virada Cultural de São Paulo em 2011.

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“Delirium tremens” de pelúcia

Após a morte, o vício que também apavora a vida.

A palhaça começa a beber sem parar e, em seu delírio, começa a ver bichos. Mas eles não estão subindo pela parede e, sim, sentados em uma mesa de bar. E o inusitado: são bichos “fofos” e vivos. Impossível não rir do “delirium tremens” de pelúcia da palhaça. Parece cena inspirada na filmografia de Tim Burton[1].
Na sequência, ela deita-se no chão, numa cena arrastada, que incomoda por sua lentidão, como incomoda o arrastar da vida do alcoólatra, sem saída, na busca da garrafa.

“Let´s fall in Love” ironiza glamour 

 

Os escalafobéticos / Foto Asa Campos

 

Em um jogo de improviso com a plateia, Escalafobética fala de amor. E convida a plateia a cantar com ela, “Let´s Fall in Love” – acompanhada pelos músicos escalafobéticos Álvaro Lages e Danilo Penteado. Em meio ao coro afinado da plateia, ela sai de cena sobre um triciclo infantil – fina ironia ao glamour dos shows musicais hollywoodianos.
Vestido de quimono, como uma gueixa, entra Gabriel Zarella em cena. É a deixa para a palhaça Rubra cantar “My Way”, música imortalizada na voz de Frank Sinatra. Ela cria a sua versão com letra non sense, misturando sons que parecem palavras japonesas (como saquê) e (nasmatê).
É um my way exótico com toques do Dr. Lao, de George Pal[2].   

Há quem diga que Escalafobética, interpretada por uma palhaça que canta suas criaturas com recheio de luz, é um espetáculo desconexo e dark demais, em alguns momentos. Pode até ser. É estranho? É. Mas é bom. Poético, intrigante e mostra a vigorosa vitalidade artística de Lu Lopes na arte de fazer rir e refletir.   

   

 

Leia a entrevista com Lu Lopes: artista que canta, toca, faz poesia, escreve livros, improvisa e faz rir com a palhaça Rubra.

 

Lu Lopes, no camarim do Sesc Pompéia / Foto Asa Campos

 

Panis & Circus: Como é sair de “Criaturas”, atração para crianças, e ir a “Escalafobética”, feita para adultos, ambas no SESC Pompéia, no mesmo mês [janeiro 2014]?
Lu Lopes: O palhaço trabalha com núcleos e a única coisa que faço é ajustar a sintonia. Vou de um polo mais ingênuo [Criaturas] para a maturidade [Escalafobética]. É um ajuste de potência e de contexto.
“Escalafobética” é uma palavra antiga, mas que sempre gostei da sonoridade – e quer dizer “fora de esquadro, esquisito, fora do padrão”. A palhaça Rubra é uma escalafobética, porque é uma personagem que transita do improviso à “palhaçaria” e à música.
O show, para adultos, é um pouco isso, estranho, esquisito.
Em “Criaturas” canto canções para crianças, inspiradas nos personagens do livro que fala de criaturas como a Rosa, o Hugo Thinkabout e o Gabriel Gabiru.
E o livro virou um DVD, que teve seu lançamento em 21 de janeiro.

 

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Panis & Circus: Como foi o processo de criação dos dois espetáculos?
Lu Lopes: As ideias vão surgindo na minha cabeça e vou guardando. E as músicas ficam em um gravador e aí, aos poucos, um dia, elas se encaixam. É como um “sistema Lego” de criação.

Panis & Circus: “Escalafobética” tem improvisação. Você não tem medo de que, no processo de improvisar, dê um branco?
Lu Lopes: Não tenho medo de dar branco, porque a linguagem do improviso é forte. É um sistema igual à vida. Você não pode ter branco na vida porque está o tempo todo em movimento criativo. Agora, acontece que o que eu tinha projetado, pensado e rascunhado não vem, como várias vezes não vêm [no espetáculo], e eu me conecto com o presente, com o momento. Se o pensado saiu da minha memória é porque não era importante. Aí eu sinto o que é o determinante no “aqui e agora” e vou em frente.

 

 

Panis & Circus: Não é muito difícil improvisar?
Lu Lopes: É difícil no começo. Mas tem o treinamento que fiz no “Jogando no quintal” de dez anos. E dos próprios espetáculos que fiz. É simples, mas não é fácil.
Panis & Circus: Depois de “Criaturas” e “Escalafobética” o que vai vir?
Lu Lopes: O próximo é “Quimera”, com trilha sonora do Arnaldo Antunes. A gente vai usar um arquivo de músicas dele. Estamos no processo de criação. Tem o esqueleto, o roteiro, uma seleção de músicas dele “semiescolhidas”. Mas o Arnaldo ainda não compôs a música do espetáculo. E é voltado para adolescentes. É a saga de um anti-herói. Tem a ver com a alma híbrida do adolescente.

Panis & Circus: Por que “Quimera”?

Quimera é uma figura mítica híbrida e tem a ver com a saga do anti-herói. E também significa fantasia.
Panis & Circus: O fato de você ter um filho adolescente, Gabriel Zarella, que interpreta personagens “incidentais” em “Escalafobética” ajudou na definição de “Quimera”?
Lu Lopes: Totalmente. Comecei a ver que se eu não começasse a me movimentar, se não começasse também a entender esse universo do adolescente, poderia me desconectar dele.
E era também um momento, como se fosse um presente, para poder renovar minha adolescência – com muitos traumas e muita dor – e resgatar e “retransformar” dentro de mim essa fase da vida.
Era preciso renovar para acompanhar e ser companheira dele [Gabriel] na adolescência.
Falar com os adolescentes sem ser careta, para que eles sintam Quimera.

 

 

¹Tim Burton é um diretor de cinema americano. Entre seus filmes estão Edward mãos de Tesoura, A noiva cadáver, Batman, Batman Returns, A lenda do cavaleiro sem cabeça, A fantástica fábrica de chocolate e Alice no País das Maravilhas.
Ele cultua filmes de terror e já trabalhou com dois atores conhecidos no gênero: Vincent Price e Christopher Lee. Burton criou um estilo próprio ao misturar a paixão pelos filmes de terror à habilidade para comédias.

² As 7 Faces do Dr. Lao, dirigido pelo gênio dos desenhos animados George Pal, é um filme de 1964. Ele conta a história de um chinês idoso (ele diz ter 7322 anos), o Dr. Lao, interpretado por Tony Randall, que chega em Abalone, Arizona, com seu circo, que tem atrações únicas: O Abominável Homem das Neves, Merlin, Medusa, Pan, Apolônio e outros seres fantásticos. Em poucos dias, o Dr. Lao irá alterar a vida dos moradores de Abalone. Em uma das cenas, o Dr. Lao contracena com um menino que pede para entrar no circo. E o Dr. Lao diz quando o “sol se põe e a lua se levanta é a real mágica”; que ver “folha crescer e pássaro cantar é circo”; e que se olhar como a vida é fantástica “vai verificar, menino, que você faz parte do circo do Dr. Lao.” O menino responde que não entendeu nada. E o Dr. Lao diz que também não e os dois se põem a dançar.

 

Clique aqui para ler a reportagem do Panis & Circus : Rubra, a chacrinha do seculo 21

Clique aqui para ler a reportagem: Lu Lopes, a palhaça Rubra, lança “Criaturas”

 

 

 

 

 

Postagem: Alyne Albuquerque

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