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Capa

Selton Mello diz que é dificílimo ser palhaço

 

Selton Mello em "O Palhaço" /Foto Divulgação

 

Filme ganhou 11 dos 12 troféus Grande Otelo do cinema brasileiro  

A imagem aparece desfocada na tela. Levantando poeira na estrada, surge um caminhão, uma caminhonete e uma Kombi. Na frente da Kombi, o letreiro “Circo Esperança”. Dentro do circo, o personagem Benjamim (Selton Mello) que trabalha com seu pai Waldemar (Paulo José). Eles formam a dupla de palhaços Pangaré e Puro-Sangue.

O palhaço Pangaré está em crise de riso. Ele teme não saber mais fazer a plateia rir. Benjamim não vê mais graça em seu palhaço nem no do pai ou na vida circense. A crise é pontuada com a visão de um ventilador – objeto de desejo dele.  

Esse é o resumo de “O Palhaço”, filme considerado por seu diretor, Selton Mello, como um “projeto iluminado”. E que continua a brilhar.  

Indicado para representar o Brasil na disputa pelo Oscar 2013, em fevereiro do próximo ano, o filme foi escolhido como o melhor longa de ficção na 11ª edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro anunciado na noite de 15 de outubro, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Levou 11 dos 12 prêmios da noite. Paulo José ganhou o troféu de melhor ator coadjuvante e foi aplaudido de pé.

  

Selton Mello e o ventilador no filme "O Palhaço"/ Foto Divulgação

 

Caboclo respeitador

Selton Mello disse que é um “caboclo respeitador” e, por isso, para fazer o filme “O Palhaço”, sempre teve ao lado Alessandra Branches, que o apresentou ao mundo circense, e o palhaço Kuxixo, que se tornou um “personal palhacetor” ao ensinar à equipe as gags físicas do personagem. São apoios fundamentais que evitam deslizes sobre o mundo circense.

Os nomes dos dois protagonistas, Benjamim e Waldemar, são homenagens a dois grandes palhaços: Benjamim de Oliveira (1870-1954), escravo que foi libertado (fugiu com o circo Sotero na infância), e um dos mais importantes profissionais do circo, e Waldemar Seyssel, mais conhecido como Arrelia.  

O papel de Benjamim foi oferecido aos atores Wagner Moura e Rodrigo Santoro antes de Selton Mello decidir assumi-lo. Ele pretendia ficar só na  direção. Quando eles recusaram (Wagner Moura, por “Tropa de Elite 2”, e Rodrigo Santoro, pelas filmagens de “Heleno”), Selton Mello resolveu fazer o papel. 

“É dificílimo ser palhaço”, diz Selton. “O meu só dá certo porque tem os cortes exatos, o timing matemático.”

O ator e diretor conta que o personagem que mais gosta no próprio filme é o Benjamim “porque saiu da minha cabeça, do meu coração. Se eu tivesse que escolher o personagem mais importante da minha vida seria ele”.

Como explicar a obsessão de Benjamim pelo ventilador? Por viver em uma terra árida que precisa de vento? Por ser símbolo de uma nova vida com que sonhava? O personagem precisou vestir terno e gravata e tirar R.G. e CIC para ser identificado e conseguir comprar um ventilador a prestações.

Ou será simplesmente porque “o ventilador dispersa a dor”? “Ventila a dor”? Pelo menos é o que declara o diretor de “O Palhaço”.

 

Conversa na Casa do Saber na capital paulista
Selton Mello e Maria Fernanda Cândido dialogaram sobre a concepção do filme “O Palhaço”, em 26 de setembro, na Casa do Saber, em São Paulo, Unidade Jardins/Mário Ferraz.

Maria Fernanda é atriz e sócia da Casa do Saber e está agora na série “Sessão de Terapia”, no GNT, com exibição diária, que tem a direção de Selton Mello.  

A reportagem do site Panis & Circus esteve na Casa do Saber e destaca os principais pontos do diálogo sobre “O Palhaço”, mantido por Selton e Maria Fernanda.   

Maria Fernanda – “O Palhaço” é um dos grandes filmes brasileiros. Como nasceu esse filme?

Selton Mello – Nasceu de uma grande dúvida. Era um momento em que eu colocava em dúvida meu papel como ator. Não foi a primeira vez. Em 30 anos de carreira, já tive esse dilema outras vezes. Veio a vontade de falar sobre o assunto. Os artistas têm a capacidade de sublimar a dor e transformar em arte. Da dúvida, nasceu o filme. Não autobiográfico, mas é um dilema que me toca. O palhaço Benjamim não sou eu, mas, em sua composição, tem o dilema íntimo e verdadeiro. Quando você mexe com a verdade, essa verdade chega às pessoas.

Maria Fernanda – É o seu segundo filme escrito com Marcelo Vindicatto. Como funciona a dobradinha?

Selton Mello – O Marcelo é um amigo de 20 anos. Ele fazia teatro e sempre teve talento para a escrita. Fizemos juntos “Feliz Natal” e “O Palhaço”. A gente sempre escreve os roteiros, mas não tem um método definido.

“Feliz Natal” é um filme que a gente pretendia que fosse o que é: mais forte, mais obscuro, mais doloroso.

Já em “O Palhaço” a gente queria um filme legível, com espaço para reflexão. O fato é que a gente vê dois extremos no cinema nacional: ou filmes comerciais que fazem sucesso na bilheteria, ou filmes radicais na linguagem e que são pouco vistos. A gente queria o meio do caminho. “O Palhaço” lutou para fazer parte desse caminho intermediário.

 

Selton Mello em entrevista na Casa do Saber

 

Dirigir, atuar e escrever

Maria Fernanda – O que é mais complicado, dirigir, atuar ou escrever?

Selton Mello – O mais difícil é escrever. A escrita é um ato solitário e exige muita disciplina. Você em frente a um papel branco. É preciso criar ritmos e personagens. Dirigir é um prazer e atuar é o que faço desde pequeno.

Maria Fernanda – Você é um diretor poderoso ou vulnerável?

Selton Mello – Bastante vulnerável, principalmente, se estiver vestido de palhaço. [Risos]

Aliás, tenho uma história curiosa sobre isso. O menino, no filme, que faz o filho do prefeito, foi escolhido através de um vídeo. Ele chegou ao set de filmagem e eu disse: “Olha, o seu cabelo está muito comprido para o personagem. Vamos cortar um pouquinho?”  Ele disse: “Numnum”.

Daí eu respondi: “Vamos colocar então um pouco de gel?”

Ele não disse nada e entrou para outra tenda do circo e perguntou: “Cadê o diretor do filme? Quando ele vem falar comigo?”.

Aí me apontaram. Ele perguntou: “O diretor é aquele palhaço?”. [Risos]

Produção do filme

Maria Fernanda – Quais foram as maiores dificuldades enfrentadas no processo de produção de “O Palhaço”? Patrocínio? Lei de incentivo? Burocracia?

Selton Mello – A parte da produção é dura. Comecei indo às reuniões, mas depois deixei o trabalho com a Vania Catani. É tão complicado, tão demorado, tudo muito embaçado. Foi bom ter encontrado uma parceira, a Vania, que gosta de fazer produção.

“O Palhaço” não teve grandes crises. E tivemos chances de ter. Montamos o circo em cima de um morro para a cena final. Subi com toda a equipe, carros 4×4, carregando pedaço por pedaço do circo. Trabalho de formiga. No dia da filmagem, o céu estava nublado, e era um período que chovia muito em todo o país, mas na hora da filmagem o sol apareceu. Foi um filme abençoado. Parece que é papo. Mas não é. Tudo deu certo. Contamos com a energia de uma equipe e com o Paulo José, grande artista do Brasil.

Maria Fernanda – Você é um cara de fé?

Selton Mello – Tenho fé na arte.

Maria Fernanda – É possível dirigir e atuar como já provou. Você repetiria a dose?

Selton Mello – Repetiria, agora que deu certo. [Risos] E continuaria a manter o critério de ter uma trupe fixa. No caso, foram 14 atores que ficaram à disposição do filme. Não dá para começar um filme em que é preciso um personagem para fazer uma passagem e ele não está lá. Tenho vontade de repetir a experiência. Mas vou indo. Agora há pouco dirigi o “Sessão de Terapia”.

 

Paulo José e Selton Mello em cena de "O Palhaço"/ Foto Divulgação

 

Criação do Benjamim-Pangaré

Maria Fernanda – Como foi preparar o número do palhaço Pangaré? Você já tinha essa veia clownesca?

Selton Mello – Nunca tinha feito nenhum curso de clown. O mais perto que eu cheguei dessa característica foi quando fiz o “Auto da Compadecida” com [direção de] Guel Arraes em 1998. Porque, de maneira intuitiva, não tão aprofundada, o João Grilo [interpretado por Matheus Nachtergaele] e o Chicó (Selton Mello) são dois palhaços: o augusto e o branco. Um faz escada para o outro. Eles se completam.

Maria Fernanda – Buscou ajuda na composição do personagem?

Selton Mello – Fui atrás de uma pessoa que me amparasse desde o início. Encontrei alguém fundamental: a Alessandra Branches. Ela é uma pessoa de circo. Durante muito tempo fez parte da produção e hoje está por trás da política da arte circense. Ela me mostrou o universo circense de dentro. Indicava quem eu deveria conhecer e um dia disse: “Você precisa conhecer palhaços, e me levou para ver o Biribinha, de Alagoas”. [Biribinha é considerado um patrimônio cultural da região].

Ela entendeu que tipo de filme seria “O Palhaço”. Aliás, existem várias nuances no universo da palhaçaria: há palhaços que são falastrões, tem os que são mudos, os que são corporais e há os que são mais verbais. O nosso é mais verbal. 

No filme, o palhaço Pangaré conversa com o pai, o palhaço Puro-Sangue.

“Eu sou bem corajoso”, diz o Pangaré para o Puro-Sangue. “Outro dia coloquei quatro para correr”.    

Ao que respondeu o Puro-Sangue, de Paulo José:  “Para correr de você?” “Não, para correr atrás de mim”, eu respondi.

É bem ingênuo e bem brasileiro. Típico de circo antigo, do interior. É primo do humor do rádio, que desembocou na “Praça é Nossa” e em “Zorra Total”.

Sou caboclo respeitador. Por isso, tive sempre alguém do meu lado, como a Alessandra e o palhaço Kuxixo, para que eu não cometesse deslizes sobre o universo circense. Li muito também. Queria fazer um filme com que o público leigo se encantasse, mas que os que estão no picadeiro soubessem que o assunto foi pesquisado e estudado. [Kuxixo é um palhaço que trabalha no circo do Beto Carreiro].

O Kuxixo acabou se tornando um “personal palhacetor” da equipe, orientava as gags físicas, que são fundamentais na composição dos personagens.  

Maria Fernanda – É fácil ser palhaço?

Selton Mello – É dificílimo ser palhaço. Meu palhaço só dá certo porque tem os cortes exatos na hora certa. É timing, é matemático.  

O Luis Carlos Vasconcellos é um grande ator e é também um palhaço. Eu não  arriscaria a me apresentar como palhaço.

 

Elenco em cena de "O Palhaço"/ Foto Divulgação

 

Elenco de “O Palhaço”

Maria Fernanda – E o elenco? Foi difícil achar os atores?

Selton Mello – Teve um pouco de tudo: testes para encontrar novos atores, como foi o caso de Larissa Manoela, que faz uma das musas do filme, a menina Guilhermina (hoje ela é a vilã Maria Joaquina, na novela Carrossel/SBT) e atores escolhidos pelo vídeo como é o caso do menino que faz o filho do prefeito. O magrinho/altão, Renato Macedo, é da minha cidade, Passos, e mede 1,96 m. É magro, muito magro. Um personagem pronto. A Giselle Motta, que faz a Lola, foi também escolhida por teste. Ela é a outra musa do filme e representa uma mulher forte, cigana, de personalidade ambígua. Lola já foi circense, trabalhou no Circo Americano, e é bailarina. O personagem Meio Quilo é interpretado por Tony Tonela, que é de circo mesmo, e foi escolhido durante as viagens que fizemos pelo Brasil para conhecer o universo circense. E o papel da Dona Zaira foi escrito para a Teuda Bara, que é fundadora do grupo Galpão. (Ela também participou do espetáculo ‘K.A´ do Cirque du Soleil).     

Em todos os trabalhos há sempre atores que estão em evidência. Existe sempre um desejo grande de lançar pessoas. Gosto muito de ficar atento aos talentos que estão aí, mas não estão aí. Estão no banco de reserva, inexplicavelmente. É o caso da Darlene Glória, que foi a atriz de “Feliz Natal” e do Moacyr Franco, cantor e compositor, em “O Palhaço”. Sou ligadíssimo nessas pessoas. Eu via show do Moacyr Franco com meu pai. 

Maria Fernanda – Qual é o personagem mais interessante de sua carreira? Se tivesse de escolher, qual escolheria?

Selton Mello – Tem trabalhos apaixonantes, como o que desempenhei em “Lavoura Arcaica”, obra de Raduan Nassar. “Cheiro de Ralo”, de Lourenço Mutarelli, “Auto da Compadecida”de Ariano Suassuna.

Mas o que mais gosto é do Benjamim porque ele saiu da minha cabeça, do meu coração. Se eu tivesse de escolher o personagem mais importante da minha vida seria ele.

Visão sobre o cinema brasileiro 

Maria Fernanda – Como vê o nosso cinema?

Selton Mello – A gente está indo bem. Tem conseguido se comunicar. O público vê sua língua, seus artistas, sua cultura na tela. Dentro de festivais também estamos indo bem. Mas os filmes comerciais de grande bilheteria não têm espaço nos festivais.

“O Palhaço”está no meio do caminho. Está nos festivais e fez uma bela carreira com o público.

Agora, eu sinto falta de cinemas. A minha cidade, Passos [a que faz uma homenagem no filme], de 150 mil habitantes, tinha três cinemas. Hoje tem apenas um. Esses cinemas fazem muita falta. Se houvesse mais cinemas, filmes que fazem dois milhões de espectadores fariam seis milhões; os que fazem seis milhões fariam 12 milhões.

Na época dos “Trapalhões”a gente entrava no cinema ao meio-dia e saia às seis horas da tarde. Eu via o filme mais de três vezes.

Eu tive o prazer de mostrar “O Palhaço”para o Didi Mocó, antes da estreia, por ele ser o grande palhaço brasileiro, e o Didi se comoveu.

 

Paulo José em "O Palhaço"/ Foto Divulgação

 

De quem Selton Mello é fã

Maria Fernanda – Quem faz sua cabeça?

Selton Mello – Tive um grande impacto quando assisti a “Laranja Mecânica”,  do Kubrick (1928-1999). Filmaço. “Paris, Texas”, do Wim Wenders, também faz muito a minha cabeça. É preciso destacar o quixotesco e admirável trabalho na TV Aberta de diretores como Guel Arraes e muitos outros.

E os livros, claro. O Raduan Nassar diz que é preciso ter “um olho no livro e outro na vida”.  

Trabalho de ator

Maria Fernanda – Eu virei atriz por causa de “Paris, Texas”. Vamos falar de atuação?

Selton Mello – Por falar em atuar, um ator dos mais comoventes para mim é o Paulo José. É mestre na arte da contenção. Vou contar uma curiosidade do Paulo José, em “O Palhaço”.

Era a filmagem da cena em que o Benjamim, meu personagem, decide que vai ficar na cidade em lugar de seguir com a caravana. Vai abandonar o circo. Daí preparei a filmagem. Gosto de criar atmosfera, coloquei música, todo mundo falando baixo, o clima era de despedida. Levamos horas na preparação e na filmagem.

No dia seguinte, no café da manhã, falei com o Paulo José: “Que experiência. Gastamos o dia todo ontem para fazer aquele pedaço do filme”.

O Paulo José, com muita elegância, respondeu: “Foi muito bom. Traduziu com emoção a certeza de que ele iria deixar o circo. Não seria mais comovente filmar a cena em que ele decidisse naquele momento que ficaria na cidade?”.

Aí eu disse: “Vou refazer o meu lado”. Ainda bem que sou diretor. Amanhã vou filmar a cena com zero de preparação, zero de música. Vamos pôr a câmera no local e vamos rodar. Tudo muito simples.

E a dúvida ficou plantada, naquele momento: será que fico na cidade? Vou embora com o circo? Olhei para o pai [o palhaço Puro-Sangue] e decidi ali. Isso foi tudo. Hoje eu olho e vejo que foi bom ter refeito a cena.

O Paulo é muito mestre.

 

Selton Mello e Maria Fernanda na Casa do Saber

 

Música

Maria Fernanda – Quais são suas referências musicais?

Selton Mello – Para ficar nas referências do filme, Altemar Dutra, Moacyr Franco, Agnaldo Rayol, Nelson Ned, com “Tudo Passa, tudo sempre passará”… O Altemar Dutra, com “Sonhei que eu era um trovador, dos velhos tempos que não voltam mais”…

Selton Mello em entrevista na Casa do Saber

 

Perguntas do público

Após as perguntas da atriz Maria Fernanda, foi a vez de o público presente na Casa do Saber fazer perguntas a Selton Mello.

Panis & Circus selecionou algumas, confira.

– Como se define?

Selton Mello – Sou mineiro do interior, filho de dona de casa e bancário. Cresci em São Paulo e, aos 11 anos, eu me apresentava em programas televisivos. Cantei no programa do Bozo, do Tarso Campos, do Pullman Júnior e da Tia Yara. [A Tia Yara foi uma das mais marcantes apresentadoras infantis da TV brasileira, no programa “Pullman Júnior”. Hoje, ela vive em Miami].

Já ator, fui para o Rio de Janeiro. Sou uma mistura de mineiro, paulista e carioca. Acho isso muito bom.

– Como gostaria que o público saísse do cinema após ver o filme?

Selton Mello – Eu não queria que, ao sair do cinema, um espectador virasse para o outro e perguntasse: Pizza ou japonês? Queria que discutissem o filme, saíssem conversando a respeito dele.

– Como é ser visto como um ator engraçado?

Selton Mello – Procuro driblar os rótulos. Sempre tentei intercalar personagens populares com personagens mais estranhos. É o caso de “Meu nome não é Johnny”, “Cheiro de Ralo” e “A Erva do Rato”, de Júlio Bressane, que representa o cinema marginal brasileiro.

– “O Palhaço” está no Facebook. Você gosta do universo online?

Selton Mello – Para dizer a verdade, acho muito agressivo esse universo. Tem uma liga de rancor que incomoda. Procuro não ler para não ficar mal. Não curto a agressividade que vejo e leio na rede social.

E tem erros que, apesar de apontados, não são corrigidos. Veja o Wikipédia. Alguém fez minha página no Wikipédia e tem dados errados. Eu fui atrás e disse que era o Selton Mello e que meus dados estavam errados e pedi que fossem corrigidos. Mesmo assim eles não corrigiram.

Fim do bate-papo na Casa do Saber.  

Nos créditos finais de “O Palhaço” consta: “Esse é um filme dedicado a todos os circenses do Brasil”.

 

RETRATOS DE CINEMA

 

Darlene Glória em "Feliz Natal"/Foto Divulgação

 

“Feliz Natal” (2008)

Selton Mello estreia na direção. O filme é sobre um homem, Caio (Leonardo Medeiros), que trabalha num ferro-velho e resolve visitar a família nas festas de fim de ano. Reencontra a mãe (Darlene Glória) afogada em remédios e bebidas, o pai, austero (Lúcio Mauro), que não o perdoa pelos erros do passado, e toda a família em crise.   

 

Selton Mello e Matheus Natchergaele em "O Auto da Compadecida"/ Foto Divulgação

 

“Auto da Compadecida” (1998)

Dirigido por Guel Arraes, a adaptação do livro de Ariano Suassuna mostra as aventuras dos nordestinos João Grilo (Matheus Nachtergaele), sertanejo pobre e mentiroso, e Chicó, um homem medroso. Ambos lutam pelo pão de cada dia e atravessam vários episódios enganando a todos no pequeno vilarejo de Taperoá, no sertão da Paraíba. Em uma das trapalhadas de João Grilo, ele morre e enfrenta o juízo final. Lá, o diabo faz de tudo para pegá-lo, mas ele escapa com a ajuda da Compadecida, personagem vivida pela atriz Fernanda Montenegro.

 

Selton Mello em "O Cheiro do Ralo"/ Foto Divulgação

 

“Cheiro do Ralo” (2007)

Baseado no romance de Lourenço Mutarelli, o filme conta a história de Lourenço (Selton Mello), dono de uma loja que compra objetos usados de pessoas que passam por dificuldades financeiras. Aos poucos, o personagem substitui, em seu relacionamento com os clientes, a frieza pelo prazer de explorá-los. É perturbado pelo simbólico e fedorento cheiro do ralo que existe na loja.

 

Selton Mello e Cléo Pires em "Meu Nome Não É Johnny"/ Foto Divulgação

 

“Meu nome não é Johnny” (2008)

Dirigido por Mauro Lima. João Guilherme (Selton Mello) nasceu em uma família de classe média do Rio de Janeiro. Frequentou os melhores colégios e os amigos pertenciam às famílias mais influentes da cidade. João viveu intensamente nos anos 80 e 90. Nesse período conheceu as drogas, mesmo sem jamais pisar numa favela. Logo, tornou-se o maior vendedor de drogas do Rio e acabou preso em 1995. A partir daí passou a frequentar o cotidiano do sistema carcerário brasileiro.  

 

Selton Mello em "Lavoura Arcaica"/ Foto Divulgação

 

“Lavoura Arcaica” (2001)

Dirigido por Luiz Fernando Carvalho e escrito por Raduan Nassar, o filme conta a história de André (Selton Mello), que sai de casa devido à severa lei paterna e a sufocante ternura materna. Pedro, seu irmão mais velho, recebe a missão de trazê-lo de volta ao lar. André resolve voltar, mas quebrará definitivamente os alicerces da família ao se apaixonar por sua bela irmã Ana.          

(Bell B.A.Campos)

Fotos: ASA Campos

 

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